30 julho 2013

Editorial: É preciso dar um passo adiante!

Muitos trabalhadores e estudantes que apoiavam o PT vivem, hoje, uma crise: sabem que Dilma está fazendo um desastre no governo, mas têm medo da “volta da direita”.
Em geral, esses ativistas participam ou apoiam as mobilizações que estão sacudindo o país. Ficam indignados com a situação e sabem da responsabilidade do governo petista. Chegam à beira da ruptura completa com o PT, mas recuam, pois “a direita pode se aproveitar”.
É muito importante que esse trabalhador ou estudante observe que o desgaste causado pelas grandes mobilizações atinge tanto o PT como o PSDB. O repúdio das ruas se choca raivosamente contra os dois maiores pólos partidários. Os partidos de direita, hoje, estão tão ou ainda mais acuados do que o PT.
As mobilizações de junho colocaram o país em destaque no cenário internacional por terem um caráter histórico. As passeatas foram superiores ao movimento do “Fora Collor”. A greve de 11 de julho foi um ensaio de greve geral, superior a chamada greve geral de 1983.
Essa sacudida histórica está colocando a necessidade de uma nova direção para o movimento. Quem permanecer colado ao PT vai acabar se chocando com o que há de melhor existente nas lutas. Nesse país, nada será o mesmo depois de junho. Nem o PT.
Já estão gravadas na memória da população as imagens das passeatas gigantescas que se deram contra o governo Dilma. Na consciência de milhões e milhões de brasileiros, a referência das greves do ABC, que deram origem ao PT, vai ser substituída pela das passeatas contra o governo petista.
O PT e o PSDB se desgastaram muito por serem expressões da democracia dos ricos. Esses partidos implementaram planos de governo a serviço das grandes empresas. A corrupção é parte integrante da prática petista, assim como da oposição burguesa. Na verdade, o PT foi (e está sendo) parte fundamental das posições da “direita”.
É preciso pensar com a ousadia necessária. É hora de romper com o PT para ajudar na formação de outra referência de esquerda. A dimensão das mobilizações permite pensar na construção de uma nova alternativa que se contraponha tanto à direita como ao PT.
Caso exista uma ruptura com o PT de todo um setor, de muito dos ativistas que lutam, será possível construir uma alternativa de esquerda com maior rapidez. Caso não exista essa possibilidade, a direita pode ocupar espaços de oposição.
É hora de dar um passo adiante, de ruptura com o PT. O PSTU é um partido revolucionário socialista. Continuemos a lutar juntos, como na preparação do dia 30 de agosto, Dia Nacional de Paralisações. E vamos construir, juntos, uma nova alternativa de esquerda revolucionária. 
Fonte: www.pstu.org.br

24 julho 2013

Bradesco lucra R$ 5,8 bilhões no 1º semestre de 2013!

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Na postagem “Malditos banqueiros” discorri sobre a usura dos bancos brasileiros (sim, os brasileiros são os mais vorazes do mundo), que têm reajustado as tarifas de serviços muito acima da inflação.
Pois bem, o Bradesco divulgou na segunda-feira (22) os resultados do 2º trimestre de 2013: um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões.
O lucro anunciado na segunda, somado com o alcançado no 1º trimestre de 2013, totaliza R$ 5,8 bilhões no 1º semestre de 2013, o que projeta um lucro de R$ 11,6 bilhões em 2013.
Se você é correntista do Bradesco fique feliz: o “seu” banco, aplicando odinheiro que você deixa na conta corrente, mais as absurdas tarifas que você paga, tem ótimos dividendos para distribuir pelos acionistas, enquanto você espera na fila, pois a filosofia do banqueiro moderno é : quanto menos caixas mais lucros.
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No próximo levante não se esqueçam dos cartazes desancando com os bancos.
Fonte: blog do parsifal

Ato hoje no Rio na recepção ao Papa!




Mais de mil ativistas se reuniram hoje no Largo do Machado, no dia da recepção do Papa Francisco pelo governador Sergio Cabral para protestar contra os R$ 118 milhões utilizados para viabilizar a visita do chefe da Igreja Católica e para reivindicar direitos, como união civil entre homossexuais, legalização do aborto, entre outros.
 
Respeitamos as opções religiosas de todas as pessoas. Mas para os LGBTs as posições do Papa Francisco, representando a Igreja Católica, e ao do deputado federal e pastor evangélico Marcos Feliciano são nefastas. Ambos são inimigos ferrenhos do movimento LGBT, que luta pelos seus direitos civis no Brasil e no mundo. Na véspera da visita do Papa foi aprovado o chamado Estatuto do Nascituro na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados. Esse projeto tem apoio de líderes religiosos evangélicos, membros da Igreja Católica, entidades espíritas e parlamentares. O projeto proíbe o aborto em caso de estupro e ainda prevê uma “bolsa estupro” para aquelas que sofreram a violência sexual. Tal projeto significa a banalização da violência e a criminalização das mulheres estuprada.
 
Por tudo isso, os manifestantes hoje realizaram um “beijaço” e cantaram palavras de ordem como “Eu beijo homem, beijo mulher, tenho direito de beijar quem eu quiser” e “Pelo direito ao meu corpo, legaliza o aborto”. Os manifestantes cantaram também “Fora Cabral, fora do país, devolve meu Maraca e vai morar em Paris” e “ÔOOO, Cabral é ditador”, expressando seu repúdio a esse governador corrupto e autoritário, que só sabe “dialogar” na base da truculência policial.
 
Para além das fotos e dos gestos piedosos para “os pobres e oprimidos”, a Igreja, como faz há quase dois mil anos, estará fazendo o que sempre soube fazer: defender o sistema que está a serviço dos ricos e poderosos. O que os estudantes e trabalhadores estão pedindo, a Igreja não vai defender.
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19 julho 2013

Violência, manifestações de rua e o papel da polícia.


Foto: Erick Dau
“Vamos para a rua” passou a ser uma palavra de ordem de massas no Brasil, levando milhões de trabalhadores a se mobilizarem e lutarem por seus direitos e reivindicações

Por Asdrubal Barboza, de São Paulo (SP)


   A ida de uma grande quantidade de gente às ruas trouxe sua ocupação e a consequente montagem de barricadas com enfrentamentos com a polícia. A partir disso, surgiu uma grande discussão entre a vanguarda sobre a validade desses métodos e sobre como melhor organizar a luta de rua.
 
Atos isolados e atos do movimento
   Não podemos ter nenhum acordo com quem parte para atitudes isoladas numa manifestação. Normalmente, essas atitudes se voltam contra o próprio movimento e o enfraquecem. Isso desvaloriza o papel das massas e de sua organização e consciência. Provoca confusão na classe, pois não são atos isolados de ataques a lojas, shopping e prédios públicos que mudam a situação do país e sim a organização de classe, sua luta e sua mobilização e, principalmente, a superação das atuais direções governistas.

   Mais ainda: esse tipo de atitude ajuda quem quer acabar com a mobilização, como o governo da Frente Popular, de Dilma Rousseff (PT), e governos do PSDB, de Alckmin, PMDB de Sérgio Cabral e o DEM de Rosalba Carlini. Em muitos casos, são esses fatos isolados que dão pretexto para a polícia reprimir toda a manifestação e ajudam a jogar uma parte da população contra os protestos.

   Mas isso não quer dizer que achamos que os ativistas da juventude que realizam estes atos devam ser punidos, perseguidos e presos. Entendemos que todo protesto, ainda que isolado, faz parte da vida de qualquer sociedade democrática. Portanto, não responsabilizamos esses companheiros.

   Pelo contrário, vandalismo e violência são os grandes gastos que estão sendo feitos pelo governo federal nas obras da Copa e no pagamento das dívidas interna e externa, enquanto o povo está sem saúde, educação e transporte. Nada, absolutamente nada, justifica ou legitima a ação repressiva da polícia contra o movimento.

A violência de rua contra a violência institucional
   “Mesmo no período clássico das lutas de ruas, a barricada tinha, portanto, um efeito mais moral do que material. Era um meio de abalar a firmeza da tropa. Se se aguentava até se conseguir este objetivo, alcançava-se a vitória; se não, era a derrota” [1].

   É absolutamente justa toda a ação do movimento para sua autodefesa. Se os manifestantes são atacados pela polícia com bombas de gás, sprays de pimenta e balas de borracha, têm todo o direito de se defenderem utilizando capacetes e escudos, atirando pedras, paus, garrafas, além de montarem barricadas para repudiar este ataque impedir o avanço das agressões políciais contra a manifestação. Desde o início do movimento operário, no século 19, foi legitimado o método da luta de rua e da formação de barricadas para se defender da repressão polícial.

   Mesmo com as primeiras barricadas tendo sido formadas em Paris, em 1588, estas se incorporam à história da classe operária a partir da revolução parisiense de 1830, juntamente com a luta de rua, retratadas no livro de Victor Hugo, Os Miseráveis. Ganharam força em 1848, quando o povo parisiense derrubou o rei Luis Felipe e formou a II República, inspirando os rebeldes pernambucanos na Revolução Praieira. Voltaram a ser vistas em Viena, Berlim, Dresden e Elberfeld, onde Marx se ocupou pessoalmente com a direção das barricadas.

   Lênin volta a se referir a elas na revolução de 1905, quando escreve que os operários:

“(...) passaram da greve e das manifestações às barricadas avulsas, destas à massiva formação de barricadas e às lutas de rua, travada contra as tropas.

Para além da cabeça das organizações, transitou a luta de massas do proletariado, transitando da greve à insurreição. Nisso reside a maior de todas as conquistas históricas alcançadas em dezembro de 1905, uma conquista que, tal qual todas as precedentes, obteve-se ao preço de grandes sacrifícios. Partindo da greve política de massas, o movimento elevou-se a um nível superior”. 
[2]

   Este conhecimento foi sintetizado e compilado por Mikhail N. Tukhatchevsky, futuro general do Exército Soviético, chamado por Trotsky de “Bonaparte Vermelho”, em sua obra As Ações de Luta dos sublevados no início de uma insurreição socialista. Regras Táticas Fundamentais.
 
O papel da Polícia Militar
   Por outro lado, vimos que o papel da Polícia Militar e de sua Tropa de Choque tem sido servir como principal instrumento de repressão para os governos reacionários de direita em todos os estados, sejam eles do PSDB, PMDB e DEM, sejam do PT, como o caso da Bahia. Por isso, o programa do PSTU inclui a desmilitarização da polícia militar e o fim da tropa de choque e de toda a polícia de repressão aos movimentos sociais. Enfim, dos aparatos do Estado que ataquem os movimentos sociais.

   A desmilitarização da polícia militar significa a quebra da atual hierarquia militar, ou seja, soldados, cabos e sargentos devem ser funcionários públicos do Estado a serviço da população. Isso lhes dá a possibilidade de construir sua organização independente, em sindicatos e associações, além do direito a voto nas eleições e a eleição dos comandos da polícia de maneira democrática. Mas mais importante: o direito à rebelião. Lembremos que, em 2012, ocorreram mobilizações dos bombeiros e das polícias militares em todo o país e foram duramente reprimidas pelo Estado.

   É importante também suprimir todos os tribunais militares e estabelecer jurisdição civil para os crimes e delitos cometidos por policiais e seus comandantes. Com isso, teríamos a destruição do aparato militar e repressivo como ele é hoje, que tem como seu principal objetivo servir aos grandes patrões e encara como seu principal inimigo a população negra e pobre, e a construção de um novo, que tenha como centro a defesa dos interesses da população mais carente.

   Afinal, nem sempre existiu Polícia Militar como hoje. Por exemplo, em São Paulo, antes da ditadura, existia uma Força Pública e uma Polícia Civil. Essa organização era semelhante em outros estados. No Brasil, a PM foi criada em 1968 pela ditadura militar para ajudar o Exército na luta contra o “inimigo interno”.

Propomos a criação de uma polícia civil unificada, que defenda os interesses dos pobres e dos bairros da periferia.

Lições de Lênin e Trotsky
   Há setores do movimento organizado que sustentam posições equivocadas em relação às forças armadas e aos aparatos de repressão. Argumentam, com um esquematismo surpreendente, que, por ser o Estado burguês um Estado de classe, não pode haver divisão da polícia, do exército, da justiça ou da burocracia estatal que permita levar um setor a romper com os interesses dominantes.

   Tal posição é distinta das defendidas pelos revolucionários bolcheviques, particularmente Lênin e Trotsky. Esses setores se esquecem do papel decisivo que tiveram as rupturas dos aparatos de repressão para o desenvolvimento da revolução.

   Lênin responde diretamente a este argumento em seu artigo “O novo exército”, em O Exército e a Revolução, escrito em 1905, em que destaca a questão das reivindicações democráticas dos aparatos de repressão. Lênin defendia toda a luta contra as tradições de obediência servil “que transformam os homens da tropa em máquinas armadas e em instrumentos da repressão das menores aspirações de liberdade”.

   Destacava que o exército “ainda não é revolucionário em seu conjunto. O nível político dos marinheiros e dos soldados é ainda muito baixo. Mas o que tem importância é que a consciência já foi despertada, que os soldados criaram um movimento próprio, que o espírito de liberdade penetrou nas casernas por todos os lados.” E lembrava a importância das reivindicações dos soldados perguntando: “E que força poderá agora impedir que tais reivindicações parciais se propaguem em toda a frota e em todo o exército?”

   Às reivindicações básicas levantadas pelos soldados, Lênin propunha que se vinculassem as reivindicações, literalmente assim chamadas, do “soldado-cidadão”: “direito de frequentar reuniões públicas em uniforme ‘igual a todos os cidadãos’; liberdade de consciência; igualdade de direito; abolição da regra de render homenagem fora de serviço; supressão dos tribunais militares e jurisdição civil para todos os crimes e delitos militares; direito de apresentar demandas coletivas; direito de se defender diante da menor violência ou veleidade de um oficial.” E concluía: “As reivindicações dos soldados-cidadãos são as da social-democracia e de todos os partidos revolucionários, dos operários conscientes. O ingresso dos soldados nas fileiras dos partidários da liberdade, sua passagem para o povo assegurará com o triunfo das suas próprias reivindicações a vitória da causa da liberdade”.

NOTAS:
[1]
 Introdução de Friedrich Engels à edição de 1895 de As Lutas de Classes na França de 1848 a 1850, de Karl Marx
[2] Lições da Insurreição de Dezembro de 1905 em Moscou, de Vladimir Lênin

14 julho 2013

Valério Arcary: Esquerda apanha e se junta. Mas, qual é mesmo o objetivo?

Duas estratégias: unir a esquerda para avançar as mobilizações ou para proteger o governo Dilma?

publicado em 4 de julho de 2013 às 20:10


por Valério Arcary*, no Correio da Cidadania, em 01.07.2013
Todos juntos nessa luta pela unidade popular,
Mas, se estamos todos juntos,
contra quem vamos lutar?
Versos cantados por delegados da esquerda socialista no Congresso da UNE, em resposta à moção que defendia a estratégia de unidade de toda a oposição à ditadura militar, sob a liderança da burguesia liberal que se expressava através do MDB de Tancredo e Montoro, contra a unidade operário-estudantil.
O ataque dos fascistas contra a esquerda produziu uma reação extraordinária durante a última semana. A defesa do direito da esquerda de ir às ruas levantando suas bandeiras vermelhas uniu muitos milhares de jovens nos últimos dias, por todo o país, em uma mobilização unitária, entusiasmada e lúcida.
A unidade da esquerda nas ruas foi emocionante
As fotos da assembléia-monstro no Largo São Francisco, no Rio de Janeiro, para preparar o dia 27 e a ida ao Maracanã no dia da final da Copa das Confederações, emocionaram a esquerda, profundamente, em todo o Brasil. Processos semelhantes se repetiram, em formas variadas, mas com o mesmo conteúdo, em Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Belém, e Recife, entre muitas outras cidades menores. Surgiu do enfrentamento do dia 20 de junho com os fascistas um poderoso sentimento fraterno de que precisamos nos unir para vencer. Isso foi magnífico.
Estamos diante da urgência da política. Os dias agora valem por meses, as semanas por anos. Tudo se acelerou. O debate aberto na esquerda pelas mobilizações das últimas três semanas coloca na ordem do dia um dilema: a esquerda precisa se unir para poder ajudar o movimento da juventude a avançar na direção de novas vitórias, sob pena de perder uma oportunidade histórica de transformação do Brasil. Uma janela de oportunidade que não se abre com facilidade. A divisão da esquerda repercutirá de forma dramática sobre as possibilidades da luta em curso, porque está aberta uma disputa sobre o destino do combate de milhões. Esses milhões estão em luta porque têm pressa.
Um debate de estratégia é incontornável
Não obstante, isso não deve nos inibir de dizer que, infelizmente, existem dois grandes campos políticos na esquerda, hoje no Brasil, que remetem a um dilema de estratégia, e que vai se expressar em polêmicas táticas de todo o tipo. Estes campos têm diferenças irreconciliáveis.
Sendo assim, é melhor debater as estratégias. Porque é mais educativo. As questões mais de fundo, que remetem ao tema da atitude diante do poder, são inescapáveis. As diferenças não são artificiais, não são produto de exageros sectários. Não são pequenas escaramuças, miudices, picuinhas. Estes campos são maiores que os partidos de esquerda. Porque são muitas dezenas de milhares de ativistas que se interrogam sobre qual deve ser o caminho a seguir. A imensa maioria não tem militância partidária. Compreende a gravidade da situação. Tem boas razões para estar preocupada.
Dois campos em disputa
Em um campo estão aqueles que compreendem que a mobilização pelas reivindicações deve avançar, tendo a prioridade de unificação com os trabalhadores, ou seja, a preparação de um dia de greve geral para 11 de julho. Este campo afirma que, para lutar contra os empresários do transporte urbano, os banqueiros, os fazendeiros do agrobusiness, a FIESP, não é possível dar trégua a nenhum governo.
A nenhum significa isso mesmo, a nenhum, nem a Dilma. Depois de dez anos, ficou claro que os governos liderados pelo PT, em aliança com partidos burgueses, estão mais comprometidos com a preservação do pagamento da dívida pública do que com os transportes públicos, a educação e saúde públicas. Sem romper com o pagamento da dívida pública, de onde viriam as verbas para os investimentos necessários à implantação, por exemplo, do passe livre?
Os que nos colocamos nesta posição queremos ajudar a juventude nas ruas a continuar ocupando as avenidas com as reivindicações que ela mesma foi forjando pela sua experiência prática: conquista do passe livre, desmilitarização das PMs, mais verbas para educação e saúde, punição dos corruptos. E queremos agregar as reivindicações que respondem às necessidades do proletariado: o aumento dos salários e a redução da jornada de trabalho, por exemplo, ou a anulação da reforma da previdência e a suspensão dos leilões de privatização do petróleo do pré-sal, e tantas outras.
Os termos do dilema, que é sempre uma escolha difícil, são, portanto, terríveis, mas claros: Dilma está disposta a romper com o PMDB? Porque atrás do PMDB estão as empreiteiras com contratos milionários para a construção das grandes obras e estádios, por exemplo. E a esquerda que apoia o governo, ainda que criticamente, como as várias tendências internas do PT, o PC do B, a Consulta Popular ou o MST, se Dilma não atender às reivindicações, e não romper com o PMDB e os outros partidos burgueses, estão dispostas a romper com Dilma?
Em outro campo estão aqueles que consideram que é preciso unir a esquerda para defender o governo Dilma, porque o maior perigo seria a desestabilização do governo liderado pelo PT, ou até do regime democrático. Estão, podemos admitir, comprometidos em fazer exigências ao governo Dilma. Exigências para que Dilma abra negociações com as reivindicações das massas em luta. Exigências para que o PT no governo não capitule diante do PMDB de Michel Temer e Sérgio Cabral. Ou exigências para que o PT fora do governo não capitule aos ministros do PT que aconselham moderação a Dilma. Em resumo, estão engajados em pressionar o governo Dilma, mas não estão dispostos a romper com ele. E reafirmam que não era possível antes de junho, e continua não sendo possível, mesmo depois de milhões nas ruas, construir uma esquerda à esquerda do governo Dilma.
É preciso lutar, é possível vencer
Qual estratégia é o melhor caminho para vitórias populares? Qual estratégia irá prevalecer? Qual dos dois campos tem uma melhor apreciação do que está em disputa, e a melhor orientação para transformar o Brasil? Seria estupendo, realmente, fantástico, se as mobilizações de jovens e trabalhadores fossem o bastante para exercer uma pressão de classe suficiente para impor uma frente única de toda a esquerda. Essa é a vontade dos ativistas, é a vontade de todos os que sabemos contra quem lutamos. Porque para vencer o mais elementar é preciso saber contra quem lutamos. Saber quem são os amigos e quem são os inimigos.
Infelizmente, nunca é assim. A pressão das lutas não é o bastante. Outras pressões políticas que, em uma interpretação de classe, respondem a pressões das classes inimigas dos trabalhadores se abatem, também, sobre a esquerda. Diante de grandes acontecimentos, ensina a experiência histórica, algumas correntes de esquerda, que mantinham posições muito distantes umas das outras, se aproximam. E outras, que estavam próximas, se afastam. Em outra etapa da vida política brasileira se apresentou, dramaticamente, o mesmo dilema para a esquerda. Com quem nos unirmos, para lutar contra quem? Ou, enunciando de outra maneira, independência ou colaboração de classes?
A polêmica do final dos anos setenta e início dos oitenta
Em 1978/79, quando uma nova situação se abriu no Brasil, colocou-se um problema de estratégia política chave. Qual deveria ser a orientação para acelerar a derrota da ditadura militar? Estava ficando cada dia mais claro, depois das greves metalúrgicas do ABC, das greves de professores, de bancários e outros setores da classe trabalhadora, que era possível construir nas ruas uma mobilização de massas para derrotar a ditadura.
A classe dominante estava, crescentemente, dividida, entre uma maioria que aceitava a abertura lenta e gradual, ou seja, uma transição para um regime democrático-eleitoral negociada com os militares, e aqueles que resistiam, porque temiam, em função do medo das classes populares, a ampliação das liberdades democráticas. As classes médias tinham rompido, majoritariamente, com o regime. A classe trabalhadora começava a se mexer e a ganhar confiança em sua capacidade de luta.
A esquerda que vinha se fortalecendo nas lutas estudantis e na reorganização do movimento dos trabalhadores se dividiu em dois campos. De um lado, principalmente, o PCB, o PC do B e o MR-8 defendendo a unidade das oposições. O que significava que o monopólio da liderança política na luta contra a ditadura ficava nas mãos do PMDB.
Ninguém deveria disputar com Ulysses e Tancredo a condição de porta voz das oposições. Acontece que a liderança do PMDB temia mobilizar as massas contra a ditadura e aceitava o calendário eleitoral imposto por Geisel e Figueiredo. O PMDB não estava disposto a mobilizações de massas, porque sabia que o perigo era a entrada em cena dos trabalhadores, com sua força social de choque, seus métodos e suas greves. E o PMDB era um partido com apoio, essencial e primeiramente, empresarial.
No outro campo, estava a esquerda que se uniu em torno do projeto que nasceu das greves operárias e das manifestações estudantis, levando à fundação do PT em 1980, e da CUT, em 1983. Este campo se posicionava contra uma transição negociada e lutava pela derrubada da ditadura. Lutava pela perspectiva de um deslocamento da ditadura pelas lutas, não em conchavos no Congresso Nacional.
O PMDB era o partido da oposição institucional, o PT era o partido da independência dos trabalhadores, que não aceitava que a maioria proletária continuasse a ser massa de manobra entre diferentes alas da classe dominante. Os moderados de esquerda argumentavam exatamente como agora: não é possível ultrapassar Ulysses e o PMDB pela esquerda. A luta provou que eles estavam errados. Foi porque o PT chamou às ruas e começou a campanha das Diretas Já! no Pacaembu que o PMDB, ainda que dividido, se mexeu. O drama atual é que a maioria daqueles que foram os radicais em 1980/83 agora são os moderados. De incendiários, viraram bombeiros.
O dilema de estratégia que se coloca agora, trinta e cinco anos depois, no entanto, é o mesmo. O papel da esquerda deve ser o de ajudar a juventude e os trabalhadores a construir um campo independente? Ou ela deve se resignar a ser um vagãozinho atrelado ao trem que é dirigido por uma ala da classe dominante contra outra ala? Só podemos escolher entre o governo Dilma ou um governo da direita? Ou esta onda de lutas pode ajudar a nova geração a retirar conclusões políticas e ir além? Não é possível pensar em um poderoso campo de oposição de esquerda, que permita ir além do reformismo quase sem reformas dos dez anos dos governos Lula e Dilma? Qual o caminho para avançar na direção da revolução brasileira?
*Valerio Arcary é professor do IF/SP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e doutor em História pela USP.

12 julho 2013

Dia histórico marca a entrada da classe trabalhadora na onda de protestos.

Manifestações, bloqueios de estradas e paralisações contra o governo marcam o 11 de julho, convocado pelas centrais

Manifestação de operários na Zona Sul de São Paulo

Manifestação de operários em Belem-PA

Esse dia 11 de julho marcou a entrada da classe trabalhadora na onda de protestos que explodiu em todo o país em junho. O dia nacional de lutas convocado pelas centrais sindicais registrou paralisações, bloqueios de estradas e manifestações em pelo menos 23 estados. É muito difícil que alguém no Brasil não tenha participado ou se deparado com os efeitos das manifestações e greves desse dia. Demonstrando grande disposição de luta, categorias de peso como metalúrgicos, operários da construção civil, portuários, servidores públicos, e diversas outras, cruzaram os braços e foram às ruas nessa quinta-feira.
Apesar de a presidente Dilma, com a ajuda da CUT, ter tentado canalizar a insatisfação popular para a manobra do plebiscito de reforma política, o que ficou marcado foi um grande dia de protesto contra o governo e a sua política econômica. Às reivindicações de mais recursos para a saúde, educação e transportes, que deram o tom das jornadas de junho, foram adicionadas pautas históricas dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho, reajuste dos salários, o fim do fator previdenciário e da inflação. A pauta unificada das centrais sindicais também inclui a bandeira da reforma Agrária e a suspensão dos leilões do petróleo.
Protestos e greves pelo país
Se a jornada de mobilizações que varreu o Brasil em junho ficou caracterizada pela espontaneidade, desta vez os trabalhadores saíram às ruas a partir de seus locais de trabalho e organizados por suas entidades de classe. Isso fez com que importantes setores da economia fossem afetados, como os grandes centros industriais que pararam na capital paulista e na região do ABC.
Em São Paulo, metalúrgicos paralisaram 35 fábricas da região da Zona Sul e realizaram uma grande passeata que chegou a reunir cerca de oito mil trabalhadores. Houve ainda paralisações com manifestação de operários da construção civil e comerciários, além de atos na Zona Oeste e Leste. Importantes rodovias e avenidas da cidade foram fechadas ao longo do dia. À tarde, uma manifestação unificada reuniu algo como 10 mil pessoas na Avenida Paulista.  Em outra importante região industrial do estado e do país, em São José dos Campos, houve paralisações em pelo menos 20 fábricas, atingindo algo em torno de 15 mil operários. Uma passeata na cidade reuniu 2 mil pessoas.
Já no Rio de Janeiro, servidores dos Correios bloquearam a saída de caminhões da principal unidade da empresa. Houve ainda manifestações com paralisações de metalúrgicos e servidores, além das escolas das redes estaduais e municipais. Houve ainda manifestações com paralisação de petroleiros, bancários e terceirizados da Secretaria da Saúde. Pela tarde, um protesto unificado reuniu quase quinze mil pessoas e, ao final, foi duramente reprimido pela Tropa de Choque. Relatos de companheiros presentes no ato dão conta que a polícia atacou por trás, de forma covarde, manifestantes pacíficos, perseguindo-os durante um longo trajeto. Mais um capítulo vergonhoso da truculência policial no Rio.
A capital mineira, por sua vez, viveu praticamente um dia de greve geral. A cidade já amanheceu com paralisação dos ônibus e do metrô. A greve atingiu também a rede estadual de ensino e grande parte das escolas municipais. No interior, a paralisação se alastrou para várias metalúrgicas, além de siderúrgicas e mineradoras. Já em Porto Alegre, cuja Câmara Municipal está ocupada por manifestantes, houve paralisação dos rodoviários. Professores do CPERS também bloquearam a rodovia que dá acesso à cidade.
No Norte e Nordeste, a jornada de greves e protestos também foi forte. Em Belém houve paralisação dos operários da construção civil e uma manifestação que reuniu os operários, estudantes e diversas outras categorias. Em Aracaju, capital do Sergipe, operários da Petrobrás e bancários dos bancos públicos cruzaram os braços, assim como os professores da rede pública.
Já na capital do Ceará, Fortaleza, os operários da construção civil pararam suas atividades nesse dia e realizaram uma manifestação que reuniu ainda ativistas do Movimento dos Conselhos Populares, do MST, de oposição sindical dos bancários e estudantes da ANEL.
Natal, por sua vez, viu uma das maiores manifestações do dia 11 em todo o país. O protesto unificado das centrais sindicais reuniu algo como 20 mil pessoas por saúde, educação, transporte, reforma agrária e contra a política econômica do governo Dilma.
CSP-Conlutas e greve geral
Se em determinado momento das mobilizações de junho o progressivo sentimento antipartido se voltou contra as organizações dos trabalhadores, como partidos e sindicatos, desta vez, as bandeiras tingiram de vermelho as ruas de todo o país. Os partidos de esquerda retomaram seu lugar nas ruas, assim como as entidades sindicais.
Apesar de ainda minoritária no movimento popular e sindical, a CSP-Conlutas não teve um papel coadjuvante nesse dia histórico. Além de vitoriosa em sua política de unidade na realização de um dia de greves e protestos, a central contou com participação de peso em várias partes do país. Entidades filiadas à central paralisaram importantes setores como metalúrgicos em São José dos Campos, operários da construção civil em Fortaleza e Belém, ou petroleiros em regiões como Sergipe.
Esse dia marcou a entrada da classe trabalhadora nas paralisações, com os seus próprios métodos de luta, e para dizer em alto e bom som ao governo Dilma que os trabalhadores não agüentam mais ser empurrados com a barriga”, afirmou José Maria de Almeida, o Zé Maria, da direção da CSP-Conlutas. Para Zé Maria, as manifestações são contra o governo Dilma e os demais governos, tanto estaduais como municipais.
"Queremos as mudanças que nosso país precisa fazer e que o povo precisa para ter uma vida digna, nada menos do que isso nós vamos aceitar".  Zé Maria atacou a atual política econômica do governo, que privilegia o pagamento da dívida pública em detrimento de investimentos à saúde e educação. “Se o governo mantiver esse modelo econômico, a gente tem que fazer uma greve geral nesse país, porque esse dia de hoje é apenas um primeiro passo, se o governo não mudar, vamos fazer um, dois, três dias de greve geral”,defendeu. 

03 julho 2013

RANDOLFE NÃO NOS REPRESENTA, NEM PODE REPRESENTAR O PSOL!

Sobre o encontro de Randolfe com Dilma
Fonte: Coordenação da CST
A foto divulgada na imprensa do Senador Randolfe Rodrigues sorridente do lado da presidente Dilma do PT foi sentida como uma afronta pela militância do partido. E sua presença no Bom Dia Brasil nesta terça-feira (02/07) , o jornal da Rede Globo, anunciando seu apoio ao plebiscito da Dilma, é absolutamente inaceitável. Em momentos em que a Presidente, acuada pelas mobilizações, vê despencar sua popularidade e precisa desesperadamente de apoios políticos, Randolfe se presta a servir de roda auxiliar do projeto do PT/PMDB.

Os psolistas que no último mês vem se jogando nas ruas e avenidas do país, enfrentando os cassetetes, as bombas de efeito moral, os gases e as balas de Dilma, Cabral, Haddad, Alckmin, Tarso Genro, Jaques Wagner, Anastasia e tantos outros, não só pelos 20 centavos, mas no questionamento global ao governo e do regime do poder econômico e da corrupção, repudiam esta atitude e com certeza, não estão representados por esta nova ação governista do Senador.
Contrariando a declaração política da Executiva Nacional que se posicionou claramente rejeitando a política de Pacto do governo Dilma e a participação nos fóruns governistas, pois têm o claro objetivo de desmontar o colossal processo de lutas que percorre o país, Randolfe definiu de que lado está: sustentando o governo Dilma e seu podre regime político, colocando a nu que sua localização na base governista não é um problema “técnico” como tentou passar mas uma clara definição de lado.
Tem sido uma constante na trajetória do Senador se posicionar, pactuar e atuar do lado e a serviço do poder econômico e do governo do PT/PMDB, sempre passando por cima e desrespeitando os fóruns do partido. Foi assim com suas alianças com o PTB de Roberto Jefferson e Lucas Barreto; foi assim na aliança eleitoral construída em Macapá junto com DEM, PTB e PSDB ou nos municípios como Santana onde se aliou ao PTB na campanha eleitoral; tem sido assim também na campanha de 2012 onde apareceu no programa eleitoral do programa do PT do Acre apoiando o candidato a prefeito deste partido contra a decisão do diretório municipal do PSOL dessa cidade. Foi assim quando decidiu compor a base governista no senado. Foi precisamente por essa trajetória que foi condecorado pelas forças armadas brasileiras; pela presidente Dilma; pela FIRJAN. E mostrou também seu serviço servindo de intermediador aos negócios do imperialismo francês e italiano no estado do Amapá.

Mas desta vez o partido já não pode tolerar mais a presença de um senador que se utiliza da sigla do PSOL para seus sujos negócios eleitorais.


O governo Dilma e o PT não são de esquerda:
São os principais inimigos dos trabalhadores, do povo e da juventude!

Randolfe foi se reunir com Dilma para se curvar frente a política do plebiscito. Ignorando que o governo, com popularidade em fortíssima baixa, e arranhada pelos milhões nas ruas, faz a farsa do plebiscito como parte de sua política de pacto para desmontar o processo de mobilização que existe no país, e levar o povo da ação direta nas ruas, que se demonstrou o único caminho que conquista a mudanças, para a armadilha do plebiscito e do parlamento.

Randolfe se somou à política do Pacto rejeitada pela Executiva por unanimidade, em nome de um suposto “democrático” plebiscito, como se as propostas de Dilma fosse a política do PSOL.
Randolfe entrou assim na suja manobra orquestrada por Lula e instrumentada através e todas as direções governistas do movimento, sejam elas o MST, a CUT, a UNE, a CTB, etc. que fazem uma verdadeira e infame campanha atribuindo o processo de lutas a uma suposta conspiração da direita, com o objetivo de blindar seu governo tentando passar que é de “esquerda”.
Foi o próprio Lula, de acordo com o noticiado no jornal O Globo de 30/06, quem em reunião com as lideranças governistas declarou: “... Isso é coisa da direita. Querem desestabilizar, Acabar com nossas conquistas.. .eu acho que, possivelmente, seja a hora de vocês, a juventude, os trabalhadores, irem às ruas, não deixar à direita tomar conta e pedir para aprofundar as mudanças...”
Como se o governo Dilma fosse aprofundar mudanças favoráveis ao povo, ela que no seu chamado ao pacto colocou em primeiro lugar o respeito ao ajuste fiscal com seu pagamento de juros bilionários aos banqueiros; tão logo o governo do PT que através de Lula entregou o país ao controle dos bandidos e corruptos cartolas da FIFA; tão logo o governo Dilma/Temer que mandou a Força de Segurança Nacional e até as tropas do Exército contra os manifestantes para reprimir a rebelião que sacode o país. Tão logo o governo do PT e da Dilma, que atuam como agentes do agronegócio, dos agiotas do sistema financeiro, das empreiteiras, das montadoras e outras multinacionais.

O PSOL não aceita o pacto com Dilma! O PSOL propõe a ruptura desse pacto infame a serviço do capital suspendendo o pagamento dos imorais juros da dívida aos banqueiros aumentando de imediato as verbas para saúde e educação! O PSOL defende a saúde pública e por isso exige o fim das privatizações dos Hospitais. O PSOL exige o passe livre para estudantes e desempregados e luta pela tarifa zero! O PSOL se mantém do lado da juventude indignada que se levantou em defesa dos seus direitos enfrentando a polícia de Dilma e dos governadores!

O PSOL declara que, se Dilma quiser de verdade fazer alguma mudança política, começaria pela prisão dos mensaleiros e pelo Fora Renan e Feliciano ao invés de pactuar com ele e seus partidos! A consulta que o povo demonstrou querer é para que o povo decida o salário dos parlamentares e de todos os cargos políticos, que hoje desfrutam de privilégios milionários! Fim do Foro privilegiado, que serve de blindagem de políticos ladrões e corruptos! O PSOL quer a revogação dos mandatos daqueles políticos que não cumprem seus compromissos!

Por estas razões, propomos que sejam suspendidos de imediato todos os direitos políticos do Senador governista Randolfe Rodrigues, e que seja convocado de imediato o Diretório Nacional para que decida os futuros passos a serem seguidos, tanto no que diz respeita ao senador governista quanto à localização e a política do PSOL.
Também, pedimos a divulgação imediata nas listas e sites da resolução votada pela reunião da Executiva Nacional do PSOL na segunda feira 24 de Junho.
CST/PSOL Julho 02 de 2013