30 abril 2007

Eleição no Sindicato: Chapa 1 na frente

Encerrado o processo de votação para a escolha da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, no último dia 26/04, na mesma data foi iniciada a contagem dos votos contidos nas 106 urnas que foram distribuídas entre os estados do Pará e Amapá. De acordo com as informações repassadas para comissão eleitoral, participaram do pleito mais de 3 mil bancários e bancárias, superando o quorum mínimo exigido que era de 2.808 votantes. Por toda essa semana a comissão deverá finalizar o total de participantes do pleito.
O resultado parcial apurado até a última sexta-feira, 27/04, mostra uma vantagem da Chapa 1, que registra 1.222 votos. O segundo lugar é ocupado pela Chapa 3, com 972 votos e a Chapa 2, está em terceiro, com 339. Votos brancos e nulos somam-se 58. Foram apurados até aquela data 2.591 votos. Os trabalhos de apuração serão retomados na próxima quarta-feira, às 18h. Cerca de 500 votos restam para apuração, todos pertencentes às urnas distribuídas pelos municípios do interior do Pará e do Estado do Amapá.

10 abril 2007

Contra a Emenda 03!!

Cerca de cinco mil profissionais que trabalham em instituições bancárias e financeiras, de acordo com estimativa do sindicato da categoria, paralisaram hoje suas atividades, entre as 7 e as 10 horas da manhã, para protestar contra a emenda 3. Ao todo, 25 agências da região central de São Paulo, além das sedes do Unibanco, Banco do Brasil e Abn-Amro Bank, só iniciaram suas atividades depois da manifestação. A terceirização das relações de trabalho é um problema que atinge gravemente o setor bancário, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. "O principal problema são as pessoas demitidas que montam as empresas e continuam trabalhando no mesmo local. O banco faz a proposta dizendo que vai pagar um salário maior, mas a pessoa tem despesas com contador, não tem direito a férias, nem a FGTS. Aí, quando percebe que foi iludida, procura o sindicato", afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente da entidade. A emenda 3 foi aprovada pelo Congresso Nacional junto com a lei que criou a Super-Receita. Ela impede que auditores fiscais do Trabalho e da Receita Federal apontem vínculos empregatícios entre empresas e empregados contratados como pessoas jurídicas, através das chamadas "empresas de uma pessoa só". Segundo essa emenda, somente a Justiça estaria autorizada a reconhecer esses vínculos. Na prática, a nova lei legalizaria esse tipo de contratação, hoje permitida apenas nos casos em que não há relação de empregado e patrão entre a empresa que toma os serviços e a pessoa jurídica prestadora. De acordo com o sindicato, as instituições bancárias já terceirizaram 90% dos serviços de compensação, 100% da tesouraria e 70% das atividades em tecnologia da informação. Para a entidade, essa modalidade de contratação pode comprometer a própria segurança do sistema financeiro, já que muitas informações particulares do cliente - como o número do CPF e até mesmo o saldo - são manipuladas fora do banco. Segundo o presidente da associação, as instituições bancárias alegam que terceirizam apenas o que não é atividade-fim. Porém, o sindicato considera que essas atividades deveriam ser exercidas exclusivamente pelos profissionais contratados diretamente por elas.Para Luiz Cláudio Marcolino, a manutenção do veto presidencial à emenda 3 é o ponto de partida para iniciar uma reversão do processo de contratação de pessoas jurídicas em detrimento de funcionários com carteira assinada. "Os bancários sabem que o tema da emenda 3 é tão ou mais importante que a campanha salarial de setembro", complementa Carlos Damarindo, dirigente da associação e funcionário do Unibanco. A terceirização é praticamente regra em alguns segmentos do setor financeiro, como nas empresas de financiamento e empréstimos. A Fininvest, que pertence ao Unibanco e representa uma das suas principais fontes de lucro, segundo Damarindo, tem a maioria de seus funcionários terceirizados. "O trabalho é totalmente desregulamentado e precário. Os empregados não têm os benefícios previstos para a categoria dos bancários", explica Luiz Cláudio. Em votação na Câmara dos Deputados, a emenda obteve apoio de 318 parlamentares, mas recebeu o veto do presidente Lula. Como os parlamentares ainda podem derrubar o veto, Lula enviou ao Congresso um projeto de lei que diminui o poder dos auditores fiscais da Receita Federal, e não compromete a fiscalização do trabalho. A proposta não agradou a oposição, que ameaça derrubar o veto, em votação que ainda não tem data marcada. "Essas manifestações são muito importantes porque os trabalhadores é que vão sentir na pele se o veto for derrubado. É muito importante que os trabalhadores de todo o país e de todas as categorias se manifestem", defendeu o deputado estadual Marcos Martins (PT), que participou do protesto.
Marlon
Dir. do sindicato dos bancários