29 julho 2009

Assembléia nesta sexta-feira, 31/07/2009!

O Sindicato realiza nesta sexta-feira (31), às 19h, assembléia geral extraordinária para discussão e aprovação do pré-acordo e da minuta de reivindicações da categoria, definida durante a 11ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida de 17 a 19 de julho, em São Paulo. A assembléia também deverá aprovar o desconto assistencial. A atividade ocorre na sede do Sindicato (Rua 28 de setembro, 1210 – Reduto).

Na oportunidade, os participantes também poderão autorizar a diretoria do Sindicato a realizar negociações coletivas, celebrar convenção coletiva de trabalho, convenções/acordos coletivos aditivos, bem como convenção/acordo de PLR e, frustradas as negociações, defender-se e/ou instaurar dissídio coletivo de trabalho, bem como delegar poderes para tanto.

O edital da Assembléia foi publicado na edição desta quarta-feira (29) em jornal de grande circulação do Estado.
COMPAREÇA. SUA PARTICIPAÇÃO É IMPORTANTE!
Marlon

Estadão publica artigo do presidente da Contraf-CUT sobre emprego nos bancos

O jornal O Estado de S.Paulo publicou nesta terça-feira, dia 28, o artigo "Bancos andam na contramão do emprego", do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro da Silva. O texto destaca que "os bancos fecharam 1.364 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano", conforme pesquisa da Contraf-CUT em conjunto com o Dieese. Para ele, "nada justifica a rotatividade que está sendo feita com a redução de salários e a discriminação das mulheres".

Segundo Carlos Cordeiro, "as demissões estão concentradas nos grandes bancos privados, principalmente em razão das fusões do Itaú-Unibanco e Santander-Real, contrariando os compromissos assumidos publicamente pelos presidentes dessas empresas de que não haveria fechamento de postos de trabalho". Na opinião do presidente da Contraf-CUT, "os bancos, que gastam milhões de reais para propagandear responsabilidade socioambiental, mostram que não fizeram a lição de casa, dando um mau exemplo para a sociedade".

Ao final do artigo, Carlos Cordeiro ressalta que "está na hora de os bancos pararem de andar na contramão e fazer a sua parte para manter postos de trabalho e gerar novos empregos, além de baratear o crédito e baixar juros, tarifas e spread. O Brasil só vai caminhar para frente com emprego, distribuição de renda e desenvolvimento".

Leia a íntegra do artigo de Carlos Cordeiro:

Bancos andam na contramão do emprego

Os clientes e a população possuem razões de sobra para reclamar das filas intermináveis nos bancos. Faltam cada vez mais funcionários para agilizar o atendimento, enquanto sobram caixas eletrônicos nas salas inseguras de autoatendimento. Isso porque as instituições financeiras têm fechado postos de trabalho, principalmente nas regiões Sudeste e Sul, ao invés de gerar empregos.

Segundo pesquisa inédita de emprego no sistema financeiro, lançada recentemente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os bancos fecharam 1.364 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano. Eles desligaram 8.236 bancários e contrataram apenas 6.882. É uma inversão do que ocorreu no ano passado, quando houve um aumento de 3.139 vagas no mesmo período.

Esse primeiro resultado, que as duas entidades passarão a divulgar trimestralmente sobre a evolução do emprego nas instituições financeiras, toma por base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. As demissões estão concentradas nos grandes bancos privados, principalmente em razão das fusões do Itaú-Unibanco e Santander-Real, contrariando os compromissos assumidos publicamente pelos presidentes dessas empresas de que não haveria fechamento de postos de trabalho. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Ministério da Justiça, que aprovou as fusões, precisa dizer para a população quais foram as contrapartidas sociais.

Os números somente não foram piores porque houve mais contratações nos bancos públicos, especialmente no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Mas ainda há carência de pessoal para acabar com as filas, o que tem motivado a Contraf-CUT e os sindicatos, em parceria com outras entidades representativas, a fazer mobilizações, como a campanha "Mais empregados para a Caixa, mais Caixa para o Brasil".

Além da redução do emprego, está havendo também uma diminuição na remuneração média dos trabalhadores. Os desligados no primeiro trimestre recebiam remuneração média de R$ 3.939,84. Já os contratados têm salários médios de R$ 1.794,46, o que representa uma diferença de 54,45%, isto é, menos da metade. É a velha política da rotatividade para baixar salários e aumentar lucros.

Os números revelam também que, em vez de avanços na igualdade de oportunidades, cresceu a discriminação contra as bancárias. Os bancos pagaram às mulheres contratadas menos do que aos homens. O salário médio das trabalhadoras admitidas no período foi de R$ 1.535,34, enquanto a remuneração média dos homens chegou a R$ 2.022,56 - uma diferença de 24,09% em prejuízo das bancárias.

Os bancos, que gastam milhões de reais para propagandear responsabilidade socioambiental, mostram que não fizeram a lição de casa, dando um mau exemplo para a sociedade. E recursos financeiros não faltam para esse setor da economia. Mesmo com a crise mundial, os lucros seguem invejáveis. No primeiro trimestre deste ano, os 50 maiores bancos lucraram R$ 7,5 bilhões, segundos dados do Banco Central.

Nada justifica, portanto, a rotatividade que está sendo feita com a redução de salários e a discriminação das mulheres. Um dos dispositivos defendidos pelos trabalhadores para frear essa rotatividade é a ratificação do Brasil à Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dificulta a demissão imotivada.

Aliás, a facilidade dos bancos em dispensar empregados, especialmente aqueles com mais tempo de trabalho e com maior remuneração, o que exige o pagamento de indenizações mais elevadas, rasga o discurso patronal de flexibilizar a legislação trabalhista para reduzir os encargos previstos para a rescisão de contratos. Como se não bastasse, nenhuma medida foi anunciada pelos bancos para reduzir as premiações e os bônus, muitas vezes milionários, concedidos para um punhado de executivos.

Mas, acima de tudo, está na hora de os bancos pararem de andar na contramão e fazer a sua parte para manter postos de trabalho e gerar novos empregos, além de baratear o crédito e baixar juros, tarifas e spread. O Brasil só vai caminhar para frente com emprego, distribuição de renda e desenvolvimento.

Carlos Cordeiro da Silva
Presidente da Contraf-CUT

Fonte: Contraf-CUT

20 julho 2009

Campanha Salarial 2009!

São Paulo, 19/07/09
Reajuste Salarial - Índice de reajuste de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 3.850, contratação de toda remuneração dos trabalhadores (inclusive a parte variável, com o objetivo de acabar com imposição de metas abusivas). PCS para todos. Essas são as principais cláusulas econômicas da pauta oficial de reivindicações a ser entregue aos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nos próximos dias.

As reivindicações foram definidas durante a 11ª Conferência Nacional realizada entre os dias 17 e 19 de julho, em São Paulo, com a participação de cerca de 640 delegados bancários eleitos em conferências estaduais e regionais realizadas por todo o país.

Está mantida a campanha nacional unificada entre bancos públicos e privados, com debate das questões de cada banco sendo realizados em mesas específicas.

Participação nos Lucros – A reivindicação definida após os debates da conferência e que será levada aos banqueiros é o pagamento de três salários mais R$ 3.850 a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Pisos - Os bancários querem a valorização dos salários de ingresso na categoria, com o piso salarial de escriturário baseado no salário mínimo do Dieese, de R$ 2.047. O piso de portaria seria de R$ 1.432,90 e o de caixa R$2.763,45. Para o primeiro comissionado a reivindicação é de R$ 3.477,88 e para o primeiro gerente R$ 4.605,73.

PCCS – A atual proposta de criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos os bancos, com o acompanhamento dos sindicatos foi mantida. Essa proposta prevê 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos. A proposta de PCS determina, ainda, que os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função, o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

Mais – Os delegados bancários também definiram reivindicar a ampliação do auxílio-educação para todos e a licença-maternidade de seis meses.
Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários - 19/07/2009

13 julho 2009

Assedio mora no trabalho!

Assédio Moral na relação trabalhista: o que é, como se faz no dia a dia
O assédio moral é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

A forma mais comum apresenta-se nas relações entre chefes e subordinados em que predominam condutas desumanas sem nenhuma ética.

A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade para o trabalho, desemprego ou mesmo a morte.

Essa humilhação corresponde ao sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva.

A violência moral no trabalho é identificada por atitudes como, por exemplo, começar sempre a reunião amedrontando quanto ao desemprego ou ameaçar constantemente com a demissão, subir na mesa e chamar a todos de incompetentes, sobrecarregar de trabalho ou impedir a continuidade do trabalho negando informações, desmoralizar publicamente afirmando que tudo está errado, afirmar que seu trabalho é desnecessário à empresa, rir à distância e em pequeno grupo, conversar baixinho, suspirar e executar gestos direcionado-os ao trabalhador, não cumprimentar e impedir os colegas de almoçarem, cumprimentarem ou conversarem com a vítima, mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa, desviar da função sem justificativa, exigir que faça horários fora da jornada, mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador, hostilizar, sugerir que peça demissão por sua saúde, divulgar boatos sobre sua moral.

Ainda há a discriminação por sexo: promover apenas os homens, diferenciar o salário entre homens e mulheres que desempenham a mesma função, fazer reunião com todas as mulheres e exigir que não engravidem para evitar prejuízos na produção, mandar limpar banheiro, fazer cafezinho, limpar o local de trabalho (sendo que foram contratadas para o desempenho de outra função).

Há também o caso de ter que ir pintar a casa do chefe nos finais de semana, ou receber advertência em conseqüência de atestado médico ou ainda porque reclamou direitos.

Fiquem atentos!

Fonte: blog Seu Direito, no Blog O outro lado da notícia