A luta pela igualdade entre gêneros é antiga. A mulher sempre esteve em condições desfavoráveis na sociedade, seja nas relações do trabalho como também nas relações conjugais. No decorrer do tempo, a mulher vem conquistando espaço na sociedade e quiçá, com duras lutas em todas as formas. Tanto que o 08 de março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas como momento de mobilização para conquistas de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres e esse dia ficou conhecido como o Dia Internacional da Mulher .
Assim, a luta das mulheres operárias em 1857 pela redução da jornada de trabalho e pelo ganho salarial igual aos dos homens foi de fundamental relevância para o início do processo de conscientização da categoria. E que no contexto atual ainda prevalece a discriminação em várias formas de violência.
Em relação ao trabalho, a discriminação das mulheres comprovam, segundo o DIEESE, no estado do Pará, que dos empregos formais de 2011, 16,5% foram de mulheres de ocupação doméstica, 24,3% trabalham de forma autônoma e 31,34% ganham meio salário mínimo. Na categoria bancária, as mulheres ocupam 48,48% dos postos de trabalho, segundo ainda o DIEESE. E nos bancos públicos, as mulheres representam 42,97% e nos privados, 53,05%. Esses dados refletem a realidade vivida pelas mulheres em seus trabalhos.
Apesar da igualdade entre números de homens e mulheres no setor bancário; a realidade é outra visto que, apesar das mulheres serem mais escolarizadas, 71,67% tem curso superior contra 66,52% dos homens; mas ganham em média 24,10% a menos que os homens. Por categoria, a mulher ganha 29,92% menos nos bancos privados e 15,25% nos bancos públicos. Sem falar que a mulher negra apenas 8 em um grupo de 100 trabalhadoras conseguem ter acesso ao emprego bancário.
A igualdade entre gêneros é de extrema relevância e para as mulheres a luta deve continuar, lutas essas pelo direito de morar, de condições de trabalho, pela sobrevivência e sobretudo pelo fim da violência na forma geral que ainda persiste na sociedade contra as mulheres neste país.
Marlon George C. Palheta
Diretor Financeiro daAEBA
Marlon George C. Palheta
Diretor Financeiro da
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