29 julho 2012

Todos à assembléia amanhâ, às 18h, no SEEB-PA


PARTICIPE DA ASSEMBLÉIA NO SINDICATO  E NÃO DEIXE QUE DECIDAM POR VOCÊ!

Aos colegas da categoria bancária, favor divulgar amplamente.

Nesta segunda-feira (30/07) ocorrerá assembleia no sindicato dos bancários, às 18h, para discutir os seguintes temas:

- Aprovação da minuta de reivindicações definida na Conferência Nacional da Contraf/CUT:

Na nossa opinião, uma minuta rebaixada que reivindica apenas 10,25% de reajuste e abandona mais uma vez a discussão sobre as perdas salariais do período FHC. Precisamos aprovar em nossa assembleia iniciativas para superar os limites impostos por essa minuta e construirmos uma campanha salarial vitoriosa.

- Deliberar sobre o desconto a ser feito nos salários dos empregados em razão da contratação a ser realizada:

Esse desconto se refere àquela contribuição feita para auxiliar nos custos da greve. Acreditamos que esse desconto é legítimo, desde que seja aprovado em assembleia da categoria amplamente divulgada. Discordamos, no entanto, que isso seja deliberado agora. O correto é discutir a aprovação ou não do desconto depois da greve, caso ela ocorra. Além disso, o sindicato já recebe recursos da contribuição voluntária dos associados e também da contribuição compulsória de todos os bancários através do nefasto imposto sindical (dinheiro que é descontado pelo governo em nossa folha de março). Sobre esses temas defendemos:

1. Que a assembleia aprove o adiamento da deliberação sobre o desconto para depois da assinatura do acordo coletivo, em assembléia da categoria divulgada amplamente;

2. Que a diretoria do sindicato tome iniciativas no sentido de devolver aos trabalhadores o desconto referente ao imposto sindical. Isso já é feito pelos sindicatos dos bancários do Rio Grande do Norte e de Bauru (SP), ambos filiados à CSP-Conlutas.

Essa é a primeira assembleia da campanha salarial. Nos últimos anos, ela tem sido muito esvaziada apesar da importância dos temas discutidos. Geralmente só comparecem os diretores do sindicato e poucos bancários da base da categoria e, entre eles, os membros da oposição bancária. A categoria precisa reverter isso e participar da assembleia. Não deixe que decidam por você!

Grande plenária Cléber vereador e Edmilson prefeito, na sede do PSTU!

Fala do Cléber Rabelo na plenária da Frente, que aconteceu na noite dia  19/07. Mandou muito bem nosso candidato, mais um vez. "A nossa candidatura tem que ter uma lado, não dá pra governar pra todo mundo" Tem que estar junto da greve das universidades federais, das ocupações de terras e em todas as lutas, contra os patrões" finaliza Cléber.

Tome partido, filie-se ao PSTU!

Conheça o PSTU, um partido de mulheres, homens e jovens que lutam por um mundo sem injustiças sociais, um mundo socialista


 


 
 
  PSTU lança campanha de filiações

• As eleições municipais estão começando e, mais uma vez, a população será bombardeada por todos os lados por promessas vazias e muita demagogia. Sorrisos falsos, gravatas e as mesmas mentiras que, de quatro em quatro anos, prometem o paraíso na terra em troca de um voto.

Entre as campanhas milionárias dos candidatos dos grandes partidos na TV, porém, com poucos segundos e uma modesta produção, estará o PSTU. Ao contrário das promessas e discursos dos outros candidatos, a campanha do PSTU mostrará a luta dos trabalhadores, denunciará a injustiça social que continua sendo a marca deste país e apresentará propostas dos trabalhadores para os principais problemas que afetam nossas cidades. Defenderá, enfim, uma cidade para os trabalhadores.

Da mesma forma, enquanto que nas ruas você esbarrará com verdadeiros batalhões de cabos eleitorais pagos, talvez encontre também as bandeiras vermelhas do PSTU e os nossos próprios candidatos conversando com a população e entregando panfletos com as nossas propostas. E você poderá ter certeza: aquelas pessoas não são funcionários pagos, mas militantes, atuando em prol de um ideal, que atuam não só nas eleições, mas durante todo o ano, dedicando parte da vida na luta por um mundo mais justo.

E qual é esse ideal? O que quer o PSTU?

O partido das lutas e do socialismo
O PSTU é um partido formado por jovens, trabalhadoras e trabalhadores que lutam por um mundo melhor. Participamos das eleições para dialogar com a população e a juventude e, eventualmente, eleger lutadores que, uma vez no parlamento, atuarão como porta-vozes dos trabalhadores e suas lutas. Mas não temos ilusões. Tantos as eleições quanto o parlamento são jogos de cartas marcadas da classe dominante, que existem para deixar tudo como está.

Hoje, lamentavelmente, grande parte da esquerda abandonou qualquer perspectiva de transformação social para apostar em uma ação unicamente eleitoreira, utilizando os cargos no parlamento (e seus privilégios) como um fim em si mesmo.

Para nós, só a luta muda vida. Ou seja, só a ação direta dos trabalhadores e a juventude são capazes de arrancar alguma mudança significativa.

Mas a luta, por si só, tem limitações. Por exemplo, uma greve pode conquistar reajuste salarial, mas logo depois ele é 'comido' pela inflação. Uma mobilização estudantil pode arrancar medidas como abertura de vagas em uma universidade, mas isso não impede que posteriormente o governo corte recursos da Educação e sucateie essa universidade. Enquanto alguns conquistam moradias, outros tantos são expulsos de suas casas pela especulação imobiliária. Para superar essa limitação é que se faz necessário uma organização revolucionária, que dê um sentido estratégico às mobilizações e lutas dos trabalhadores.

E qual é essa estratégia?

Não acreditamos que o capitalismo possa ser 'humanizado'. Para acabar de vez com as injustiças sociais, temos que superar esse sistema capitalista, extinguindo a exploração do homem pelo homem, e colocando a produção e as riquezas que nós mesmos fazemos em prol das necessidades da maioria da população. É para isso que existe o PSTU.

O seu voto, para nós, é muito importante, na medida em que sinaliza um apoio às propostas socialistas e um protesto contra o atual sistema. Mas não queremos apenas o seu voto. Queremos que você esteja conosco após as eleições, nas lutas, mobilizações, campanhas e eventos que o PSTU está presente e realiza durante todo o ano. Para isso fazemos um convite especial a você. Filie-se!

24 julho 2012

CONTRAF-CUT E DIRETORIA DO SINDICATO VOTAM REAJUSTE REBAIXADO DE 10,25%





         
Ocorreu neste final de semana em Curitiba-PA, a XIV Conferência Nacional dos Bancários, evento este que se tirou a pauta da Campanha Salarial de 2012-2013. Mais uma vez a CONTRAF-CUT vota, junto com a diretoria do SEEB-PA, o índice de reajuste da categoria em 10,25%, com a balela do tal de “reajuste real”. Na verdade, o que mais estão preocupados é com a desmobilização da categoria, visto que este índice não agrega os bancários na campanha salarial. Em relação à pauta propriamente dita, nada foi discutida como a  reposição das perdas salariais, visto que a média das perdas nos bancos públicos gira em torno de 60%,  bem como as questões especificas de cada banco, que devem ser prioridade, em virtude da  mesa única implementada pela CONTRAF/CUT que só favorece aos banqueiros e o governo. No Banco do Brasil, a luta é pela jornada de 6 horas além da luta como o retorno dos anuênios, PCS, licença-prêmio para os empregados pós-98 e a volta das substituições para todos os cargos.  Na Caixa, o centro continua sendo isonomia.  Nos bancos privados, a grande reivindicação é a garantia no emprego. O assédio moral, a intensa rotatividade e a constante ameaça de demissão são questões que têm atormentado os bancários e a exigência da estabilidade do emprego dos bancários é relevante. Existem ainda as reivindicações que são particulares dos bancos regionais (Banco do Nordeste, BASA, Banrisul, BANPARÁ, BRB, etc.) e a pauta específica é a que mobiliza cada segmento de trabalhadores desses bancos, como o PCCS, Saúde, Previdência Complementar, portanto, devemos incorporar todas as reivindicações específicas dos bancários dessas instituições, no entanto, achamos que o centro tem de ser o reajuste salarial, de preferência vinculando à questão da reposição das perdas. São essas as reivindicações da oposição bancária. E o que aconteceu na Conferência Nacional foi que nada se discutiu de forma a trazer à categoria para lutar pelos seus direitos; pelo contrário, o que foi aprovado não contempla a categoria e a desmobiliza para uma grande greve nacional neste ano.

22 julho 2012

Caminhada da vitória na feira de Icoaraci: Edmilson prefeito e Cléber vereador!

Ocorreu ontem pela manhâ a caminhada da vitória em Icoaraci, com
a presença de Edmilson Rodrigues e do nosso candidato a vereador
Cléber Rabelo, nr. 16.123. Foi uma caminhada muito  importante
onde o Cléber dialogou com a população e com os feirantes, 
apresentando suas propostas que irá defender quando assumir o 
mandato popular de vereador. A militância do partido esteve 
presente dando força para o nosso candidato, bem como também 
conversando com o povo pedindo voto tanto para o Edmilson 
prefeito quanto para o Cléber vereador. Isso é só o começo. A 
campanha irá esquentar a partir do mês de agosto onde todos 
junto iremos mobilizar Belém e eleger com certeza um operário 
da construção civil para ser vereador de Belém, trazendo a cidade 
para os trabalhadores. Vejam as fotos da caminhada:
 Cléber com um eleitor.
 Panfletando na feira.
 Pose para a foto com o futuro vereador.
 Depois da caminhada, nada mais justo de comer um peixe na orla de Icoaraci
 Cléber e Edmilson dialogando com os feirantes de Icoaraci
 Militancia do PSTU na caminhada.
 Na hora do discurso Cléber dando seu recado ao povo.
 Marlon urbanitário e Marlon bancário: sempre na luta
Marcela arrasou na lista de apoiadores da candidatura Cléber vereador.

20 julho 2012

Nota do PSTU sobre a saída do MTST da CSP-Conlutas.

• Entre os dias 13 e 15 de julho, se realizou no Rio de Janeiro a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas em que a direção do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) anunciou a saída da central baseada em injustas acusações ao PSTU. O partido lamenta a saída do MTST da CSP-Conlutas e manifesta total desacordo com suas alegações.

Causou-nos surpresa a saída dos companheiros da CSP-Conlutas, visto que, apesar de diversas diferenças, havia pelo menos um grande acordo na necessidade da construção de uma central que fosse um instrumento que unificasse a luta do movimento sindical e popular. O anúncio do MTST não se justifica e causa estranheza por, em nome da unidade, sair da central que é a única e inédita experiência em nosso país de uma organização de massas, uma frente única, que se propõe a unir o movimento sindical e o movimento popular, além do movimento estudantil e movimentos de lutas contra as opressões.

As alegações em relação ao PSTU não procedem. Nos últimos anos, o PSTU deu uma enorme batalha no movimento na defesa da unidade e integração do movimento sindical e popular e, dessa forma, abandonou a cômoda posição defendida pela maioria da esquerda de constituir meramente uma nova central sindical. Desta forma, o PSTU se orgulha de, junto com outras organizações, apoiar a fundação da CSP-Conlutas.

Neste marco, o PSTU apoiou e estimulou os movimentos populares, em particular o MTST, com quem nossos militantes sempre mantiveram relações leais, fraternas e de absoluta colaboração tanto nas lutas como em seu desenvolvimento e estruturação em diversos estados.

Da mesma maneira que apoiamos o MTST, o PSTU apóia outros movimentos populares, tais como: MUST Pinheirinho, Quilombo Urbano, Ocupação San Remo, Luta Popular, etc. O partido entende que a CSP-Conlutas, enquanto uma entidade plural, deve estar aberta e abrigar todos os movimentos de luta dos trabalhadores e do povo.

A luta em defesa do Pinheirinho, a luta popular de maior impacto no país nos últimos anos, protagonizada pelo MUST Pinheirinho e a CSP-Conlutas, já é um resultado do avanço na integração do movimento sindical e popular, que abriu um novo momento na resistência à “contra-reforma urbana” e desencadeou um processo de reorganização do movimento popular urbano no Brasil em que a CSP-Conlutas é um ponto de referência nacional.

O processo do Pinheirinho fortaleceu e aproximou vários movimentos populares da CSP-Conlutas. Assim, além do MTST, outros movimentos de luta por moradia passaram a se alinhar com a central potencializando ainda mais seu caráter e ampliando de forma legítima a participação desses movimentos, que também são parceiros na luta contra os governos e o capital.

Reconhecer o papel e legitimidade do MTST não pode representar a exclusão de outros movimentos populares, sob o risco de cair no “hegemonismo” que o MTST tanto critica. O MTST não detém o monopólio de representação do movimento popular.

A CSP-Conlutas, enquanto uma central sindical e popular, um organismo de frente única, se construiu baseada no método da democracia operária, em que a base decide e não as tendências através de acordos de cúpula. Por isso, e por protagonizar uma série de enfrentamentos contra os ataques dos governos e dos patrões, a CSP-Conlutas se constitui na mais importante ferramenta de luta e alternativa às centrais governistas, e deve ser defendida e apoiada por todos aqueles que queiram dar um combate conseqüente por uma alternativa operária e socialista.

Diante disso, o PSTU lamenta a decisão do MTST e chama os companheiros a reverem suas posições e reafirma sua defesa da construção da CSP-Conlutas como uma entidade plural baseada na democracia operária. 

Direção Nacional do PSTU

17 julho 2012

Ocorreu no final de semana em São Paulo o
Encontro Nacional da Oposição Bancária -
MNOB. Várias lideranças sindicais estiveram
presentes como os do estado do MA, SP, RJ,
RS, RN, MG, etc.. Durante dois dias debatemos
vários temas relevantes para a campanha salarial do
bancários deste ano, como :
- estabilidade no emprego p/ todos bancários;
- indice de reajuste de 24%;
- Piso salarial do DIEESE;
- Isonomia entre os bancários de bancos públicos;
- Que o governo Dilma decrete o fim imediato das
cobranças de taxa e tarifas;
- Fortalecimento dos bancos públicos de desenvolvimento
regional, como o BASA e o BNB;
- Contra a política entreguista da CONTRAF/CUT e
- Fortalecer a CSP-Conlutas como alternativa p/
os trabalhadores, sem patrão..
Vejam as fotos do evento:


 Discursando para a plenária.
 Na abertura do encontro.
 A atenção redobrada na plenária!
 Momento de reflexão para o debate!
 Pose para a foto dos participantes do evento
No discurso de abertura!
 Na hora do almoço.
Como ninguém é de ferro, mesmo no frio desgraçado, uma gelada para relaxar.

11 julho 2012

Mensalão: então em Curitiba o PT está apoiando um suposto golpista?


por Avanilson Araújo[1]
Recentes matérias veiculadas na imprensa dão conta de que a CUT e o PT esboçam uma reação ao que seria uma tentativa de golpe da mídia e de setores da direita, no esquema que ficou conhecido como “Mensalão”, no momento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para julgar o caso.
O Mensalão foi o maior escândalo de corrupção do governo Lula. Entre aqueles que ficaram chocados e incrédulos, há os fatos. O esquema envolvia o pagamento de “mensalidades” aos deputados para votarem projetos de interesse do governo, além disto, o esquema envolvia favorecimentos ilegais de empresas, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas. Esses são os crimes que o STF irá julgar no próximo período.
Mas será então que isto foi uma tentativa de golpe da mídia e da direita ou absurda adaptação do PT ao estado, aprofundando-se num antro de corrupção nunca antes visto?
Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, ao expor sua tese de uma possibilidade de golpe da direita: “Basta aprofundar o processo eleitoral elegendo um Congresso conservador para se utilizar da legislação para derrubar um presidente”. Em outro trecho cita que irá defender os atos de corrupção no governo Lula: “Não temos vergonha de defender o que foi feito no governo do presidente Lula”.[2]
Quer dizer que se aprofundarmos a democracia corremos o risco de um golpe?
Em 2005 e 2006 o então Deputado Federal Gustavo Fruet (PSDB) foi uma das principais vozes da oposição de direita no Brasil, ao lado de figuras como Álvaro Dias (PSDB), Demóstenes Torres (ex-DEM – do esquema de Carlinhos Cachoeira) e outras figuras da velha direita que denunciaram o mensalão, esquema parecido com o ocorrido no governo FHC, mas que agora atingia Lula, a maior liderança operária construída no país nos últimos anos.
Fruet foi uma voz estridente contra o governo Lula, o que nos faz deduzir pelo raciocínio do PT e da CUT que poderá ter sido também um dos principais articuladores de um golpe contra o governo Lula.
Mas, para a surpresa de alguns, veio o processo eleitoral de 2012 e quem o PT (a mesma tendência de Lula e de José Dirceu) impuseram como opção para a base social do PT e para seus filiados? Fruet... Isto mesmo, Gustavo Fruet. Numa aliança construída diretamente pelos senadores petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann
É preciso questionar se Gustavo Fruet deixou de ser um eventual golpista ou se o PT fez uma aliança com ele, mesmo sabendo desta condição.
Nem Gustavo Fruet (agora no PDT) nem os “mensaleiros” têm qualquer base moral para falar em ética ou compromisso com os trabalhadores. Os “esquemas” da governabilidade os colocam na mesma situação, daqueles que têm rabo preso com que determinam para que eles devem governar e que, com certeza, não é para o povo trabalhador.
Cabe retomar a pergunta do título deste breve artigo: então em Curitiba o PT está apoiando um suposto golpista?


[1] Presidente estadual PSTU-PR, Advogado, candidato a prefeito de Curitiba.
[2] Jornal Gazeta do Povo, edição de 10.07.12, Pág. 16.

10 julho 2012

Voto útil é voto nas lutas dos trabalhadores


Editorial do Opinião Socialista n.445


PSTU apresenta candidaturas socialistas em todo o país

• Começou a campanha eleitoral em todo o país. A cada dois anos o povo brasileiro vota... mas não decide. Os trabalhadores e os jovens votam com a expectativa de melhorar de vida, acabar com as injustiças, expulsar os corruptos. Durante a campanha, os dois grandes blocos eleitorais (o PT de um lado, e a oposição de direita de outro) vão buscar ganhar o voto do povo com promessas de que basta votar neles para resolver todos os problemas de saúde, educação, transporte etc. Depois da votação, a vida vai continuar como sempre, ou ainda piorar porque poderá vir uma crise econômica.

Quem decide os rumos do país é uma pequena minoria, que, às vezes, nem vota. São os donos das grandes empresas, os bancos e multinacionais que financiam as campanhas do PT e da oposição de direita. Depois cobram a fatura para que os políticos eleitos apliquem as propostas defendidas por eles. Mas isso tudo não vai aparecer nas campanhas eleitorais. Tudo será escondido dos eleitores.

A maioria dos trabalhadores acredita no PT. Em muitos lugares se ouvirá de novo: “É preciso votar no PT para evitar que a direita ganhe”. Mas aqueles que apóiam as candidaturas do bloco governista devem parar para refletir sobre os gastos de campanha. Em São Paulo, por exemplo, José Serra declarou que vai gastar R$ 98 milhões, enquanto Haddad do PT declarou um gasto de R$ 90 milhões. Sabemos todos que eles gastam bem mais do que declaram. Mas já se trata de uma soma impressionante, três vezes mais do que o gasto por Kassab e Marta Suplicy na campanha passada.

Esses gastos não deveriam impressionar. São enormes porque devem ajudar a convencer os trabalhadores e o povo pobre das grandes mentiras que serão contadas. São gastos praticamente iguais porque os programas de campanha do PT e da oposição de direita são iguais.

Os problemas reais dos trabalhadores não são vividos pela burguesia. Enquanto a burguesia paulista anda de helicóptero, um terço da população vai a pé para o trabalho porque não tem dinheiro para pagar as passagens. Ou ainda, tem de passar sufoco em trens, ônibus e metrôs lotados.

A burguesia determina o que eles vão fazer no governo. E os burgueses não precisam de transporte público, nem de educação e saúde pública. Por isso, tudo que os blocos do PT e da oposição de direita vão defender nas campanhas não tem nada a ver com o que eles vão fazer de verdade. As campanhas na TV são como comerciais para vender sabonetes ou carros. O único objetivo dos marqueteiros (pagos a peso de ouro) é enganar o povo e ganhar seu voto. Nenhum dos programas dos candidatos vai ser aplicado na realidade.

O PSTU vai apresentar candidatos em todo o país. Vai buscar apresentar uma postura distinta de todas as outras. Chega de utilizar o poder e o orçamento da cidade para beneficiar os ricos! Vamos defender a eleição de candidatos que venham das lutas dos trabalhadores, para defender governos dos trabalhadores. Ou seja, que apliquem um programa a serviço dos trabalhadores e dos jovens e não da burguesia.

Vamos buscar concretizar em cada cidade um programa dos trabalhadores para a saúde, educação e transporte públicos, contra todas as formas de opressão. Se ocorrerem greves durante a campanha, utilizaremos nosso tempo de TV para apoiá-las.

Em alguns locais (como em Belém, Aracaju e Natal) participaremos de frentes eleitorais com o PSOL, sempre apresentando nosso programa de forma independente.

Não é por acaso que nosso orçamento de campanha em São Paulo (200 mil) é quinhentas vezes menor que o de Haddad e Serra. Temos orgulho de não receber dinheiro da burguesia ou da corrupção. Nossa campanha será toda sustentada por doações dos trabalhadores e jovens que nos apoiam. Temos orgulho de que nossa campanha será feita integralmente pelos militantes do PSTU e os ativistas que concordem conosco. Não pagamos cabos eleitorais.

Você, que luta conosco nas campanhas salariais dos trabalhadores e nas mobilizações da juventude, venha se integrar em nossa campanha. Voto útil é um voto nos candidatos do PSTU, o partido das lutas e do socialismo. 

08 julho 2012

Belém nas mãos certa: Edmilson prefeito e Cléber vereador!

As eleições estão se aproximando. Devemos eleger pessoas
comprometidas com os trabalhadores. Candidatos tem muito, 
mas os que são comprometidos com à população são poucos. 
Em Belém temos a candidatura a prefeito do companheiro 
Edmilson Rodrigues. Pessoa competente e honesta que vai
trazer Belém de volta para o crescimento econômico. Além
do companheiro Edmilson, devemos fazer uma bancada de 
vereadores que possam dar a tranquilidade ao prefeito governar, 
sem estar com os vícios do poder público que todos nós 
conhecemos. Dentro os candidatos a vereança, temos o 
operário da construção cível e lutador Cléber Rabelo. 
Tenho a certeza de que o Cléber irá fazer um mandato 
voltado para os anseios da população. Por isso, em Belém
votem Edmilson(50) para prefeito e Cléber(16.123) para
vereador. Belém nas mãos certa.

06 julho 2012

SINDICATO NÃO COMPARECE AO TRT E DEIXA BANCÁRIO SÓ PERANTE O JUIZ E O JURÍDICO DO BANCO.

Deu no blog da Afbepa

Temos recebido dezenas de ligações de bancários revoltados com o Sindicato dos Bancários que não compareceu ao TRT, no dia do julgamento da ação de reintegração de um bancário, sumariamente demitido pela direção do Banpará, em março deste ano. O Sindicato ingressou com a ação, mas não apareceu para defender o bancário que, sozinho perante o Juiz e o jurídico do Banco, perdeu a ação em primeira instância*.


Trata-se de um caso emblemático porque foi a primeira demissão sumária no Banpará e a AFBEPA e as demais entidades realizaram um ato com paralisação de dia inteiro na Agência Cidade Nova (para lembrar, clique aqui). Por conta desse ato, o Banco ingressou com pedido de interdito proibitório contra a AFBEPA e o Sindicato.


Como podemos confiar em uma direção sindical que sequer comparece ao Tribunal para defender um bancário sumariamente demitido em ação judicial apresentada pelo próprio Sindicato? Falha inadmissível, configura, a nosso ver, desídia, irresponsabilidade na defesa dos direitos dos bancários e bancárias. 


Porque as diretoras sindicais que são funcionárias do Banpará não se interessaram pelo caso do colega, e não cuidaram de monitorar a situação, as datas, os prazos, se estão liberadas do trabalho do Banco exatamente para esse fim? Faltar a uma audiência patrocinada pelo próprio Sindicato quando é a vida de um bancário que está em jogo?!


Acreditamos que o bancário tem todas as chances de reverter a demissão sumária no Tribunal, se o Sindicato recorrer da decisão em primeira instância*, mas sem perder prazos e sem esquecer de defender a vida do bancário.


A AFBEPA se coloca à disposição do bancário, como já havia feito antes, e pode ser subestabelecida para tentar ajudar a resgatar o direito aviltado do trabalhador.


*Atualização às 14h55: a sentença ainda não foi proferida. Aguardemos a sentença torcendo para que o bancário ganhe. De todo modo, a falha do Sindicato, ao não comparecer à audiência, configurou desídia no trato com os direitos dos trabalhadores,infelizmente.


*Atualização às 15h08: não temos um julgamento de valor quanto à questão técnica do jurídico do Sindicato, mas em um caso de tamanha repercussão e importância para a categoria, ressaltamos a falha da direção sindical. Por isso retiramos do texto quaisquer referências à técnica da defesa. 

05 julho 2012

Deputado federal do PT de Pernambuco deixa o partido e renuncia ao mandato

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O PT sofreu uma baixa como efeito da imposição, por Lula, da candidatura do senador Humberto Costa (PT) para disputar a prefeitura de Recife, em detrimento da reeleição do atual prefeito João Costa (PT), que disputava com o deputado federal Maurício Rands (PT), a indicação da convenção.
O deputado Rands, em uma inesperada atitude, anunciou ontem (4) a sua desfiliação do PT e a renúncia ao mandato de deputado federal: "Vou sair da vida pública e da política partidária para exercer ainda mais plenamente a cidadania", escreveu Rands em uma "Carta ao povo de Pernambuco".
> Posições autoritárias e burocráticas
Na carta Rands critica que "na luta pela renovação do partido, no Recife e em outros lugares, infelizmente, têm prevalecido posições da direção nacional, adotadas autoritária e burocraticamente, distantes da realidade dos militantes na base partidária.".
A tática cometida em Recife foi um golpe similar ao que Lula praticou em São Paulo, impondo o nome de Fernando Haddah em detrimento da senadora Marta Suplicy, que seria, naturalmente, a vencedora, caso houvesse uma convenção petista na capital paulista.
> Lula, o último caudilho nacional?
Shot011
A autoconfiança de Lula no manejo do PT e na neurologia das massas eleitorais acabaram por torná-lo o mais novo, e um dos últimos, caudilhos nacionais, e o PT cada vez mais fica parecido com o velho PTB de Vargas.
Uma coisa é certa, e a história tem demonstrado isso: a democracia fenece quando o poder se concentra em uma só pessoa por um longo período.
fonte: blog do Parsifal

03 julho 2012

Porque estamos em uma frente com o PSOL e o PCdoB em Belém !



Nota pública do PSTU sobre a frente eleitoral na capital paraense
DIREÇÃO NACIONAL DO PSTU
Convenção do PSOL define Edmilson candidato à prefeitura de Belém
• No último dia 29 foi anunciado nas redes sociais e em toda a imprensa o fechamento em Belém de uma coligação eleitoral composta pelo PSTU, PSOL e PCdoB. A frente trará Edmilson Rodrigues (PSOL) como candidato a prefeito e Jorge Panzera (PCdoB) como vice. Na proporcional, fecharam acordo apenas PSTU e PSOL, tendo Cleber Rabelo (PSTU) e Marinor Brito (ex-senadora pelo PSOL) como candidaturas prioritárias.

A candidatura de Edmilson Rodrigues canaliza hoje um sentimento de oposição de esquerda ao governo federal e também de experiência com a prefeitura do PSDB, que levou a cidade à beira da destruição. Edmilson, que já foi prefeito de Belém por dois mandatos, está hoje em primeiro lugar nas pesquisas e conta ainda com ampla vantagem em relação ao segundo colocado. Algumas pesquisas apontam 37%. Na classe operária, que tem grande simpatia por Edmilson, esse percentual é ainda maior. Apoiados nessa coligação e na projeção que tem Edmilson, queremos potencializar ainda mais a agitação de um programa revolucionário na cidade, o que se expressa hoje em nosso slogan “Belém para os Trabalhadores”. A coligação também aumenta as chances de eleger um operário socialista e revolucionário para a Câmara de Vereadores: Cleber Rabelo, trabalhador da construção civil e dirigente do PSTU no estado. Queremos aproveitar a campanha ainda para fortalecer nosso partido, filiando muitos novos operários e trazendo-os para militar conosco. Ou seja, nossos objetivos nessa coligação são os objetivos tradicionais dos revolucionários, quando estes participam do processo eleitoral. Os operários da construção civil, colegas de Cleber, entenderam o recado e já estão se organizando para fazer uma forte campanha.

Ainda assim, logo que a coligação foi anunciada, começaram a surgir inúmeros comentários nas redes sociais sobre tal aliança. Desconfiados do vale-tudo eleitoral que se vê por aí, ativistas honestos e militantes de várias organizações se surpreenderam com o fato de o PSTU compor aliança justamente com o PCdoB, um partido da base de apoio do governo Dilma, que administra cidades, inclusive capitais como Aracaju, e que ajudou a aprovar o famigerado Código Florestal. Também é o partido que controla com mão de ferro a UNE, entidade ex-estudantil, hoje governista, que nada faz para apoiar a incrível greve de professores e estudantes das universidades federais que está acontecendo no país.

A pergunta precisa ser colocada de maneira categórica e sem rodeios: teria o PSTU entrado na mesma lógica dos partidos que tanto critica? Seria essa uma aliança sem princípios, como tantas que existem por aí? Tentaremos esclarecer essas questões.

Os fatos: como surgiu a aliança em Belém
Como é público e notório, o PSTU vinha defendendo, desde o final do ano passado, uma Frente de Esquerda restrita apenas aos partidos que são oposição de esquerda ao governo Dilma. Essa era, em nossa opinião, a política mais correta, a que melhor expressava o caráter de oposição de esquerda ao governo que queríamos dar à coligação. Em nenhum momento o PSTU defendeu ou construiu qualquer frente eleitoral que saísse desses marcos. Nossa proposta de Frente de Esquerda era clara: PSTU, PSOL e PCB.

Mas esse era, justamente, um ponto de polêmica com o PSOL de Belém. Querendo construir um “amplo leque de alianças” que agradasse a gregos e troianos, o PSOL passou a articular uma frente não apenas entre PSOL e PSTU, mas que incluía também PCdoB, PV, PTdoB, PTN e PSC. Ou seja, 1 partido da base governista e 4 partidos burgueses.

Desde o primeiro minuto que soubemos dessa possibilidade, lutamos contra ela com todas as nossas forças. Para nós a frente deveria ter um perfil claro: da classe trabalhadora e contra o governo! Para tanto, nem os partidos burgueses, nem o PCdoB deveriam participar dela. Vejamos o que dizia o PSTU do Pará em um Manifesto público, amplamente divulgado ainda em maio deste ano:

“Também não podemos nos iludir com os partidos que fingem ser de esquerda como o PT e os demais partidos de sua base de sustentação como o PCdoB, que quando chegam ao poder implementam políticas de ataques aos trabalhadores e ao meio ambiente, e também praticam a mesma corrupção. Exemplos recentes são os casos da aprovação da lei geral da Copa, que é um ataque à nossa soberania, o estabelecimento de previdência complementar para os servidores federais e o novo código florestal, que anistia desmatadores e legaliza a grilagem de terra. Por isso, construir uma alternativa de esquerda e socialista nas eleições municipais que unifique de forma democrática o PSOL, PSTU, PCB, os movimentos sociais, intelectuais, sindicatos, associações, entidades estudantis e centros comunitários, com Edmilson Rodrigues encabeçando a chapa majoritária, sem partidos burgueses, sem corruptos, sem financiamento patronal de campanha, com a construção de um programa de forma democrática com todos que estiverem nessa frente, assim como a construção democrática de uma chapa forte para a câmara de vereadores, são a melhor alternativa para os trabalhadores.”

Essa foi nossa política. Não apenas dissemos abertamente que não queríamos ter nenhuma relação com o PCdoB, como citamos os motivos: Lei da Copa e Código Florestal, dois dos maiores desserviços já prestados ao povo trabalhador por um partido dito de esquerda.

No entanto, mais recentemente, todos os partidos diretamente burgueses com os quais o PSOL queria fazer aliança desistiram da coligação um após o outro. Só sobrava mesmo o PCdoB, que não é um partido burguês, mas é um partido da base do governo Dilma, governo este que governa para a burguesia... A partir daí, diante do fato consumado de que o PSOL fecharia com o PCdoB, deveríamos definir se permaneceríamos na frente ou se nos retiraríamos dela devido à presença do PCdoB. Definimos que era correto permanecer e assim o fizemos. Mas por que definimos assim?

Os acordos e compromissos na tradição revolucionária:
a flexibilidade da tática
A pergunta que todos devemos responder é: será admissível para um partido revolucionário apoiar ou participar de frentes eleitorais onde estejam também partidos burgueses ou governistas? Na famosa fórmula de Lênin “máxima flexibilidade na tática, absoluta rigidez nos princípios”, até onde exatamente vai essa flexibilidade? E quais são exatamente os princípios que exigem rigidez?

Em primeiro lugar, é preciso dizer que os acordos, compromissos e concessões sempre fizeram parte da tradição revolucionária. Esse é um fato que não se pode negar. Um dos acordos mais estranhos e famosos feito pelos revolucionários ao longo da história é o episódio em que Lênin, para chegar à Rússia em março de 1917, depois da Revolução de Fevereiro, fez um acordo com o Império Alemão de atravessar a Alemanha em um trem lacrado sem ser parado por nenhuma autoridade alemã. Lênin queria chegar à Rússia. A Alemanha também queria que Lênin chegasse, pois acreditava que a agitação bolchevique contra a guerra ajudaria o Exército alemão. Fizeram um acordo, e Lênin atravessou o território alemão escoltado pelas tropas do Kaiser.

Também às vésperas da revolução de 1917, o mesmo Lênin propôs uma mudança nada menos que no programa do Partido Bolchevique, para atrair os camponeses para a luta revolucionária. Os bolcheviques abandonaram a palavra de ordem de “nacionalização das terras”, tradicional para o marxismo da época, e adotaram a consigna de “divisão das terras aos camponeses individuais”. Com esta concessão, os bolcheviques provocaram uma ruptura no partido camponês, os Socialistas-Revolucionários, que se juntaram aos bolcheviques na luta pelo poder dos soviets.

Poderíamos citar ainda dezenas de acordos feitos por distintos partidos revolucionários em distintas ocasiões. Os acordos são um fato da tradição revolucionária. Não há como negá-los. Para os marxistas, os acordos em si não são nem bons, nem ruins. Depende da situação concreta que se apresenta em cada caso e, mais do que tudo, da política adotada e dos objetivos que o partido revolucionário persegue ao fechar esses acordos. Concluímos, portanto que a tática revolucionária não é apenas flexível: é extremamente flexível. Admite uma infinidade de combinações, acordos, compromissos, concessões, desvios, recuos, manobras etc. Toda a história prova-o.

A rigidez dos princípios
Isso significa então que todos os acordos são permitidos? Que “os fins justificam os meios”, como diz o senso comum? Não, não significa. Dizemos isso na condição daqueles que, remando contra a maré, lutaram contra o governo Lula durante os dois mandatos, quando a maioria absoluta da esquerda capitulava ao seu governo e evitava ao máximo fazer-lhe qualquer tipo de crítica ou oposição.

Então qual é o limite da flexibilidade? Como saber se um determinado acordo é admissível ou não? Quais são os princípios que precisam ser observados?

Recorremos mais uma vez a Lênin. Em um texto chamado “Sobre os compromissos”, de 1920, o máximo dirigente da Revolução Russa dizia: “Não se pode renunciar à ideia dos compromissos. A questão está em saber conservar, fortalecer, forjar e desenvolver a tática e a organização revolucionária, a consciência revolucionária, a decisão e a preparação da classe operária e de sua vanguarda organizada, o partido comunista”.

Trotsky, mais tarde, em um texto de polêmica contra a falta de princípios dos stalinistas ao fazer acordos, estabelecia os critérios a serem observados em caso de compromisso com forças políticas estranhas ou hostis: “A regra mais importante, melhor estabelecida e mais inalterável a ser aplicada em qualquer manobra diz: você nunca deve se atrever a fundir, misturar ou combinar sua própria organização partidária com uma estranha, mesmo que esta pareça muito 'simpática' hoje. Não assumir tais passos que levem direta ou indiretamente, aberta ou mascaradamente, seu partido à subordinação a outros partidos ou organizações de outras classes, ou que restrinjam sua liberdade de ação, ou que o torne responsável, mesmo que em parte, pela linha política de outros partidos. Você nunca deve misturar as bandeiras, não deve ajoelhar-se perante outra bandeira”.

Ou seja, para Trotsky e para Lênin o decisivo não é se o partido faz ou não faz acordos, e com quem são esses acordos, mas sim se o partido mantém ou não sua independência política, sua liberdade de ação, se mostra seu próprio programa ou não, se levanta suas próprias consignas ou não, se tem seus próprios materiais ou não. Respeitando-se esses critérios, pode-se fazer acordos com o diabo e sua avó. Trotsky é enfático: “Nenhuma plataforma comum com a social-democracia ou com os chefes dos sindicatos alemães, nenhuma edição, nenhuma bandeira, nenhum cartaz comum: marchar separadamente, lutar juntos. Acordo apenas nisto: como combater, quem combater e quando combater? Nisto pode-se entrar em acordo com o próprio diabo e sua avó. (...) Com uma condição: conservar as mãos livres”.

Por que fechamos então um acordo que inclui o PCdoB em Belém? Por uma razão muito simples: porque este acordo não amarra em nada nossas mãos, não diminui em nada a crítica que faremos ao governo Dilma, não nos obriga a baixar nem um pouco o tom crítico ao próprio PSOL ou Edmilson, sempre que considerarmos que sua política está errada. Isto para nós é o decisivo. Lutamos desde o início contra a presença do PCdoB na frente, exigimos todo o tempo de Edmilson e do PSOL uma postura clara em relação ao financiamento de campanha e – o mais importante – em relação à pergunta chave: para quem Edmilson quer governar? Para “todos” ou para os trabalhadores? E seguiremos com a mesma postura. Faremos uma campanha incansável por uma Belém para os trabalhadores. Agitaremos nos canteiros de obras, nos quais Edmilson tem muita simpatia e apoio, que seu plano de governar para todos é inviável – ou se governa para os trabalhadores, ou se governa para a burguesia.

Liberdade de agitação, ação e organização: tal é a “rigidez nos princípios” que corresponde verdadeiramente à tradição revolucionária.

Os acordos revolucionários nos processos eleitorais
Mas até agora justificamos teórica e historicamente apenas os acordos em geral, mas não os acordos eleitorais. Assim, qualquer pessoa poderia questionar: “Mas os acordos eleitorais são diferentes. Não são para defender os trabalhadores de ataques da burguesia ou para fazer uma revolução. São para eleger. O PSTU poderia ter saído sozinho e pronto”. Vejamos:

Os ativistas mais novos não sabem e alguns mais antigos já esqueceram, mas não é a primeira vez que participamos ou apoiamos uma frente eleitoral com a qual não temos nenhum acordo. Em 1989 ainda éramos parte do PT. Lula foi candidato a presidente, tendo como vice... José Paulo Bisol, do PSB, um partido burguês. Qual foi a atitude da antiga Convergência Socialista, antecessora do PSTU, diante desse fato?

Combateu com todas as forças até o fim da campanha essa aliança, denunciando-a fortemente junto aos trabalhadores. Quem se der ao trabalho de pesquisar nossos jornais da época verá manchetes como “Lula! Com Bisol não dá!” e coisas do tipo. Era isso que agitávamos nas fábricas. Mas nós não rompemos com o PT em 1989. Isso só veio a acontecer em 1991. Por quê? Por que em 1989 tivemos completa liberdade de agitar o que queríamos agitar, de fazer a nossa política, não a política que a direção do PT queria nos impor. Usamos os 37% de apoio a Lula como uma forma de chegar até os trabalhadores, de fazer com que os trabalhadores nos escutassem.

Em 1994 Lula foi novamente candidato. Bisol mais uma vez foi cotado para ser vice mas, suspeito de irregularidades, foi substituído na última hora por Mercadante. E qual foi a posição do recém-fundado PSTU? Aliança com o PT, exatamente com o mesmo critério que utilizamos cinco anos antes, em 1989. Foi a primeira aparição pública eleitoral do PSTU e que nos deu enorme projeção, com um perfil radical, de oposição intransigente ao Plano Real (que o PT não tinha coragem de criticar). Foi uma campanha principista, radical, que gerou grandes enfrentamentos com a direção do PT na época, que queria nos disciplinar.

Em 2002 tivemos candidatura própria a presidente no 1 turno, mas no 2 turno, diante da polarização política em toda a sociedade, acompanhamos a experiência dos trabalhadores com Lula e chamamos a votar nele no 2 turno, sendo que seu vice era José Alencar, empresário e líder do PL, Partido Liberal, cujo nome já diz tudo.Solicitações
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Obviamente, esse tipo de aliança com o PT se tornou na prática impossível desde que Lula venceu as eleições de 2002. O PT se tornou o maior partido do país, e passou a dirigir o Estado burguês no Brasil. Por isso, não há uma única frase ou palavra que eles digam hoje que possamos concordar. Não é esse nem de longe o caso do PCdoB em Belém, que cumpre um papel secundário na coligação e se adaptou ao programa comum da Frente para poder participar dela.Solicitações
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O fato, portanto, é que muitas vezes nós acabamos compondo alianças contra as quais havíamos lutado antes. Em outros casos, ao contrário, rompemos as alianças e saímos sozinhos. Como saber então qual é a política correta? O que está dentro dos princípios e o que foge dos princípios?Solicitações
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Aqui, recorremos a Nahuel Moreno, trotskista argentino e fundador de nossa corrente internacional, a Liga Internacional dos Trabalhadores. Em seu livro O partido e a revolução, Moreno estabelece o que é de princípio e o que é tático nos processos eleitorais em que está colocada a possibilidade de uma aliança ou apoio a partidos governistas ou frente-populistas. Diz: “O que sim é uma traição é apoiar eleitoralmente uma frente popular ou um movimento nacionalista burguês sem denunciar que sua existência é uma traição ao movimento operário. Ou seja, o voto em si é para nós um problema tático e não principista; o que é principista é a política, e esta deve ser de denúncia implacável de qualquer frente popular ou nacionalista onde a classe operária esteja, como uma traição dos partidos operários reformistas que a promovem” Solicitações
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Ou seja, consideramos a política implementada pelo PSOL um erro completo? Sim, consideramos. Por quê? Porque os sentimentos dos trabalhadores que acreditam em Edmilson serão frustrados se Edmilson tentar governar para todos. Devemos então combater essa política? Sim, devemos. Como? Em nossa opiniao, exatamente como estamos fazendo: alertando os trabalhadores desde já; combatendo a ideia de um governo “para todos”. A melhor localização para fazer esse combate hoje, nas condições concretas de uma cidade concreta chamada Belém, é dentro da Frente de Esquerda, porque desde essa localização nossa audiência junto aos trabalhadores se multiplica. Pode não ser assim em outras cidades. Mas é assim em Belém.Solicitações
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Participar ou não participar? Essa não é a questão!Solicitações
Como dissemos no início, muitos ativistas honestos, preocupados com o vale-tudo eleitoreiro, nos criticarão por compor uma frente com um partido da base governista. Respeitamos esse sentimento, mas não concordamos. Não construímos essa frente. Apenas participamos dela no formato em que ela foi construída pelo PSOL. Do ponto de vista do programa, trata-se de uma frente identificada claramente com as lutas contra a superexploração e a corrupção das obras da Copa e de Belo Monte, em defensa do meio ambiente e contra o Código Florestal, uma frente que recebeu o apoio do Movimento Xingu Vivo etc.Solicitações
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Por isso dizemos: participar ou não desse tipo de frente ou organismo é tático. O decisivo é a política que se leva lá dentro. Ou os revolucionários não participam dos parlamentos burgueses? Sim, participam. E o que são esses parlamentos, se não um covil de bandidos e ladrões? Então o que fazem os revolucionários lá quando se elegem? Lutam contra os bandidos e ladrões, transformam a vida deles num inferno. Ou os sindicalistas revolucionários não sentam com a patronal numa mesa para negociar a PLR e o salário? E qual é o objetivo da patronal em uma negociação salarial, se não enganar os trabalhadores? Devemos então abandonar o mecanismo da negociação salarial? Parece óbvio que não. Solicitações
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Ou seja, os revolucionários nem sempre escolhem o campo de batalha, e muito menos as condições da luta. Travam a luta tal como ela se apresenta, no momento em que ela se apresenta, com as armas disponíveis no momento. Solicitações
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Por outro lado, a não-participação em frentes eleitorais também não é garantia de uma política revolucionária. Suponhamos que em São Paulo um partido revolucionário saia sozinho nas eleições. Isso parece muito “principista”. Porém, se este partido só denunciar o prefeito Gilberto Kassab, e “esquecer” de combater Fernando Haddad e seu projeto, estará capitulando. Não estará aplicando uma política revolucionária. Estará cumprindo o papel de uma candidatura auxiliar de Fernando Haddad.Solicitações
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Assim, voltamos ao início, sobretudo ao que diz Moreno: votar ou não, participar ou não de uma frente que combatemos – isso é tático. O princípio é a política, a denúncia, a verdade dita em alto e bom som. É aí que mora o perigo, mas também o mérito e a correção da tática revolucionária. Dizer toda a verdade aos trabalhadores em alto e bom som, convocá-los à luta, inspirar-lhes confiança em suas próprias forças, disseminar entre eles o ódio de classe: é isso que sempre fizemos e continuaremos a fazer, desta vez em Belém com muito mais força.Solicitações
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Direção Nacional do PSTUSolicitações
São Paulo, 02 de julho de 2012Solicitações
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