30 outubro 2011

Greve no BASA: Banco perde pela segunda vez!

TST nega pela 2º vez pedido de Liminar.

Belém, 28/10/2011 17h45

A AEBA entrou em contato com o Gabinete da Ministra Maria Cristina Peduzzi, que conciliou a audiência do Dissídio entre Diretoria do Banco da Amazônia e entidades representativas dos trabalhadores, a qual informa que o pedido do BASA para obrigar o fim da paralisação foi NEGADO pela Ministra, alegando ausência de pressupostos.
Ou seja, continuamos em greve! Todos à Luta, colegas. Não há arma mais poderosa contra a intransigência do Banco do que a mobilização dos trabalhadores. NOSSA GREVE CONTINUA LEGAL!
Vejam as fotos da greve:
 Momento religioso: passagem da Santa na Almirante Barroso(Marlon e Jorge)
 Esse trio é da pesada: Silvio, Marlon e Cleber-CSPConlutas
 Kátia(AFBEPA), Dep. Estadual Edmilson e Marlon
 Manifestação na agência do BASA da Almirante Barroso
 Leo(BB), Cléber(CSPConlutas), Neynaldo, Marlon e o Silvio, discursando.
 Hermógenes e a Hiloa, da AEBA
Leo(Mnob), discursando na matriz do BASA
Romulo, Leo, Marlon e Wilson na porta da matriz do BASA

28 outubro 2011

Reunião de conciliação do BASA termina sem acordo!

Acabou sem acordo a audiência de conciliação com o Banco da Amazônia S.A., realizada nesta quinta-feira (27/10), no Tribunal Superior do Trabalho, em face do Dissídio de greve no 7433-50.00.0000.

Depois de repetir a última contraproposta já reprovada pelas assembléias dos empregados, a Direção do banco recusou as propostas da Ministra Instrutora Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Vice-Presidente do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, sendo a primeira:
a) reajuste salarial de 9%;
b) piso salarial de R$ 1.520,00;
c) reajuste do valor do reembolso do plano de saúde no importe de 9%;
d) compensação dos dias de greve à razão de uma hora compensada para cada duas horas de paralisação; e,
e) imediato retorno ao trabalho, e a segunda, alterando parcialmente a proposta para implementação, pelo banco, no prazo de seis meses, contados desta data, de modelo de plano de saúde complementar, condicionada à aceitação dos trabalhadores, que mantenha padrão de qualidade e acarrete efetiva redução da contribuição dos empregados no custeio do benefício, que não tem natureza salarial. 

O banco renovou o requerimento de deferimento da medida liminar para suspensão da greve, o que foi rebatido pelo advogado da CONTEC, ficando a Ministra instrutora de decidir sobre o requerimento para publicação amanhã.  Instruído o processo, foi sorteado relator o Ministro Fernando Enzo Ono.

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
Veja o video:

20 outubro 2011

Assembleia dos empregados do Banco da Amazônia rejeita proposta e greve continua.


AEBA defendeu a rejeição da proposta e a greve continua no Banco da AmazôniaA assembleia dos empregados e empregadas do Banco da Amazônia realizada na noite desta quinta-feira (20) rejeitou a proposta apresentada às entidades sindicais na reunião de negociação ocorrida hoje pela manhã. Dessa forma, a greve continua em todo o Pará nesta sexta-feira (21), e os trabalhadores farão um ato público na manhã desta sexta em frente à Matriz do Banco da Amazônia.
O Sindicato dos Bancários do Pará defendeu a aprovação da proposta apresentada pelo Banco por entender que esta representava o limite alcançado nesse processo de negociação e, de toda forma, trazia ganhos reais para a categoria.
Já a diretoria da AEBA defendeu a rejeição da proposta pois, para a associação, esta não atendia às demandas dos empregados e empregadas do Banco nesta Campanha Nacional.
A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, esclareceu aos presentes que apesar de o Sindicato ter defendido a aprovação da proposta apresentada pelo Banco, a entidade, como sempre fez, encaminhará a decisão soberana da assembleia e estará junto com os empregados do Banco da Amazônia na construção da greve por tempo indeterminado.
Fonte: Bancários PA
Veja a proposta rejeitada:
COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO SALARIAL
PROPOSTA ESPECÍFICA PARA O ACT 2011-2012 PARA O BANCO DA AMAZÔNIA S.A.
I - CLÁUSULAS ECONÔMICAS
- Reajuste de 9% sobre todas as verbas de remuneração e benefícios constantes do
ACT-2010-2011.
- Reajuste de 21,32%, no Piso Salarial de Ingresso, mediante Vantagem de Caráter
Pessoal de R$-154,40, passando para R$-1.520,00.
II – CLÁUSULAS SOCIAIS, COM ALTERAÇÃO AO ACT-2010-2011
- Cláusula de Assédio Moral e Sexual.
- Amamentação.
- Implantação do Sistema de Ponto Eletrônico durante a vigência do acordo. Na
impossibilidade, no máximo até ao final do ano de 2012.
- Dias Parados: repor até 17.12.2011, semelhante ao Acordo Coletivo de
Trabalho 2010/2011.
III – COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO BANCO, A SEREM DISCUTIDOS DURANTE A
VIGÊNCIA DO ACORDO.
- Apresentar para as entidades, no prazo de até 90 (noventa) dias, Programa de
Reestruturação Financeira de Dívidas, voltado para empregados do Banco.
- Aumentar o volume de recurso em 20%, para as Bolsas de Graduação e Pós
Graduação.
- Adoção da menor taxa de juros praticada pelo Banco para empréstimos consignáveis
aos empregados do Banco.
- Quadro de Apoio: As partes se comprometem a discutir em mesa permanente a
criação de um Programa de Educação Continuada, voltada para conclusão do Ensino
Médio para os empregados do Quadro de Apoio.
- Sobreaviso: O Banco compromete-se em apurar a existência da figura do sobreaviso,
debatendo com as entidades sindicais, em até 60 dias, a solução.
IV - PLR
- 6,25% sobre o Lucro Líquido
- Manutenção da PLR SOCIAL equivalente a 3%
- TOTAL = 9,25%
- Critério de Distribuição:
-60% PROPORCIONAL
-40% LINEAR
- Antecipação da PLR no valor de R$-500,00.
Belém (PA), 20 de outubro de 2011.
FRANCISCO MOURA

18 outubro 2011

Porque a proposta feita pelo BASA foi rejeitada.



Belém, 18/10/2011 16h06

Desde o inicio da greve dos Bancários, a direção do Banco da Amazônia, em nenhum momento, havia se pronunciado sobre qualquer proposta. Nas duas rodadas de negociação que ocorreram antes da greve, o Banco não tinha qualquer proposta. Ontem, pela primeira vez, depois de 19 dias de greve, o Banco da Amazônia chamou as entidades para apresentar uma proposta.
A proposta apresentada pelo Banco não contemplava em nada as reivindicações dos trabalhadores do Banco, nem avançava em nada na pauta específica. Além do reajuste pífio de 9% proposto pela FENABAN e aceito pela CONTRAF-CUT, o Banco de forma indecorosa apresentou um reajuste no piso, já incluindo 1/3 de gratificação, para novos ingressos, mas que não incidiria sobre os demais trabalhadores. Como se não bastasse, o Banco ainda apresentou a proposta de reposição dos dias parados até o dia 15/12.
Essa proposta é uma ofensa aos trabalhadores do Banco. Não valoriza em nada o trabalho, nem dá possibilidade de crescimento na empresa. O Banco não apresentou nada sobre PCS, Reembolso do Plano de Saúde e Isonomia do Piso Salarial com os demais bancos públicos federais.
Durante a negociação com o Banco, a AEBA e o Sindicato dos Bancários do Maranhão apresentaram como proposta para a equiparação com o piso de 2010 do Banco do Brasil, ou seja, passar o piso para R$1.600,00. Esse piso é menor do que o BB vai receber hoje com a aprovação do Acordo Nacional, onde passou de R$1.600 para R$1.760,00, e bem menor que o piso do BRB, que hoje está em R$1.900,00. Essa foi a tentativa das entidades de negociar de forma séria com o Banco.
O Banco endureceu e não apresentou nenhuma outra proposta, e permaneceu com a proposta indecente e muito rebaixada que apresentou para a categoria. Por isso, a assembléia dos trabalhadores do Banco que, ocorreu no dia 17, REJEITOU POR UNANIMIDADE a proposta. Essa votação foi uma importante deliberação sobre o movimento grevista. A Assembléia contava com a participação de mais de 130 trabalhadores, expressão da força e da determinação da categoria na greve.
Reafirmamos a posição da AEBA nessa greve de continuar firme nas mobilizações e na greve para conseguir avançar na pauta específica, que há anos foi esquecida pela CONTRAF-CUT e SEEB-PA. Esse ano, a Campanha Salarial é pela pauta específica. E por isso, reafirmamos nossa pauta:
1. Novo PCS, já
2. Isonomia de Piso Salarial com os demais bancos públicos federais. (R$ 1.600,00)
3. Ponto Eletrônico.
4. Reajuste no reembolso do Plano de Saúde.
5. Isenção de Tarifas para os Empregados
6. Retorno do Programa de Educação Continuada
7. Isonomia de acesso do Quadro de Apoio a Funções Comissionadas.
8. Revisão do Novo Modelo de Negócios do Banco
9. Revogação da NP 118
10. Revogação do Seguro Para os alto-executivos do Banco.
Breve (e Importante) Balanço da Assembléia dos Bancários do BASA.
Na segunda-feira, dia 17/10, foi realizada as assembléias dos trabalhadores bancários em greve - BASA, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bancos Privados, que estavam reunidos para decidir sobre os rumos da greve.
A assembléia dos trabalhadores do BASA era maior que a do Banco do Brasil, com cerca 130 trabalhadores. Expressão da indignação da categoria com a direção do Banco e com o governo Dilma. Os diretores da AEBA mostravam claramente que o debate dessa campanha salarial não está no debate do reajuste da FENABAN, mas sim na pauta específica do Banco, que a muitos anos foi abandonada pelo SEEB-PA, e agora a AEBA, trás de volta a tona e luta por ela junto com as demais entidades.
Apesar de a proposta ter sido rejeitada por unanimidade, o SEEB-PA aplicou um duro golpe totalitário contra os trabalhadores do BASA. Primeiramente, a diretoria do SEEB-PA quis impedir, a presidente da AFBEPA de fazer uma saudação a greve e a luta dos trabalhadores do BASA.  A base rejeitou essa postura antidemocrática do SEEB-PA e reivindicou que a AFBEPA fizesse a saudação e colocasse sua intervenção na Assembléia. Ao perceber que os trabalhadores pediram democracia a direção do sindicato teve que recuar.
Outro momento desagradável da assembléia do BASA foi quando o presidente da AEBA fez o encaminhamento de votar na assembléia a participação da AEBA na mesa de negociação com o Banco. Muitos diretores do Sindicato usaram a palavra apenas para atacar a AEBA e defender contrária a participação da AEBA na negociação. O argumento da diretoria sindical era que a AEBA não tem prerrogativa legal de assinar Acordo Coletivo de Trabalho. A AEBA nunca propôs isso. A AEBA propõe participar, acompanhar, auxiliar nas negociações e não assinar o ACT. Mas de maneira antidemocrática, a Presidente do Sindicato disse que a Assembléia não poderia decidir sobre isso. Então onde é decidido? No Congresso dos Empregados do BASA aconteceu à mesma coisa, a direção sindical se recusou a votar a participação da AEBA na mesa de negociação e fugiu do Congresso. Na assembléia até a postura vergonhosa de fugir levando o microfone foi repetida, não por coincidência pelo mesmo diretor que fez a mesma coisa no Congresso. 
A AEBA reafirma seu compromisso com a unidade e com a democracia no movimento sindical. Queremos continuar juntos com o SEEB-PA na greve, com unidade e democracia para garantir o debate de idéias com os trabalhadores. Infelizmente, o SEEB-PA caminha em sentido contrário, tentando isolar a AEBA e não aceitando que a base decida sobre a participação da Associação nas negociações. E ter um trato grosseiro com os trabalhadores do Banco e machista com as trabalhadoras, isso porque diretores do sindicato ameaçavam aos gritos os trabalhadores e queriam intimidar as trabalhadoras do Banco. Essa postura deve ser revista pela entidade sindical que deve buscar construir junto com a AEBA a unidade nas lutas e nas negociações.

Greve dos bancários: BASA continua em greve.

Os bancários do Banco da Amazônia continuam em
greve até que a diretoria do banco apresente uma
proposta digna à categoria. Vamos aguardar no
decorrer desta quarta-feira se haverá nova rodada
de negociação. Estamos de olho. GREVE! GREVE

Bancária rompe com a CUT!


Leia a carta da diretora do Sindicato de Bauru/SP, rompendo com a CUT

18/10/2011 às 13:04
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Em carta, a diretora do Sindicato dos Bancários de Bauru/SP, Maria Xavier de Oliveira, declara seu rompimento com a CUT e adesão a CSP-Conlutas, majoritária na diretoria do SEEB-Bauru.

O estatuto da entidade é regido pela proporcionalidade direta e esta militante foi eleita, na última eleição em 2010, pela chapa 2, da CUT.

Leia a carta na íntegra:
BAURU, OUTUBRO DE 2010

A/C

Diretores da Conlutas do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e aos companheiros bancários de Bauru e região.

Eu, MARIA XAVIER DE OLIVEIRA, funcionária do Banco do Brasil e diretora do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, eleita pelo critério da proporcionalidade por meio da “Chapa 2 – Bancários da CUT”, nas eleições ocorridas em 2010, venho, por meio desta, informar meu rompimento com esta corrente política e sindical.

A razão da ruptura dá-se pelo fato de discordar dos encaminhamentos e direcionamentos dados pelos “Bancários da CUT” às demandas e lutas da categoria bancária.

Para mim, é inaceitável a subordinação dos interesses da categoria bancária aos interesses do governo federal.

Entendo que o movimento sindical deve ser independente de qualquer governo, para que tenha liberdade de tomar as decisões que entenda adequadas.

Com isso, por identificar-me com os membros da diretoria do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região eleitos pela “Chapa 1 – Conlutas”, passo a compartilhar dos mesmos direcionamentos destes companheiros.

 
Sem mais,

Atenciosamente,

Saudações Conlutistas.

 
                                            MARIA XAVIER DE OLIVEIRA

17 outubro 2011

Greve dos bancários: BASA e BNB

Assembleia decide: Greve no Banco da Amazônia e no BNB continuam!

Belém, 17/10/2011 22h54

A proposta da Fenaban foi recusada pelos empregados do Banco da Amazônia e pelo BNB.
Em assembléia na noite de hoje (17), no SEEB-PA, categoria recusou a proposta da Fenaban por unanimidade. Também os funcionários do BNB rejeitaram a proposta rebaixada da FENABAN e do Governo Dilma.Continuamos firmes na luta, garra e coragem até a vitória na conquista das cláusulas específicas!

16 outubro 2011

Carta desabafo de uma bancária á Rede Globo.


    Carta à Direção Globo de Jornalismo
    Sr. Carlos Henrique Schroder,
    É com grande insatisfação que escrevo aqui em nome de quase 500 mil bancários existentes no Brasil.
    Em primeiro lugar, gostaria de dizer que estamos indignados com o tratamento que os telejornais da Central Globo de Jornalismo, subordinada a sua Direção Geral de Jornalismo e Esportes (DGJE), estão dando a nossa greve.
    Todos os dias suas reportagens altamente parciais (sempre do lado dos banqueiros, o capital de vocês) mostram nossa greve prejudicando clientes, idosos, etc. O que vocês não mostram é o quanto nós somos prejudicados o ano inteiro.
    Sr. Carlos Henrique Schroder, aos 16 anos, quando entrei para a faculdade de jornalismo, eu achava que poderia mudar o mundo.
    Aos 20, quando acabei a faculdade, percebi que o mundo é que havia me mudado.
    Decidi ser bancária, que por sinal é uma profissão muito digna, talvez até mais digna do que aquela profissão que me fez passar quatro anos na universidade.
    Sr. Carlos, nós, bancários, trabalhamos feito robôs. Em minha agência somos 24 funcionários e temos que atender em média 500 clientes por dia, em seis horas de trabalho, sendo no máximo 15 minutos para atender cada cliente, o que matematicamente torna-se uma conta impossível.
    Nesses 15 minutos que temos para atender os clientes, em vez de resolver os problemas deles, temos que oferecer produtos que eles não precisam. Temos que empurrar seguros de vida a universitários; temos que vender (com muita dor no coração) títulos de capitalização e colocar cheque especial na conta de idosos que só ganham um salário mínimo. Fazemos empréstimos com juros absurdos para aposentados do INSS que não sabem nem ler. Fazemos tudo isso porque somos obrigados pela instituição capitalista que paga nosso minguado salário.
    Trabalhamos de seis a oito horas contratuais fazendo tudo o que podemos para garantir o lucro da nossa empresa, sem contar as horas extras e também as horas “bestas” (fora do ponto eletrônico).
    Em quantos e quantos meses já perdemos boa parte do nosso salário para pagar diferenças de caixa provocadas por dias de pico onde não conseguimos nem almoçar? Isso sem contar que só temos 15 minutos para engolir a comida e escovar os dentes!!! Em quantos e quantos dias deixamos de beber um copo de água sequer, ou mesmo deixamos de ir ao banheiro para necessidades lógicas?
    Sr. Carlos, o Banco em que eu trabalho (BB) teve um lucro de mais de 6 bilhões só no primeiro semestre deste ano. O Itaú lucrou mais de 7 bilhões e o Bradesco mais de cinco.
    Sr. Carlos, todo esse dinheiro daria para construir dezenas de escolas e hospitais em toda parte do nosso país, e o Sr. Tem que concordar que o Brasil é muito carente nessas áreas.
    Quantos milhões de reais os bancos não gastam todos os anos com publicidade e propaganda na sua emissora? O Bom Dia Brasil tem o oferecimento do Banco do Brasil, o Jornal Nacional é patrocinado pelo Bradesco, fora os outros telejornais e os comerciais dos outros bancos que sua emissora veicula todos os dias.
    Sr. Carlos, os escriturários do BB recebem R$ 1.400,00 líquidos para sustentar suas famílias. Temos um bom plano de saúde, graças a Deus, e um auxílio alimentação que dá pra abastecer uma casa, mas o Sr. Tem que concordar comigo que R$ 1.400,00 não dá pra manter o padrão que os bancários precisam para trabalhar.
    Temos que nos vestir bem e ter uma boa aparência, afinal trabalhamos nas empresas que mais dão lucro no Brasil e precisamos ter uma boa apresentação.
    O que nos deixa mais indignados é que seus telejornais nos mostram como vilões da sociedade, exterminadores de benefícios de velhinhos, grevistas baderneiros, como se nós não quiséssemos trabalhar,
    Sr. Carlos Henrique Schroder, nós não estamos de férias, nós estamos exercendo um direito constitucional que nos foi dado; passamos em concurso público e nos classificamos entre milhares de pessoas. Acho que merecemos ganhar um pouco mais pelo que passamos todos os dias, o Sr. não acha?
    Nossa greve não é só por nós, é principalmente pelos clientes. Os bancos têm estrutura suficiente para contratar mais funcionários, tirando assim o peso da carga que carregamos, pois cada um de nós trabalha por cerca de 10 pessoas que não existem. Com mais funcionários, os clientes ficarão menos tempo nas filas intermináveis e terão uma qualidade de atendimento muito melhor.
    O que queremos é que seus telejornais e jornalistas prezem aquilo que de mais importante eu aprendi na universidade: a verdade e a ética jornalística.
    Não deixem o capital se sobrepor aos valores éticos e à verdade nua e crua. Mostrem o que realmente acontece, não escondam nenhum dos lados.
    Não acho correto mostrar apenas o lado ruim da greve, pois com toda certeza do universo, Sr. Carlos, o lado negro dessa história não é a greve, não é mesmo! A greve é nossa única chance cobrar o que nos é direito.
    O Sr. sabe que a economia do país teve uma inflação considerável e nosso aumento real seria de apenas 0,56%, o que é absurdamente injusto se compararmos com o lucro que nós, funcionários, proporcionamos aos bancos de 2010 para 2011.
    No governo FHC passamos 8 anos sem aumento nenhum, e a inflação cresceu a cada ano. Nosso salário estagnou.
    O salário mínimo cresceu mais de 400% de 2002 a 2011, enquanto nosso salário aumenta a passos miúdos. Se continuar neste ritmo, daqui a uns anos vai valer mais à pena ganhar um salário mínimo do que trabalhar em um Banco.
    Bom, Sr. Carlos, acho que já falei demais. Eu não o conheço, mas sei que o Sr. tem um currículo que muito jornalista gostaria de ter e ocupa uma posição respeitável. Quero parabenizá-lo por isso. Sei também que minha indignação não vai resolver nada e sei que seus telejornais continuarão parciais por toda vida, pois isto é política da emissora e não há o que se fazer. Mas desabafei o que estava engasgado na garganta de milhares de bancários de todo o país.
    Saiba que vendo o que se passa hoje na televisão brasileira, me orgulho de ter optado por sofrer um pouco sendo bancária do que ter um pouco mais de dinheiro e não dormir à noite sendo jornalista da emissora a qual o Sr. faz parte.
    Grata pela atenção,
    Teresa Roberta Soares
    Bancária, cidadã brasileira e cliente de banco, que apóia a greve.

15 outubro 2011

Greve dos bancários: BASA e BNB

Após um período de enrolação, esperando a proposta da FENABAN,
BASA e o BNB estarão reunindo na segunda-feira com as entidades
para apresentarem suas propostas específicas. No caso do BASA,
caso não tenha nenhum avanço, defenderemos a continuidade da
greve, pois há a necessidade de discutir sobre os problemas peculiares 
aos empregados do Banco que são:
- Novo PCS
- Reajuste reembolso do Plano de Saúde
- Isonomia do piso salarial com os demais Bancos Federais (R$ 1.600,00)
- Reajuste Salarial de 25%
- Reposição das Perdas Salariais
- Ponto Eletrônico
- Isenção de Tarifas para os Empregados
- Retorno do Programa de Educação Continuada
- Isonomia de acesso do Quadro de Apoio a Funções Comissionadas
- Revisão do Novo Modelo de Negócios protagonizado pelo Banco
- Revogação da NP 118
- Revogação do Seguro Para os alto-executivos do Banco

Greve dos bancários: Propostas específicas da Caixa e do BB.

CAIXA:

O resumo da proposta feita pela Caixa segue os seguintes termos:

1 - Reajuste salarial de 9% ;
2 - Menor salário - carreira administrativa - Terá início na ref.202, que é de R$ 1.785,00.
Em 90dias, passando para ref.203, ou seja, R$ 1.826,00;
3 - Menor salário - carreira profissional - Terá início na ref.802, que é de R$ 7.932,00.
Em 90 dias, passando para ref.803, ou seja, R$ 8.128,00;
4 - PLR = Regra Fenaban + PRL EXTRAORDINÁRIA CAIXA
. PLR EXTRAORDINÁRIA CAIXA - 4% do lucro Líquido distribuído linear a todos os empreagos elegíveis:
Primeira parcela - calculada em função do lucro do 1 semestre (aproximadamente R$ 2,3 bi), distribuído linearmente;
. REGRA BÁSICA FENABAN - 90% do salário base mais R$ 1.400,00:
- Primeira parcela PLR (REGRA FENABAN) - 54% do salário base reajustado em setembro/2011 mais valor fixo de R$ 840,00, limitado a R$ 4.696,37;
- Parcela Adicional FENABAN - 2% do Lucro líquido distribuido linear, limitado a R$ 2.800,00;
- Primeira parcela - 2% do Lucro Líquido apurado no 1º semestre (mais ou menos R$ 2,3 bi) linear a todos os empregados, limitado a R$ 1.400,00;
5 - Dias parados não serão descontados. Serão compensados até 15 de dezembro;

6 - Realizará sistemática de avaliação para promoção por mérito em 2012, referente ao ano base 2011;

7 - Participarão da avaliação os empregados ativos em 31/12/2011, com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2011,
integrantes da Parte Permanente do Quadro de Pessoal, inclusive cedidos, liberados para sindicatos e os licenciados,
sem suspensão do Contrato de Trabalho,conforme regras negociadas com entidades representativas dos empregados.

8 - Ampliação do quadro em no mínimo mais 5 mil novos postos de trabalho. 

BANCO DO BRASIL:
Proposta Complementar do BB

- Reajuste de 9% sobre todas as verbas salariais e benefícios. O mesmo reajuste será aplicado no VCPI, garantido o interstício sobre esta verba;
- Piso passa para R$ 1.760; com reflexo na curva do PCR (interstícios). Cada M passa a valer R$ 97,35;
- Retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998;
- VCP de 12 meses no retorno da licença saúde;
- Trava reduzida para um ano em caso de concorrência de posto efetivo para comissionamento;
- Reestruturação do Programa Recuperação de Dívidas, com redução da taxa de juros e aumento no prazo de pagamento;
- Ampliação de 55.261 para 68.057 no público do programa de aprimoramento, com aumento de valor de R$ 200 para R$ 215;
- SACR - Remoção automática no Posto Efetivo para funcis de CABB - O funcionário não precisará pedir dispensa da comissão para a remoção automática;
- Extensão do PAS - Adiantamentos para incorporados que optaram pelo regulamento do BB e pertençam aos planos de saúde Economus, Fusesc ou Prevbep;
- Instalação em até 30 dias de mesas temáticas para debater questões do PCR, PC (substituição, Carreira de Central de Atendimento, 55%) e Jornada de Trabalho; na primeira reunião será estabelecido o cronograma de encerramento dos trabalhos;
- Cálculo da PLR 2011-01 considerou a proporcionalidade do mesmo período do ano passado:
Escriturário - R$ 3.571,46 (13,1% maior do que o 1º semestre de 2010),
Caixas, Atendentes e Auxiliares - R$ 3.912,16 (12,5% maior do que o 1º semestre de 2010),
Demais Comissionados - de 1,62 a 3,0 salários (em média 9,9% maior do que o 1º semestre de 2010);
- Renovação do ACT em vigor com manutenção da cláusula de trava de descomissionamento;
- Ratificação da cláusula de desconto dos dias parados igual a do ano passado, e
- 1.000 bolsas de graduação e 500 bolsas de pós graduação.