Bancários e banqueiros negociam nesta terça-feira
(São Paulo) Bancários e banqueiros ficam frente a frente novamente nesta terça-feira, dia 29, em mais uma rodada de negociações da Campanha Nacional 2006. Este é o terceiro encontro desde a entrega da pauta de reivindicações, no dia 10, e os bancários querem avanços.
“Na última rodada de negociação, na segunda-feira passada, os representantes dos bancos disseram não para todas as reivindicações dos trabalhadores do sistema financeiro. De lá para cá, realizamos dois dias nacionais de lutas, com protestos e paralisações em todo o país. Esperamos que os banqueiros tenham entendido o nosso recado e comecem a negociar com seriedade. Queremos proposta e se a Fenaban não apresentar nada, vamos intensificar os protestos até deflagramos a greve. Esta é a linguagem que os banqueiros entendem”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Na reunião de segunda-feira passada, a Fenaban negou qualquer tipo de reajuste ou melhora na PLR. Os patrões ainda se recusaram a pagar a 13ª cesta-alimentação e o 14º salário e não quiseram nem discutir horário de atendimento. “Nem nas discussões sobre saúde e condições de trabalho houve avanços. O setor que mais lucra no país, que bate recordes atrás de recordes, demonstrou total intransigência neste começo de negociação. Esperamos uma outra postura dos banqueiros nesta terça-feira”, completou Vagner.
Para Marlon George, diretor do sindicato do Pará e Amapá, a única proposta concreta que a Fenaban apresentou nessas duas rodadas foi a renovação da Convenção Coletiva Nacional por dois anos, em lugar das negociações anuais. “Pode-se negociar o período de duração do contrato, mas não abrimos mão de aumento real, emprego e melhores condições de trabalho e saúde para todos”, ressaltou Marlon.
Veja as principais reivindicaçõesda Campanha Nacional 2006:
Índice de reajuste
7,05% de aumento real, mais a inflação no período (1º/09/ 2005 a 31/08/2006)
Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
5% do lucro líquido linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500
Saúde e condições de trabalho
Fim do assédio moral
Fim das metas abusivas
Isonomia para todos
Mais segurança bancária
Defesa do emprego
Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas
Ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho
Mais contratações
Respeito à jornada de seis horas
Piso da categoria
R$ 1.500 (valor atual R$ 839,93)Auxílio-creche/babá
Um salário mínimo, R$ 350 (valor atual 165,34)Cesta-alimentação
R$ 300 (valor atual 230,02)Gratificação de caixa
R$ 500 (valor atual R$ 226,65)13ª Cesta-alimentação14º salário
Nenhum comentário:
Postar um comentário