10 janeiro 2013

Brasil tem média de crescimento abaixo dos demais países latinos nos últimos 3 anos do governo Dilma


O quadro econômico do Brasil nos últimos três anos do governo Dilma teve média de 2,4%, sendo o menor de todos os países da América do Sul.

Em 2011, o país cresceu 2,7%, ficando abaixo do índice de toda a América. Em 2012, houve recuo no crescimento, tendo apenas 1% de desenvolvimento, superando apenas o Paraguai.

Os números são com base num levantamento feito pela consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit) e acompanham projeções Itaú Unibanco e do HSBC nas economias da América do Sul.

Ainda segundo levantamento, apesar dos estímulos concedidos pelo governo no setor privado em 2012, a taxa de investimento recuou em cerca de 18% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), uma das mais baixas do mundo emergente.

Entretanto para a maioria dos economistas ligados à burguesia, a projeção do PIB brasileiro para 2013 seria entre 3% e 3,5%. Um pequeno crescimento em relação a 2012.

Outros fatores que também contribuem para avaliar se o quadro econômico será favorável ou não são a análise dos juros aplicado no país.

No Brasil, a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) tem o maior juro real do mundo, chegando a 7,25%.

Outro fator econômico é a inflação, que chega aos patamares de 5,5%. O valor ideal, segundo economistas do Banco Central é de 2% a 4,5%. Uma inflação instável ou elevada pode provocar desaquecimento do consumo e do mercado financeiro. Isso, relacionado com a crise econômica mundial, poderá contaminar bastante a economia do país.

“Se persistir o declínio, haverá probabilidade de estagnação ou maior recuo do PIB em relação a 2012. Apoiado nisso, o grande capital terá uma política mais agressiva de redução de salários e demissões”, avaliou o membro da Secretaria Executiva Nacional, Mauro Puerro.

Quando questionado sobre se os trabalhadores podem ser otimistas diante da projeção do PIB para 2013 (entre 3% e 3,5%), Mauro ressalta que os dados ainda são muito recentes para se pressupor que 2013 será um ano de crescimento ou de estagnação.

“É preciso esperar para ver se os dados que apontam crescimento refletem a realidade econômica do país, pois caso realmente cresça, poderão ter lutas em busca de maiores salários e benefícios, caso haja recuo, a preocupação será lutar para proteger o que já foi conquistado”, avaliou.

“O fato é que, com PIB pequeno, médio ou grande, o lucro das grandes empresas tem sido imenso em nosso país, enquanto os salários e condições de vida e trabalho da população trabalhadora continuam muito ruins”, acrescentou Puerro.

Portanto, 2013 , com qualquer cenário, será ano de muitas e importantes lutas, tanto para defender salários, empregos e direitos, quanto para buscar avançar nas pequenas conquistas. A isso tudo devem se somar a luta por moradia e demais reivindicações da classe trabalhadora na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade socialista.


Com informações da Folha do Estado de São Paulo e do Banco Central

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