29 outubro 2012

O que é Revolução?

Imagine o fim do mundo. Em sua cabeça agora pipocam cenas do filme “Armagedon”, “2012” ou versículos do Apocalipse. Meteoros, terremotos, guerras e pragas acabam em pouco tempo com tudo o que o homem e a natureza construíram ao longo dos séculos. A vida se extingue na Terra e o planeta gira frio e silencioso no espaço infinito. Imaginou?

Agora imagine o fim do capitalismo. Mais difícil? Nenhuma cena lhe vem à mente? Nenhuma hipótese? Normal. Para a maioria das pessoas é mais fácil imaginar o fim de um planeta inteiro, do que o fim de um sistema social. É como se achássemos que o futebol pode acabar um dia, mas o nosso time favorito – nunca! Como se vê, não faz muito sentido.

A verdade é que o colapso dos sistemas sociais é um fato relativamente comum na história da humanidade e muito mais provável do que a invasão da Terra por alienígenas ou a existência do Godzila. Quando a crise aguda de um sistema social se combina com uma enorme elevação da atividade política das massas, que passam a intervir diretamente no rumo dos eventos históricos, estamos diante de uma revolução social.

As revoluções ocorrem porque as classes sociais não se aposentam. A burguesia não pode ser pacificamente convencida a ceder o seu lugar de classe dominante aos trabalhadores. Também não pode ser expulsa lentamente do poder com a eleição de cada vez mais e mais operários aos cargos públicos. Ela só deixará a cena histórica à força. Dessa maneira, a revolução não é “uma das vias possíveis” para o socialismo. É a única existente.

Toda revolução é impossível...
O senso comum nos ensina que a revolução é impossível porque as pessoas são acomodadas e passivas. Esse argumento tem bastante força. O revolucionário convicto tenta responder, mas olha ao seu redor e não vê nem traço da tal revolução...
De fato, a psicologia humana é bastante conservadora. Ninguém ama a luta e o enfrentamento. Ninguém gosta de arriscar seu emprego em greves e paralisações que não têm nenhuma garantia de vitória. Ninguém quer trocar o presente certo pelo futuro duvidoso.

E, no entanto, dizemos que justamente essa mentalidade passiva e acomodada é a razão mais profunda de todas as revoluções que ocorreram até hoje. Podemos afirmar, sem medo de errar, que as revoluções acontecem não porque as pessoas sejam rebeldes, mas ao contrário: porque são conservadoras.

… até que se torna inevitável!
O conservadorismo e a passividade dos trabalhadores fazem com que a sociedade acumule contradições ao longo do tempo. Os problemas vão se agravando lentamente e nunca se resolvem. A população suporta o máximo que pode sem reagir. Os políticos moderados, que prometem paz e tranquilidade, quase sempre ganham as eleições. Os burocratas, que odeiam as greves e só sabem dizer “sim” à patronal, controlam o movimento sindical sem maiores turbulências. Os líderes traidores são os mais prestigiados.

Mas qualquer mecânico sabe que quanto mais pressionada uma mola, mais energia ela contém e quem a pressiona precisa ter muito cuidado para que ela não voe em seu rosto de repente. Assim, esmagando-se o proletariado durante anos e anos, chega-se a um ponto em que tudo vai pelos ares. De um dia para o outro, as massas despertam para a vida política e saem às ruas para tentar resolver, o mais rápido possível, todos os problemas acumulados durante décadas de passividade. Numa situação dessas, diante de tanto tempo perdido, é inevitável que recorram a ações radicalizadas e a métodos revolucionários. Essa brusca mudança no ritmo de atividade política das massas permanece incompreensível para a burguesia e seus analistas, que atribuem a radicalização do conflito à ação de “infiltrados” e “demagogos”.

É uma contradição: se as massas fossem sempre rebeldes, as revoluções simplesmente não aconteceriam porque a sociedade resolveria os seus problemas na mesma medida em que eles surgem. A energia não se acumularia. A “válvula de escape” estaria sempre aberta, liberando pressão social e garantindo a estabilidade da nação. A história avançaria lenta e pacificamente, sem saltos ou rupturas. Mas o conservadorismo das pessoas faz com que elas adiem a resolução de seus problemas até um ponto em que a vida torna-se insuportável e a revolução, a única saída.

Consciência e correlação de forças
Seria falso, no entanto, dizer que as revoluções acontecem apenas porque a vida torna-se insuportável. Para que uma revolução ocorra, é preciso que haja também uma profunda mudança na psicologia das classes. Mais precisamente: na forma como cada classe enxerga a si mesma e as outras. 

Todo o dirigente operário sabe que antes de entrar em uma greve os trabalhadores querem saber se há mesmo condições de vencer. O outro turno vai parar? O que diz a patronal? É verdade que a polícia invadiu a outra planta? A federação pelega vem junto? Os trabalhadores querem saber com que forças podem contar, qual o objetivo preciso da luta e se a direção do sindicato está segura de si ou, ao contrário, vacilante. Assim raciocinam os trabalhadores diante das greves. Nas revoluções não 
é diferente.

Graças à ideologia dominante, as massas tendem a acreditar muito mais na força de seus opressores do que nas suas próprias. Para que uma revolução ocorra, é preciso que isso mude e que os trabalhadores passem a enxergar a possibilidade de vitória. Por outro lado, a burguesia, sempre decidida e coesa, precisa estar em crise, dividida, acoada, amedrontada por sua própria impotência. Junto com isso é preciso que as classes médias e os pequenos proprietários, que sempre seguiram a burguesia, olhem com simpatia para o proletariado e suas organizações, ou ao menos se mantenham neutros no conflito. O que provoca todas essas mudanças na consciência das classes é a situação objetiva: a crise econômica, social e política. 

Por último, o medo e a divisão da burguesia precisam contaminar as forças armadas, principal pilar de qualquer Estado. Assim, os órgãos repressivos também se dividirão e não serão capazes de deter a marcha do movimento de massas.
Ou seja, é preciso que se inverta a correlação de forças entre as classes a favor do proletariado. As classes precisam trocar de papel, como naqueles filmes em que as pessoas trocam de consciência e passam a pensar uma com a cabeça da outra. Toda essa complexa combinação de fatores pode ser bastante rara, mas não é de nenhum modo impossível. De tempos em tempos ela ocorre. Toda a história o demonstra.

Liderança e organização
O senso comum nos ensina que a revolução é impossível porque não há um líder. Essa afirmação é parcialmente verdadeira e, portanto, parcialmente falsa. 

Para o bem ou para o mal, a história demonstra que as explosões revolucionárias acontecem mesmo sem a existência de uma liderança central. Aliás, esse tem sido o grande problema das revoluções: as massas saem às ruas, derrotam exércitos, derrubam regimes e governos, mas não conseguem encontrar uma saída para a situação. A energia revolucionária se dispersa como o vapor saindo de uma panela de pressão mal vedada.
A liderança e a organização são necessárias não para a existência da revolução, mas para que ela seja vitoriosa. Ora, o que é um líder? É aquele que aponta um caminho, que organiza as forças e estabelece os objetivos do combate, que reúne as tropas após a batalha e resume as lições de cada luta. É evidente que as massas precisam disso para vencer. 

Toda revolução cria milhões de pequenos líderes que cumprem essas tarefas. Eles surgem naturalmente em cada bairro, fábrica e escola e conduzem as massas em suas ações cotidianas. Mas as redes horizontais não bastam. A revolução não acontece no facebook ou no orkut. Ela precisa de uma estrutura vertical, que organize o proletariado em todo o país e seja capaz de, uma vez derrubada a ordem vigente, estabelecer o seu próprio governo em todo o território nacional. Chamamos essas estruturas de organizações de duplo poder, pois elas rivalizam com o Estado burguês, disputando com ele o controle da sociedade. 

Ao longo da história, essas organizações surgiram em praticamente todas as revoluções e receberam distintos nomes: soviets ou conselhos na Rússia de 1917, cordões industriais no Chile dos anos 1970, comitês de fábrica na Alemanha dos anos 1920 etc. A crise do Estado burguês e a autoridade dessas organizações perante as massas fazem com que elas se tornem verdadeiros “Estados paralelos”, emitindo ordens, controlando parte da economia, criando milícias armadas etc. A burguesia vê tudo isso, reclama, esperneia, mas nada consegue fazer. A tomada do poder pelo proletariado deixa de ser um sonho distante e torna-se assim uma tarefa possível e urgente.

Mas tudo isso não basta. É preciso que à frente dessas organizações estejam líderes conscientes, que tenham clareza dos objetivos, que saibam onde querem chegar e por que meios, que saibam propor às massas as tarefas mais adequadas para cada momento. Em outras palavras, é preciso que as organizações de duplo poder sejam dirigidas por um partido revolucionário, disciplinado e combativo, democrático e operário. Todo o heroísmo e a melhor organização do mundo não são nada sem um programa. 

Revolução e violência
O senso comum nos ensina que a revolução é ruim porque derrama sangue. Esse argumento soa estranho, sobretudo se olharmos para as favelas do Rio de Janeiro, por exemplo, que não vivem nenhuma revolução, mas onde o sangue dos trabalhadores é derramado todos os dias pelo caveirão, pela milícia e pelos traficantes. 

Mas a verdade é que a resposta a esse argumento é: depende. Os revolucionários não são amantes da violência, assim como os operários não organizam piquetes nas greves porque gostam de bater em seus colegas. É uma necessidade da luta.

Não podemos prometer uma revolução “bonita”, “de veludo” ou qualquer outro adjetivo fofo. O proletariado não tem bons modos, talvez porque a burguesia nunca o tenha ensinado. O que podemos dizer é que quanto mais massivo for o apoio à revolução, menos sangue ela derramará. Durante a tomada do poder pelos bolcheviques na Rússia em 1917 morreram sete pessoas, a maioria atropelada acidentalmente pelos blindados que patrulhavam as ruas da capital. A burguesia simplesmente se escondeu. Já na Guerra Civil, organizada pelo imperialismo para derrotar a república soviética, morreram milhões. Quem exerceu a violência foi a contra-revolução, não o proletariado.

Vitória e derrota
A tomada do poder pelo proletariado não encerra a revolução. Ao contrário. As massas tomam o poder porque chegam à conclusão de que sem ele não conseguirão resolver seus problemas mais elementares: comida, paz, terra, liberdade etc. Dessa forma, a instauração do poder operário abre uma nova etapa no processo revolucionário: a etapa das medidas revolucionárias, da ditadura do proletariado. Nessa etapa, as massas se enfrentarão com todo o tipo de inimigo e adotarão todas as medidas necessárias à vitória: a expropriação da burguesia, a planificação econômica, a resistência armada etc.

Assim, para triunfar definitivamente, a revolução precisa se aprofundar dentro do país e se expandir para fora dele, rompendo o cerco imperialista. A sobrevivência da revolução depende de sua capacidade de contaminar outros territórios, em primeiro lugar os países imperialistas mais importantes. Somente assim é possível atar as mãos e os pés do imperialismo e evitar o contra-ataque. Como no futebol, “quem não faz, leva”. A revolução não admite retranca. Qualquer tentativa de “convivência pacífica” com o imperialismo significará a morte lenta da nação proletária. A revolução será internacional ou será derrotada.

Revolução e futuro
A burguesia prefere ver o fim do mundo do que o fim do capitalismo. Talvez porque entenda corretamente que o fim do capitalismo será para ela o fim do seu mundo. Mas só para ela. Para o proletariado, ao contrário, o triunfo da revolução será apenas um novo começo, significará o término da pré-história do homem e o início da verdadeira história da humanidade.

Fonte: www.pstu.org.br

27 outubro 2012

Diário do Pará Ipespe: Edmilson e Zenaldo em empate técnico.


O “Diário do Pará” publica na edição de domingo (28), que circula nessa tarde de sábado, pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe) sobre o 2° turno da disputa para a prefeitura de Belém:
> Espontânea:
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> Estimulada:
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> Votos válidos
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> Rejeição:
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Fonte: blog do Parsifal



25 outubro 2012

Edmilson ultrapassa Zenaldo!



Diferença de 4% para Edmilson. A maré vermelha cresce cada vez mais!
Segundo a a pesquisa do Ibope que será publicada no jornal O Liberal de amanhã, 25, quinta-feira, o candidato Emilson aparece com 52% dos votos e o candidato Zenaldo tem  48% da preferência do eleitorado.
Confira quando o jornal circular: a pesquisa foi protocolada no TRE sob o nº 003392012. A previsão de publicação para hoje (24) foi adiada para amanhã.

21 outubro 2012

NÃO FAZEMOS CAMPANHA COM LULA!

A CST-PSOL se retira da campanha e declara voto crítico em Edmilson

1- No dia 17/10 nos posicionamos com nota sobre os erros que víamos na campanha de Edmilson. A aliança com partidos da ordem e corruptos impôs um rebaixamento programático e a diluição de nosso perfil, ao ponto de que um vereador do DEM está apoiando Edmilson.

2- Isso explica o crescimento do tucanato, que tanto mal fez e faz ao nosso país e ao Pará. Ao misturar nosso partido com antigas ratazanas patronais e ao PT estamos perdendo a oportunidade de apresentar um projeto alternativo para enfrentar, pela esquerda, o PSDB de Zenaldo. Não podemos esquecer que os Tucanos venceram o governo estadual, derrotando Ana Júlia, em função do desgaste do projeto neoliberal aplicado pelo PT. Lembrando que o governo Ana Júlia/Jáder reprimiu a greve dos trabalhadores da educação dirigida pelo SINTEPP, dentre outras categorias. Acrescentamos que, em Belém, as traições nacionais do PT produziram a derrota de Dilma no segundo turno de 2010, o que explica o péssimo resultado do PT em 2012.

3- No entanto, o que estava ruim ficou pior. Com a definição de Lula de gravar programas de TV para Edmilson todos os limites foram ultrapassados. Assim, levam nosso partido para a vala comum da base aliada do governo Dilma/Temer e da ordem estabelecida, cujo maior representante é Lula. Por essa via, ao se aliar ao governo PT/PMDB, o partido do ficha suja Jáder Barbalho e de Priante, entrou definitivamente em nossa campanha. Nós não esquecemos que o governo Dilma/Temer indicou Luis Fux ao STF para roubar o mandato de Marinor Brito, recolocando Jáder no Senado. Montaram, assim, um palanque que nossa corrente não vai compartilhar!

3- É com profunda perplexidade e indignação que assistimos a declaração de Lula, usando o tempo de TV do PSOL para iludir os trabalhadores e o povo pobre ao mesmo tempo em que usa nosso partido para tentar respaldar pela esquerda o seu projeto político nacional. Lula afirma que os governos do PT melhoraram a vida do povo trabalhador e significaram valorização das áreas sociais. A nossa situação não é essa. O censo do IBGE de 2010 mostra que metade da população tem rendimento per capita de até R$ 375,00. Nos últimos anos aumentou a privatização da saúde, o favorecimento aos tubarões do ensino e os programas habitacionais servem para favorecer as empresas privadas do setor. Agora mesmo, Dilma acaba de privatizar os aeroportos, a previdência dos servidores federais, os hospitais universitários, tudo feito com aumento da criminalização dos movimentos sociais, seja o corte de ponto aos grevistas ou as tropas federais no canteiro de Belo Monte, por exemplo.

4- É a primeira vez que Lula apóia um candidato do PSOL. É a primeira vez que o governo Federal, o governo Dilma, apoia nosso partido. Lula é a figura que simboliza a conversão do PT em um instrumento da ordem e da classe dominante. Traição que deu origem ao PSOL, pela sua capitulação ao FMI, à política econômica de Meireles e Palocci. Desde o início, os parlamentares Radicais e os militantes do PSOL combateram Lula e a reforma da previdência e as demais reformas neoliberais, as privatizações e os leilões do petróleo, a criminalização das lutas e o arrocho salarial aos servidores, o pagamento de 45% do orçamento para pagar juros aos banqueiros e o Mensalão. Por isso não aceitamos que o chefe dos mensaleiros, aquele que em nome da esquerda aplicou a política neoliberal no nosso país, aquele que simboliza a traição da luta histórica dos trabalhadores apareça nos programas do PSOL!

5- Não é para isso que dedicamos nossas vidas a construção do PSOL! Não aceitamos a domesticação de nosso Partido! Não temos nada a ver com a ala que quer liquidar o partido, o setor petista do PSOL, a ala governista de nosso partido! Não aceitamos as negociatas que o grupo de Edmilson, Randolfe e Ivan Valente fez com o PT e o governo federal, que significa fazer campanha para Haddad em São Paulo, o apoio de Randolfe para o PT em Rio Branco-AC, passando por cima do PSOL no estado, tudo em troca do apoio de Lula em Belém! Trata-se de acordos tão fisiológicos e oportunistas, que em Belém (Edmilson) está com o governo federal e Lula contra o PSDB, enquanto em Macapá (Clécio) está com DEM/PSDB disputando contra o PDT e Lula.

6- O pior é que o programa de Lula em Belém foi imposto por este grupo sem debater ou deliberar esta política na Executiva Municipal do Partido.

7- Este grupo acaba de lançar uma nota ameaçando as tendências que resistem internamente, sobretudo à situação esdrúxula do Amapá, onde o senador Randolfe e Clécio, estão aliados ao PSDB, DEM e PTB. Dizem que nossa posição deve ser “analisado à luz dos princípios partidários” dando a entender que podem vir a querer punir dirigentes, parlamentares, militantes de nosso campo e/ou regulamentar o direito de manifestação pública das tendências. Ameaças que repudiamos, que não nos calarão, nem nos impedirão de defender o PSOL e seu caráter de esquerda, radicalmente contrário aos dois blocos de poder da classe dominante: PT e seus aliados e o PSDB/DEM e seus aliados. Aqueles que sim devem ser punidos, são os atuais dirigentes que desrespeitam nossas resoluções congressuais, passam por cima de nossas instancias e fazem acordos e negociatas com tudo e com todos.

8- Para defender o PSOL, para defender o caráter de esquerda de nosso partido, a CST-PSOL se retira da campanha e chama voto crítico em Edmilson. Do mesmo modo, propomos a todas as correntes, grupos e movimentos sociais que compõem a frente eleitoral para repudiar essa situação, adotando a mesma atitude.

Em Defesa do PSOL! Pela oposição de esquerda contra o governo do PT/PMDB e a velha direita PSDB/DEM! Viva a luta pelo Socialismo!



21/10/2012

CST – Corrente Socialista dos Trabalhadores

Silvia Letícia – Secretária Geral do PSOL Belém
Douglas Diniz – Membro da DN e Secretário de Organização do PSOL Belém
Julia Borges – Membro do Diretório Municipal do PSOL Belém
Francisco Lopes – Diretório Municipal do PSOL Belém
Cedicio de Vasconcelos – Diretório Municipal do PSOL Belém
Neide Solimões – Executiva Estadual do PSOL Pará
Denis Melo – Executiva Estadual do PSOL Pará
Messias Flexa – Diretório Estadual do PSOL Pará
Joyce Rabelo – Diretório Estadual do PSOL Pará
Reginaldo Cordeiro – Diretório Estadual do PSOL Pará
João Santiago – Diretório Estadual do PSOL Pará
Mariza Mercês Moreira – Diretório Estadual do PSOL Pará



Babá – Silvia Santos – Michel Oliveira – Nancy de Oliveira Galvão – Diretório Nacional do PSOL

Pesquisa Ipespe: distância encurta entre Zenaldo e Edmilson!


O “Diário do Pará” publica na sua edição de hoje (21) pesquisa do IPESPE sobre o 2º turno em Belém. Embora o tucano Zenaldo Coutinho esteja na dianteira a distância para o psolista Edmilson Rodrigues é menor que aquela apontada pelo Ibope, publicada em “O Liberal”, também hoje.
> Abaixo os resultados do Ipespe:
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Em se considerando a margem de erro da pesquisa (3,5%) e observando uma diferença de 6 pontos entre os candidatos, é tecnicamente correto afirmar que a pesquisa captou um empate técnico no período em que foi realizada.

Atea responde ao frei Beto: maldade de ateus é lenda preconceituosa Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2010/10/atea-responde-frei-beto-maldade-de.html#ixzz29wWT4pkL Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.

por Daniel  Sottomaiorpresidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), para a Folha

No Brasil atual, é inimaginável um senador da República dizer que "tem pena" de judeus. Ou um apresentador de TV afirmar repetidas vezes que certo criminoso "só pode ser negro". Ou um candidato à Presidência afirmar que o judaísmo tem criado problemas no Brasil e no mundo e que é bom que o próximo mandatário supremo não seja judeu.

Ou um vilão de novela ser gay e atribuir sua maldade à própria homossexualidade.

Manual de tortura escrito por dominicanos
No entanto, esse é o país em que vivem cerca de 4 milhões de ateus -número aproximado, já que o IBGE nos nega essa informação, a despeito do art. 5º da Constituição: "Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica".

Todos esses casos são reais, referindo-se na verdade a ateus, mas ninguém foi destituído, despedido ou processado pelo Ministério Público. Por que será?

A Folha dá enorme passo na direção certa ao abrir espaço a esta resposta ao artigo "Dilma e a fé Cristã", de Frei Betto ("Tendências/Debates", 10/10). Nele, o dominicano afirmou: "Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau de arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte".

Não há como salvar essa lógica.

Trata-se de expressão clara de preconceito. Se a frase é inaceitável referindo-se a judaísmo ou negritude, então o mesmo deve valer para o ateísmo. E o contexto não poderia ser pior: o mote do artigo é salvar a candidata de "acusações" de ateísmo, ao invés de mostrar que ateísmo não é matéria de acusação em sociedade não discriminadora.

Identificar grupos de pessoas a deficiência física, estética, mental, moral ou até teológica sempre foi a racionalização do discriminador.

A maldade dos ateus é mais uma dessas lendas preconceituosas, reafirmada ad nauseam pela sacrossanta Bíblia Sagrada e por quase todos os seus cristianíssimos seguidores, apesar de desautorizada por todos os dados disponíveis.

A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) vem congregando descrentes em todos os quadrantes do país, esclarecendo a sociedade, defendendo os ateus da posição inferior que nos querem impingir, lutando por um Estado verdadeiramente laico e levando aos tribunais as pessoas e instituições que insistem no contrário.

Isso, sim, é ateísmo militante.

Ironicamente, bulas papais como Ad extirpanda e Dum diversas deixam claro que o cristianismo militante inclui tortura e escravização de descrentes. Não consta que tenham sido revogadas.

O grande manual de tortura de todos os tempos, Malleus Maleficarum, foi escrito também por dominicanos, e serviu de guia, durante séculos, para a violência católica contra infiéis.

No caso a que Frei Betto se refere, os papéis também estão invertidos: combater o ateísmo era uma das justificativas para a ditadura, sintomaticamente inaugurada com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

É o teísmo militante, naquela época como hoje, alimentando-se do preconceito escancarado contra ateus, sequestrando e engravidando a política, em nome dos bons tempos, para nela conceber seus frutos. Vejam só no que deu.

Ateus sofrem preconceito igual ao gay dos anos 50, diz filósofo.
maio de 2010



17 outubro 2012

Polarização eleitoral no 2º turno em Belém deve expressar a luta dos trabalhadores contra os ataques dos patrões e governos.


PSTU-BELÉM
 


• Com 32,57% dos votos contra 30,69%, Edmilson Rodrigues, candidato à prefeito pela Frente ‘Belém nas Mãos do Povo’ (PSOL, PCdoB, PSTU), venceu o 1º turno das eleições municipais na capital paraense com uma diferença de quase 2% dos votos em relação ao tucano Zenaldo Coutinho, candidato da Frente ‘União em defesa de Belém’ (PSDB, PSB, PSDC, PMN, PTC, PTdoB, PRP, PSD).

Esse resultado retrata não só uma polarização eleitoral entre dois nomes bastante conhecidos na política belenense, mas expressa também, ainda que de maneira distorcida e mediada, uma polarização entre classes sociais e projetos políticos distintos. É a tradicional disputa entre esquerda e direita, entre ricos e pobres, entre trabalhadores e burgueses.

A particularidade desta polarização reside fundamentalmente no fato de que:
1º- não é o PT que desempenha desta vez o papel de porta-voz da esquerda, dos movimentos sociais e dos segmentos mais explorados e oprimidos da classe trabalhadora nesta disputa, e sim uma frente hegemonizada por partidos que fazem oposição de esquerda ao governo Dilma, apesar da contraditória presença do PCdoB nesta frente, e está também no fato de que: 2º- a conjuntura econômica e política em que se situa estas eleições reflete um momento de forte desaceleração econômica do Brasil no marco de uma das maiores crises internacionais do capitalismo, o que possibilitou o cenário de guerra social existente hoje na Europa entre o proletariado de diversos países contra os planos de ajuste da Troika (FMI, BCE e UE) e um ano de muitas e duríssimas greves dos trabalhadores contra os governos e os patrões num Brasil que há uma década é governado pelo PT. São os sinais de que a crise se aproxima do Brasil e de que os trabalhadores estão em busca de alternativas políticas.

Qual deve ser a posição dos socialistas revolucionários diante dessa realidade?
A primeira tarefa é, sem dúvida alguma, derrotar a candidatura da direita. Zenaldo Coutinho é a representação política dos grandes empresários, latifundiários e banqueiros. Seu partido é o símbolo dos setores da burguesia que odeiam os movimentos sociais e que defendem a privatização de nossas riquezas, empresas e serviços públicos. Uma possível vitória de Zenaldo poderia dar fôlego para que um novo massacre do Pinheirinho ou um novo Eldorado de Carajás pudessem acontecer em nossa cidade que tem um gravíssimo problema de ocupação fundiária. Ou poderia ser o ensejo que faltava aos privatistas para tentarem vender pela 3ª vez o serviço de saneamento e abastecimento de água da cidade.

A história política de Zenaldo começou em fins dos anos de 1970, em plena ditadura militar, organizando a juventude do PDS, partido herdeiro da ARENA, que comandou o país nos “anos de chumbo”. Os trabalhadores e o povo pobre de Belém não precisam de mais um governo que perseguirá os trabalhadores informais, que irá arrochar os salários do funcionalismo municipal e irá fazer negociatas com os empresários de ônibus e empreiteiras. Estes lucrarão rios de dinheiro às custas do sofrimento do povo que precisa de transporte coletivo barato e de qualidade e de obras públicas que garantam emprego, moradia, saneamento, saúde, educação, cultura e lazer, mas que servirão para drenar os recursos públicos para meia-dúzia de empresários que não tem compromisso com o povo pobre de nossa cidade.

A segunda tarefa é batalhar no interior deste bloco social e político encabeçado por Edmilson Rodrigues e pelo PSOL por um programa classista e socialista. Essa frente, que capitaliza a esperança de muitos que se desiludiram com o PT, tem por obrigação fazer diferente. Precisa resgatar o programa classista de defesa dos trabalhadores, que começa por inverter prioridades, propondo medidas para governar a cidade para aqueles que a constroem e não para os poderosos.

As alianças que tem se dado no segundo turno, em que PT, PDT e PPL chamam voto em Edmilson, só tem sentido se não significar rebaixamento programático. É errado aceitar como condicionante a ausência de críticas ao governo federal, como exigiu o PT. Dilma já está preparando uma nova reforma da previdência e o Acordo Coletivo Especial que poderá acabar com direitos trabalhistas históricos, como o 13° salário e a multa de 40% do FGTS. O PSOL e sua principal figura pública não tem o direito de se calar diante desses ataques. Não pode também significar o aceite de dinheiro vindo dos grandes empresários, repetindo o erro cometido no primeiro turno, pois o que eles aplicam agora voltam para cobrar depois. A independência política e financeira em relação à burguesia é um princípio inegociável para os socialistas, mesmo diante de uma polarização eleitoral duríssima contra a direita.

A força dos trabalhadores e do povo pobre é maior do que qualquer aliança com os partidos da burguesia ou do governo. O compromisso, portanto, tem de ser estabelecido com a classe. E, para que ela tenha seus interesses atendidos, é preciso garantir que ela decida 100% do orçamento, que aumente os investimentos na educação, que haja projetos de moradia para quem ganha até 3 salários mínimos, que a tarifa de ônibus seja reduzida, que haja passe-livre para estudantes e desempregados. É preciso combater as privatizações, reestatizar o sistema de transporte público e investir dinheiro público exclusivamente no serviço público.

Os trabalhadores, o povo pobre e a juventude de Belém têm, portanto, no dia 28 de outubro um desafio histórico que é votar Edmilson prefeito para impor uma derrota à direita e à burguesia, e consolidar um programa e um bloco social e político independente dos governos e patrões para levar às ruas as reivindicações imediatas e históricas dos setores mais explorados e oprimidos da nossa sociedade para que um possível governo do PSOL seja de fato um governo para os trabalhadores.


Fonte: www.pstu.org.br 

14 outubro 2012

No vácuo do PT e PMDB, PSDB cresce no Pará!


Se a nível nacional, o PSDB perdeu espaço, com uma queda no número de prefeituras de 787 para 688, no Pará, a situação é diferente. Alavancado pelo apoio político do governador Simão Jatene e principalmente com o vácuo deixado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que perde cada vez mais espaço no estado, o PSDB não só cresceu o número de prefeituras como irá administrar Santarém, no oeste do Pará, com Alexandre Von e Ananindeua, na Região Metropolitana, com Manoel Pioneiro, as duas cidades mais populosas do estado depois de Belém.

O tucanato elegeu diretamente 31 prefeitos (com uma população total de mais de 1,77 milhões de habitantes), além de participar de dezenas de outras coligações, sendo a principal força política destas eleições no Pará.

Além disto, com uma votação expressiva (237.252 votos ou 30,67% do eleitorado) e até certo ponto surpreendente, o candidato tucano Zenaldo Coutinho, vai ao segundo turno em Belém contra Edmilson Rodrigues (PSOL), de quem se esperava uma vitória ainda no primeiro turno (252.049 votos ou 32,58%). E é Belém, que o PT teve uma das piores votações em capitais e grandes cidades. Acabou ficando na 7° colocação, com apenas 23.678 votos (3,06%). Na capital paraense, o PT acabou elegendo apenas 03 vereadores (do total de 35); 1 em Ananindeua (do total de 25); 2 em Santarém (do total de 21); 1 em Marabá (do total de 21).

Mais do que o julgamento do mensalão, a lembrança do governo Ana Júlia Carepa (2007-2010) ainda pesa para os petistas, enquanto o tucanato, com um histórico de desmandos e desastres políticos similares, cresce no vácuo da estrela. O PT sai desta eleição no Pará ainda como terceiro partido do estado (24 prefeituras em municípios que totalizam 888 mil pessoas), mas é cada vez mais um partido de cidades pequenas e que em nada se diferencia dos demais.

O PMDB, que no Pará é quase sinônimo Jáder Barbalho, não conseguiu empurrar José Priante em Belém (acabou ficando na quarta posição) nem José Maria Tapajós em Santarém (terminou em terceiro), mas assim como o PT, governará 29 pequenos municípios pelo estado, a exceção de Castanhal (Paulo Titan), deixando de ser a principal força do estado.

A principal derrota do PSDB no Pará se deu em Marabá. Lá os tucanos perderam para a candidatura de João Salame (PPS, coligado com PT e PMDB).
Fonte: língua ferina

08 outubro 2012

Cleber Rabelo e Amanda Gurgel são eleitos vereadores pelo PSTU, em Belém e Natal Além de Natal e Belém, o PSTU nessas eleições contou também com votações expressivas em outros estados


• Nesse dia 7 de outubro, os trabalhadores, os movimentos sociais e a luta pelo socialismo conquistaram dois importantes pontos de apoio no parlamento. Amanda Gurgel em Natal e Cleber Rabelo em Belém, foram eleitos vereadores pelo PSTU, em duas expressivas votações.

Amanda Gurgel, a professora que se tornou conhecida após o vídeo em que denuncia o caso da educação se tornar febre na Internet, foi a vereadora mais votada da história da capital potiguar, com mais de 32.600 votos, quase 9% dos votos válidos. Algo como 24 mil votos à frente do segundo colocado. Para se ter ideia, o vereador mais votado da cidade havia tido 14 mil votos. A votação de Amanda garante mais duas cadeiras à Frente Ampla de Esquerda (PSOL e PSTU).

"Tenho orgulho de ser do PSTU, professora e mulher"
Emocionada, Amanda Gurgel agradeceu os votos, reforçando porém que, mais importante que um mandato, deverá ser a mobilização e a luta. "Todos os companheiros aqui, do mais antigos aos mais novos, sabem que o nosso lugar é a luta, sempre fizemos questão de deixar isso claro, nunca dissemos 'votem em Amanda Gurgel que vai calçar sua rua', cada uma das 33 mil pessoas que votaram em nós tem o dever de construir esse mandato"

Sobre a vitória histórica, Amanda reconheceu que suas características pessoais foram importantes, mas afirmou que "não seria possível se o meu partido não fosse um partido socialista, um partido revolucionário".A vereadora eleita com mais votos na história de Natal deu um relato emocionante sobre sua experiência com o PSTU. "Eu vi na primeira greve que participei quem era que construía a luta, quem estava com os trabalhadores, quem carregava a bandeira, e esse partido era o PSTU"

No discurso que realizou à militância e aos apoiadores da candidatura, Amanda reafirmou, arrancando lágrimas dos presentes e das pessoas que acompanhavam a comemoração via Internet em todo o país:"Eu tenho muito orgulho de ser do PSTU, de ser professora, de ser mulher e tenho muito orgulho de dizer: essa é uma vitória de todas nós".

Dá lhe peão. Cleber Rabelo Vereador!
A eleição do primeiro operário da construção civil eleito para a Câmara de Vereadores de Belém emocionou muita gente nesta noite de domingo.

Com 4.691, Cleber Rabelo, operário da construção, foi o terceiro mais votado na coligação PSOL/PSTU. O operário chegou à sede do PSTU de Belém carregado por centenas de peões, militantes do partido e ativistas da campanha.“A festa foi tamanha que o pessoal fechou a rua Almirante Barroso, rua da sede do PSTU e uma das principais vias da cidade”, disse Willian Mota, da direção do partido.

Ao portal do PSTU, Cleber agradeceu a eleição a aqueles que dedicaram parte de suas vidas a uma campanha financiada pela classe trabalhadora e não pelos patrões. “Eu agradeço aos trabalhadores que votaram em mim. Essa não é uma vitória minha, mas de todos os trabalhadores de Belém, sobretudo, dos operários da Construção Civil. Esse mandato será um ponto de apoio para as lutas dos trabalhadores não só de Belém, mas de todo o Brasil”, disse emocionado.

Cleber também ressalta que seu mandato será construído com independência política e financeira dos patrões. “Meu mandato não vai ser de gabinete. Nosso gabinete será o canteiro de obras, os bairros onde os trabalhadores de Belém moram”.

O vereador-peão também garantiu que em seu mandato não haverá privilégio e disse qual será sua primeira medida na Câmara Municipal. “O primeiro projeto que nós vamos apresentar na Câmara será justamente para reduzir os salários e acabar com as mordomias dos políticos, vamos levar também um projeto de auditoria das contas da Prefeituras”, explica. E ainda completou: “Esse é um passo importante para a luta do povo trabalhador, mas também é uma oportunidade para mostrar como de fato se constrói um mandato socialista” 

A vitória está sendo comemorada não só nas duas capitais, mas em todo o país. Foram duas campanhas militantes, sem o dinheiro de empresas ou empreiteiras, sem cabos eleitorais pagos e sem rebaixar um programa socialista para construir uma cidade para os trabalhadores.

Vitórias expressivas
Além de Natal e Belém, o PSTU nessas eleições contou também com votações expressivas em outros estados, como é o caso de Vera Lúcia em Aracaju (SE), com 6,68% dos votos válidos, ou 20.241 votos, à frente dos candidatos do PV e do PPS.

Já em Belo Horizonte, Vanessa Portugal fechou a votação em quarto lugar, com 1,5%, quase 20 mil votos. Resultado expressivo se levarmos em conta a enorme pressão pelo chamado "voto útil" no candidato do PT, e principalmente no fato de que Vanessa foi boicotada de todos os debates na TV. Durante a campanha, a candidata chegou a ter 3% nas pesquisas.

No interior de São Paulo, a candidata do PSTU à prefeitura de Campinas, Silvia Ferraro, angariou 2,16% dos votos válidos, ou 10.915. Toninho, candidato a vereador em São José dos Campos, terminou as eleições como um dos mais votados na cidade. Enquanto fechávamos esse texto, 94% dos votos já haviam sido apurados e Toninho estava em sétimo lugar, só não sendo eleito devido ao coeficiente eleitoral. Já o candidato de Macapá, Genival Cruz, contou com 3,16% (6451 votos). 


Atualizada às 22h15

06 outubro 2012

ELEIÇÕES – Edmilson e Zenaldo no segundo turno!


Segundo o Acertar, instituto de Belém célebre pela margem de acerto de suas projeções e constituído por uma equipe de competência, experiência e probidade comprovadas, a mais recente pesquisa sobre intenção de voto para prefeito de Belém sinaliza a realização de segundo turno, a ser disputado entre o ex-prefeito e atual deputado estadual Edmilson Rodrigues (foto), do PSol, e o deputado federal Zenaldo Coutinho, do PSDB. Realizada entre 2 e 5 de outubro, com um total de 816 entrevistados, com uma margem de erro de 3,5 %, para mais ou para menos, a pesquisa foi registrada no TSE, o Tribunal Superior Eleitoral, e figura no site do Instituto Acertar, cujo endereço eletrônico éhttp://www.acertarcoop.com.br/ .A pesquisa foi encomendada pela Bacana Comunicação, Publicações e Vídeos, de Marcelo Marques, jornalista do grupo de comunicação da família do senador e ex-governador Jader Barbalho,o morubixaba do PMDB no Pará.
Os votos válidos, aqueles conferidos aos candidatos, excluidos os votos em branco e nulos e que são contabilizados para o resultado final da eleição pelo TSE, apontam para a realização de segundo turno. Edmilson Rodrigues, do PSol, tem 38,0% das intenções de voto, contra 62,0% da soma dos demais candidatos. Zenaldo Coutinho, do PSDB, figura em segundo lugar, com 23,2% das intenções de voto. Jefferson Lima, do PP, e José Priante, do PMDB, surgem empatados em terceiro lugar: o candidato do PP tem 13,0% dos votos válidos e o peemedebista 10,9%, configurando-se um empate técnico, diante da margem de erro da pesquisa, que é de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Abaixo de Edmilson Rodrigues, do PSol, e Zenaldo Coutinho, do PSDB, seguem-se Anivaldo Vale, do PR, com 6,2%, contra 5,3% de Arnaldo Jordy, do PPS; 2,8% de Alfredo Costa, do PT; 0,3% de Marcos Rêgo, do PRTB; 0,2% de Leny Campelo, do PPL; e 0,1% de Sérgio Pimentel, do PSL.
Fonte: Blog do Barata 

02 outubro 2012

Amanda Gurgel(PSTU) diz que salário de vereadora não irá para seu bolso!


Formada em letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a professora Amanda Gurgel, que se notabilizou numa Audiência Pública na Assembleia Legislativa, quando questionou deputados estaduais e responsabilizou os políticos pela má qualidade da educação brasileira, decidiu entrar na vida pública disputando mandato de vereadora, após um longo período fazendo política estudantil. Ela disse que não pretendia ser candidata, mas após o vídeo mostrando sua participação no debate com os deputados, que inclusive teve repercussão nacional, apareceu a oportunidade e decidiu enfrentar o desafio. “Tenho a consciência que tudo na vida é definido através da política e eu sempre quis contribuir para as mudanças. Além disso, existe um apelo para que eu represente o PSTU”, ressaltou.
Amanda Gurgel pretende ser um instrumento de mudança por entender que a política tradicional “representa um fardo”, inclusive para a educação. Ela diz que “deputados e vereadores não legislam com base nos anseios da população, mas de interesses pessoais, de grupos e corporações que patrocinam suas eleições”. Amanda Gurgel lembra que o salário de um vereador paga quase 13 professores e que se eleita destinará os subsídios para as lutas sociais. “Não quero ser vereadora que muda e passa a usar roupas de grife e carrões. O salário de vereadora não entrará no meu bolso. Será usado para as lutas dos trabalhadores”, disse ela, acrescentando: “O PSTU é um partido revolucionário e não acredita em mudança no atual sistema, mas primeiramente tem que haver uma mudança de consciência. As pessoas têm que se mover, reivindicar, lutar. Na condição de vereadora, quero acompanhar a construção de espigões e os aumentos das tarifas de ônibus, por exemplo. Seremos a voz e o olhar dos trabalhadores”, observa a professora.
PROPOSTAS
Entre as propostas da professora Amanda Gurgel estão destinação de 30 por cento do orçamento municipal para a educação, garantindo escolas e creches em tempo integral, desprivatização da saúde municipal com reequipamento imediato de hospitais e postos de saúde, criação de uma empresa municipal de transportes para acabar com o monopólio das empresas privadas, além da defesa de um plano para completar o esgotamento sanitário da cidade de Natal e outro de preservação do meio ambiente com proteção para as dunas, manguezais, vila de pescadores e artesãos. Mais: arborização e transformação de todas as praças e bosques e nenhum hotel a mais na Via Costeira.
Candidaturas
Instigada a comentar sobre o perfil de cada candidato a prefeito de Natal nas eleições deste ano, a professora Amanda Gurgel, candidata a vereadora pelo PSTU, declarou o seguinte. Carlos Eduardo (PDT): “É o favorito no momento, não porque fez uma boa gestão, mas porque a atual administração é caótica. Não vejo Carlos Eduardo como uma boa alternativa para governar Natal nos próximos 4 anos”.  Hermano Morais (PMDB): “Pertence a um partido que nacional e historicamente tem feito alianças oportunistas. O PMDB não tem componente ideológico e é praticamente da velha política de troca de favores e benefícios”. Rogério Marinho (PSDB): “Está numa aliança com dois partidos que representam tudo de mais nefasto com relação aos trabalhadores brasileiros. Primeiro, o DEM, que é intransigente, autoritário e indiferente às demandas da população. Segundo, o PSDB que é o partido da privatização da saúde”.
Fernando Mineiro (PT): “Hoje o PT faz parte de um governo que desenvolve políticas assistencialistas e por isso consegue a simpatia da população menos favorecida, mas na prática dar continuidade as privatizações iniciadas no governo Fernando Henrique Cardoso. Mantém a mesma política econômica de interesses e de benefícios a banqueiros e empresários. Prova disso, é como o governo tem atuado nas greves dos servidores federais, criminalizando o movimento e tentando segregar as categorias, oferecendo maiores benefícios a uns e irrisórios a outros. Quero ter clareza sobre o que Fernando Mineiro pensa sobre a construção de hotéis na Via Costeira, por exemplo, que hoje tem servido apenas para lucros dos hoteleiros e não atende à população que poderia usufruir das suas belezas naturais”.
Robério Paulino (PSOL): “É o nome que a Frente Ampla de Esquerda, formada por PSOL, PSTU e movimentos populares apresenta à população. Ele constroi um partido de esquerda que é uma alternativa para os trabalhadores de Natal romperem com a velha política. Defende que a Via Costeira seja um bem público utilizado pela população”. Roberto Lopes (PCB): “Pertence a um partido de esquerda que está em construção. Mantivemos um diálogo com ele, mas não foi possível firmarmos uma aliança”.

CUT DESMONTA MAIS UMA GREVE NACIONAL DOS BANCÁRIOS!


Na última quinta-feira, 27/09, foi escrita mais uma página vergonhosa na história do movimento sindical brasileiro. A greve dos bancários, deflagrada no dia 18/09, foi totalmente desmantelada pela CONTRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, entidade orgânica à Central Única dos Trabalhadores/CUT), que abandonou a luta pelas reivindicações dos bancários para mais uma vez se colocar na defesa do Governo Dilma.
 
 Uma proposta ridícula diante de tantos lucros
 
Já no mês de setembro, após várias rodadas de negociação, os banqueiros e o Governo Dilma apresentaram uma proposta de 6% de reajuste, que na prática apenas iria repor a inflação do período. Com isso, os bancários foram à greve com a certeza de que era possível conquistar muito mais, pois se trata do setor da economia mais lucrativo do Brasil, batendo recordes – tanto nos bancos privados como nos estatais – ano após ano.
Após uma semana de greve, os banqueiros foram forçados a aumentar a ceder e apresentaram uma proposta de reajuste de 7,5%. Essa proposta foi resultado da forte adesão da categoria à greve (principalmente nos bancos públicos), mas ainda estava muito aquém tanto das reivindicações da categoria, como das condições financeiras dos bancos.
Nos últimos 16 anos (de FHC, passando por Lula e até chegar ao Governo Dilma) os lucros dos cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú-Unibanco, Santander e Bradesco) atingiram um percentual de 1.575%. Isto significa que somente os maiores bancos brasileiros tiveram uma lucratividade média de 112% ao ano.
Por outro lado, os percentuais dos salários dos bancários no mesmo período são bem diferentes. Os trabalhadores dos bancos privados acumulam desde a época do Plano Real até hoje uma perda salarial de aproximadamente 26%. Nos bancos públicos, a perda é ainda maior: os bancários do Banco do Brasil sofrem com uma defasagem de 86% e os da Caixa Econômica Federal aproximadamente 98, sem falar nos demais bancos (BNB, BASA, BANPARÁ, etc.).
A greve, que estava com uma forte adesão (mais de 9 mil agências em uma semana de paralisação), apesar de pouca participação da base nos piquetes e assembleias, mas estava no início, tinha, portanto, força para arrancar muito mais.
  
Dilma não governa para os bancários
 
Apesar da alta adesão dos bancários à greve, a categoria teve que se enfrentar com a intransigência do Governo Dilma, que desde o início da greve se negou a atender as reivindicações dos trabalhadores.
O discurso de Dilma foi sempre no mesmo tom: não era possível conceder aumentos acima da inflação, pois isso comprometeria as contas do governo. Mas as medidas adotadas por Dilma nos últimos meses são suficientes para desmentir tudo isto. Bastaram as ameaças da crise econômica internacional voltarem a rondar o Brasil para Dilma lançar um plano de incentivos aos grandes empresários que, dentre outras coisas, privatiza os portos, aeroportos e rodovias brasileiras e ainda prevê financiamento público do BNDES para as empresas envolvidas nas operações.
Mas esse pacote de concessões – que de tão pró-patronal foi chamado de “kit felicidade” por, Eike Batista, um dos maiores empresários do país – não foi a única medida a demonstrar que o Governo Dilma poderia contemplar as reivindicações dos trabalhadores dos bancos públicos. Durante a greve, o Banco do Brasil – que é de propriedade acionária estatal – montou uma megaestrutura de contingências (prédios comerciais alugados com tecnologia e logística para fazer funcionar as operações do banco realizadas por fura-greves) que custavam em média 200 mil reais cada. Isto mostra que o Governo Dilma, se quisesse, poderia atender as reivindicações dos bancários, desde que seu critério fosse governar para os trabalhadores, e não para os maiores empresários do Brasil.
Ao contrário disto, o governo do PT não apenas se negou a atender as reivindicações dos trabalhadores, como procurou a todo o momento desmantelar a greve, com a ajuda do sindicalismo governista da CUT.

A subordinação da CUT aos interesses dos banqueiros e do governo

Como se não bastasse a necessidade de enfrentar o setor mais poderoso da economia e o governo federal, os bancários em greve ainda tiveram que – mais uma vez – lutar contra um sindicalismo totalmente subordinado aos interesses patronais.
Desde os fóruns preparatórios a CONTRAF/CUT, definiu uma pauta de reivindicações que foi encabeçada por um índice de reajuste salarial de 10,25%, que não representa sequer a metade das perdas sofridas pelos trabalhadores dos bancos privados. Ou seja, enquanto os banqueiros lucram bilhões, a própria entidade sindical que representa a categoria nas negociações se nega a explorar o crescimento dos lucros da patronal com uma pauta que possa avançar de verdade na reposição das perdas que a categoria sofreu ao longo dos últimos 18 anos.
Mas isto tem um motivo. Para que o governo do PT não seja colocado na berlinda a cada greve dos bancários, foi instituída uma Mesa Única que conta somente com a presença dos banqueiros e o que sai dessa negociação seria teoricamente estendido também aos trabalhadores dos bancos públicos. No entanto, como as negociações de reajuste salarial são definidas numa mesa com a FENABAN, o governo se nega a negociar diretamente com os trabalhadores, sob a justificativa de que respeita a Convenção Coletiva Nacional da categoria. A CONTRAF/CUT, ao defender fervorosamente esse modelo de negociação nos dias de hoje, tem ajudado bastante o Governo Dilma, assim como ajudou a Lula: os bancários dos bancos públicos praticamente não avançaram em nada nas suas reivindicações específicas e a categoria até hoje nunca repôs as suas perdas.
Na greve deste ano, a CUT passou dos limites. Em função da intransigência dos banqueiros e de Dilma, as propostas apresentadas aos trabalhadores foram muito rebaixadas. Além do reajuste de 7,5% ser muito baixo se comparado aos lucros do sistema financeiro, os trabalhadores dos bancos privados não conquistaram a estabilidade no emprego e os dos bancos públicos não avançaram quase nada em suas reivindicações específicas. Ao contrário, a direção dos bancos estatais e o Governo Dilma, não satisfeitos com a proposta de reajuste sobre o piso salarial da categoria (8,5%), simplesmente se negaram a acompanhar a íntegra da proposta da FENABAN e reajustaram o piso salarial dos bancários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em apenas 7,5% (o mesmo índice de reajuste proposto pelos banqueiros sobre todas as verbas), mostrando a farsa que é a história da Mesa Única.
A postura da CUT diante desse golpe foi vergonhosa: orientou a aceitação do acordo e o fim da greve com compensação de dias parados, mesmo diante de itens que na prática retiram direitos – como é o caso da proposta do Banco do Brasil sobre a jornada de 6 horas, condicionada a uma suspensão de ações judiciais movidas contra o banco, muitas delas em fase bastante avançada.
O posicionamento da CONTRAF/CUT frente a um golpe da patronal e do governo no curso de um processo de luta dos trabalhadores demonstra como o sindicalismo cutista está cada vez mais subordinado à lógica e aos interesses do governo e dos banqueiros.

A greve mostrou que com mobilização é possível vencer

Apesar do acordo insuficiente, do controle quase absoluto que a CUT tem sobre a maioria dos sindicatos de bancários do país (cerca de 90% das entidades sindicais têm direções cutistas à frente) e da audácia das manobras com as quais seus sindicatos enterraram o movimento, alguns episódios desta greve mostraram que com mobilização os trabalhadores podem superar todos esses obstáculos.
Em Belém, os trabalhadores do BANPARÁ (Banco do Estado do Pará) aprovaram no encontro específico da categoria um índice de reajuste de 15%, contrariando o sindicato (dirigido pela CSD/CUT), que inclusive protocolou junto ao banco uma pauta com reajuste de 10,35% (o mesmo apresentado para a FENABAN). E mesmo começando a greve antes do calendário nacional definido pela CONTRAF/CUT, os trabalhadores conseguiram o mesmo acordo fechado nacionalmente, mas com anistia total dos dias parados.
Os bancários da Caixa Econômica Federal também deram uma demonstração de força. Na noite do dia 26/09, quando a CONTRAF/CUT já tinha orientado a aceitação da proposta e o fim da greve, os trabalhadores derrotaram as direções sindicais nos maiores e na maior parte dos sindicatos do país, aprovando a continuidade da greve. Lamentavelmente, no dia seguinte, os sindicatos da CUT chamaram assembléias “relâmpagos” e, numa operação unitária com a direção da Caixa, lotaram as assembléias de gestores, acabando de vez com o movimento.
Apesar dessa ação vergonhosa da CUT, ficou a lição de que quando os trabalhadores agem coletivamente, é possível vencer os banqueiros, o governo e inclusive os agentes do movimento que se colocam a serviço dos patrões. Isto precisa ser resgatado nas próximas mobilizações e só desse modo os trabalhadores podem impedir as traições dos sindicatos da CUT.

Para vencer os patrões e as traições da CUT, é preciso organização

Além da dureza que é comum a qualquer enfrentamento com os banqueiros e com um governo que conhece de perto as táticas do movimento sindical, as traições das direções sindicais ajudam a desenvolver mais desconfiança, descrédito e desmobilização dos trabalhadores. É por essa razão que muitos bancários aderem às paralisações, mas resistem em participar das assembléias e das atividades da greve: os trabalhadores perdem a confiança quando são traídos pela própria entidade que devia representá-los.
Contudo, a única forma de enfrentar esse problema é com a organização coletiva. A primeira resposta dos bancários deve ser a total solidariedade aos trabalhadores que se mantiveram em greve após o dia 26/07. O Governo Dilma, através das direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, está ameaçando esses trabalhadores com desconto. A outra resposta, não menos importante, deve ser um “não” a qualquer compensação de horas decorrentes de paralisação da greve.
Sabendo que a CUT não está ao lado dos trabalhadores nessas lutas é que surgiu o Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), que hoje é filiado à CSP-Conlutas. Desde então, o MNOB vem fazendo um chamado a todos os trabalhadores que não têm acordo com os absurdos protagonizados pela CONTRAF/CUT, para construir e fortalecer uma alternativa diante da traição e da falência política da atual direção do movimento.
Após mais esta greve, o MNOB/CSP-Conlutas convida os bancários de todo o país para fortalecer as próximas lutas, contra os ataques dos banqueiros, do governo e dos seus agentes dentro do movimento sindical.