27 maio 2012

Marcha das Vadias em Belém!

Ocorreu neste domingo a II Marcha das Vadias em Belém.
Vários movimento sociais estavam presente no evento, entre
eles podemos destacar as companheiras da ANEL, PSTU.
Também destacamos as presenças de Cléber Rebelo e da
Marinor Brito, companheiros de luta e que provavelmente
 estarão representando à população de Belém na Câmara
Municipal. Parabéns a toda militância do partido e sobretudo
as mulheres que estavam presentes neste evento importante
onde reivindicam o direito de serem respeitada pela sociedade
e pelo homem. Contra o machismo, viva as mulheres!!!
Vejam as fotos do evento:
 Eu e o companheiro Erinaldo.
 Bianca da ANEL e a guerreira Midian, como sempre não foge à luta!
Lugar de mulher é onde ela quer: na luta!!!
Pose para a foto.
 Educadora Elaine e sua mana, na Marcha!
 Abelha(construção civil) e o dirigente Will.
 Marinor Brito discursando na inicio da Marcha.
 Futuros vereadores de Belém!!!!
 Tais dando encaminhamento à marcha!

 Cleber fazendo discurso em apoio às mulheres na Marcha das Vadias!

 Marcela dirigente partidária..
Galeno, sempre na luta!

24 maio 2012

Amazônia Alijada!


                                                                                                                                                           *Silvio Kanner
                A Medida Provisória 564/2012 reascendeu o debate sobre o papel do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste do Brasil – BNB como agentes de desenvolvimento de suas regiões. A medida altera as condições de financiamento com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE) com o objetivo de ampliar a oferta e as condições do crédito produtivo no país.
                O FDA e FNDE são fundos geridos pela SUDAM e SUDENE, respectivamente. Banco da Amazônia e Banco do Nordeste são operadores desses fundos, mas não gestores. No caso do BNB a medida retira sua exclusividade na aplicação dos recursos do FNDE, no caso do Banco da Amazônia essa exclusividade não existe mais desde 2001. Creio que o Deputado Federal Claudio Puty, em artigo publicado no dia 05.05.2012 em “O Liberal”, com todo respeito que lhe dispenso, se equivocou a esse respeito ao sugerir que a MP retiraria do Banco da Amazônia a exclusividade de operacionalização dos recursos do FDA. Na verdade o ato do poder executivo que retirou do Banco da Amazônia essa exclusividade foi a MP n. 2.157 de 2001, permanecendo, porém naquele momento a exclusividade de aplicação do FNDE pelo BNB.    
                Devemos afastar por oportuno a confusão que pode surgir em relação aos fundos constitucionais. Os Fundos Constitucionais do Norte (FNO) e do Nordeste (FNE) não são apenas operados pelos bancos regionais de desenvolvimento, mas principalmente geridos. A medida, portanto não altera as prerrogativas de Banco da Amazônia e BNB em relação aos Fundos Constitucionais de suas regiões. Mas não tenho duvidas que deveríamos estar debatendo o retorno do Banco da Amazônia como operador exclusivo do FDA e não a perda dessa prerrogativa pelo BNB.
                     O que nos preocupa é o cheiro que exala dessa medida. O Relatório Reservado n. 4.366 de 02 de maio, um boletim que circula no mercado financeiro interpretou a medida como uma “lipoaspiração no Banco da Amazônia e BNB”, segundo o mesmo boletim a intenção do Ministro Guido Mantega da Fazenda é ampliar gradativamente o volume de recursos do FDA e FNDE para a CAIXA e BB, no caso do Banco da Amazônia isso pode ser feito administrativamente, mas no caso do BNB é necessário modificações no marco legal.
                A interpretação do mercado é a de que as intenções do Ministro vão além do programa Brasil Maior e da ampliação das condições de crédito, ele estaria atuando há algum tempo para esvaziar o Banco da Amazônia e o BNB, no bojo de uma estratégia de enfraquecimento desses bancos, o Ministro nutre a idéia de encerrar as atividades dos dois Bancos Públicos federais de desenvolvimento. 
                Não se trata de uma visão liberal honesta, de por abaixo os monopólios, as exclusividades e os nichos de mercado, mas sim de construir as bases para um modelo de intervenção do estado no sistema financeiro baseado na existência de apenas um Banco publico federal, um futuro gigante. Pois se assim o fosse estaria na mesa também para o debate as exclusividades da CAIXA e do BB.
                Para os empregados do Banco da Amazônia está muito claro que o governo federal tem intenções escondidas. Nomeou para a presidência do Banco da Amazônia um empregado do Banco do Brasil, que obviamente trouxe seu “time” para a Diretoria. O mais interessante, indicado pela ex-governadora do Pará cujo chefe de gabinete à época era o Deputado Federal em relação ao qual me referi mais acima.  
                A “nova” diretoria do Banco da Amazônia, formada na cultura bancária comercial restabeleceu a estratégia, privilegiando o negócio bancário puro, face ao papel histórico do Banco da Amazônia como agende de desenvolvimento da Amazônia. Nem fez bem o negócio bancário puro nem o fomento. Os resultados estão à vista. Essa diretoria aproximou o Banco da Amazônia em termos de procedimentos e estrutura organizacional do BB, além de adotar a mesma técnica de gestão. Restringiu diretos dos empregados, instalou um clima de perseguição na empresa que se estendeu inclusive aos aposentados, além de não ter produzidos os resultados que prometeu. Tudo isso pagando a si próprios algo em torno de três milhões por ano a titulo de honorários, participação no resultados e outras benesses típicas de uma Brasil que precisamos superar. Se a estratégia da união é acabar com o Banco da Amazônia a diretoria da empresa está fazendo um excelente trabalho.  
                Por outro lado, a bancada da Amazônia. Se é que é possível adotar esse conceito não tem feito muita coisa pelo Banco, o nível de desinformação já citado é tipo do abandono por que passa a instituição, que está perto do seu 70º aniversário. Essa instituição pode cumprir um grande papel, inclusive nacionalmente, o conhecimento que temos acumulado no corpo de empregados nos permite hoje pensar no Banco da Amazônia como o promotor da mudança ambientalmente sustentável da economia Brasileira, priorizando projetos sustentáveis, promovendo tecnologias limpas, captando recursos internacionais, apostando que a Amazônia, o Brasil e o mundo precisam mudar a forma de se relacionar com a natureza.
                Mas para isso precisamos não apenas questionar um ponto exclusivo de uma Medida Provisória, por mais correto que seja o questionamento. O contexto pede uma visão mais global do problema, inclusive da inserção da Amazônia e do Pará na economia e política nacionais. A unidade da bancada e dos governadores da Amazônia é capaz de construir uma agenda de fortalecimento do nosso Banco. Hoje é o FDA, amanhã quem estará no prédio da esquina da Presidente Vargas com XXX talvez o símbolo da Amazônia alijada de soberania política.    

*Engenheiro Agrônomo – Msc. Desenvolvimento Rural Sustentável
Atualmente é presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia – AEBA
e-mail silviokanner@gmail.com

21 maio 2012

PCdoB: a falsificação da história dos comunistas brasileiros!


Anita Leocadia Prestes*

O movimento revolucionário mundial socialista e comunista conviveu, desde o século XIX, com correntes reformistas de diferentes tipos. Os pais fundadores do marxismo – Marx, Engels, Lenin –, assim como teóricos do comunismo e dirigentes revolucionários da estatura de A. Gramsci e R. Luxemburgo, tiveram que levar adiante uma luta sem tréguas contra os reformistas do seu tempo.
Os reformistas precisaram justificar sempre a adoção de políticas de conciliação de classes, ou seja, de políticas baseadas em concessões às classes dominantes e no abandono dos objetivos revolucionários do proletariado e dos seus aliados; políticas de caráter evolucionista, marcadas pela negação do momento revolucionário, indispensável, segundo os marxistas, para a conquista do poder político pelos trabalhadores, única maneira efetiva de realizar as transformações revolucionárias necessárias para a construção de uma nova sociedade, livre da exploração do homem pelo homem.
Nesse esforço de justificação, os reformistas precisaram e ainda precisam recorrer à falsificação da História, inclusive da História do movimento operário e revolucionário, em busca de argumentos que contribuam para a aceitação de suas posições por amplos setores sociais, argumentos de prestígio, que sirvam de aval para sua atuação política.
A postura atual do PCdoB constitui exemplo edificante de semelhante tentativa de avalizar sua política atual recorrendo à falsificação da História dos comunistas brasileiros. Na medida em que o PCdoB passou a trilhar o caminho reformista da chegada ao poder sem revolução, tornou-se natural sua adesão às escolhas feitas por Lula e a direção do PT, na virada do século XX para o XXI, e agora mantidas por Dilma.
Foram escolhas reveladoras da capitulação de Lula e da direção do PT diante dos interesses do grande capital internacionalizado, em especial, do capital financeiro, ou seja, dos banqueiros internacionais. Tal capitulação ocorreu após três tentativas frustradas de alcançar o poder, nas eleições presidenciais de 1989, 1993 e 1998. Para conquistar a presidência, em 2002, foi escolhido o caminho mais seguro:
O governo do PT, sem coragem de afrontar os interesses constituídos, sem nenhuma disposição para arriscar uma mudança na postura do Estado que o tornasse capaz de enfrentar os problemas experimentados pelo país, escolheu a reafirmação da lógica perversa que já estava em curso e a entrega total do Brasil às exigências da acumulação privada. [1]
Da mesma maneira que nos governos de Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso, nos Governos Lula e Dilma o capital financeiro permanece hegemônico, embora esteja em curso uma reforma do neoliberalismo, voltada para a construção de uma "nova versão do modelo capitalista neoliberal"[2].
A adesão por parte do PCdoB a semelhante política de reforma do capitalismo o conduziu à tentativa de buscar no passado heróico dos comunistas brasileiros – embora eivado de erros provocados pela presença de falsas concepções - o aval para seu comportamento político atual. Tirando proveito do jubileu de 90 anos da fundação do Partido Comunista no Brasil, os atuais dirigentes do PCdoB divulgam uma versão falsificada da História desse partido. Distorcendo a realidade, apresentam a História do PC como uma sucessão retilínea de êxitos, cujo apogeu seria a política atual do PCdoB. Ao mesmo tempo, silenciam sobre as teses oriundas de uma falsa concepção nacional-libertadora da revolução brasileira, responsável pelas ilusões nas possibilidades de um "capitalismo autônomo", cujo corolário foi o abandono, na prática, da luta pela revolução socialista no Brasil, concepção que esteve presente tanto na história do antigo PCB quanto na de quase todos os seus "filhotes", inclusive o PCdoB.
São distorcidos os fatos relacionados com a cisão de 1962, quando um grupo de dirigentes do antigo PCB, discordando das posições políticas aprovadas no seu V Congresso (1960), usou o pretexto da mudança do nome do partido com vistas ao seu registro eleitoral, para criar outro partido – o PCdoB. Partido este que, durante várias décadas, combateu com violência o PCB e o seu ex-secretário-geral Luiz Carlos Prestes. Partido este que, durante toda a década de 1980, foi insistentemente criticado por Prestes pela postura oportunista de entendimentos espúrios com os governantes para alcançar o registro eleitoral e de apoio à candidatura de Tancredo Neves nas eleições indiretas de 1985 e, em seguida, de apoio ao governo de José Sarney. Segundo Prestes, tratava-se do abandono de todo compromisso com os interesses dos trabalhadores e com os ideais de verdadeiras transformações socialistas em nosso país.
É este partido, o PCdoB, que trata hoje de apropriar-se indevidamente do legado de Prestes para, tirando proveito do prestígio do Cavaleiro da Esperança, justificar-se perante amplos setores populares. Tal falsificação deve ser denunciada, pois a permanência de uma versão distorcida da trajetória dos comunistas brasileiros, difundida por um partido que se apresenta como comunista e fala em nome do socialismo, serve aos desígnios dos inimigos da emancipação social dos trabalhadores brasileiros, contribui para a manutenção da exploração capitalista em nossa terra, dificultando o caminho efetivo da construção de uma sociedade socialista no Brasil.
Notas:
[1] PAULANI, Leda Maria. Quando o medo vence a esperança (um balanço da política econômica do primeiro ano do governo Lula). Crítica Marxista, n. 19, outubro de 2004, p. 23.
[2] BOITO, Armando. O Governo Lula e a reforma do neoliberalismo. Revista da Adusp, maio de 2005. (www.cecac.org.br)

*Anita Leocadia Prestes é historiadora, professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ e presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes (www.ilcp.org.br).

20 maio 2012

PREVIAS DO PT ANANINDEUA!

LUIS FREITAS GANHA AS PREVIAS DO PT ANANINDEUA!


Segundo informaçoes extra-oficial, o candidato Luis Freitas, 
membro da Articulaçao, ganhou as previas do PT Ananindeua 
ocorrida hoje, na Escola Agostinho Monteiro, na Cidade Nova I. 
Luis concorreu com 4 candidatos, sendo o mais votados pela 
militancia (65,03% dos votos) para ser o candidato a Prefeito de 
Ananindeua. Vejam os numeros:
- Luis Freitas: 372, Favacho: 98, Socorro: 73, Maria Aranha; 27 e Raoni: 2.


Luís Freitas: militante desde a década de 1980; filiado ao PT a 15.05.1987; formado em jornalismo pela UFPA; assessor sindical da AEBA; professor da rede municipal (Ananindeua); foi vereador de 1996 a 2000; presidente do PT Ananindeua de 2001 a 2005; candidato a prefeito em 2004; chefe de gabinete do então vereador e hoje pré-candidato a prefeito de Belém, Alfredo Costa, de 2001 a 2004; secretário municipal de cultura de 2005 a 2006; secretário de segurança e defesa social de Ananindeua de 2006 a 2012.

Em defesa do BASA: contra a MP 564!

A Medida Provisória 564, o chamado pacote de estímulo à indústria, do  deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), que originalmente foi editada para instrumentalizar o Plano Brasil Maior para enfrentar a crise financeira internacional, aumentando a competitividade da indústria brasileira. Entre outros dispositivos, a MP injeta R$ 45 bilhões da União no BNDES e acaba com a exclusividade do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia nas operações do FDNE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Econômico) e do FDA(Fundo do Desenvolvimento da Amazônia).  Será o começo da asfixia do BASA como agente de desenvolvimento da Região Amazônica?

Relator da MP 546 retira exclusividade do BNB.


CategoriasCeará

Relator da MP 546, o deputado Danilo forte participou de debate na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – Firjan. Editado em 03 de abril, a MP 564 instrumentaliza o Plano Brasil Maior para enfrentar a crise financeira internacional, aumentando a competitividade da indústria brasileira. Entre outros dispositivos, a MP injeta R$ 45 bilhões da União no BNDES ampliando a capacidade do banco no fornecimento de crédito de longo prazo, para incluir novos setores no programa Revitalizar do BNDES; cria a Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias; acaba com a exclusividade do Banco do Nordeste nas operações do FDNE.
Para construir seu relatório, o deputado Danilo Forte tem debatidos com vários setores. Além da FIRJAN e FIESP, o deputado reúne-se amanhã (4), em Fortaleza, com a presidência do Banco do Nordeste para discutir o aporte de capital, sendo este o terceiro encontro com representantes do Banco.
Na opinião de Danilo Forte “o Plano Brasil maior precisa dialogar com o Plano Brasil Sem Miséria, compromisso maior da presidente Dilma. Assim, não podemos fragilizar as regiões menos desenvolvidas e suas instituições”

Por que construímos a Marcha da Maconha?




JUVENTUDE DO PSTU
 


 
 
  Marcha ocorre em várias partes do país

• Neste mês de maio, a polêmica sobre a descriminalização e legalização das drogas ganhou visibilidade na sociedade, por causa da convocação das já tradicionais Marchas da Maconha em várias cidades do país. A querela sobre a aprovação do uso e da comercialização legal das substâncias psicoativas consideradas ilícitas é parte fundamental de outras discussões que preocupam o conjunto da população brasileira. O assunto polariza especialistas em saúde, segurança pública, intelectuais e até setores da burguesia, além de organizações de esquerda.

Para nós da juventude do PSTU, esse tema, longe de ser um debate apenas a respeito das liberdades individuais dos usuários de drogas, é parte fundamental das respostas aos problemas da violência urbana, do crime organizado e, centralmente, da criminalização da pobreza. Problemas que atingem principalmente a classe trabalhadora e a juventude negra e pobre, que vivem nas periferias das grandes regiões metropolitanas.

Drogas no capitalismo: uma mercadoria muito lucrativa
O consumo de drogas é, sem dúvida, uma prática de massas na sociedade contemporânea. O tráfico de drogas é um dos mercados mais rentáveis da atualidade, abastecendo aproximadamente 200 milhões de pessoas em todo mundo e movimentando quase 500 bilhões de dólares por ano.

Somente 10% das receitas do tráfico de drogas ficam com os produtores, os traficantes e “aviões” do tráfico, jovens que prestam serviços ao crime organizado. Os outros 90% são lavados no sistema financeiro internacional, que, respaldado no sigilo bancário garantido pelos “paraísos fiscais”, absorve todo esse dinheiro sem perguntar a origem. Todo esse montante de dinheiro amplia a liquidez do mercado financeiro e, consequentemente, aumenta a rentabilidade e a acumulação de capital dos monopólios imperialistas.

A política proibicionista da maioria dos governos só alavanca os lucros dos grandes empresários do tráfico. A ilegalidade desse mercado desonera produtores, comerciantes e consumidores do pagamento de quaisquer impostos ou taxas sobre a produção e transação da mercadoria droga. O custo da produção também é muito abaixo do preço final da mercadoria, pois não há nenhum controle de qualidade, nem fiscalização durante o processo produtivo. Tampouco os patrões pagam os direitos trabalhistas dos funcionários superexplorados envolvidos na cadeia do mercado - a qual vai do plantio e da colheita, passando pelo refino e transporte, e terminando na comercialização.

Combate às drogas ou guerra aos pobres?
O combate às drogas, compreendido essencialmente pela perseguição aos usuários e pela batalha contra o narcotráfico, é o alicerce da política proibicionista do Estado brasileiro. Essa política é um mecanismo de controle social e racial da população pobre, legitimando as “batidas” em casas e as abordagens contra indivíduos que a Polícia realiza, atacando a privacidade da população, principalmente a negra, sob o pretexto do combate às drogas.

Os grandes empresários do tráfico continuam lavando os lucros do comércio ilegal das drogas no sistema financeiro internacional, aumentando a liquidez dos bancos imperialistas, enquanto o pequeno traficante, o pólo varejista, é brutalmente reprimido. Essa realidade se desenvolve numa crescente militarização das periferias das grandes cidades, como podemos ver nos casos das UPPs nos morros cariocas. A classe trabalhadora é o alvo mais atingido por esta guerra, pois fica refém da luta entre as facções do tráfico, milícias e Polícia.

O combate às drogas é, na verdade, uma guerra aos pobres, uma ferramenta dos governos para criminalizar a pobreza e a população negra. A legislação brasileira, alterada no governo do PT, ao deixar a diferenciação entre tráfico e consumo ao arbítrio da justiça e do aparelho repressivo do Estado burguês, aprofunda essa realidade. Nas interpretações mais comuns das autoridades, jovens de classe média com cem gramas de maconha são consumidores, enquanto jovens pobres e negros com a mesma quantidade de drogas são traficantes, portanto, criminosos. Cerca de metade da população carcerária brasileira é prisioneira da guerra às drogas, em sua maioria de jovens negros e pobres, pequenos traficantes, funcionários do crime organizado em busca de melhores condições de vida.

Para por fim ao tráfico e à guerra aos pobres, legalizar todas as drogas já!
É preciso mudar imediatamente a política proibicionista do Estado brasileiro. Uma parcela da burguesia, encabeçada no Brasil pelo ex-presidente FHC, passou a defender a descriminalização das drogas ao perceber que a proibição está trazendo problemas ao funcionamento do capitalismo. Esse setor burguês quer fazer do comércio de drogas um mercado como qualquer outro, deixando de remunerar uma burguesia gângster para arrecadar impostos para os governos e receitas para grandes empresas.

Nosso programa, pelo contrário, é uma política antiproibicionista do ponto de vista dos trabalhadores e da juventude pobre. Defendemos, além de descriminalizar o uso e o comércio das drogas ilícitas, legalizar todas as drogas, colocando a grande produção e a comercialização sob o controle do Estado. É fundamental também estender este regime de produção e distribuição às demais drogas hoje legalizadas, como os fármacos, o tabaco e o álcool, impedindo os instrumentos de incitação ao consumo, principalmente os publicitários. Assim, os lucros derivados da venda das substâncias psicoativas estariam voltados aos interesses da população, como investimentos em Saúde Pública, programas de tratamento de dependentes e campanhas contra o consumo compulsivo.

Essa política desarticularia o crime organizado e colocaria grandes barreiras ao comércio ilegal de drogas, além dos governos deixarem de investir milhões de reais em armamento e aparelhos repressivos. A luta contra o narcotráfico precisa, igualmente, ser acompanhada da punição exemplar dos grandes empresários do tráfico e por uma luta contra a lavagem de dinheiro, através da nacionalização e do controle estatal do mercado financeiro.

Vamos às ruas, marchar pela legalização já!
Na metade do ano passado, o Supremo Tribunal Federal aprovou por unanimidade a liberação das famosas Marchas da Maconha, anteriormente classificadas como atos de apologia ao crime. Essa decisão foi uma importante vitória do movimento antiproibicionista, fruto da experiência negativa de amplos setores de massas com a política de guerra às drogas aplicada pela burguesia brasileira. No entanto, nós da juventude do PSTU sabemos que está posição do STF não garante que as passeatas não sejam violentamente reprimidas, como foram nos anos passados. Por isso, mais uma vez, nos colocamos em marcha pela liberdade de expressão e manifestação política e pelas seguintes propostas:

  • Fim da guerra às drogas e da criminalização da pobreza!
  • Legalização de todas as drogas já!
  • Estatização da produção e distribuição de todas as substâncias psicoativas!
  • O uso terapêutico e recreativo deve ser um direito de todos!
  • 15 maio 2012

    SINDICATO BURLA À DEMOCRACIA!


    Chegaram até nós, dirigentes da categoria bancária no Banco da Amazônia, denúncias graves de fonte segura que comprometem por completo a atual diretoria do Sindicato dos Bancários do Pará! Vamos aos fatos: 
     SINDICATO PAGA SALÁRIO PRA UM DIRETOR DEMITIDO POR DUPLO VÍNCULO, SEM AUTORIZAÇÃO DA CATEGORIA
    Segundo informações de fontes seguras, soubemos que, sem aprovação em assembléia, a diretoria do Sindicato está pagando o salário de um bancário, diretor do Sindicato, que foi demitido do Banco do Brasil, em Marabá, por ter duplo vínculo. Detalhe: ele teria sido comunicado pelo Banco de que tinha um prazo para escolher entre o emprego de bancário e o emprego de professor no estado. Findou o prazo, ele não fez a escolha e foi demitido pelo Banco. Não é mais bancário e diz para todos os bancários da região que prefere mesmo é ser professor. Porque continua sendo pago pelo nosso Sindicato, com o nosso dinheiro?
    Como lembrança, na década de 90 o Sindicato pagou salários a dois bancários que estavam sofrendo perseguições em seus Bancos, por serem lideranças sindicais que lutavam pela categoria nas greves. Mas, para isso, a diretoria do Sindicato, naquela época, propôs tudo em assembléia da categoria, que aprovou. E agora, porque isso não veio também para a assembléia? Porque ele é um diretor do Sindicato? Só que, como ele, há dezenas de bancários demitidos na categoria e que não estão recebendo salário do Sindicato, pago com nosso dinheiro.
     MAIS UMA OBRA. QUEM DECIDIU? QUANTO CUSTARÁ? HOUVE LICITAÇÃO PRA ESCOLHER A EMPRESA?
    Agora estão começando mais uma obra na sede do Sindicato. Quanto custará? Para que servirá essa obra? Qual empresa está construindo? O dinheiro do Sindicato é nosso, é dos bancários. A categoria autorizou mais essa obra em alguma assembléia? Houve transparência na contratação do projeto e da empresa que está fazendo a obra? O orçamento prevê adição de valores, de quanto? Quanto vamos pagar por mais uma obra que não decidimos? Lembramos que, para a construção da atual sede do Sindicato, houve assembléia de aprovação e licitação para contratação da empresa. E agora, porque tudo é decidido a portas fechadas?O que será que está acontecendo? Estão escondendo alguma coisa?
     CADÊ A TRANSPARÊNCIA? CADÊ A DEMOCRACIA? O DINHEIRO É NOSSO!
    Sem transparência não temos uma verdadeira democracia, mas um discurso de conveniências que engana, ilude e falseia. Isso em nome de quê? Para beneficiar a quem? Estamos às vésperas da Campanha Salarial e a prioridade é a nossa luta e as nossas conquistas. Todo ano a diretoria do Sindicato reclama pra pagar um carro-som pra mobilizar a categoria. As associações dos Bancos, como a AEBA e a AFBEPA, têm arcado com a maior parte dos custos das campanhas salariais no Banco da Amazônia e no Banpará,  e até deslocado apoio pra outros Bancos.
     O SINDICATO NÃO É UMA EMPRESA PRIVADA. QUEM MANDA NO SINDICATO SÃO OS BANCÁRIOS!
    Estamos bastante preocupados com essa falta de transparência e com a utilização oportunista do nosso dinheiro suado, conquistado com tanto esforço! O Sindicato não é uma empresa privada onde uma diretoria tem carta branca para gastar milhões com o quê nem sabemos. Transparência com o dinheiro da categoria é fundamental para que a democracia não seja apenas um discurso conveniente, mas uma prática real e cidadã. Somos bancários e bancárias, temos direitos, o dinheiro é nosso! Que a diretoria do Sindicato mostre e comprove a verdade! Mas queremos a verdade e não mais mentiras para proteger os interesses e conveniências desse grupo político, que é maioria na direção do Sindicato, que perdeu o governo do estado por arrogância e autoritarismo e continua conduzindo nosso sindicato do nada pra lugar nenhum, sem a legitimidade da categoria.
     Prestação de contas nebulosa. COMO FORAM GASTOS R$2,7 MILHÕES DOS NOSSOS BOLSOS?
    Primeiro houve uma assembléia de prestação de contas que não foi bem divulgada e nem mobilizada. Não teve destaque no site do Sindicato, nem mensagens nos celulares e nem convites por e-mail. A maioria da categoria nem ficou sabendo da assembléia tanto que, nas fotos, quem aparece aprovando as contas da diretoria do Sindicato é a própria diretoria do Sindicato que não soube explicar com o quê foram gastos R$2,7 milhões de reais. R$2,7 milhões de reais dos nossos bolsos, retirados dos nossos suados salários.
    Porque estão pagando salário de ex-bancário do BB que foi demitido por duplo vínculo?  Porque não aprovaram em Assembléia os altos custos com mais obras e porque não abriram licitação para contratação do projeto e da empresa, sabendo que na categoria bancária há tantos arquitetos e engenheiros? Porque não mobilizaram os bancários pra assembléia de prestação de contas e aprovaram, praticamente sozinhos, uma tabelinha numa folha A4 que não explica o gasto de R$2,7 milhões que são nossos, dos bancários? Não adianta cobrar transparência de outras entidades sendo que no próprio Sindicato isso não acontece.

    E AGORA DIRETORIA DO SEEB, CRITICASTES AS CONTAS DA AEBA, O QUE TENS A DIZER?










    BANCO CANCELA REUNIÃO DO GT/PCS!


    A presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, eleita diretamente pelos funcionários, representante no GT/PCS, acabou de receber um telefonema da pessoa responsável pelas convocações no Banpará, informando-a que, por ordens superiores, a reunião do GT/PCS que aconteceria amanhã, 15, as 9h, foi cancelada. Informa ainda que a reunião está sem nova data para ocorrer, até que as ordens superiores determinem.


    Esta é uma demora muito prejudicial aos bancários. O Banco está descumprindo o ACT, que foi assinado em novembro de 2011 e que, no Parágrafo Primeiro da 26ª Cláusula determina o prazo de 120 dias para a apresentação de propostas de critérios para promoção por merecimento. Em reunião com a diretoria, ficou determinado que estes 120 dias contarão a partir da primeira reunião do GT/PCS. 


    O adiamento da primeira reunião sem a marcação de nova data configura um desrespeito aos bancários e seus representantes, ao GT/PCS e ao ACT. Palavra tem que ser cumprida e, neste caso, está escrita e tem a força de um Acordo Coletivo de Trabalho.


    A reunião do GT/PCS se tornou mais um ponto de pauta no difícil capítulo da intransigência da direção do Banpará.
    Fonte: blog da afbepa.
    Obs.: O editor do blog se solidariza com os companheiros do
    Banpará pela atitude desrespeitosa da direção do banco.

    06 maio 2012

    CSP-Conlutas reúne 2500 no 1º de maio!




    JEFERSON CHOMA
    da redação do Opinião Socialista



    Diego Cruz
    Ato internacionalista percorreu as ruas de São Paulo

    • Depois de realizar um vitorioso congresso, entre os dias 28 a 30 de abril, a CSP-Conlutas promoveu um Ato Nacional neste 1º de maio em São Paulo.

    A concentração ocorreu no vão livre do Masp, às 10h. Depois de um breve ato político, os manifestantes marcharam pela Avenida Paulista e desceram a rua da Consolação até a igreja, onde finalizaram o evento.

    A passeata reuniu aproximadamente 2.500 pessoas, segundo os organizadores. A imprensa chegou a relatar 4 mil. Na sua maioria delegações nacionais que participaram do congresso da central. Entre eles, trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte, da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos em greve; metalúrgicos de São José do Campos, trabalhadores rurais de Brasiléia e Xapuri (AC), bancários do Rio Grande do Norte, professores e representações quilombolas de diversos Estados, metroviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, servidores públicos federais, estaduais e municipais, operários de Suape (PE), rodoviários e operários da construção civil de Fortaleza (CE), operários da construção de Belém, movimentos populares de São Paulo, moradores do Pinheirinho, movimentos LGBT, de mulheres e da luta negra, entre muitos outros movimentos e categorias.

    José Maria de Almeida, presidente nacional do PSTU, lembrou em sua fala da crise sem precedentes que o mundo vive. Mas também lembrou que “as lutas e revoluções no Norte da África e a resistências dos trabalhadores europeus contra os ataques dos governos também não tem precedentes”, .

    Lembrou ainda que no Brasil, embora os efeitos da crise ainda não sejam evidentes, a situação social é de extrema desigualdade. “Temos que ver além da propaganda. É justiça social o que aconteceu no Pinheirinho? É justiça social as condições de trabalho dos operários das obras do PAC e Belo Monte? O que vemos é a maior degradação das condições de vida enquanto aumentam os lucros das grandes empresas e dos bancos”, denunciou.

    A professora Amanda Gurgel, do PSTU, também lembrou a criminalização dos movimentos sociais e os episódios em que a justiça tomou decisões contra o povo pobre. Lembrando da corrupção do judiciário em seu estado, o Rio Grande do Norte, a professora desabafou: “Muitos bandidos que se escondem debaixo de suas togas e nos tribunais não tem mora pra julgar ilegais as greves dos trabalhadores” .

    Um 1º de maio internacionalista
    Sem dúvida, um dos maiores destaques ficou para a presença de várias delegações estrangeiras no protesto. Estiveram presentes delegações do Egito, França, Chile, Costa Rica, Inglaterra, Haiti, Paraguai, Espanha, África do Sul, Senegal, Argentina, Benin, Peru, México, Uruguai, Canadá e Alemanha.

    O representante do Union Solidaires, Christian Mahjeux, da França, destacou a importância da unidade internacional dos trabalhadores. “É preciso mobilizar com unidade internacionalmente a classe trabalhadora. É dessa unidade que precisamos”, disse.

    Junto com a CSP-Conlutas, o Solidaires é umas das organizações que está chamando a Reunião Internacional, que será realizada nos dias 2 e 3 de maio em São Paulo. A reunião pretende criar oportunidade para que diversos lutadores do mundo todo possam trocar suas experiências.

    Por fim, o ato foi encerrado pela fala de Fatma Ramadan, do Egito, que saudou os trabalhadores do Brasil e ressaltou o perfil classista e internacionalista da central. A egípcia é presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores de Giza, e membro do comitê de direção da Federação dos sindicatos independentes do Egito. “No Egito também sofremos com as demissões em massa e as terceirizações que retiram direitos. O capitalismo quer que paguemos a conta da crise. A revolução no Egito deve se espalhar pelo mundo para combater esses ataques", disse.