14 janeiro 2010

Aniversário dos 149 anos da Caixa é comemorado com protesto dos bancários em Belém

Esta terça-feira (12) foi marcada como Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa Econômica em defesa de um PCC digno, com redução da jornada sem redução nos salários e contratação de mais bancários para a empresa.

Bancários e bancárias da Caixa Econômica Federal de todo o Brasil foram às ruas na manhã desta terça-feira, 12 de outubro, dia em que o banco comemora seus 149 anos, para protestar em defesa de um Plano de Cargos Comissionados (PCC) mais digno. Em Belém, capital do Pará que completa hoje 394 anos, o Sindicato dos Bancários organizou um ato público em frente à agência Ver-o-Peso, como parte das manifestações nacionais dos empregados da CEF.
Faixas, cartazes, adesivos, bandinha, palhaços e um grande bolo de aniversário da Caixa fizeram parte do ato em Belém. Neste Dia Nacional de Luta, a mobilização dos empregados da Caixa serviu para contrapor à intransigência da empresa, que ao invés de dialogar com os trabalhadores a criação de um novo PCC, tenta impor sua proposta de Plano de Funções Gratificadas (PFG), o qual não acaba com as injustiças e distorções existentes.
O PFG da Caixa pretende ainda reduzir os salários dos bancários com funções técnicas, ao adequar a jornada de 8 para 6 horas, antes da migração para a nova tabela. Outro ponto prejudicial aos empregados é que continua a discriminação contra os trabalhadores vinculados ao REG/Replan não-saldado ou ao antigo Plano de Cargos e Salários (PCS).
Para a implantação de um modelo de PCC digno, os empregados da Caixa reivindicam pontos como extinção do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), valorização das funções, jornada de seis horas sem redução salarial, contratação de mais bancários, fim das discriminações, critérios justos de nomeação e fim das destituições arbitrárias.
“Reduzir a jornada de trabalho com redução nos salários é o principal impasse nas negociações com a Caixa quanto ao PCC, tendo em vista que isso vai atingir cerca de 24 mil empregados do banco. O movimento sindical defende a redução da jornada, mas não aceita redução nos salários. Essa é uma bandeira histórica da CUT e, por isso, não vamos assinar um acordo com o banco onde haja previsão de redução de jornada com redução salarial”, afirma Maria Gaia, diretora do Sindicato dos Bancários e empregada da Caixa.
Outro problema que a dirigente aponta na proposta feita pelo banco está na promoção por merecimento para os cargos com progressão horizontal. “Defendemos para esses cargos a promoção por antiguidade, assim como ocorre nos cargos com progressão vertical, e não aceitamos discriminação entre os empregados que estão no novo plano de previdência da Funcef e os que estão no REG/REPLAN.”
Além disso, a direção da empresa informou em comunicado interno aos empregados que o PFG já se encontra nos órgãos de controle para aprovação e sequer apresentou à representação dos empregados mais detalhamentos sobre o plano, como, por exemplo, os valores e nomenclaturas das novas funções.
 
Negociar é a solução – O movimento sindical bancário tem reafirmado sua posição de querer negociar com a Caixa uma proposta que contemple às reivindicações históricas da categoria quanto ao PCC. Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Alberto Cunha, “a Caixa coloca como premissa para a implementação do PFG a resolução da jornada de trabalho, e para os sindicatos a solução é negociar com uma proposta séria e que não contenha redução salarial, por isso movimento sindical está disposto a continuar negociando uma nova proposta”.

Nenhum comentário: