09 outubro 2006

Quadro geral da greve!

Mais força no quinto dia de greve
A greve nacional dos bancários prossegue por tempo indeterminado e entra em seu quinto dia consecutivo hoje. Em algumas localidades, onde o movimento foi deflagrado antes do previsto pelo comando nacional da greve, a paralisação vai para seu 14º dia.
A última rodada entre representantes dos bancos e dos trabalhadores aconteceu na terça-feira, dia 3 de outubro, quando a Fenaban apresentou a proposta rejeitada pela categoria, que prevê reajuste salarial de 2,85% (cobrindo a variação da inflação no período de 12 meses) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário, mais R$ 823 de parte fixa, além de um adicional de R$ 750 para os funcionários dos bancos que tiverem crescimento de pelo menos 20% no lucro líquido. Uma nova rodada de negociação poderá ocorrer a qualquer momento durante o dia de hoje, mas ainda não há nada confirmado.
Na sexta-feira, houve adesão à paralisação de cerca de 185 mil trabalhadores, atingindo localidades em 24 Estados e no Distrito Federal.
Mapa da Greve
Nas agências do Banco da Amazônia espalhadas pelo país a paralisação é grande com adesão de vários pontos de atendimento. Na agência Belém Centro, o movimento segue forte com grande número de adesão dos empregados. Uma banda de música ajuda na mobilização, tocando marchas e animando a porta do Banco, além de distribuição de informativos. Nas agências Castanheira, Cidade Nova, Pedreira e Reduto, os empregados estão em greve.
Nos municípios de Abaetetuba, Redenção, Marabá, onde não havia paralisação, os empregados decidiram grevar a partir de hoje, além da agência de Soure que está em parte paralisada.
Fora do Estado, no Maranhão, a agência de São Luis também já paralisou suas atividades. Em Manaus, a agência Metro está fechada, mas a Manaus-Centro não. Em Rondônia, na cidade de Cacoal, há paralisação das agências, como ocorre nacionalmente. Em Buritis, Ji-Paraná e Porto Velho, os empregados também já aderiram à greve.
No Mato Grosso, em Cuiabá, houve adesão de parte dos empregados. A agência está funcionando, mas de forma precária, e eles trabalham com a tendência de que haja adesão total dos empregados. Em Rondonópolis, doze empregados se juntaram à greve e quatro outros atendem apenas os idosos, para que não fiquem prejudicados. Lucas do Rio Verde, também no Mato Grosso, ainda não aderiu, mas se a mobilização aumentar e persistir, os empregados fecharão a agência. Em Tangará da Serra, o funcionamento está normal, mas há probabilidade de greve.
No Acre, a agência Metro e a Centro estão em greve. No Tocantins, nas cidades de Palmas, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins a greve também já começou.
O que queremos!
Aumento real de 7,05%
Reposição das perdas em 2,85%
PLR de 5%
Mais R$ 1.500 fixos.
Rodada não decide muita coisa
Em nova rodada de negociação das cláusulas específicas do Banco da Amazônia realizada na última sexta-feira (06), ficaram acertados os seguintes pontos:
1) Redução de Tarifas:
Entre as propostas apresentadas, ficou definido que será levada à Diretoria do Banco uma proposta de redução que na média poderá chegar a 50% na cesta de tarifas.
2) Taxas:
Está sendo submetido na segunda-feira ao CCDG (Comitê de Crédito da DG), para em seguida ser encaminhado à próxima reunião de diretoria do Banco, a proposta de redução em torno de 10% na taxa do cheque especial.
3) Promoções:
O Banco confirmou o pagamento das diferenças salariais da promoção/2006, na folha de outubro. O pagamento vai ocorrer em valores atuais, sendo a correção feita após a assinatura do acordo coletivo.
4) PCCS:
O Banco afirmou a disposição de buscar contemplar melhorias a todos os segmentos do seu quadro de empregados no novo plano ora em construção, inclusive o quadro de apoio.
Outros assuntos da pauta de negociação específica foram debatidos e o Banco vai analisar, sendo que aquelas que têm impacto financeiro ficarão dependendo dos resultados das negociações em nível nacional. Um nova rodada de negociação ficou agendada para o dia 13.10.06, às 16 horas.
Garra para lutar pelos seus direitos
“Como uma organização pode acreditar na fibra, determinação
e desprendimento dos seus empregados, se eles sequer
têm garra para lutar pelo seus próprios direitos?”.
Todos à greve!
Bancário, faça a sua parte!
Fortaleça o movimento, colaborando também
na paralisação de outras agências.
Você deve ajudar, pois essa luta é nossa!
Sem luta não há vitória!

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