07 março 2012

MULHERES EM LUTA!

A luta pela igualdade entre gêneros é antiga. A mulher sempre esteve em condições desfavoráveis na sociedade, seja nas relações do trabalho como também nas relações conjugais. No decorrer do tempo, a mulher vem conquistando espaço na sociedade e quiçá, com duras lutas em todas as formas. Tanto que o 08 de março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas como momento de mobilização para conquistas de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres e esse dia ficou conhecido como o Dia Internacional da Mulher .
Assim, a luta das mulheres operárias em 1857 pela redução da jornada de trabalho e  pelo ganho salarial igual aos dos homens foi de fundamental relevância para o início do processo de conscientização da categoria. E que no contexto atual ainda prevalece a discriminação em várias formas de violência.
Em relação ao trabalho,  a discriminação das mulheres comprovam, segundo o DIEESE, no estado do Pará,  que  dos empregos formais de 2011, 16,5% foram de mulheres de ocupação doméstica, 24,3% trabalham de forma autônoma e 31,34% ganham meio salário mínimo. Na categoria bancária, as mulheres ocupam 48,48% dos postos de trabalho, segundo ainda o DIEESE. E nos bancos públicos, as mulheres representam 42,97% e nos privados, 53,05%.  Esses dados refletem a realidade vivida pelas mulheres em seus trabalhos.
Apesar da igualdade entre números de homens e mulheres no setor bancário; a realidade é outra visto que, apesar das mulheres serem mais escolarizadas, 71,67% tem curso superior contra 66,52% dos homens; mas ganham  em média 24,10% a menos que os homens. Por categoria, a mulher ganha 29,92% menos nos bancos privados e 15,25% nos bancos  públicos. Sem falar que a mulher negra apenas 8 em um grupo de 100 trabalhadoras conseguem ter acesso ao emprego bancário.
A  igualdade entre gêneros é de extrema relevância e para as mulheres a luta deve continuar, lutas essas pelo direito de morar,  de condições de trabalho, pela sobrevivência e sobretudo pelo fim da violência na forma geral que ainda persiste na sociedade contra as mulheres neste país.


Marlon George C. Palheta
Diretor Financeiro da AEBA

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