As
eleições de 2018 trouxe à sociedade brasileira figuras que do anonimato político
se transformou em “mito”, como no caso do Bolsonaro. Mas como surgiu esse “mito”
tão admirável pelo povo brasileiro a ponto de torná-lo, provavelmente, o futuro presidente do Brasil? Para essa
resposta, vamos relembrar o passado político brasileiro. Depois de um período de
“mordaça” política com o regime militar implantado em 64, a partir de 86 com o
processo da democratização, várias figuras se destacaram na política brasileira.
As primeiras eleições presidenciais livres e diretas no Brasil ocorreram em
1989 quando Fernando Collor de Mello, do PRN (Partido da Reconstrução
Nacional), foi eleito. Abalado por casos de corrupção e financiamento ilegal de
sua campanha eleitoral, Collor de Mello renunciou à presidência, em 1991, para
evitar o processo de impeachment. De lá pra cá vários escândalos de
corrupção reinou na sociedade, tendo as denuncias colocado em xeque o governo. Em
maio de 2002 o Data folha divulgou pesquisa revelando que 69% acreditaram na
existência de corrupção governo de FHC(PSDB), caso que ocorreu no processo de
privatização da CIA Vale do Rio Doce. Neste cenário de escândalos de corrupção
nos governos anteriores, surgi desde da eleição de 89 o então candidato do PT
Lula da Silva, com o discurso da ética e tom de “partido que combate a
corrupção” em 2003 chega ao poder. Em meio à crise política e econômica do
governo Lula(mensalão) e que o mesmo consegue se desvencilhar do escandalo, surgi
Dilma Roussef que é eleita em 2010 . No
dia 2 de dezembro de 2015, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), aceitou pedido de impeachment da presidente
Dilma Rousseff, abrindo um período de tensão política. Os desdobramentos e
descobertas da Operação Lava Jato elevaram a temperatura, com a prisão de
parlamentares, ex-ministros e empresários e deixando o governo do PT em cheque
com a sociedade. Nesse período de crise, geralmente surgi figuras salvador
da pátria, como Bolsonaro, tendo como discurso de combater a corrupção,
defender a família e contra todo o sistema pobre do Brasil. Com o legado
deixado pelo PT que falhou em não combater
corrupção, Bolsonaro cresce na opinião pública como o “único” candidato
capaz de resolver o problema no Brasil. Para o povo que não distingue o que
significa fascismo, ele representa o “novo” na política, apesar de estar a 28
anos como deputado, e além de pertencer ao exército, instituição que tem
credibilidade na sociedade, como ex-capitão. Assim, excluindo aqueles eleitores
antipetistas, machistas, homofóbicos que tem Bolsonaro como seu líder, grande
parte de seus eleitores são pessoas que acreditaram no PT e ficaram desiludidos
por não resolver os problemas do povo nas questão da saúde, segurança, emprego
e renda e sobretudo, na corrupção que é a principal bandeira de quem está lideranças
todas as pesquisas pra presidente. Esse legado cabe à direção do PT, que criou
essa figura lendária e folclórica chamada de “Mito”... Uma pena!!!!
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