24 junho 2012

Maluf e o PT provam que pior do que está pode ficar sim !

 Foto de Maluf com Haddad e Lula causaram indignação até mesmo em quem já está acostumado com as alianças do PT


 
 
  Foto de Lula, Haddad e Maluf estampou os jornais

• Quando ninguém mais acreditava que pudesse se surpreender com o jogo das alianças espúrias na política, eis que algo novo sempre aparece para desafiar esse limite. Nesse dia 18 de junho, a foto do ex-presidente Lula e seu candidato Fernando Haddad, empurrado goela abaixo da militância petista, com ninguém menos que Paulo Maluf, foi um desses momentos de consternação.

A aliança do PT com o PP de Maluf foi selada oficialmente na própria casa do ex-prefeito de São Paulo. As conversas e articulações, porém, já estavam adiantadas. Em troca do apoio de Maluf e do 1min35 de tempo de TV de seu partido, o PT ofereceu uma secretaria do Ministério das Cidades a um de seus apadrinhados. Mas, num tempo em que a imagem predomina, Maluf não se fez de rogado e exigiu que Lula fosse pessoalmente à sua casa, para registrar o momento histórico em uma foto. E assim foi.

A imagem do candidato do PT com uma das figuras símbolo da corrupção no país, dono de bordões como "estupra, mas não mata" e presente na lista de procurados da Interpol causou indignação até mesmo entre os petistas já acostumados à política de alianças "pragmáticas" de seu partido. A foto com Maluf deu a impressão até mesmo a esse setor de que, desta vez, o partido "passou do limite". O apoio de Maluf a Marta em 2004, por exemplo, reduzira-se a uma declaração de voto e não a poses para retratos.

O acordo com Maluf pegou até mesmo Luiza Erundina (PSB) de surpresa. Balançada, a pré-candidata a vice de Haddad criticou a aliança, ainda que, ao contrário do que chegou a noticiar alguns veículos, aceite permanecer na chapa do PT.

O coro dos hipócritas
Mas não foi só parte da militância petista que comentou a foto de Lula com Maluf. Os maiores veículos da imprensa paulista, como a Veja, Estadão e Folha de S. Paulo, estamparam com destaque a imagem, como forma de desgastar a imagem de Haddad em prol da candidatura Serra.

Menor destaque dão, porém, ao recente apoio prestado por Valdemar da Costa Neto ao candidato tucano. Valdemar, presidente do PR (então PL), foi um dos protagonistas do escândalo do mensalão. Na época, em 2005, o então deputado renunciou para não ser cassado. O apoio a Serra em São Paulo seria uma forma de vingança pelo PR ter sido preterido pelo Governo Federal na distribuição de cargos e ministérios.

O PSDB, também de olho no tempo de TV do PR, prefere esquecer por hora o mensalão, cujo julgamento no STF está marcado para agosto. Questionado sobre a "incoerência", Serra deu sua contribuição ao rol de frases esdrúxulas afirmando que faz aliança "com partidos, não com pessoas".

Diga-me com quem andas...
A foto de Maluf e Lula de fato choca. Porém não chega a ser exatamente uma novidade, já que o PP sempre esteve na base aliada do governo Lula, e agora no de Dilma. A coerência e o discurso da “ética na política” já foi há muito abandonado a favor da chamada “real politik”, que já produziu imagens como a do hoje senador Lindbergh Farias (PT) apertando as mãos do colega Fernando Collor de Melo, vinte anos após as mobilizações dirigidas pelo então presidente da UNE.

Há tempos o PT se lançou de corpo e alma ao mais puro fisiologismo. Com as fronteiras de classe dissolvidas, vale tudo, e qualquer preço nunca é caro o bastante para chegar e se manter no poder. De ruralistas a mais conservadora bancada evangélica. Os poucos militantes petistas que ainda se vêem obrigados a justificar tais alianças, costumam apontar o dedo para o PSTU “que não se alia com ninguém, mas também não elege”. Nessa lógica, faria sentido abrir mão de alguns princípios para chegar ao poder. Mas seria mesmo assim?

Passada uma década de governo petista, nenhuma mudança estrutural foi realizada. Velhas oligarquias regionais, como a família Sarney, assim como políticos como Sérgio Cabral no Rio, são eternizados pelo próprio PT. Medidas como a reforma do Código Florestal, há anos parada no Congresso, são retomadas. Até mesmo medidas aparentemente tão simples e básica, como uma cartilha anti-homofobia nas escolas para combater a violência contra homossexuais, são vetadas em nome das alianças conservadoras.

Na política, ou você luta contra a direita, os ricos e poderosos, ou se alia a eles. O PT, há muito, já escolheu o seu lado. Ingenuidade é achar que, abraçado a Paulo Maluf, é possível mudar alguma coisa.

Nota: No final desse dia 19, o PSB finalmente anunciou a desistência de Luiza Erundina de ser vice da chapa de Haddad



Fonte: www.pstu.org.br 

19 junho 2012

Convenção lança alternativa socialista à prefeitura de São Paulo Ana Luíza, servidora pública federal, será uma alternativa à falsa polarização entre PT e PSDB



 
 
  Ana Luíza será alternativa socialista nessas eleições em São Paulo
• No dia 16 de junho, sábado, o PSTU anunciou oficialmente a candidatura da servidora Ana Luíza Figueiredo à prefeitura de São Paulo. A convenção reuniu cerca de 120 pessoas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, entre professores, servidores públicos, estudantes, ativistas de movimentos populares, bancários e operários.

Durante a convenção, Valério Arcary, em nome da direção nacional do PSTU, resgatou o histórico de lutas de Ana Luíza, que já militou em diversas categorias como bancários, e foi uma das fundadoras do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal de São Paulo (Sintrajud), tornando-se uma das principais dirigentes do funcionalismo público atualmente. “Há 30 anos, esta mulher dedica sua energia à luta dos trabalhadores. E é com este passado e presente que a nossa candidata apresentará nestas eleições um programa socialista e revolucionário para a cidade de São Paulo, contra a falsa polarização do PT e PSDB”, anunciou Arcary.

Também foram apresentados os nomes do partido para a Câmara Municipal. Entrarão na disputa a dirigente metroviária Marisa Santos, a professora municipal Lourdes Quadros e o professor da rede estadual João Zafalão.

São Paulo para os trabalhadores
Com o lema “São Paulo para os Trabalhadores”, a candidatura de Ana Luíza será uma alternativa aos candidatos do PT e PSDB. Mais que em qualquer outro lugar, as eleições em São Paulo refletem a disputa nacional entre essas duas forças políticas que, diluídas qualquer diferença ideológica ou política, hoje se reduz à mera disputa do aparato de Estado.



De um lado, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) que, através da política do Reuni, intensificou o sucateamento das Instituições Federais de Ensino, o que levou professores e estudantes a realizarem uma das maiores greves do setor há anos. Para piorar nesse dia 18 o PT anunciou a aliança com Paulo Maluf, um dos símbolos da corrupção no país cujo nome consta na lista de procurados da Interpol. Do outro lado, José Serra, do PSDB, partido diretamente responsável pelas privatizações no Governo Federal nos anos 1990 e, mais recentemente em São Paulo, pela brutal repressão às famílias do Pinheirinho. Em contraponto à frente popular e à direita tradicional, Ana Luíza apresentará um programa para os trabalhadores da cidade de São Paulo.

“Nestas eleições, apresentaremos um programa para os trabalhadores, mostrando que é possível enfrentar os gravíssimos problemas sociais da nossa cidade ao rompermos com o domínio das grandes empresas. Seremos financiados pelos trabalhadores e a nossa candidatura estará a serviço das suas lutas”, declarou a candidata Ana Luíza.

Um programa dos trabalhadores 
Durante todo o dia de sábado, os militantes, simpatizantes e convidados discutiram um programa socialista para a cidade. O renomado sociólogo Chico de Oliveira saudou o seminário e as candidaturas do PSTU, apontando a importância de partidos de esquerda que não se venderam e não mudaram de lado. O seminário de programa eleitoral discutiu temas como Saúde, Transporte, Reforma Urbana, Educação, Opressões (machismo, racismo e homofobia), e as lutas sociais que ocorrem no país e no mundo atualmente.

Além de debater os principais problemas da cidade sob um ponto de vista de classe, os participantes fizeram questão de apontar medidas concretas para resolver cada questão, atacando os privilégios dos ricos para construir uma São Paulo para os trabalhadores.

11 junho 2012

Economia da Espanha afunda, responsáveis recebem indenizações milionárias!

A economia de Espanha afunda-se com uma taxa de desemprego superior a 25% e com o número de desempregados a superar os 5 milhões de pessoas. O austeritarismo imposto pela UE e pelo FMI não resolve e aprofunda a crise bancária, provocada pelo estouro da bolha da especulação imobiliária. A dívida de Espanha atinge uma situação próxima da que levou aos pedidos de resgate de Grécia, Irlanda e Portugal. Porém, o país é muito grande para ser resgatado.

Na quarta feira, a bolsa de Madrid continuou a afundar caindo 2,58%, enquanto a taxa de juro dos títulos da dívida soberana chegou aos 6,703%, muito próxima dos valores que levaram aos pedidos de resgate da Grécia, da Irlanda e de Portugal. A taxa de risco de Espanha, diferencial entre a taxa da dívida de Espanha e a da Alemanha, chegou a 540 pontos, o mais elevado da história.

Na terça feira, o governador do Banco de Espanha Miguel Ángel Fernández Ordóñez (MAFO), destacado quadro do PSOE, pediu a antecipação do fim do seu mandato de 12 de julho para 10 de junho, depois do PP se ter oposto à sua ida ao Congresso de Madrid, que tinha sido proposta por ele, para dar explicações sobre o Bankia e a crise bancária.

Também na terça feira, foi noticiado pelo Financial Times que o Banco Central Europeu (BCE) recusara o plano do governo PP para o Bankia, de injeção de 19 bilhões de euros para salvar a entidade, através de novos títulos de dívida pública, que podiam ser usados como garantia em operações interbancárias ou no BCE.

De acordo com o Financial Times, o BCE teria respondido ao governo de Rajoy que é necessária uma injeção de capital adicional no Bankia, mas que o seu plano está próximo da violação da norma da UE sobre o financiamento monetário dos Estados. O jornal conclui que “a recusa do BCE torna as coisas difíceis à insistência de Madrid de que a única solução para esta crise que está a fazer aumentar os seus custos de financiamento é que o BCE se converta num prestamista de último recurso para os Governos”.

Na quarta feira, o governo de Espanha disse que não apresentou nenhum plano e o BCE declarou que não analisou nenhum plano e não tem posição sobre o plano do governo de Espanha para recapitalizar um grande banco. De acordo com o site do jornal “El Pais” desta quarta feira, “a comissão europeia defende uma união bancária e o uso direto do fundo de resgate para salvar a banca” e “dará mais um ano a Espanha para cumprir o déficit previsto em troca de mais sacrifícios”.

Entretanto, o governo e o PP opõem-se tenazmente e tentam tudo por tudo para impedir o debate do caso Bankia no Congresso de Madrid, perante o silêncio do PSOE e do seu secretário-geral Alfredo Rubalcaba. A Izquierda Unida propôs a criação de uma comissão de inquérito ao escândalo Bankia, mas o PP opõe-se. Os maiores responsáveis do caso são destacados quadros do partido governamental.

Enquanto governo e UE parecem preparar novas medidas de austeridade, são conhecidos vários casos de indenizações milionárias a diretores de entidades resgatadas pelo governo e, portanto, com dinheiros públicos. Segundo o El Pais, “são responsáveis diretos, com a conivência das camarilhas políticas regionais, das maiores falências da história do sistema financeiro espanhol. Financiaram projetos urbanísticos especulativos, obras públicas ruinosas como aeroportos vazios, alimentaram esquemas de corrupção e até chegaram a falsear as contas”.

O jornal cita diversos casos, entre os quais: Aurélio Izquierda, diretor-geral do Banco de Valência, filial da Bancaja, que recebeu 14 milhões de euros em pensões e indenização de pré-aposentadoria. Miguel Blesa, ex-presidente da Caja Madrid, que recebeu uma indenização de 2,8 milhões de euros, Rodrigo Rato 1,2 milhões de euros, José Luis Pego, diretor da Novacaixagalicia durante nove meses, 18,5 milhões.

A economia de Espanha afunda-se com uma taxa de desemprego superior a 25% e com o número de desempregados a superar os 5 milhões de pessoas. O austeritarismo imposto pela UE e pelo FMI não resolve e aprofunda a crise bancária, provocada pelo estouro da bolha da especulação imobiliária. A dívida de Espanha atinge uma situação próxima da que levou aos pedidos de resgate de Grécia, Irlanda e Portugal. Porém, o país é muito grande para ser resgatado.

03 junho 2012

Dívida e austeridade: a geopolítica da crise permanente.


Um artigo repassado pelo coletivo Vila Vudu, condensando o ensaio “La fabrique de l’ homme endetté, essai sur la condition néolibérale”, de  Maurizio Lazzarato, traz mais luzes sobre as trevas do modelo neoliberal implantando em todo o planeta, especificamente na UE, ora atravessada por uma crise sem precedentes.
Abordando particularmente o binômio “Dívida e Austeridade” (o modelo alemão do emprego precário), ele abre com nada menos que uma citação de Marx: “O endividamento do Estado é, bem ao contrário, de interesse direto da fração da burguesia que governa e legisla nos Parlamentos. O déficit do Estado era, precisamente, o objetivo ao qual visavam às especulações e principal base do enriquecimento daquela fração. Ao final de cada ano, um novo déficit . Ao cabo de quatro ou cinco anos, novo empréstimo. Ora, cada novo empréstimo dava à aristocracia nova ocasião para cobrar resgate para ‘salvar’ o Estado, o qual, mantido artificialmente à beira da bancarrota, era forçado a negociar com os banqueiros sob condições as mais desfavoráveis. Cada novo empréstimo era nova ocasião para roubar o público que aplica seus capitais em papéis do Estado…” ( Les luttes de classes en France [jan.-nov./1850).
A sensação de “déja vu” é tão forte que é como se Marx estivesse falando do estado da geopolítica atual.
O autor considera que as saídas da crise estão fora dos caminhos traçados pelo FMI. Essa instituição propõe sempre o mesmo tipo de contrato de ajuste fiscal, que consiste em diminuir o dinheiro entregue às pessoas – salários, aposentadorias, pensões, auxílios públicos, mas também às grandes obras públicas que geram empregos –, para pagar aos credores todo o dinheiro economizado. É absurdo. Depois de anos de crise, não se pode continuar entregando o dinheiro sempre aos mesmos.
Ora, é exatamente o que, hoje, querem impor à Grécia! Diminuir tudo, para entregar aos bancos. O FMI transformou-se numa instituição encarregada de proteger, exclusivamente, os próprios interesses financeiros (conquanto tenha sido criada justamente pelos motivos opostos: socorrer países em crise). Quando se está numa situação desesperada, como a Argentina em 2001, é preciso mudar de rota.
Menos de vinte anos depois da “vitória definitiva contra o comunismo” e quinze após o chamado “fim da história”, o capitalismo está num impasse. Desde 2007, vive de injeções de somas astronômicas de dinheiro público e, apesar disso, gira no vazio. No máximo, reproduz-se a si próprio, destruindo todas as conquistas sociais dos dois últimos séculos. Depois da “crise das dívidas soberanas”, o capitalismo exibe um espetáculo hilariante do próprio funcionamento.
As normas econômicas de “racionalidade” que os “mercados”, as agências de risco e os especialistas impõem aos Estados para sair da crise da dívida pública são as mesmas que levaram à crise da dívida privada (que está na origem da dívida pública).
Os bancos, os fundos de pensão e os investidores institucionais exigem que os Estados ponham em ordem os orçamentos públicos, dado que os bancos ainda têm em carteira milhões de títulos podres, frutos de sua política de substituição de salários por dívidas. Depois de dar nota AAA a títulos que hoje nada valem, as agências de risco trabalham “para, contra todas as evidências, impedir a boa avaliação e as boas medidas econômicas”.
Os especialistas (professores de economia, consultores, banqueiros, servidores do Estado e outros) – nos quais a cegueira sobre os estragos que a autorregulação dos mercados e da livre concorrência só é proporcional ao próprio servilismo intelectual – foram catapultados para postos “técnicos” de governo que lembram irresistivelmente “os comitês de comércio da burguesia”. Trata-se mais de novas “técnicas autoritárias e repressivas de governo”, em ruptura com o “liberalismo” clássico, que de “governos técnicos”.
O prêmio do ridículo máximo cabe à imprensa, a chamada ‘mídia’: a “informação” distribuída por noticiários de televisão e entrevistas (talk shows) que “explica” que a crise é culpa de vocês [telespectador e leitor pagante], que se aposentam cedo demais, que consultam médicos sem necessidade, que trabalham pouco e por pouco tempo e querem trabalhar cada vez menos e por menos tempo que o necessário; vocês não são flexíveis e desgastam-se depressa demais. Vocês, afinal de contas, são culpados por consumir pouco e viver abaixo dos próprios meios.
Paradoxalmente (ou não) a publicidade – diferente dos discursos em que se culpam economistas, especialistas, jornalistas e políticos – diz exatamente o contrário ao público: Você é imaculadamente inocente. Você não tem responsabilidade alguma! Não há mácula, nem vestígio de sentimento de culpa ou de responsabilidade na sua alma pura. Você merece tudo, sem exceção, sem interrupção, tudo de todos os paraísos de nossas mercadorias. Seu dever é consumir, consumir, consumir compulsivamente.
Farejam-se de longe as “ordens”, os imperativos: ‘faça’, ‘compre’, ‘procure’, etc., e injunções dos significantes semióticos da culpa/culpabilização/culpabilidade e das semióticas icônicas e simbólicas da inocência.
Por um lado, a moral ascética do trabalho e da dívida; por outro, a moral hedonista do consumo de massa. E ambas se contradizem abertamente, uma vez que são os dois lados da mesma moeda.
Mais do que sugerir alguma saída da crise, essa agitação assemelha-se mais a um círculo vicioso no qual o capitalismo parece ter-se emparedado. Em entrevista recente, o presidente do Banco Central Europeu recomenda, com cinismo thatcheriano, receitas para reembolsar os credores (as quais, não só causaram a crise, como ainda podem agravá-la): baixar impostos para enriquecer os ricos e reduzir despesas sociais para empobrecer os pobres.
Os políticos nada são além de contadores e office-boys do capital. Sarkozy propôs que as receitas para pagar “os juros da dívida grega sejam depositadas numa conta bloqueada, que garantiria que as dívidas de nossos amigos gregos serão honradas.” Favorável a essa ideia, Angela Merkel acredita que a medida permitirá “ter certeza de que esse dinheiro permanecerá disponível por longo tempo.”
Se há uma constante no capitalismo recente é o estado de guerra ao qual o liberalismo o levou de modo quase automático. A guerra intercapitalista parece hoje menos intensa que a guerra que cada capital nacional combate contra seu ‘inimigo interno’. Sem acordo sobre como dividir o bolo da exploração global, os diferentes capitalismos convergem apenas nas formas de como intensificar a exploração no plano de cada Estado.
Fonte: blog da Professora Edilza fontes

Conferência Estadual dos Bancários!

Ocorreu neste sábado, no Hotel Regente, a 7ª Conferência Estadual
dos Bancários do Pará. Evento onde foram discutidas propostas para
a campanha salarial. Estavam presentes vários bancários e bancárias
de vários municípios, além da região metropolitana de Belém. Na
verdade, debate de forma mais aprofundada não houve, o que sempre
é feito pela direção burocrática do sindicato e da CONTRAF-CUT.
Além do debate que não houve, a direção do sindicato utilizou a
máquina para eleger delegados à Conferência Nacional dos bancários,
que ocorrerá em Curitiba-PR, no próximo mês. Máquina no sentido
de fazer gastos com passagens e estadias apenas para votarem
em sua chapa. E isso não aconteceu o que eles esperavam, visto que
na eleição p/ delegados, houve duas chapas inscritas: a chapa 1, da
pelegada, e a chapa 2, dos combatentes guerreiros da oposição. No
geral, a chapa burocrática obteve 77 votos e a chapa da oposição 35,
que corresponde, tendo 9 vagas de delegados, a 6 vagas e
a oposição, 3. Mesmo com com toda a máquina, fazendo
viagens(caravanas) para o interior do estado e trazendo bancários
para votarem neles, a chapa burocrática mante o mesmo quantitativo
de delegados do ano passado; enquanto a oposição cresceu em
votos, mas mantendo o números de delegados à Conferência Nacional.
Mesmo sabendo do perfil da Conferência Estadual, estivemos lá e
fizemos o debate com propostas que realmente os bancários
almejam, ou seja, que estão no dia-a-dia da categoria. Quanto
ao índice de reajuste salarial, mais uma vez foi aprovado um
indice rebaixado, de 10% de ganho real + a inflação do período,
o que deverá girar em torno de 15%; enquanto que a oposição
defendeu 25%. É isso que os banqueiros querem: uma proposta
de 15% p/ acabar em 10% ou 9%, como ocorreu no ano passado.
Mesmo assim, iremos continuar na luta contra os burocratas
de plantão!!!. Veja a foto da chapa 2, da união AEBA e AFBEPA: