A greve nacional dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, dia 27, começou com força em todo país. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação já acontece em 25 estados e no Distrito Federal, paralisando agências de bancos públicos e privados.
O único estado sem greve é Roraima, onde ocorre assembleia dos bancários no início da noite desta terça-feira para decidir a adesão ao movimento.
Os bancários se cansaram de ver os banqueiros lucrarem bilhões e depois chorar migalhas na mesa de negociação. A greve foi deflagrada após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.
Os bancos obtiveram lucros acima de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre e têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria, que está reivindicando reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.
Acordo no BRB é superior do foi reivindicado pela Contraf
Tanto é assim que os banqueiros podem pagar as reivindicações, que no BRB o acordo foi de 17,45% de reajuste e aumento real, acima inclusive do que estava sendo pedido pela confederação da categoria.
Os bancários do BRB (Banco Regional de Brasília) obtiveram uma primeira vitória na categoria ao conquistar 17,45% de reajuste. Um acordo superior ao que vinha sendo reivindicado pela confederação da categoria. A proposta será votada hoje em assembléias. Veja abaixo:
a) Reajuste de 17,45% no Vencimento Padrão Inicial vigente em setembro/2010, com reflexos nos demais. O mesmo reajuste será aplicado sobre complemento pessoal de vencimento padrão, qüinqüênios, anuênios e demais vantagens pessoais. Em razão do BRB haver adiantado em março/2011 um reajuste de 3,85%, o BRB aplicará agora um reajuste adicional de 13,60%;
b) Reajuste de 22,18% na Cesta Alimentação;
c) Reajuste de 8,35% no Vale refeição, elevando tal verba para R$ 564,00;
d) Reajuste de 24,17% na Gratificação de Caixa vigente em setembro/2010, elevando a mencionada Gratificação para R$ 1.117,53. O complemento pessoal da atividade de caixa também será reajustado no mesmo patamar;
e) Os valores de referência e a tabela de funções serão corrigidos em 8,5%;
f) Reajuste de 8,5% nas demais verbas salariais e sobre todos os benefícios, exceto o auxílio funeral, cujo valor ficará mantido em R$ 5.443,97; e,
g) Redução da jornada em 1 hora para as mães, desde o sexto mês de nascimento até um ano, visando alongar e facilitar a amamentação.
O Banco contrapropôs ainda a redução dos juros do cheque especial dos funcionários para 3,8% a. m., taxa ainda muito elevada.
O Banco contrapropôs também a renovação da cláusula que regula a isenção de tarifas para os funcionários e aposentados do BRB.
O Banco se comprometeu a discutir a implementação de uma solução para as 7ª e 8ª horas.
O Banco também se comprometeu a implantar o novo PCCR sobre a base de remuneração atualizada pela presente negociação, com pagamento de um abono para indenizar ou compensar o atraso na referida implementação.
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