31 dezembro 2012

Análise: Oriente Médio está sujeito a forte abalo em 2013.


*DAVID GARDNER DO "FINANCIAL TIMES"
Nos últimos dois anos, desfez-se a ideia de que o mundo árabe estava seguro nas mãos de tiranos maleáveis -uma preguiçosa equação de autocracia com estabilidade que ignorava as muitas maneiras pelas quais o despotismo nos países árabes resultava em uma espécie de linha de montagem de islamitas.
Ainda assim, no início do terceiro ano dos confusos desdobramentos da Primavera Árabe, a região se aproxima de quatro situações de grande potencial sísmico.
A revolução na Síria e a iminente queda da dinastia dos Assad, o perigoso impasse em relação ao Irã, a sucessão na casa real da Arábia Saudita e a morte -prestes a acontecer- da solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino testarão os nervos e a habilidade dos formuladores de políticas.
Ainda que os EUA desejem se voltar para a Ásia, e a Europa se volte para dentro, o Oriente Médio não oferecerá nenhum descanso aos atores internacionais ou regionais.
A invasão anglo-americana do Iraque reacendeu o histórico confronto de sunitas e xiitas. Síria e Líbano são hoje os principais fronts da disputa. A minoria alauita de Bashar Assad é a representante do xiismo em torno do qual Irã e Hizbollah se reuniram.
Na prática, a decisão do Ocidente de permanecer longe das tentativas da maioria sunita síria de se libertar de Assad deixa o fornecimento de ajuda e armas aos rebeldes nas mãos das monarquias do golfo Pérsico, lideradas por Arábia Saudita e Qatar.
Na Líbia, os EUA escolheram "liderar dos bastidores". Na Síria, os americanos e seus aliados europeus decidiram "subcontratar" os supremacistas sunitas da região.
A consequência foi tornar o país um ímã para jihadistas (extremistas islâmicos) e fortalecer dentro da Síria a influência dos islamitas radicais.
A queda de Assad privará o Irã de seu maior aliado árabe. Isso pode encorajar Israel, sob o comando de um virtualmente reeleito Binyamin Netanyahu, a atacar as instalações nucleares iranianas.
Se Barack Obama quiser evitar ser arrastado a um conflito com o Irã, ele e seus aliados precisarão negociar metas realistas. Teerã tem de ser autorizada a enriquecer urânio em níveis baixos, sob estrita supervisão internacional e com o claro entendimento de que qualquer tentativa de desenvolver armas nucleares será cruzar a linha vermelha.
Se Israel continuar com a política de que a "linha vermelha" é não enriquecer urânio nenhum, a guerra parece inevitável. Isso permitirá a Teerã encurralar ainda mais seus cidadãos, consolidar bases no Iraque e no Líbano e se reafirmar no Oriente Médio.
Além disso, nada agradaria mais aos mulás do que reemergir como vanguarda da resistência contra grandes e pequenos Satãs e líderes dos xiitas contra os sunitas.
Na Arábia Saudita, a casa real vive crise sucessória. Dois príncipes morreram em pouco mais de um ano, e as cautelosas reformas do idoso e enfermo rei Abdullah evaporaram ante as revoltas na região e a assertividade do Irã.
A família real, ao mesmo tempo em que subsidia tudo -de moradia barata ao perdão de dívidas-, reprime a oposição e reforça o establishment religioso, sectário e contrário a reformas.
Por fim, Israel está perto de um ponto sem volta na relação com a Palestina. Os planos recentes de Netanyahu para expandir assentamentos em território ocupado matam por completo a ideia de um Estado palestino viável -os palestinos acabarão agrupados em bantustões.
É o tipo de situação que só pode levar à luta contra o "apartheid" e à provável reunificação dos palestinos, manchando o nome de Israel e colocando em questão o legítimo direito dos judeus a um Estado na Terra Santa.
Não há bússola infalível para esse campo minado. Mas hesitação sobre a Síria, ambiguidade estratégica em relação ao Irã e alinhamento automático a sauditas e israelenses não são o caminho.

30 dezembro 2012

Eu quero Tchu!


Eu quero tchu

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Tunísia: “Eu quero ter direitos!”
Egito: “Eu quero democracia!”
Líbia: “Eu quero liberdade!”
Brasil: “Eu quero tchu…!”
Enviado por um comentarista, postado no “Anime suas mensagens

23 dezembro 2012

Entrega de cestas básicas!

 Como todo ano faço, antecedendo ao Natal, entrego cesta básica a pessoas carentes.
Sei que não resolve o problema, mas ameniza para essa pessoas que estão à margem
do sistema capitalista. E a única forma de mudarmos essa realidade é a transformação
para uma sociedade socialista, onde não haverá excluídos e muito menos discriminação
para com as pessoas. 

Momentos da entrega de uma cesta a um trabalhador avulso, na Cidade Nova IX.

22 dezembro 2012


AEBA se confraterniza com os associados.

Belém, 21/12/2012 13h07

A  AEBA recebeu na manhã de hoje seus associados para um café da manhã em comemoração às festas de fim de ano. Com o oferecimento da Associação também houve comemorações nas regionais. Em Brasília os associados se reuniram ontem durante um almoço, hoje em Altamira e no Maranhão houve também café da manhã para os associados. Já no Mato Grosso e em Rondônia todos se reunirão hoje durante um almoço. Desde já a AEBA agradece aos seus Diretores Regionais pela parceria na realização dos eventos. Na foto, momentos de confraternização entre os diretores Marlon George, Diretor Financeiro da AEBA, Neynaldo da GESUP e um colega da matriz. 

15 dezembro 2012

Chapa da CSP-Conlutas vence novamente eleição entre os trabalhadores da educação de Belo Horizonte!


 

O Sind-REDE é um sindicato importante na capital mineira, protagonista de muitas lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores em educação e da educação pública, um sindicato que enfrenta a política dos governos de plantão na prefeitura e os denuncia à população, uma ferramenta importante na busca da unidade dos trabalhadores da cidade. O Sindicato é filiado à CSP Conlutas.

A eleição desse ano teve uma novidade. Mesmo sendo eleições com proporcionalidade, em que todas as chapas podem compor a direção do Sindicato, formou-se uma única chapa de oposição, que aglutinou desde os militantes do PT e PCdoB que estavam na prefeitura de BH até bem pouco tempo, até os militantes da corrente Travessia, identificados com o PSOL.

Uma aliança, no mínimo, esquisita, pois o PT e o PCdoB governaram BH por vinte anos, saindo somente agora, em que a aliança com o PSDB foi desfeita. Foram anos marcados por um enfrentamento constante com os trabalhadores da educação e seu sindicato.

O mais lamentável é que a campanha foi dirigida pelos quadros do PSOL que compuseram a aliança e o centro da campanha foi caluniar a direção do Sindicato e atacar a militância do PSTU, que participa do Coletivo “Fortalecer o Sind-REDE” e reivindica a CSP Conlutas.

O resultado obtido pela CHAPA 2 – a Chapa do Sindicato/CSP Conlutas – é muito expressivo. Foram 56% dos votos válidos (1513 votos) contra 1.188 dados ao blocão governista. Para o Conselho Fiscal e de Ética, a vitória foi ainda mais expressiva. Assim, a CSP Conlutas terá 14 diretores efetivos e 3 suplentes na nova gestão enquanto o bloco PT/PCdoB/PSOL terá apenas 10 efetivos e 3 suplentes.

Com essa composição, o Sind-REDE BH seguirá independente dos governos e firme na defesa dos trabalhadores em educação.

Na eleição passada, derrotados nas urnas, os setores que hoje se uniram na chapa de oposição, se negaram a compor a direção do Sindicato, desrespeitando a vontade de seus próprios eleitores. Não sabemos qual será a postura desses setores agora, em que a categoria refirmou o apoio à diretoria do Sindicato e ainda ampliou a presença da CSP Conlutas na diretoria, dizendo um sonoro não aos defensores das políticas do PT no governo municipal e aos seus aliados de última hora.

A Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas acompanhou de perto as eleições, com as presenças de Joaninha Oliveira (Santa Catarina) e Mário Sérgio (Rio de Janeiro) apoiando a Chapa 2, além da companheira Conceição Oliveira, membro da categoria e também da SEN.

Parabéns aos trabalhadores em educação da rede municipal de ensino de BH!

CSP CONLUTAS também avança na eleição do sindicato estadual

Já na eleição do Sind-UTE (sindicato estadual dos trabalhadores em educação) de Minas Gerais, o Movimento Educação em Luta/CSP-Conlutas teve um importante avanço na sua implantação.

O MEL venceu a eleição de sub-sedes importantes, como Juiz de Fora, Barreiro (BH), Patrocínio, Monte Carmelo e Barbacena. Vai compor ainda as diretorias de outras sub-sedes muito importantes, como Contagem e Uberlândia.

O MEL fez um chamado à unidade de todos os setores de oposição ao governo Anastaisa/PSDB numa única chapa, como forma de fazer o enfrentamento ao governo e sua política de ataques aos diretios dos trabalhadores.

No Sind-UTE não tem a proporcionalidade nas eleições e os enfrentamentos com o governo tem sido muito duros. Em 2011 a categoria realizou uma greve de 110 dias, duramente reprimida pelo governo e que levou o Sindicato a assumir uma postura de enfrentamento e unidade na condução da luta, diferenciando-se das políticas da CUT e da CNTE na maior parte do país.

Apesar de não ter sido composta uma chapa unitária para a direção geral, os militantes da CSP Conlutas buscaram fortalecer ao máximo as sub-sedes, tendo em vista que os outros setores que se reivindicam oposição (setores da intersindical e CTB) estão muito fragilizados em sua atuação. Com isso o setor da CSP Conlutas avançou bastante em sua presença na direção da entidade. Boa sorte aos companheiros nas novas tarefas.

05 dezembro 2012

A traição do PT!


Dizia um velho e caro amigo que a corrupção é igual à graxa das engrenagens: nas doses medidas põe o engenho a funcionar, quando é demais o emperra de vez. Falava com algum cinismo e muita ironia. Está claro que a corrupção é inaceitável in limine, mas, em matéria, no Brasil passamos da conta.
Permito-me outra comparação. A corrupção à brasileira é como o solo de Roma: basta cavar um pouco e descobrimos ruínas. No caso de Roma, antigos, gloriosos testemunhos de uma grande civilização. Infelizmente, o terreno da política nativa esconde outro gênero de ruínas, mostra as entranhas de uma forma de patrimonialismo elevado à enésima potência.
Constatação. Apresentamos o verdadeiro relator da CPI do Cachoeira. Foto: Monique Renne/ D.A Press
A deliberada confusão entre público e privado vem de longe na terra da casa-grande e da senzala e é doloroso verificar que, se o País cresce, o equívoco fatal se acentua. A corrupção cresce com ele. Mais doloroso ainda é que as provas da contaminação até os escalões inferiores da administração governamental confirmem o triste destino do PT. No poder, porta-se como os demais, nos quais a mazela é implacável tradição.
Assisti ao nascimento do Partido dos Trabalhadores ainda à sombra da ditadura. Vinha de uma ideia de Luiz Inácio da Silva, dito Lula, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo até ser alvejado por uma chamada lei de segurança nacional. A segurança da casa-grande, obviamente.
Era o PT uma agremiação de nítida ideo­logia esquerdista. O tempo sugeriu retoques à plataforma inicial e a perspectiva do poder, enfim ao alcance, propôs cautelas e resguardos plausíveis. Mantinha-se, porém, a lisura dos comportamentos, a limpidez das ações. E isso tudo configurava um partido autêntico, ao contrário dos nossos habituais clubes recreativos.
O PT atual perdeu a linha, no sentido mais amplo. Demoliu seu passado honrado. Abandonou-se ao vírus da corrupção, agora a corroê-lo como se dá, desde sempre com absoluta naturalidade, com aqueles que partidos nunca foram. Seu maior líder, ao se tornar simplesmente Lula, fez um bom governo, e com justiça ganhou a condição de presidente mais popular da história do Brasil. Dilma segue-lhe os passos, com personalidade e firmeza.CartaCapital apoia a presidenta, bem como apoiou Lula. Entende, no entanto, que uma intervenção profunda e enérgica se faça necessária PT adentro.
Tempo perdido deitar esperança em relação a alguma mudança positiva em relação ao principal aliado da base governista, o PMDB de Michel Temer e José Sarney. E mesmo ao PDT de Miro Teixeira, o homem da Globo, a qual sempre há de ter um representante no governo, ou nas cercanias. Quanto ao PT, seria preciso recuperar a fé e os ideais perdidos.
Cabe dizer aqui que nunca me filiei ao PT como, de resto, a partido algum. Outro excelente amigo me define como anarcossocialista. De minha parte, considero-me combatente da igualdade, influenciado pelas lições de Antonio Gramsci, donde “meu ceticismo na inteligência e meu otimismo na ação”. Na minha visão, um partido de esquerda adequado ao presente, nosso e do mundo, seria de infinda serventia para este País, e não ouso afirmar social-democrático para que não pensem tucano.
O PT não é o que prometia ser. Foi envolvido antes por oportunistas audaciosos, depois por incompetentes covardes. Neste exato instante a exibição de velhacaria proporcionada pelo relator da CPI do Cachoeira, o deputado petista Odair Cunha, é algo magistral no seu gênero. Leiam nesta edição como se deu que ele entregasse a alma ao demônio da pusilanimidade. Ou ele não acredita mesmo no que faz, ou deveria fazer?
Há heróis indiscutíveis na trajetória da esquerda brasileira, poucos, a bem da sacrossanta verdade factual. No mais, há inúmeros fanfarrões exibicionistas, arrivistas hipócritas e radical-chiques enfatuados. Nem todos pareceram assim de saída, alguns enganaram crédulos e nem tanto. Na hora azada, mostraram a que vieram. E se prestaram a figurar no deprimente espetáculo que o PT proporciona hoje, igualado aos herdeiros traidores do partido do doutor Ulysses, ou do partido do engenheiro Leonel Brizola, ­obrigados, certamente, a não descansar em paz.
Seria preciso pôr ordem nesta orgia, como recomendaria o Marquês de Sade, sem descurar do fato que algo de sadomasoquista vibra no espetáculo. Não basta mandar para casa este ou aquele funcionário subalterno. Outros hão de ser o rigor, a determinação, a severidade. Para deixar, inclusive, de oferecer de graça munição tão preciosa aos predadores da casa-grande.
Fonte: carta capital

28 novembro 2012

Seminário Saúde do Trabalhador do Banco da Amazônia!

Ocorreu hoje a tarde no auditório Rio Amazonas do Banco da Amazônia, 
o Seminário Saúde do Trabalhador do Banco da Amazônia. 
O evento deliberado no 4º Congresso dos Empregados do Banco da 
Amazônia e realizado pela Contraf-CUT, a Fetec-Cn  e o SEEB-Pa. 
Participaram como convidadas a AEBA, AABA e a CONTEC. 
O seminário teve como objetivo oferecer um espaço de debate sobre 
a saúde dos trabalhadores do banco. Para Marlon George, Diretor 
Financeiro da AEBA e que esteve representando a entidade no evento
 " Sabemos das dificuldades que os bancários do banco estão passando 
para manter o plano de saúde - PLANCASF como associado, 
visto que o valor da mensalidade é muito alto e onera demais os 
colegas, fazendo com que migram para outro plano mais em conta. 
Isso é fruto do descaso da diretoria do banco que não fez o reajuste 
necessário desde 2009 no reembolso saúde-BASA, além de que
tenha deixado de patrocinar o plano, como fazem os BB, Caixa e o 
BNB, bancos públicos que tem o mesmo patrão: o Governo Federal(PT)".
Mesa de abertura: Dr. Agildo(AABA), Marlon(AEBA), Serginho(FETEC-CN), Miguel(CONTRAF-CUT)  
e Silvio Kanner(CONTEC)

27 novembro 2012

TODA SOLIDARIEDADE À KATIA FURTADO.


QUEREM PRENDER KÁTIA FURTADO PARA CALAR SUA VOZ!

"Não conheço a palavra medo! Não legitimo injustiça e covardia! Sou da luta pela democracia, pelos direitos dos trabalhadores! Sou da luta e sempre serei!" Kátia Furtado.

*

No dia 22 de janeiro de 2010 deu início uma injusta ação judicial, com claro fundo político e propósito de retaliação, contra a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado. Querem prendê-la para calar sua voz de luta em defesa da categoria. Leia a matéria abaixo e saiba tudo sobre esse absurdo.

O GOLPE QUE APUNHALOU A VONTADE DA MAIORIA NA ELEIÇÃO PARA O CONSAD EM 2010.
Em 22 de janeiro de 2010 a comissão eleitoral que coordenava a então eleição para representante dos funcionários no Conselho de Administração do Banpará decidiu, pasmem, 10 minutos antes do término da eleição, anular todo o processo eleitoral, falsamente alegando "obtenção e divulgação de parciais sobre os votos antes de encerrada a votação". Uma grande mentira jamais comprovada no Banpará.
Clicando nos links abaixo, você confere nossas postagens sobre o que ocorreu, de fato:

ANULARAM A ELEIÇÃO - O GOLPE

CARTA DENÚNCIA ASSINADA POR CARLOS ANTÔNIO E KÁTIA FURTADO

A ELEIÇÃO FOI LIMPA E TRANQUILA - NÃO HAVIA MOTIVO PARA ANULAÇÃO

BLOG ESPAÇO ABERTO DENUNCIOU O GOLPE DA ANULAÇÃO

BLOG DO BARATA TAMBÉM DENUNCIOU O GOLPE DA ANULAÇÃO

JORNAL O LIBERAL TAMBÉM REGISTROU O GOLPE

ENTREVISTA COM KÁTIA FURTADO SOBRE O TEMA NO BLOG DO BARATA

Tratou-se de um golpe, um claro abuso de poder. De um poder autoritário, vil e mesquinho, que queria, de qualquer forma, contrariar a vontade da maioria dos bancários e impor uma candidata, quando, pela força da campanha e comentários dos próprios bancários, nas unidades, a clara preferência da maioria era o candidato Carlos Antônio. Havia dois candidatos: Érica Fabíola, diretora do Sindicato; e Carlos Antônio, apoiado pela AFBEPA e pela maioria dos funcionários.
Provavelmente percebendo a perda eleitoral, que seria acachapante, a então assessora jurídica do Sindicato dos Bancários, escolhida a dedo para ser a presidente da comissão eleitoral, decidiu por anular, não apenas a eleição, falsamente colocada sob suspeição, mas todo o processo eleitoral. Uma vergonha para a tão frágil e violentada democracia sindical!
Quando, minutos antes de encerrar a votação a outra candidata, circulando pelas unidades do Banco, já antecipava que seria anulado o pleito, e a comissão eleitoral publicou a anulação no site do Sindicato, a Presidenta da AFBEPA, o candidato Carlos Antônio e outros bancários e bancárias, naturalmente, se dirigiram ao Sindicato para cobrar explicações e recorrer da injusta e ilegal decisão.
A presidente da comissão se negou a recebê-los, pois já estava se retirando do Sindicato, sem dar ao menos a oportunidade do recurso e sem cumprir com sua obrigação de dialogar com o candidato. Consciente do absurdo que havia cometido, tentou fugir de suas responsabilidades enquanto presidente da comissão eleitoral.
Naquele momento, na recepção do Sindicato, houve uma cobrança por parte de todos os bancários para que a presidente da comissão eleitoral explicasse a decisão. Ela, se negando, começou a retrucar e, em visível desrespeito aos bancários, alguns diretores do Sindicato começaram a partir para a violência verbal. Foi um momento de grande impotência para os que defendiam a democracia, a vontade da maioria que foi apunhalada com aquela absurda anulação.
A AÇÃO JUDICIAL CONTRA KÁTIA: A PENA PODE SER A DETENÇÃO DE 3 ANOS.
Eis que alguns dias depois, a então advogada do Sindicato dos Bancários, e então presidente daquela comissão eleitoral, a mesma que anulou, sem motivo legal algum, a eleição para representante do Consad, apresentou denúncia, que corre em segredo de justiça, contra a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado. Vejam só: ela comete a injustiça, foge à responsabilidade e ainda denuncia quem contraria sua injusta decisão!
Durante esses dois anos em que a ação esteve tramitando no Juizado Especial de Pequenas Causas a advogada e ex-assessora jurídica do Sindicato jamais compareceu às sessões que sempre foram adiadas. Após todo esse tempo, a Juíza julgou incompetência daquele Juízo por entender que a soma das penalidades a serem imputadas à Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, ultrapassam três anos de detenção. Assim sendo, a Juíza encaminhou a ação para a Justiça Comum.
Resumo da história: por lutar pela democracia e pela lisura de um processo eleitoral, por lutar pelo respeito à vontade da maioria dos bancários e bancárias, a Presidenta da AFBEPA pode ser presa pela antidemocrática decisão da ex-advogada do Sindicato dos Bancários.
Pedimos a todos os bancários e bancárias do Banpará que lembram desse episódio recente, que tem na memória os fatos que envolveram aquela eleição anulada e tudo o que se deu antes, durante e depois da anulação, entrem em contato com a AFBEPA para que possamos juntar e robustecer todas as provas que mostrem a gravidade e a verdade do que ocorreu naquele momento. Vamos mostrar, novamente, quem cometeu a injustiça.
"Jamais me negarei a lutar e denunciar as injustiças e mentiras! Não haverá retaliação política que me faça calar no que tem sido a minha vida: a justa defesa dos direitos, interesses e conquistas da categoria! Abaixo o autoritarismo e o atrelamento! Viva a democracia, a liberdade, a independência e a coragem, sempre!"Afirma, emocionada, Kátia Furtado.

Fonte: blog da afbepa


26 novembro 2012

PRESIDENTE 'MAIS POBRE DO MUNDO' DIRIGE UM FUSCA E DOA 90% DO SALÁRIO!


José Mujica, presidente do Uruguai, com seu fusca 87 (Foto: Reprodução)


Aos 77 anos, o uruguaio José Mujica, presidente do Uruguai, é um ex-guerrilheiro tupamaro que passou 14 anos preso, a maioria durante a ditadura uruguaia (1973-1985). Ele vive em uma pequena chácara nos arredores de Montevidéu junto com sua esposa, a senadora Lucía Topolansky. Ali cultiva flores e hortaliças que vende nos mercados locais.
Quando não está realizando trabalhos oficiais, o chefe de Estado faz questão de dirigir o seu próprio carro, um fusca azul, de 1987, avaliado em pouco mais de US$ 1.000. Mujica dispensa empregados. Faz suas próprias compras no bairro onde vive e frequentemente é visto em restaurantes populares com seus colaboradores no entorno da sede do Governo, no centro de da capital uruguaia.
Seu salário, de US$ 12,5 mil mensais, não fica todo com ele. O presidente uruguaio fica com US$ 1.250 e doa 90% para a construção de casas populares. Segundo sua última declaração de renda, de abril passado, seu patrimônio e o de sua esposa somam cerca de US$ 212 mil. Eles possuem três terrenos, três tratores e dois carros de 1987."Se tenho poucas coisas, preciso de pouco para sustentá-las", disse recentemente em uma à BBC.
Por conta dessa vida frugal, Mujica é considerado 'o presidente mais pobre do mundo'. E agora é inspiração para um novo perfume. Martín Sastre pretende criar uma fragância com as flores que Mujica cultiva em sua chácara. Segundo o artista, as flores do presidente uruguaio guardam "a essência do autêntico luxo".
A ideia ainda não recebeu o sinal verde do presidente. Mas já tem até nome, "U from Uruguay", e anúncio publicitário. Sastre, artista audiovisual e diretor de cinema nascido em Montevidéu em 1976 e que mora em Madri, disse reconhecer Mujica como "ícone global por causa de sua filosofia de vida", por isso a intenção de criar o perfume.
Se o projeto for concretizado, a fragrância de "Pepe" (como o presidente é popularmente conhecido) seria vendida através de fundações públicas para arrecadar dinheiro e criar um fundo de fomento da produção artística.

Lula diz que foi traído, de novo…



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Foi o ex-presidente Lula quem nomeou e manteve Rosemary Noronha na chefia do gabinete da Presidência em São Paulo, assim como insistiu, mesmo diante da reserva do Senado, com a aprovação dos nomes dos irmãos Paulo Vieira e Rubens Vieira para a direção da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), respectivamente.
Os três foram indiciados pela PF na “Operação Porto Seguro”, que aponta Paulo Vieira como chefe da quadrilha que cooptava servidores com o objetivo de obter vantagens para empresários junto a órgãos federais. A presidente Dilma Rousseff exonerou os três na sex-feira.
> Apunhalado pelas costas
Ao chegar, sábado (23), de uma viagem à Índia, ao ser abordado sobre o assunto, Lula recorreu à desculpa que funcionou no caso do mensalão: foi traído.
Eu me senti apunhalado pelas costas. Tenho muito orgulho do escritório da Presidência, onde eram feitos encontros com empresários para projetos de interesse do país.”.
Já estou me convencendo de que Lula foi o presidente mais traído da história do Brasil.

24 novembro 2012

Cometa Harley: Juventude do PT/Ananin protocola pedido de expulsão.


Com os discursos políticos inflamados em defesa do governo federal e  o bom relacionamento em forma de parceria que este vinha realizando com a prefeitura municipal, muito dos candidatos a vereadores atiraram em várias direções com o objetivo de atingir o eleitorado; umas das estratégia era a comparação com os governos Lula e Dilma, com o crescimento econômico e a saída de milhares da renda demiséria. O diretório  municipal do PT não fugiu das táticas nacional, esteve fiel a cartilha; várias vezes desacordando com os passos a ser seguido no sentido das alianças, mas manteve-se leal a hierarquia maior: As assembleias; onde, os companheiros decidem os rumos que o partido deve tomar. Por ventura alguns filiados, candidatos e forças ocultas não se deram por convencidos e na calada da noite tramavam a derrocada da democracia petista. 
Recentemente a Juventude do PT Ananindeua pediu a expulsão do COMETA HARLEY, sindicalista e candidato a vereador - 2012 pelo partido dos Trabalhadores. Segundo o ofício protocolado: Ele teria incompatibilidade ideológica, praticas de dupla militância e falta de ética partidária que o teria desviado das virtudes e dos princípios socialistas. 
Este várias vezes foi acusado de ter feito campanha para  o candidato a prefeito do PSDB, Pioneiro; infringindo a resolução partidária, que aprovou o nome de Luís Freitas para prefeito. O processo agora vai para comissão de Ética que irá examinar as provas e os argumentos.
A juventude enfrentará uma grande batalha pela frente, embora sua armas sejam rusticas; seus anseios, força e unidade os levarão as trincheiras. Resistindo e lutando com a formação engatilhada nas mãos e na cabeça, vamos a guerra; acreditando que outro mundo é possível. Assim, justificamos nossa labuta.
Como herdeiros dos conceitos, da ética e da moral à qual o partido tem origem; revindicamos nossos espaços, nossos direito e nosso dever de nortear  a luta do povo, para o povo e pelo povo. Permitindo defender-los das garras dos abutres que os cercam.
Trabalhadores, uni-vós. Nosso grito é nossa vez e nossa voz por justiça e liberdade.  
"Não pode seguir a dois senhores, se é quente ou se é frio. Se tiver morno eu te vomitarei..."
"Ser socialista não é só ter em mente... Mas em seu coração. É liberta-se, é praticar, é compreender e ensinar." Lúcius Akay
"Nossas ideias permaneceram alertas, esperando o dia que se levantaram contra as arbitrariedades e os preconceitos. Nossas ideias evoluem e com elas, nosso caráter" Lúcius Akay

SECRETARIADOS E ADJUNTOS DA JPT ANANI

Luan Alvez - secretario da JPT ANANIN

Monique Avila - secretaria adjunta da JPT ANANIN
Márcia Nascimento - Secretária de comunicação da JPT ANANIN
Gilvandro Santos - 

FONTE: Resistencia & Luta
 FONTE: Resistencia & luta
Obs.: Esse nunca me enganou como um verdadeiro oportunista.

Vejam o documento e as provas:





12 novembro 2012

SEMINÁRIO DEBATE SOBRE PONTO ELETRÔNICO E 7ª E 8ª HORA NA AEBA.



Cerca de quarenta bancários e bancárias participaram, no último sábado, 10, do Seminário sobre Ponto Eletrônico e 7ª e 8ª horas extras promovido pela AFBEPA em parceria com a AEBA.

O Seminário iniciou-se as 8h30 e se estendeu até depois de 13h30, tamanha a qualidade dos palestrantes e a vontade dos bancários presentes em debater os temas relacionados à jornada de trabalho.

A mesa de abertura foi composta pela AFBEPA, AEBA, Sindicato e Fetec. A presidente do Sindicato e a representante da Fetec justificaram suas rápidas retiradas do Seminário, em virtude de atividades previamente agendadas.


Logo após a abertura foi composta a mesa sobre Ponto Eletrônico com as presenças da AFBEPA, da área técnica do Banpará que está cuidando da implantação do REP, e da advogada da AEBA. Ficou bastante clara a necessidade de que as entidades e o próprio funcionalismo se mobilizem cada vez mais, pautando, cobrando e fiscalizando a implantação do REP, bem como intervindo diretamente para garantir a aplicação da Lei quanto ao controle da jornada de trabalho, porque os Bancos querem e forçam o trabalho gratuito e cabe a quem está sendo explorado lutar, denunciar, cobrar, fiscalizar e controlar sua jornada, sempre contando com o apoio imediato das entidades.

Sobre o Ponto Eletrônico, ressaltamos que ao início do ano teremos um debate específico sobre o tema, que dessa vez contará a participação da SRTE que não pôde garantir presença no sábado, mas já se comprometeu com a AFBEPA em realizar atividade conjunta em janeiro de 2013.

Juíza da 7ª Vara, Dra. Maria de Nazaré, contribuindo enormemente com nossa luta esclarecendo a Lei para os bancários e bancárias.

Logo após o debate do Ponto Eletrônico, iniciou-se a palestra da Exma. Sra. Juíza da Sétima Vara do Trabalho – TRT 8ª Região, Dra. Maria de Nazaré Medeiros Rocha, cuja intervenção foi plena de esclarecimentos aos bancários e bancárias presentes, assim como foi de extrema importância a contribuição do Dr. Márcio Tuma (na foto, falando), ex-bancário da Caixa, advogado que tem ganho várias causas de sétima e oitava horas para bancários.

Dentre as questões firmemente abordadas pela Juíza, e colocadas pelo advogado, ficou muito claro para todos que:

1)      A jornada de bancário é de 6h. Exceções à regra são consideradas apenas nos casos em que há, efetivamente, uma caracterização do cargo de confiança. Entenda-se por cargo de confiança, não aquele que é apenas comissionado, ou gestor de unidade, ou mesmo preposto do Banco, mas que não tem poder de decisão sobre as questões principais na empresa. Cargos de confiança são muito poucos, são apenas aqueles que mandam ou que tem o poder de influenciar e mudar as grandes decisões da empresa. Fora esses, os demais são bancários e devem trabalhar a jornada de 6h, tendo direito, portanto, às 7ª e 8ª horas extraordinárias.

2)      As associações também podem ingressar com ações coletivaspleiteando garantias de direitos e, nesse sentido, esta AFBEPA já está se organizando para atender a seus associados e aqueles que desejem se associar. Nossa reunião com o Dr. Márcio Tuma está agendada para essa semana. Procurem a AFBEPA, associem-se.

3)      Tanto a Juíza quanto o advogado foram enfáticos em contextualizar todo o debate sobre jornada de trabalho no âmbito da opressão do sistema capitalista, comparado pela Dra. Maria de Nazaré, a um vírus que tem a capacidade de se auto-reproduzir e de se recompor a cada ataque, a cada crise sistêmica. Desse modo, sua fala foi muito bem pautada no sentido de que precisamos compreender o mundo em que vivemos, a complexidade das relações de classe, que são relações de exploração, relações desiguais, onde há, de um lado dominante, quem tem o poder do mando a partir da posse dos meios de produção, e de outro lado, quem é subjugado pela exploração da força de trabalho.

4)      Aos trabalhadores cabe abrir as brechas, forçar as mudanças, inclusive nas Leis, para que a realidade seja menos opressora e desigual e para que, um dia, a partir da luta dos trabalhadores, e dadas as condições objetivas e subjetivas, haja uma transformação radical desse modo de produção. Foi muito enfática a Dra. Maria de Nazaré quando afirmou a profunda necessidade de apropriação do conhecimento por parte das classes trabalhadoras. A necessidade de estudar, debater, avançar na compreensão e formulação de propostas que confrontem os interesses do capital. Estudo, ação política e ação jurídica, essa a tríade afirmada pela Juíza, como o caminho para as lutas nesse mundo globalizado e tecnologicamente desenvolvido.

Outros pontos do mesmo tema, jornada de trabalho, foram debatidos e aprofundados, apesar do limite de tempo, mas de forma brilhante pela Juíza Dra. Maria de Nazaré, e pelo advogado Dr. Márcio Tuma, tanto que o debate se estendeu até as 13h30 e a vontade de todos era que pudéssemos continuar ali, aprendendo juntos, compartilhando aqueles momentos de apreensão e construção do conhecimento coletivo, tão fundamental em nossas lutas por qualidade de vida e de trabalho e por uma justiça que faça a Justiça.

Não faltarão oportunidades outras para que a AFBEPA traga novos temas, novos debates e esses e outros palestrantes para contribuir com nossas legítimas causas.

NOSSA GRATIDÃO
Agradecemos imensamente à Exma. Sra. Juíza, Dra. Maria de Nazaré Medeiros Rocha por sua brilhante palestra que muito contribuiu com nossa luta; agradecemos ao Dr. Márcio Tuma, àDra. Jocelene Pacheco; agradecemos muito à nossa colegaMicheline, do Banpará, agradecemos às presenças da presidente do Sindicato, Rosalina Amorim e da representante da Fetec, Vera Paoloni na abertura, agradecemos à AEBA, que somou para a realização desse Seminário, idealizado pela AFBEPA. Agradecemos a todos os funcionários das Associações que nos ajudaram a realizar o Seminário, e agradecemos, principalmente, a cada bancário e bancária que se fez presente, doando uma manhã de seu sábado para uma causa que é de todos e todas nós.

06 novembro 2012

Índios Guarani Kaiowá conseguem derrubar ordem de desapropriação, mas é preciso fortalecer a campanha pela demarcação já!


O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, anunciou nesta terça-feira em Brasília, em reunião com membros da etnia Guarani Kaiowá, na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, a nova decisão sobre a liminar de desapropriação levou a tribo de indígenas anunciar que resistiriam até a morte.

Emitida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS), a decisão cassa a liminar (decisão provisória) de um juiz federal de Naviraí (MS) que determinava a desocupação pelos índios de área na Fazenda Cambará, em Iguatemi, a 466 km de Campo Grande.

O ministro informou ainda que já foi determinado o envio de reforço da Polícia Federal e da Força Nacional para evitar que mais violência entre os indígenas e os produtores rurais da região. “Estamos enviando um reforço de pessoas e viaturas da Força Nacional. A Polícia Federal também vai reforçar policiamento na área”, disse.

Pela nova decisão, os índios devem permanecer no local até que sejam finalizados os procedimentos administrativos de demarcação das terras. Eles não poderão impedir a circulação de pessoas no local nem ampliar a terra hoje ocupada, de 1 hectare de terra. Também não poderão desmatar áreas verdes nem caçar os animais da fazenda.

Essa decisão que garante a permanência dos Guarani-Kaiowá no território que atualmente ocupam é uma primeira vitória nesta luta, mas ainda é parcial.

Em primeiro lugar, a decisão só foi tomada porque está havendo uma pressão popular nacional em defesa dos índios depois que a carta assinada por seus líderes afirmava que eles preferiam morrer e ser enterrados em suas terras do que sair de lá. As penúrias pelas quais estavam passando vieram à tona causando quase comoção nas redes sociais. Há ainda articulações em diversas cidades para a realização de manifestações. Mas, antes disso o governo federal não havia se manifestado em favor dos indígenas.

Por este motivo é necessário deixar claro que a pressão deve continuar até a efetiva demarcação de terras para que os índios não sejam confinados num quadrado, garantido assim o latifúndio dos fazendeiros locais. Sem a demarcação e homologação das terras, os guarani-kaiowá continuarão vivendo na penúria a que estamos assistindo e sendo ameaçados e assassinados por pistoleiros, exatamente como vem acontecendo agora.

Em segundo lugar, o que prova a necessidade desta luta continuar é que, apesar de positiva está primeira iniciativa do governo, o texto da desembargadora federal Cecília Mello é lamentável, pois coloca o drama dos índios que morrem de fome, assassinados e abandonados no mesmo patamar do drama dos latifundiários que mandam matar as tribos que habitam a região. O texto: “o caso dos autos reflete, de um lado, o drama dos índios integrantes da Comunidade Indígena Pyelito Kue [...]. E, de outro lado, o drama não menos significativo daqueles que hoje ocupam terras supostamente indígenas que, na maioria das vezes, adquiriram a propriedade ou foram imitidos na posse de forma lícita e lá se estabeleceram.”

Além disso, é importante lembrar que esse é um caso que virou notícia, mas há muitos tribos indígenas passando pela mesma penúria sem ver suas terras demarcadas e vivendo sob as pistolas dos fazendeiros. 

29 outubro 2012

O que é Revolução?

Imagine o fim do mundo. Em sua cabeça agora pipocam cenas do filme “Armagedon”, “2012” ou versículos do Apocalipse. Meteoros, terremotos, guerras e pragas acabam em pouco tempo com tudo o que o homem e a natureza construíram ao longo dos séculos. A vida se extingue na Terra e o planeta gira frio e silencioso no espaço infinito. Imaginou?

Agora imagine o fim do capitalismo. Mais difícil? Nenhuma cena lhe vem à mente? Nenhuma hipótese? Normal. Para a maioria das pessoas é mais fácil imaginar o fim de um planeta inteiro, do que o fim de um sistema social. É como se achássemos que o futebol pode acabar um dia, mas o nosso time favorito – nunca! Como se vê, não faz muito sentido.

A verdade é que o colapso dos sistemas sociais é um fato relativamente comum na história da humanidade e muito mais provável do que a invasão da Terra por alienígenas ou a existência do Godzila. Quando a crise aguda de um sistema social se combina com uma enorme elevação da atividade política das massas, que passam a intervir diretamente no rumo dos eventos históricos, estamos diante de uma revolução social.

As revoluções ocorrem porque as classes sociais não se aposentam. A burguesia não pode ser pacificamente convencida a ceder o seu lugar de classe dominante aos trabalhadores. Também não pode ser expulsa lentamente do poder com a eleição de cada vez mais e mais operários aos cargos públicos. Ela só deixará a cena histórica à força. Dessa maneira, a revolução não é “uma das vias possíveis” para o socialismo. É a única existente.

Toda revolução é impossível...
O senso comum nos ensina que a revolução é impossível porque as pessoas são acomodadas e passivas. Esse argumento tem bastante força. O revolucionário convicto tenta responder, mas olha ao seu redor e não vê nem traço da tal revolução...
De fato, a psicologia humana é bastante conservadora. Ninguém ama a luta e o enfrentamento. Ninguém gosta de arriscar seu emprego em greves e paralisações que não têm nenhuma garantia de vitória. Ninguém quer trocar o presente certo pelo futuro duvidoso.

E, no entanto, dizemos que justamente essa mentalidade passiva e acomodada é a razão mais profunda de todas as revoluções que ocorreram até hoje. Podemos afirmar, sem medo de errar, que as revoluções acontecem não porque as pessoas sejam rebeldes, mas ao contrário: porque são conservadoras.

… até que se torna inevitável!
O conservadorismo e a passividade dos trabalhadores fazem com que a sociedade acumule contradições ao longo do tempo. Os problemas vão se agravando lentamente e nunca se resolvem. A população suporta o máximo que pode sem reagir. Os políticos moderados, que prometem paz e tranquilidade, quase sempre ganham as eleições. Os burocratas, que odeiam as greves e só sabem dizer “sim” à patronal, controlam o movimento sindical sem maiores turbulências. Os líderes traidores são os mais prestigiados.

Mas qualquer mecânico sabe que quanto mais pressionada uma mola, mais energia ela contém e quem a pressiona precisa ter muito cuidado para que ela não voe em seu rosto de repente. Assim, esmagando-se o proletariado durante anos e anos, chega-se a um ponto em que tudo vai pelos ares. De um dia para o outro, as massas despertam para a vida política e saem às ruas para tentar resolver, o mais rápido possível, todos os problemas acumulados durante décadas de passividade. Numa situação dessas, diante de tanto tempo perdido, é inevitável que recorram a ações radicalizadas e a métodos revolucionários. Essa brusca mudança no ritmo de atividade política das massas permanece incompreensível para a burguesia e seus analistas, que atribuem a radicalização do conflito à ação de “infiltrados” e “demagogos”.

É uma contradição: se as massas fossem sempre rebeldes, as revoluções simplesmente não aconteceriam porque a sociedade resolveria os seus problemas na mesma medida em que eles surgem. A energia não se acumularia. A “válvula de escape” estaria sempre aberta, liberando pressão social e garantindo a estabilidade da nação. A história avançaria lenta e pacificamente, sem saltos ou rupturas. Mas o conservadorismo das pessoas faz com que elas adiem a resolução de seus problemas até um ponto em que a vida torna-se insuportável e a revolução, a única saída.

Consciência e correlação de forças
Seria falso, no entanto, dizer que as revoluções acontecem apenas porque a vida torna-se insuportável. Para que uma revolução ocorra, é preciso que haja também uma profunda mudança na psicologia das classes. Mais precisamente: na forma como cada classe enxerga a si mesma e as outras. 

Todo o dirigente operário sabe que antes de entrar em uma greve os trabalhadores querem saber se há mesmo condições de vencer. O outro turno vai parar? O que diz a patronal? É verdade que a polícia invadiu a outra planta? A federação pelega vem junto? Os trabalhadores querem saber com que forças podem contar, qual o objetivo preciso da luta e se a direção do sindicato está segura de si ou, ao contrário, vacilante. Assim raciocinam os trabalhadores diante das greves. Nas revoluções não 
é diferente.

Graças à ideologia dominante, as massas tendem a acreditar muito mais na força de seus opressores do que nas suas próprias. Para que uma revolução ocorra, é preciso que isso mude e que os trabalhadores passem a enxergar a possibilidade de vitória. Por outro lado, a burguesia, sempre decidida e coesa, precisa estar em crise, dividida, acoada, amedrontada por sua própria impotência. Junto com isso é preciso que as classes médias e os pequenos proprietários, que sempre seguiram a burguesia, olhem com simpatia para o proletariado e suas organizações, ou ao menos se mantenham neutros no conflito. O que provoca todas essas mudanças na consciência das classes é a situação objetiva: a crise econômica, social e política. 

Por último, o medo e a divisão da burguesia precisam contaminar as forças armadas, principal pilar de qualquer Estado. Assim, os órgãos repressivos também se dividirão e não serão capazes de deter a marcha do movimento de massas.
Ou seja, é preciso que se inverta a correlação de forças entre as classes a favor do proletariado. As classes precisam trocar de papel, como naqueles filmes em que as pessoas trocam de consciência e passam a pensar uma com a cabeça da outra. Toda essa complexa combinação de fatores pode ser bastante rara, mas não é de nenhum modo impossível. De tempos em tempos ela ocorre. Toda a história o demonstra.

Liderança e organização
O senso comum nos ensina que a revolução é impossível porque não há um líder. Essa afirmação é parcialmente verdadeira e, portanto, parcialmente falsa. 

Para o bem ou para o mal, a história demonstra que as explosões revolucionárias acontecem mesmo sem a existência de uma liderança central. Aliás, esse tem sido o grande problema das revoluções: as massas saem às ruas, derrotam exércitos, derrubam regimes e governos, mas não conseguem encontrar uma saída para a situação. A energia revolucionária se dispersa como o vapor saindo de uma panela de pressão mal vedada.
A liderança e a organização são necessárias não para a existência da revolução, mas para que ela seja vitoriosa. Ora, o que é um líder? É aquele que aponta um caminho, que organiza as forças e estabelece os objetivos do combate, que reúne as tropas após a batalha e resume as lições de cada luta. É evidente que as massas precisam disso para vencer. 

Toda revolução cria milhões de pequenos líderes que cumprem essas tarefas. Eles surgem naturalmente em cada bairro, fábrica e escola e conduzem as massas em suas ações cotidianas. Mas as redes horizontais não bastam. A revolução não acontece no facebook ou no orkut. Ela precisa de uma estrutura vertical, que organize o proletariado em todo o país e seja capaz de, uma vez derrubada a ordem vigente, estabelecer o seu próprio governo em todo o território nacional. Chamamos essas estruturas de organizações de duplo poder, pois elas rivalizam com o Estado burguês, disputando com ele o controle da sociedade. 

Ao longo da história, essas organizações surgiram em praticamente todas as revoluções e receberam distintos nomes: soviets ou conselhos na Rússia de 1917, cordões industriais no Chile dos anos 1970, comitês de fábrica na Alemanha dos anos 1920 etc. A crise do Estado burguês e a autoridade dessas organizações perante as massas fazem com que elas se tornem verdadeiros “Estados paralelos”, emitindo ordens, controlando parte da economia, criando milícias armadas etc. A burguesia vê tudo isso, reclama, esperneia, mas nada consegue fazer. A tomada do poder pelo proletariado deixa de ser um sonho distante e torna-se assim uma tarefa possível e urgente.

Mas tudo isso não basta. É preciso que à frente dessas organizações estejam líderes conscientes, que tenham clareza dos objetivos, que saibam onde querem chegar e por que meios, que saibam propor às massas as tarefas mais adequadas para cada momento. Em outras palavras, é preciso que as organizações de duplo poder sejam dirigidas por um partido revolucionário, disciplinado e combativo, democrático e operário. Todo o heroísmo e a melhor organização do mundo não são nada sem um programa. 

Revolução e violência
O senso comum nos ensina que a revolução é ruim porque derrama sangue. Esse argumento soa estranho, sobretudo se olharmos para as favelas do Rio de Janeiro, por exemplo, que não vivem nenhuma revolução, mas onde o sangue dos trabalhadores é derramado todos os dias pelo caveirão, pela milícia e pelos traficantes. 

Mas a verdade é que a resposta a esse argumento é: depende. Os revolucionários não são amantes da violência, assim como os operários não organizam piquetes nas greves porque gostam de bater em seus colegas. É uma necessidade da luta.

Não podemos prometer uma revolução “bonita”, “de veludo” ou qualquer outro adjetivo fofo. O proletariado não tem bons modos, talvez porque a burguesia nunca o tenha ensinado. O que podemos dizer é que quanto mais massivo for o apoio à revolução, menos sangue ela derramará. Durante a tomada do poder pelos bolcheviques na Rússia em 1917 morreram sete pessoas, a maioria atropelada acidentalmente pelos blindados que patrulhavam as ruas da capital. A burguesia simplesmente se escondeu. Já na Guerra Civil, organizada pelo imperialismo para derrotar a república soviética, morreram milhões. Quem exerceu a violência foi a contra-revolução, não o proletariado.

Vitória e derrota
A tomada do poder pelo proletariado não encerra a revolução. Ao contrário. As massas tomam o poder porque chegam à conclusão de que sem ele não conseguirão resolver seus problemas mais elementares: comida, paz, terra, liberdade etc. Dessa forma, a instauração do poder operário abre uma nova etapa no processo revolucionário: a etapa das medidas revolucionárias, da ditadura do proletariado. Nessa etapa, as massas se enfrentarão com todo o tipo de inimigo e adotarão todas as medidas necessárias à vitória: a expropriação da burguesia, a planificação econômica, a resistência armada etc.

Assim, para triunfar definitivamente, a revolução precisa se aprofundar dentro do país e se expandir para fora dele, rompendo o cerco imperialista. A sobrevivência da revolução depende de sua capacidade de contaminar outros territórios, em primeiro lugar os países imperialistas mais importantes. Somente assim é possível atar as mãos e os pés do imperialismo e evitar o contra-ataque. Como no futebol, “quem não faz, leva”. A revolução não admite retranca. Qualquer tentativa de “convivência pacífica” com o imperialismo significará a morte lenta da nação proletária. A revolução será internacional ou será derrotada.

Revolução e futuro
A burguesia prefere ver o fim do mundo do que o fim do capitalismo. Talvez porque entenda corretamente que o fim do capitalismo será para ela o fim do seu mundo. Mas só para ela. Para o proletariado, ao contrário, o triunfo da revolução será apenas um novo começo, significará o término da pré-história do homem e o início da verdadeira história da humanidade.

Fonte: www.pstu.org.br