Hoje, dia 27/08, a ex-ministra do meio-ambiente e ex-candidata à presidência da república pelo PV, Marina Silva, estará em Belém para participar de um congresso e possivelmente declarará apoio à candidatura de Edmilson Rodrigues (PSOL), que concorre à prefeitura de Belém, na frente “Belém nas mãos do povo” composta pelo PSTU, PSOL e PCdoB.
Marina é vista como uma defensora do meio ambiente por sua história junto aos movimentos populares, mas hoje não expressa mais os interesses da classe a qual pertenceu. Quando era ministra do governo federal se consumaram alguns dos maiores ataques da história brasileira ao meio ambiente. Enquanto os movimentos sociais apoiavam o D. Luiz Cappio, durante sua greve de fome contra as obras de transposição do rio S. Francisco, Marina Silva apoiou a transposição, dizendo que era "uma decisão absolutamente técnica". Também foi no seu mandato que se deu a liberação dos transgênicos e a licença para a construção da Usina de Belo Monte.
Concordamos com o companheiro Osmarino Amâncio, líder histórico dos seringueiros da Amazônia, quando ele fala: "A ministra Marina Silva garantiu a parte jurídica para a destruição da Amazônia. Ela aceitou o transgênico, que é totalmente inaceitável na Europa. Ela ajudou a implantação do Projeto Gestão de Florestas Públicas (dispõe sobre a concessão e gestão de florestas públicas para produção sustentável) que, na verdade, trata-se da mercantilização da Amazônia. Ela dá por 40 anos, prorrogáveis por mais 30, portanto, um total de 70 anos, de concessão às multinacionais e ao agronegócio para que explorem a Amazônia. A ex-ministra Marina Silva privatizou 5% de rios, lagos e mares para o agronegócio. Ela criou o selo FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal – a certificação é um processo voluntário em que é realizada uma avaliação de um empreendimento florestal, por uma organização independente, a certificadora, e verificado os cumprimentos de questões ambientais, econômicas e sociais), atendendo a interesses de várias organizações não-governamentais (ong’s), mas tudo isso não passa de “lavagem” (tornar legal) de madeira retirada ilegalmente. Ela nunca discutiu nada disso com os povos da Amazônia. A Marina Silva tem uma história muito bonita como seringueira, como militante social e como senadora, mas como ministra foi uma verdadeira decepção. Ela diz que a história irá mostrar… a história não irá mostrar: já está mostrando!"(entrevista de Osmarino no Jornal do Sindicato dos Químicos Unificado de SP)
Quando foi candidata à presidente da república, em 2010, seu vice foi o empresário Guilherme Leal, presidente da Natura, aliado muito diferente daqueles de outros momentos, tais como Chico Mendes e o inúmeros trabalhadores rurais que se enfrentaram com o poder dos grandes capitalistas extrativistas. Infelizmente, Marina tem demonstrado mais compromisso com os grandes empresários do que com o meio-ambiente
É preciso que o espaço e a confiança que a classe deposita na frente “Belém nas mãos do povo” seja concretizada em um programa que defenda o meio-ambiente, que se posicione contra o código florestal, aprovado recentemente pelo governo Dilma e, principalmente, que rompa com a burguesia e seus interesses.
É por isso que nós do PSTU, como parte da coligação, não apoiamos Marina e não aceitamos incorporá-la na frente eleitoral de Belém. Defendemos que a aliança seja com a classe trabalhadora e com o povo pobre de nossa cidade, sem a influência da burguesia e de sua “sombra”
Estamos ao lado dos trabalhadores rurais, dos movimentos que resistem à implantação de Belo Monte, entre eles, o movimento Xingú Vivo, somos contrários à criminalização dos que lutam pela terra e pelo meio-ambiente. O apoio desses lutadores, comprometidos com a classe, é muito mais importante e valioso que o apoio de Marina Silva. É o apoio deles que a frente deve buscar, é para eles que a frente deve governar!
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Belém, 27 de agosto de 2012.
2 comentários:
Meu candidato José Priante tem um projeto muito importante e colaborativo, principalmente para nós que somos mães, que é o Creches nos Bairros. São creches em instituições religiosas e comunitárias, onde a prefeitura entra com os educadores, alimentação, material didático, e as instituições disponibilizam o espaço e ajudam a cuidar das crianças. Assim muitas mães poderão trabalhar fora!
Saudações irmãos e irmãs de Umbanda e Candomblé!
Algo que estamos lutando durante muito tempo está prestes a se tornar realidade, em discurso o nosso irmão e candidato Edmilson nos prometeu isenção de IPTU dos terreiros de Umbanda e Candomblé, assim como os templos dos nossos irmãos católicos e evangélicos. Além disso, ele promete combater a intolerância religiosa e nos concedera o direito a realizações de cultos em espaços públicos, incluindo também a proteção e preservação dos conhecimentos tradicionais.
Sou praticante do Candomblé e nunca vi um apoio tão grande de um político a nossa religião.
Esse é nosso canditato, Saravá a todos!
http://www.programabacana.com.br/site/?p=324
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