28 outubro 2009

Greve no HSBC!

Bancários param 46 agências do HSBC no PR e cobram negociação sobre PLR
Custou caro ao HSBC a atitude de esconder o lucro para pagar aos bancários uma PLR muito abaixo do valor devido. No Paraná, 46 agências do banco (33 em Curitiba e região) e quatro centros administrativos permaneceram fechados nesta quarta-feira (28). O ato é nacional, portanto, a Contraf/CUT estima que ficaram sem expediente 220 unidades (confira quadro de agências paralisadas no país). A ampla cobertura da imprensa também ajudou a efetuar pressão sobre o HSBC. Mais uma vez, para burlar o direito de manifestação dos bancários, o HSBC usou o serviço de taxi aéreo.

Chamado de "Ato de Indignação", os dirigentes sindicais que tiveram oportunidade de conversar com os funcionários do HSBC na manifestação desta manhã perceberam que, sem excessões, os trabalhadores estão revoltados com o posicionamento do banco, que em nota oficial divulgada para a imprensa, reafirmou a sua "ética". Os trabalhadores estão convictos que a ética do banco inglês só será efetivamente comprovada se a diretoria do banco voltar atrás e reverter a sua decisão.
Segundo dados apurados pelo movimento sindical, o lucro do banco inglês foi R$ 2,1 bilhões, valor que consta do balanço contábil e será usado como parâmetro para o pagamento dos executivos e acionistas do banco. Porém, para efeitos da distribuição da PLR da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010, esse resultado aparece como R$ 250 milhões. O motivo disso são manobras no balanço da empresa, entre elas, um aumento muito acima do esperado nas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), com
isso reduzindo substancialmente a PLR do bancários.
Fonte: CONTRAF

Projeto da Isonomia!

O projeto de lei que institui a isonomia de direitos entre os antigos e novos bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNB, Banco da Amazônia e Casa da Moeda recebeu parecer favorável do deputado federal Eudes Xavier (PT-CE). De autoria do hoje senador e ex-deputado Inácio Arruda (PCdoB-CE) e do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), o projeto aguarda votação na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara.

Tramitação

Depois, será encaminhado para as comissões de Finanças e Tributação e Constituição e Justiça. Caso seja aprovado nas comissões, entrará em vigor sem necessidade de votação em plenário.

Fonte: SEEC/PE

20 outubro 2009

A greve dos bancários!

Marlon George C. Palheta*

A campanha salarial da categoria bancária iniciou-se em março, quando o sindicato se dirigiu a vários interiores do estado para disseminar junto à categoria e principalmente à população. Como todo ano temos negociação salarial, o que é justo para os trabalhadores, em que a categoria reivindica não só melhores salariais e de trabalho; como também melhor atendimento, com a contratação de mais bancários e a redução das tarifas e taxas, para à população. Como estamos lidando com um poder muito forte – banqueiros, e não havendo avanços nas negociações salariais, a categoria parte para a greve, como forma legal de pressionar os banqueiros deste país a atender nossas reivindicações. Além de que os banqueiros são os que mais lucram no Brasil.

Em relação à lucratividade, vale destacar um estudo do DIEESE, em que mostra o abuso nas tarifas de bancos privados e públicos. Segundo o estudo, baseado em dados dos balanços dos bancos em 2004 e 2008, quase todos os cinco principais bancos do país conseguem pagar totalmente sua folha de pagamento apenas com o valor das tarifas, cobradas da população que utiliza o sistema financeiro.

O campeão no quesito é o Santander, que consegue 200,3% de sua folha de pagamento com a receita de tarifas. Em 2004, o número era de 84,7%, o que também representa o maior crescimento entre as empresas pesquisadas. O Bradesco possui o segundo maior crescimento do período, partindo de 99,2% em 2004 para chegar a 156,5% de sua despesa com pessoal com arrecadação em prestação de serviços em 2008.

O Itaú consegue cobrir 158% da folha de pagamento com a receita de serviços, mesmo tendo apresentado queda em relação a 2004, quando essa receita era equivalente a 185,7% das despesas com pessoal. Entre os bancos públicos, o Banco do Brasil também apresenta crescimento, partindo de 87% da folha em 2004 para 111% em 2008.

Urge que a sociedade brasileira faça o debate sobre as tarifas e taxas bancárias, pois todos os bancos, públicos e privados, deveriam praticar tarifas mais baixas para seus clientes, e essa receita é uma das bases de sustentação dos enormes lucros que o setor financeiro tem conseguido ano após ano; bem como apoiar a campanha mais bancário menos filas que o sindicado está realizando. Sendo assim, é de extrema importância o apoio da sociedade à categoria bancária, pois a greve è contra os banqueiros e não contra à população.

*Marlon George C. Palheta é vice-presidente do SEEB PA/AP e bancário do Banco da Amazônia
Obs.: Artigo publicado nos jornais Diário do Pará(28/09/09) e em O Liberal(29/09/09).

18 outubro 2009

BASA apresenta nova proposta e é aprovada em assembléia geral na sexta-feira!

17/10/2009
REF: COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO

Ofício 2009/004

Belém (PA), 16 de outubro de 2009.

Senhor Presidente



Com a finalidade de darmos prosseguimento no processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2009/2010, apresentamos a seguinte proposta:
a) Acompanhar todas as cláusulas econômicas da FENABAN (que concede aumento de 6% a todas as verbas);
b) Distribuição de PLR na forma a seguir: 1) 40% linear para todos os empregados, 2) 35% proporcional ao salário de cada empregado, e 3) 25% para a elaboração de um módulo bônus contemplando os cargos de gestão. OBS: O pagamento se dará dentro dos limites legais constantes da Lei 10.101 e resolução nº10 do Dest;
c) Pagar em até 10 dias após a assinatura do Termo de Ajuste Preliminar todas as diferenças salariais retroativas ao aumento de 6%, inclusive quanto à cesta e ao vale alimentação;
d) Pagar em até 10 dias após a assinatura do Termo de Ajuste Preliminar a 13ª Cesta Alimentação;
e) Pagamento em até 10 dias de um abono indenizatório (não dedutível da PLR) linear no valor de R$ 500,00 para cada empregado;
f) Ampliar a licença maternidade para 180 dias;
g) realização de novo concurso público para o ano de 2010;
h) abertura de mais 21 novas agências para o ano de 2010;
i) Compromete-se a intensificar a capacitação de gestores para o exercício da liderança;;
j) Disponibilizará as entidades de classe a oportunidade de conhecer a condução do próximo processo seletivo para preenchimento de cargo comissionado;
k) Compensação da greve: os dias não trabalhados da greve deste ano não serão descontados e serão compensados a partir da próxima terça-feira, dia 20.10.2009 ou da assinatura do acordo preliminar, o que ocorrer primeiro: 1) será feito um controle de compensação pelo empregado e seu gestor; 2) serão compensadas 02 horas por dia útil até o dia 15.12.2009;
l) Manter as demais cláusulas específicas do acordo 08/09.

Atenciosamente,

Francisco de Oliveira Moura
Coordenador da Comissão de Negociação

Vítor Manoel Silva de Magalhães
Membro da Comissão de Negociação

Leudah Figueiredo Gallo
Membro da Comissão de Negociação
Em assembléia realizada na sexta-feira, na sede do sindicato, a proposta foi aprovada pondo fim a greve em seu 23º. Para Marlon George, vice-pres. do sindicato e funcionário do banco " a proposta não é a ideal que a categoria reivindicava, mas houve avanço e temos que reconhecer a disposição dos colegas do banco que grevaram, pois isso foi fundamental para que o banco recuasse e voltasse a negociar com as entidades. Vamos intensificar para que na próxima campanha o banco tenha mais respeito para com os bancários do Banco da Amazônia, pois sabemos que esta diretoria irá passar; enquanto que o banco fica e seus funcionários.Parabéns aos colegas"

10 outubro 2009

Mapa da greve no Banco da Amazônia

O movimento grevista segue forte ontem no Banco da Amazônia em seu 16º dia. Pela manhã, houve uma manifestação forte em frente a Matriz da empresa, em Belém. Os empregados permaneceram em grande número para ouvir as orientações das entidades. A orientação do comando é manter a greve até que seja apresentada uma proposta nova.Vejam as agências que estão paradas:

PARÁ
Abaetetuba
Alenquer
Altamira
Ananindeua- Castanheira
Ananindeua- Cidade Nova
Belém-Centro
Belém-Pedreira
Belém-Reduto
Capanema
Carajás
Castanhal
Conc. do Araguaia
Eldorado dos Carajás
Icoaraci
Igarapé-Miri
Marabá
Pacajá
Paragominas
Redenção (PARCIAL)
Santarém
São M. do Guamá
Tailândia
Tucuruí
Uruará
Super-PA I (Parcial)
Super-PA II

AMAPÁ
Macapá

MARANHÃO
Açailândia
Bacabal
Carolina
Caxias
Coroatá
Imperatriz
Pinheiro
Santa Inês
São Luís
SUPER-MA

TOCANTINS
Gurupi
Mirac. do Tocantins
Paraíso do Tocantins
Porto Nacional

ACRE
Brasiléia
Cruzeiro do Sul
Feijó
Rio Branco Centro
Rio Branco Metro
Sena Madureira
Tarauacá
Xapuri
Super

MATO GROSSO
Cáceres
Cuiabá
Rondonópolis

RONDÔNIA
Ariquemes
Buritis
Cacoal
Ji-Paraná
Porto Velho
Rolim de Moura

AMAZONAS
Humaitá
Itacoatiara
Manaus-Centro
Manaus-Metro
Maués
Parintins
SUPER-AM/RR

RORAIMA
Boa Vista

Proposta do BASA é rejeitada e greve continua!

Proposta do Banco não avança. GREVE CONTINUA

Após o décimo quinto dia de greve, a maior parte dos bancários do Pará decidiu voltar ao trabalho sexta-feira. No entanto, os bancários do Banco da Amazônia decidiram na assembléia manter a greve e intensificar o movimento grevista, diante da desconsideração da empresa com relação à lista de cláusulas apresentadas pelas entidades para discussão. Além do Banco, a Caixa e o BNB também mantiveram a greve.

O banco se limitou a dizer que seguirá o acordo da Fenaban, mas não negocia PLR, pois essa cláusula só poderá ser discutida após o resultado do balanço financeiro da empresa, em 2010.

“A categoria não tinha outra posição a tomar diante da proposta do Banco. Queremos definir a regra de PLR ainda na campanha salarial. Para avançarmos, é preciso manter a mobilização forte. Não aceitamos tratamento desigual em relação aos outros bancos”, disse o vice-presidente do sindicato e funcionário do banco, Marlon George.

Ontem pela manhã, houve uma manifestação forte em frente ao Banco. Os empregados permaneceram em grande número para ouvir as orientações das entidades. A orientação do comando é manter a greve até que seja apresentada uma proposta nova.

Banco da Amazônia enrola e não define PLR

Sem qualquer fato novo, as entidades orientam a rejeição dos itens apresentados pelo Banco da Amazônia e permanência da greve por tempo indeterminado.

As entidades representativas dos empregados e o Banco da Amazônia retomaram hoje, 08/10, às 11 horas, as negociações específicas. No 15º dia de greve dos bancários, infelizmente, o Banco não apresentou avanços significativos na mesa. Veja abaixo o que foi apresentado pela empresa e a avaliação das entidades.

O que o Banco apresentou:

- Garantia das cláusulas eminentemente econômicas da FENABAN, excluindo a PLR;

- Licença maternidade de 180 dias;

- Concurso público para 2010 (sem mencionar número de vagas);

- Abertura de 21 novas agências;

- Apresentação de estudo, em 180 dias, para a criação de refeitório na Matriz;

- Programas de capacitação para gestores e não gestores sobre assédio moral e sexual;

- Acompanhamento presencial das entidades a todas as fases do processo seletivo para comissionamento, sem direito a voto;

- Retomada das negociações da PLR assim que o Banco tiver os resultados financeiros do exercício (somente quando fechar o balanço de 2009, a partir de jan/2010);

- Reposição dos dias parados na greve, como acordado com a Fenaban;

IMPORTANTE: Segundo o Banco da Amazônia, todos os itens acima expostos só podem ser considerados, caso o movimento grevista seja suspenso imediatamente pela categoria, excluindo da negociação todas as outras cláusulas específicas de impacto econômico.

AVALIAÇÃO DAS ENTIDADES

As entidades representativas dos empregados avaliam que o Banco da Amazônia não apresentou avanços significativos na reunião de hoje, considerando que:

- as entidades apresentaram uma extensa lista de cláusulas prioritárias para negociar com o Banco, o que não mereceu por parte da empresa qualquer consideração, demonstrando com isso, flagrante desinteresse com as causas dos seus empregados;

- não se trata de proposta efetiva o que foi apresentado hoje, já que sequer os itens acima foram formalizados pelo Banco;

- os itens apresentados não demonstram interesse nenhum do Banco de sensibilizar a categoria a rever sua posição quanto à disposição de se manter em greve, pois quase a totalidade dos itens apresentados já havia sido colocada pelo Banco antes do movimento grevista, portanto, sem apresentar novidades.

PLR

Todos os bancos públicos ora em negociação já se posicionaram como vão proceder com o pagamento da PLR. O Banco da Amazônia é o único que ainda não o fez. Sendo que a disposição da categoria em fazer a greve foi exatamente o de buscar um posicionamento da empresa a respeito de critério de pagamento dessa vantagem.

A questão é que o Banco insiste no pagamento da PLR somente após o resultado do balanço. Porém, o resultado da empresa não impede que os critérios de pagamento da PLR possam ser definidos agora. Para as entidades, a regra da PLR precisa ser definida agora, ainda no decorrer da Campanha Salarial, independente de resultado do balanço do Banco. O que a categoria quer é que o Banco aplique os critérios definidos agora proporcionalmente aos resultados obtidos depois.