(São Paulo) A 9ª Conferência Nacional definiu neste domingo a pauta de reivindicações dos trabalhadores do ramo financeiro para a Campanha Nacional 2007. Entre as principais reivindicações econômicas estão reajuste de 10,3%, que prevê aumento real de salários de 5,5%, e criação de um piso salarial para todos os bancários de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese para que o trabalhador tenha atendidas suas necessidades básicas), além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
Os bancários também vão lutar por uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários, mais uma parcela fixa de R$ 3.500, distribuída de forma linear para todos. Além do reajuste salarial, os bancários também querem melhorar as demais verbas que compõem a remuneração. Para isto, a minuta de reivindicações prevê uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade. Este valor deve ser distribuído de forma linear para todos os empregados da unidade, creditados mensalmente como verba salarial, incidindo sobre FGTS, 13º, férias e descontos previdenciários.
Outro item que consta na minuta é a remuneração complementar sobre receita de prestação de serviços para todos os bancários. O benefício reivindicado é de 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.
Em relação à estratégia, foi aprovada uma Campanha Nacional Articulada, o que significa que, juntamente com a mesa da Fenaban, serão instauradas negociações específicas efetivas para os bancos públicos. Dessa forma, questões que dizem respeito a toda a categoria serão negociadas na mesa geral, enquanto as questões específicas dos bancos públicos serão negociadas diretamente com as direções do banco, em mesas específicas.
Para a direção da campanha deste ano foi definido que o Comando Nacional será composto pelos representantes de 33 entidades entre, Contraf, federações e sindicatos. A ampliação em relação aos 21 representantes até o ano passado ocorreu para que sejam representadas todas as correntes de pensamento do movimento sindical. Principais temas da Campanha 2007:
- Garantia de Emprego;
- Convenção 158 da OIT;
- Fim do assédio moral/organizacional;
- Fim das metas abusivas;
- PLR maior;
- Isonomia de Direitos entre novos e antigos bem como com afastados e licenciados;
- Plano de Cargos e Salários para todos os bancos;
- Piso do Dieese para a categoria;
-Igualdade de Oportunidades Defesa;
- fortalecimento dos bancos públicos;
- Redução dos juros e tarifas e;
- ampliação do crédito produtivo.
29 julho 2007
26 julho 2007
TC's do Banco da Amazônia!
Reunião com TCs do Banco da Amazônia dia 2 de agosto
O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá convoca os Técnicos Científicos do Banco da Amazônia para reunião que será realizada no próximo dia 2 de agosto, às 18h, na sede da entidade. A reunião, agendada pelo Seeb-PA/AP, tem como pauta a ação dos TCs reivindicando o pagamento do piso legal destes trabalhadores. Além de diretores do Sindicato, estará presente a advogada Mary Cohen, da assessoria jurídica. Participe!
Marlon George
88067124
O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá convoca os Técnicos Científicos do Banco da Amazônia para reunião que será realizada no próximo dia 2 de agosto, às 18h, na sede da entidade. A reunião, agendada pelo Seeb-PA/AP, tem como pauta a ação dos TCs reivindicando o pagamento do piso legal destes trabalhadores. Além de diretores do Sindicato, estará presente a advogada Mary Cohen, da assessoria jurídica. Participe!
Marlon George
88067124
25 julho 2007
BASA é condenado por não pagar hora-extra!!
O Banco da Amazônia foi condenado pela Justiça, em decisão de segunda instância, ao pagamento de três horas extras diárias, para um ex-empregado de Rondônia, durante o período em que ele exerceu função de caixa, aproximadamente quatro anos, e de uma hora extra quando na função de supervisor. A decisão foi tomada no último dia 16 de julho.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT/RO), na ação ajuizada em março/2007, manteve decisão da primeira instância que havia se baseado nos cartões de ponto e no levantamento do perito sobre as fitas de caixa do banco. Foi constatado que algumas fitas não foram encontradas, e outras se apresentavam em estado de deterioração, sendo adotado o critério de aferição das horas extras pela média das jornadas apuradas; pois, "ao empregador compete manter registro do horário de trabalho de seus empregados".
O TRT/RO se manifestou sobre o recurso do Banco da Amazônia e, por unanimidade, decidiu "no mérito negar-lhe provimento", em 20 de junho de 2007. O banco ingressou com um novo recurso no TRT, chamado recurso de revista, tentando mudar a decisão anterior do próprio Tribunal, alegando que a sentença havia sido proferida sem que houvesse provas convincentes. Em decisão do dia 16/07/2007, a presidência do TRT considerou que o recurso era casuístico, pois se tratava de fatos e provas já discutidos no processo, o que era inviável no recurso apresentado, motivo pelo qual "nego seguimento ao recurso de revista interposto".
Essa decisão representa a terceira derrota consecutiva do banco no processo.
Campanha Segundo o Sindicato dos Bancários de Rondônia, existe um problema crônico no Banco da Amazônia em relação à jornada, pois a instituição se recusa, há vários anos, a pagar as horas extras trabalhadas. Para enfrentar a situação, o Seeb-RO está desencadeando uma campanha, que terá duas frentes principais de atuação. A primeira será a implementação de ações que visem pressionar o banco a rever sua política de "pagamento zero" de horas extras. Para isso o Sindicato está encaminhado uma representação ao Ministério Público do Trabalho (MPT), solicitando que seja realizada uma audiência para propor ao Banco da Amazônia a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), no qual fique estabelecido que todas as horas extras efetivamente trabalhadas sejam pagas.
A segunda frente de atuação será cobrar do banco o pagamento de todo o passivo de horas extras acumulado nos últimos cinco anos. Para isso o Sindicato fará, de um lado, um trabalho de conscientização para que os bancários ingressem com ações individuais na Justiça do Trabalho; de outro, realizará um acompanhamento rigoroso sobre a administração de cada agência, para coibir qualquer tentativa de retaliação e discriminação aos trabalhadores que ingressarem na Justiça, denunciando eventuais abusos, como assédio moral, no MPT, na imprensa e para os parlamentares da Região Norte.
Fonte: Seeb Rondônia
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT/RO), na ação ajuizada em março/2007, manteve decisão da primeira instância que havia se baseado nos cartões de ponto e no levantamento do perito sobre as fitas de caixa do banco. Foi constatado que algumas fitas não foram encontradas, e outras se apresentavam em estado de deterioração, sendo adotado o critério de aferição das horas extras pela média das jornadas apuradas; pois, "ao empregador compete manter registro do horário de trabalho de seus empregados".
O TRT/RO se manifestou sobre o recurso do Banco da Amazônia e, por unanimidade, decidiu "no mérito negar-lhe provimento", em 20 de junho de 2007. O banco ingressou com um novo recurso no TRT, chamado recurso de revista, tentando mudar a decisão anterior do próprio Tribunal, alegando que a sentença havia sido proferida sem que houvesse provas convincentes. Em decisão do dia 16/07/2007, a presidência do TRT considerou que o recurso era casuístico, pois se tratava de fatos e provas já discutidos no processo, o que era inviável no recurso apresentado, motivo pelo qual "nego seguimento ao recurso de revista interposto".
Essa decisão representa a terceira derrota consecutiva do banco no processo.
Campanha Segundo o Sindicato dos Bancários de Rondônia, existe um problema crônico no Banco da Amazônia em relação à jornada, pois a instituição se recusa, há vários anos, a pagar as horas extras trabalhadas. Para enfrentar a situação, o Seeb-RO está desencadeando uma campanha, que terá duas frentes principais de atuação. A primeira será a implementação de ações que visem pressionar o banco a rever sua política de "pagamento zero" de horas extras. Para isso o Sindicato está encaminhado uma representação ao Ministério Público do Trabalho (MPT), solicitando que seja realizada uma audiência para propor ao Banco da Amazônia a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), no qual fique estabelecido que todas as horas extras efetivamente trabalhadas sejam pagas.
A segunda frente de atuação será cobrar do banco o pagamento de todo o passivo de horas extras acumulado nos últimos cinco anos. Para isso o Sindicato fará, de um lado, um trabalho de conscientização para que os bancários ingressem com ações individuais na Justiça do Trabalho; de outro, realizará um acompanhamento rigoroso sobre a administração de cada agência, para coibir qualquer tentativa de retaliação e discriminação aos trabalhadores que ingressarem na Justiça, denunciando eventuais abusos, como assédio moral, no MPT, na imprensa e para os parlamentares da Região Norte.
Fonte: Seeb Rondônia
04 julho 2007
Campanha Salarial 2007/2008!
Bancários do Pará e Amapá definem prioridades da Campanha Salarial
Após estender o debate sobre a Campanha Salarial 2007, com realização das pré-conferências regionais em Macapá (AP) e nas cidades paraenses de Castanhal, Marabá, e Santarém, o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá realizou neste sábado (30/06), a segunda edição da Conferência Regional dos Bancários em preparação à 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, agendada para os dias 28 e 29 de julho, em São Paulo. O evento, realizado no Gold Mar Hotel, em Belém, reuniu mais de cem bancários e bancárias da base Seeb-AP/AP.Na abertura dos trabalhos, o presidente do Sindicato, Alberto Cunha (Betinho), ressaltou a importância da realização das pré-conferências regionais que pela primeira vez descentralizaram os debates, aproximando ainda mais a entidade da categoria. “Apesar das dificuldades impostas pela extensão geográfica, conseguimos alcançar o objetivo de mostrar aos trabalhadores que a participação de todos é imprescindível”, enfatizou Betinho.Além do presidente do Sindicato, participaram da mesa de abertura o vice-presidente da Contraf-CUT, Milton Rezende; o vice-presidente da CUT-PA e secretário geral do Seeb-PA/AP, José Marcos Araújo (Marcão); a representante da Fetec-CN, Vera Paoloni; o presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba), Sérgio Trindade; a presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Estado do Pará (Afbepa), Kátia Furtado; o presidente da Associação de Funcionários Aposentados do Banco do Brasil (AFABB-PA), Eduardo Pontes; e a diretora da Associação dos Economiários Aposentados e Pensionistas do Pará (Aeappa), Ana Lúcia Sousa.Os discursos iniciais registraram o apoio à mesa única de negociação para o fortalecimento da categoria e o respeito à dignidade dos trabalhadores. Eduardo Pontes, ressaltou que este é um diálogo que deve ser feito por todos, mas é também um desafio de compreensão política e de organização. Para o secretário geral do Seeb-PA/AP, Marcão, “a estratégia da Campanha Salarial não pode ser pensada apenas para os bancários, mas para todos os setores da sociedade que, de alguma forma, são prejudicados pela ação dos banqueiros”.Milton Rezende falou sobre a importância de aprofundar o debate acerca da Campanha Salarial. “Nos últimos anos, tivemos perdas significativas nos salários dos trabalhadores, e por isso é necessário discutirmos e lutarmos por índices que não apenas reponham as perdas da inflação, mas que permitam também um aumento real e justo para a categoria”, afirmou. Enfatizou também que a mobilização dos trabalhadores do ramo financeiro será decisiva para uma campanha salarial forte e unificada.Desafios e PerspectivasNo início das discussões do primeiro painel da Conferência, “Campanha Salarial: Desafios e Perspectivas”, Marcos Vandaí, diretor da Contraf-CUT, afirmou que reconhece a legitimidade da diretoria recém eleita do Seeb-PA/AP e parabenizou a iniciativa da entidade em aprofundar os debates nas pré-conferências regionais.
Para Vandaí, a mesa única é essencial para a Campanha Salarial dos bancários, pois é um objetivo perseguido há tempos e neste momento existem condições de viabilizá-la em função da conjuntura política do país. Desde 1992, os bancários consolidaram uma unidade nacional e deflagraram fortes mobilizações. Mas foi a partir de 2003, com muita luta, garra, suor e com greves nacionais que, lado a lado, os bancários de bancos públicos e privados conquistaram o aumento real de salários e substancial melhora na participação nos lucros e resultados.
“Nós temos que começar e terminar juntos a Campanha Salarial. Esta estratégia fortalece a organização e a mobilização da categoria. Temos que canalizar nossas energias para enfrentar os banqueiros, em uma ação coletiva e conjugada com a agenda nacional da CUT. Mas antes, precisamos corrigir os erros e melhorar nossos mecanismos de discussão para que o protagonista dessa história seja realmente o bancário”, disse Marcos Vandaí.
Campanha unificada e articuladaO vice-presidente da Contraf-CUT, Milton Rezende, avaliou que o equívoco das últimas Campanhas Salariais não está na negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para os temas gerais e, ao mesmo tempo, mesa específica para os bancos públicos a ser apresentada ao governo federal. Mas sim, num Comando Nacional que não respeita as resoluções das conferências realizadas pelas entidades sindicais, não permitindo incorporar à pauta reivindicações específicas, principalmente dos empregados de bancos públicos.Milton Rezende reiterou que se determinado setor da categoria tem questões importantes e quer ir à luta, o Comando Nacional da campanha deve apoiar e organizar esse processo. "Precisamos resgatar a unidade de ação dos bancários em todo o país. Precisamos ter uma única convenção que valha para todos os bancários, respeitando as especificidades de cada banco. E, construir essa alternativa, é reconhecer que precisamos de um Comando Nacional democrático e amplo que represente o conjunto das forças e entidades que atuam mo ramo financeiro para, efetivamente, debater e pensar uma Campanha Salarial unificada e articulada", ressaltou.Os participantes da Conferência defenderam também a mesa específica para o Banpará e Banco da Amazônia. Dentre os principais motivos estão a reformulação ou mesmo a implantação dos planos de cargos e salários e maior participação nos lucros e resultados.
Eleição e PosseNa seqüência das atividades, duas chapas se inscreveram para participar da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. A chapa “Democracia, Unidade e Autonomia” foi eleita com 59 votos, contra 09 da chapa concorrente “Oposição Democrática, Independente e de Lutas”.Em seguida, os delegados sindicais eleitos entre os dias 18 e 21/06, responsáveis pela organização dos bancários no local de trabalho, tomaram posse. O presidente do Seeb-PA/AP, Betinho, saudou os novos representantes da categoria e, em nome da gestão, ratificou a necessidade de atuação do lado dos trabalhadores, resgatando o compromisso de que os delegados sindicais participem e fortaleçam a política sindical.
Reivindicações aprovadasA II Conferência Regional dos Bancários do Pará e Amapá aprovou por aclamação moções contra a privatização/fusão/incorporação/união de bancos públicos; isonomia já; repúdio às demissões do Banco do Brasil; apoio à luta dos técnicos científicos do Banco da Amazônia e à União Acadêmica Paraense.A elevação do piso salarial com base no salário mínimo do Dieese – R$ 1.613,08 – e as melhorias nos planos de cargos e salários foram apontadas para compor a pauta de reivindicações que a Contraf-CUT entregará à Fenaban. O evento avaliou que não basta apenas lutar por reposição da inflação, mas, sobretudo por uma política efetiva de recuperação de salários.O encontro aprovou ainda propostas como as que prevêem a manutenção da campanha nacional unificada, com mesas específicas para os bancos públicos federais, e a deflagração de uma campanha nacional permanente, tão logo seja concluída a campanha salarial deste ano. Também foi aprovada a luta pela isonomia de direitos para os trabalhadores dos bancos públicos federais.
Marlon
Após estender o debate sobre a Campanha Salarial 2007, com realização das pré-conferências regionais em Macapá (AP) e nas cidades paraenses de Castanhal, Marabá, e Santarém, o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá realizou neste sábado (30/06), a segunda edição da Conferência Regional dos Bancários em preparação à 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, agendada para os dias 28 e 29 de julho, em São Paulo. O evento, realizado no Gold Mar Hotel, em Belém, reuniu mais de cem bancários e bancárias da base Seeb-AP/AP.Na abertura dos trabalhos, o presidente do Sindicato, Alberto Cunha (Betinho), ressaltou a importância da realização das pré-conferências regionais que pela primeira vez descentralizaram os debates, aproximando ainda mais a entidade da categoria. “Apesar das dificuldades impostas pela extensão geográfica, conseguimos alcançar o objetivo de mostrar aos trabalhadores que a participação de todos é imprescindível”, enfatizou Betinho.Além do presidente do Sindicato, participaram da mesa de abertura o vice-presidente da Contraf-CUT, Milton Rezende; o vice-presidente da CUT-PA e secretário geral do Seeb-PA/AP, José Marcos Araújo (Marcão); a representante da Fetec-CN, Vera Paoloni; o presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba), Sérgio Trindade; a presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Estado do Pará (Afbepa), Kátia Furtado; o presidente da Associação de Funcionários Aposentados do Banco do Brasil (AFABB-PA), Eduardo Pontes; e a diretora da Associação dos Economiários Aposentados e Pensionistas do Pará (Aeappa), Ana Lúcia Sousa.Os discursos iniciais registraram o apoio à mesa única de negociação para o fortalecimento da categoria e o respeito à dignidade dos trabalhadores. Eduardo Pontes, ressaltou que este é um diálogo que deve ser feito por todos, mas é também um desafio de compreensão política e de organização. Para o secretário geral do Seeb-PA/AP, Marcão, “a estratégia da Campanha Salarial não pode ser pensada apenas para os bancários, mas para todos os setores da sociedade que, de alguma forma, são prejudicados pela ação dos banqueiros”.Milton Rezende falou sobre a importância de aprofundar o debate acerca da Campanha Salarial. “Nos últimos anos, tivemos perdas significativas nos salários dos trabalhadores, e por isso é necessário discutirmos e lutarmos por índices que não apenas reponham as perdas da inflação, mas que permitam também um aumento real e justo para a categoria”, afirmou. Enfatizou também que a mobilização dos trabalhadores do ramo financeiro será decisiva para uma campanha salarial forte e unificada.Desafios e PerspectivasNo início das discussões do primeiro painel da Conferência, “Campanha Salarial: Desafios e Perspectivas”, Marcos Vandaí, diretor da Contraf-CUT, afirmou que reconhece a legitimidade da diretoria recém eleita do Seeb-PA/AP e parabenizou a iniciativa da entidade em aprofundar os debates nas pré-conferências regionais.
Para Vandaí, a mesa única é essencial para a Campanha Salarial dos bancários, pois é um objetivo perseguido há tempos e neste momento existem condições de viabilizá-la em função da conjuntura política do país. Desde 1992, os bancários consolidaram uma unidade nacional e deflagraram fortes mobilizações. Mas foi a partir de 2003, com muita luta, garra, suor e com greves nacionais que, lado a lado, os bancários de bancos públicos e privados conquistaram o aumento real de salários e substancial melhora na participação nos lucros e resultados.
“Nós temos que começar e terminar juntos a Campanha Salarial. Esta estratégia fortalece a organização e a mobilização da categoria. Temos que canalizar nossas energias para enfrentar os banqueiros, em uma ação coletiva e conjugada com a agenda nacional da CUT. Mas antes, precisamos corrigir os erros e melhorar nossos mecanismos de discussão para que o protagonista dessa história seja realmente o bancário”, disse Marcos Vandaí.
Campanha unificada e articuladaO vice-presidente da Contraf-CUT, Milton Rezende, avaliou que o equívoco das últimas Campanhas Salariais não está na negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para os temas gerais e, ao mesmo tempo, mesa específica para os bancos públicos a ser apresentada ao governo federal. Mas sim, num Comando Nacional que não respeita as resoluções das conferências realizadas pelas entidades sindicais, não permitindo incorporar à pauta reivindicações específicas, principalmente dos empregados de bancos públicos.Milton Rezende reiterou que se determinado setor da categoria tem questões importantes e quer ir à luta, o Comando Nacional da campanha deve apoiar e organizar esse processo. "Precisamos resgatar a unidade de ação dos bancários em todo o país. Precisamos ter uma única convenção que valha para todos os bancários, respeitando as especificidades de cada banco. E, construir essa alternativa, é reconhecer que precisamos de um Comando Nacional democrático e amplo que represente o conjunto das forças e entidades que atuam mo ramo financeiro para, efetivamente, debater e pensar uma Campanha Salarial unificada e articulada", ressaltou.Os participantes da Conferência defenderam também a mesa específica para o Banpará e Banco da Amazônia. Dentre os principais motivos estão a reformulação ou mesmo a implantação dos planos de cargos e salários e maior participação nos lucros e resultados.
Eleição e PosseNa seqüência das atividades, duas chapas se inscreveram para participar da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. A chapa “Democracia, Unidade e Autonomia” foi eleita com 59 votos, contra 09 da chapa concorrente “Oposição Democrática, Independente e de Lutas”.Em seguida, os delegados sindicais eleitos entre os dias 18 e 21/06, responsáveis pela organização dos bancários no local de trabalho, tomaram posse. O presidente do Seeb-PA/AP, Betinho, saudou os novos representantes da categoria e, em nome da gestão, ratificou a necessidade de atuação do lado dos trabalhadores, resgatando o compromisso de que os delegados sindicais participem e fortaleçam a política sindical.
Reivindicações aprovadasA II Conferência Regional dos Bancários do Pará e Amapá aprovou por aclamação moções contra a privatização/fusão/incorporação/união de bancos públicos; isonomia já; repúdio às demissões do Banco do Brasil; apoio à luta dos técnicos científicos do Banco da Amazônia e à União Acadêmica Paraense.A elevação do piso salarial com base no salário mínimo do Dieese – R$ 1.613,08 – e as melhorias nos planos de cargos e salários foram apontadas para compor a pauta de reivindicações que a Contraf-CUT entregará à Fenaban. O evento avaliou que não basta apenas lutar por reposição da inflação, mas, sobretudo por uma política efetiva de recuperação de salários.O encontro aprovou ainda propostas como as que prevêem a manutenção da campanha nacional unificada, com mesas específicas para os bancos públicos federais, e a deflagração de uma campanha nacional permanente, tão logo seja concluída a campanha salarial deste ano. Também foi aprovada a luta pela isonomia de direitos para os trabalhadores dos bancos públicos federais.
Marlon
Assinar:
Postagens (Atom)