24 dezembro 2010

OS TRABALHADORES NÃO PODEM PAGAR PELA MÁ GESTÃO DA CASF!


        A Autogestão em saúde, sendo um sistema fechado de assistência à saúde, sem fins lucrativos, não comercializável no mercado,  tem como objetivo proteger e promover a saúde dos beneficiários, com recursos e serviços credenciados(convênios) ou de livre escolha(reembolso).  Neste sentido, a CASF, considerada um plano de autogestão, e que hoje contempla 15.105 vidas, está passando dificuldades operacionais.  Isso leva aos trabalhadores pensaram o que ocasionou a nossa CASF a ficar nesta situação? Pois a majoração tanto do PLANCASF como no PLANO FAMÍLIA, foram bem acima da inflação do período, como em maio de 2010, cujo aumento foi de 16%(PLANCASF) e o IPCA foi de 5,21%, e janeiro de 2010 foi de 12%(Plano Família) e o IPCA foi de 4,59%, acumulado nos últimos 12 meses . Tudo isso bem acima da inflação médica, que foi na ordem de   11,6% de abril/2009 a março/2010,  de acordo com o indicador(VCMH) que mede a variação dos custos médicos hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Assim, não se justifica a cobrança da parcela extra que a CASF está cobrando de seus associados, visto que todos “aceitaram” passivamente os aumentos dos planos PLANCASF e PLANO FAMILIA. Não podem os trabalhadores arcarem com o passivo, pois o que a direção da CASF está fazendo é canalizando o ônus da má gestão aos seus associados, visto que  o plano de recuperação da CASF foi simplesmente dividir linearmente o “rombo” de R$3.655.000,00 por todos os associados – 15.105, e cada um pagará a quantia exata de R$241,98. 
A cobrança da cota extra significará um peso no orçamento domestico dos trabalhadores do Banco associados à CASF, um sacrifício grande para uma categoria que já vive a muitos anos uma situação de arrocho salarial e perda de qualidade de vida.  O que se vê por parte da ANS (Agência Nacional de Saúde) é uma ação consciente para desqualificar e desproteger os planos de autogestão como a CASF, para privilegiar os planos comerciais de mercado. No Brasil a saúde tem sido tratada como mercadoria e nosso plano de saúde sente na pele os resultados dessa orientação política do governo federal. Da mesma forma não vemos nenhuma preocupação da Diretoria do Banco com a saúde dos trabalhadores.  Os diretores fazem exames periódicos no Albert Einstein com tudo pago pela instituição, mas os empregados estão como saúde Amazônia desde maio sem reajuste, quando o correto seria reajustá-lo juntamente com o reajuste salarial da data base.
                Toda essa situação é agravada pela falta de ação das entidades no tocante ao fortalecimento da CASF. Pois a cobrança de taxa extra apenas fragiliza ainda mais nossa caixa de saúde.
Por isso a diretoria eleita da AEBA solicita à diretoria da CASF que suspenda imediatamente, por um período de 3 meses,  a cobrança da taxa extra e se empenhe na tarefa de buscar alternativas ao déficit e  que com isso receberá todo o apoio possível e necessário da Diretoria de nossa associação.
                Desde já propomos as seguintes ações após a suspensão da cobrança: a) Cobrar do Banco um reajuste do Saúde Amazônia que possa ser utilizada para efeito de cumprimento da exigência da ANS. b) Iniciar imediatamente uma campanha de adesão á CASF dos novos empregados e ampliar a base de contribuição - sem a adesão de todos a CASF se tornará ainda mais fragilizada. A CASF é nossa a UNIMED não! c) A diretoria da CASF deve apresentar sua proposta de sacrifício para resolver a situação, deve apresentar um plano de contingência de corte de custos para ajudar a cobrir o déficit,  inclusive com redução de salário dos Diretores e Consultores, pois todos devem fazer sacrifícios e não somente os trabalhadores. d) Devemos imediatamente contratar um auditoria para estudar avaliar as possibilidades de ter havido problemas na gestão anterior.

DIRETORIA ELEITA DA AEBA
AEBA LIVRE: É HORA DA MUDANÇA!

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