A economia de Espanha afunda-se com uma taxa de desemprego superior a 25% e com o número de desempregados a superar os 5 milhões de pessoas. O austeritarismo imposto pela UE e pelo FMI não resolve e aprofunda a crise bancária, provocada pelo estouro da bolha da especulação imobiliária. A dívida de Espanha atinge uma situação próxima da que levou aos pedidos de resgate de Grécia, Irlanda e Portugal. Porém, o país é muito grande para ser resgatado.
Na quarta feira, a bolsa de Madrid continuou
a afundar caindo 2,58%, enquanto a taxa de juro dos títulos da dívida
soberana chegou aos 6,703%, muito próxima dos valores que levaram aos
pedidos de resgate da Grécia, da Irlanda e de Portugal. A taxa de risco
de Espanha, diferencial entre a taxa da dívida de Espanha e a da
Alemanha, chegou a 540 pontos, o mais elevado da história.
Na terça feira, o governador do Banco de Espanha Miguel Ángel Fernández Ordóñez (MAFO), destacado quadro do PSOE, pediu a antecipação do fim do seu mandato de 12 de julho para 10 de junho, depois do PP se ter oposto à sua ida ao Congresso de Madrid, que tinha sido proposta por ele, para dar explicações sobre o Bankia e a crise bancária.
Também na terça feira, foi noticiado pelo Financial Times que o Banco Central Europeu (BCE) recusara o plano do governo PP para o Bankia, de injeção de 19 bilhões de euros para salvar a entidade, através de novos títulos de dívida pública, que podiam ser usados como garantia em operações interbancárias ou no BCE.
De acordo com o Financial Times, o BCE teria respondido ao governo de Rajoy que é necessária uma injeção de capital adicional no Bankia, mas que o seu plano está próximo da violação da norma da UE sobre o financiamento monetário dos Estados. O jornal conclui que “a recusa do BCE torna as coisas difíceis à insistência de Madrid de que a única solução para esta crise que está a fazer aumentar os seus custos de financiamento é que o BCE se converta num prestamista de último recurso para os Governos”.
Na quarta feira, o governo de Espanha disse que não apresentou nenhum plano e o BCE declarou que não analisou nenhum plano e não tem posição sobre o plano do governo de Espanha para recapitalizar um grande banco. De acordo com o site do jornal “El Pais” desta quarta feira, “a comissão europeia defende uma união bancária e o uso direto do fundo de resgate para salvar a banca” e “dará mais um ano a Espanha para cumprir o déficit previsto em troca de mais sacrifícios”.
Entretanto, o governo e o PP opõem-se tenazmente e tentam tudo por tudo para impedir o debate do caso Bankia no Congresso de Madrid, perante o silêncio do PSOE e do seu secretário-geral Alfredo Rubalcaba. A Izquierda Unida propôs a criação de uma comissão de inquérito ao escândalo Bankia, mas o PP opõe-se. Os maiores responsáveis do caso são destacados quadros do partido governamental.
Enquanto governo e UE parecem preparar novas medidas de austeridade, são conhecidos vários casos de indenizações milionárias a diretores de entidades resgatadas pelo governo e, portanto, com dinheiros públicos. Segundo o El Pais, “são responsáveis diretos, com a conivência das camarilhas políticas regionais, das maiores falências da história do sistema financeiro espanhol. Financiaram projetos urbanísticos especulativos, obras públicas ruinosas como aeroportos vazios, alimentaram esquemas de corrupção e até chegaram a falsear as contas”.
O jornal cita diversos casos, entre os quais: Aurélio Izquierda, diretor-geral do Banco de Valência, filial da Bancaja, que recebeu 14 milhões de euros em pensões e indenização de pré-aposentadoria. Miguel Blesa, ex-presidente da Caja Madrid, que recebeu uma indenização de 2,8 milhões de euros, Rodrigo Rato 1,2 milhões de euros, José Luis Pego, diretor da Novacaixagalicia durante nove meses, 18,5 milhões.
A economia de Espanha afunda-se com uma taxa de desemprego superior a 25% e com o número de desempregados a superar os 5 milhões de pessoas. O austeritarismo imposto pela UE e pelo FMI não resolve e aprofunda a crise bancária, provocada pelo estouro da bolha da especulação imobiliária. A dívida de Espanha atinge uma situação próxima da que levou aos pedidos de resgate de Grécia, Irlanda e Portugal. Porém, o país é muito grande para ser resgatado.
Na terça feira, o governador do Banco de Espanha Miguel Ángel Fernández Ordóñez (MAFO), destacado quadro do PSOE, pediu a antecipação do fim do seu mandato de 12 de julho para 10 de junho, depois do PP se ter oposto à sua ida ao Congresso de Madrid, que tinha sido proposta por ele, para dar explicações sobre o Bankia e a crise bancária.
Também na terça feira, foi noticiado pelo Financial Times que o Banco Central Europeu (BCE) recusara o plano do governo PP para o Bankia, de injeção de 19 bilhões de euros para salvar a entidade, através de novos títulos de dívida pública, que podiam ser usados como garantia em operações interbancárias ou no BCE.
De acordo com o Financial Times, o BCE teria respondido ao governo de Rajoy que é necessária uma injeção de capital adicional no Bankia, mas que o seu plano está próximo da violação da norma da UE sobre o financiamento monetário dos Estados. O jornal conclui que “a recusa do BCE torna as coisas difíceis à insistência de Madrid de que a única solução para esta crise que está a fazer aumentar os seus custos de financiamento é que o BCE se converta num prestamista de último recurso para os Governos”.
Na quarta feira, o governo de Espanha disse que não apresentou nenhum plano e o BCE declarou que não analisou nenhum plano e não tem posição sobre o plano do governo de Espanha para recapitalizar um grande banco. De acordo com o site do jornal “El Pais” desta quarta feira, “a comissão europeia defende uma união bancária e o uso direto do fundo de resgate para salvar a banca” e “dará mais um ano a Espanha para cumprir o déficit previsto em troca de mais sacrifícios”.
Entretanto, o governo e o PP opõem-se tenazmente e tentam tudo por tudo para impedir o debate do caso Bankia no Congresso de Madrid, perante o silêncio do PSOE e do seu secretário-geral Alfredo Rubalcaba. A Izquierda Unida propôs a criação de uma comissão de inquérito ao escândalo Bankia, mas o PP opõe-se. Os maiores responsáveis do caso são destacados quadros do partido governamental.
Enquanto governo e UE parecem preparar novas medidas de austeridade, são conhecidos vários casos de indenizações milionárias a diretores de entidades resgatadas pelo governo e, portanto, com dinheiros públicos. Segundo o El Pais, “são responsáveis diretos, com a conivência das camarilhas políticas regionais, das maiores falências da história do sistema financeiro espanhol. Financiaram projetos urbanísticos especulativos, obras públicas ruinosas como aeroportos vazios, alimentaram esquemas de corrupção e até chegaram a falsear as contas”.
O jornal cita diversos casos, entre os quais: Aurélio Izquierda, diretor-geral do Banco de Valência, filial da Bancaja, que recebeu 14 milhões de euros em pensões e indenização de pré-aposentadoria. Miguel Blesa, ex-presidente da Caja Madrid, que recebeu uma indenização de 2,8 milhões de euros, Rodrigo Rato 1,2 milhões de euros, José Luis Pego, diretor da Novacaixagalicia durante nove meses, 18,5 milhões.
A economia de Espanha afunda-se com uma taxa de desemprego superior a 25% e com o número de desempregados a superar os 5 milhões de pessoas. O austeritarismo imposto pela UE e pelo FMI não resolve e aprofunda a crise bancária, provocada pelo estouro da bolha da especulação imobiliária. A dívida de Espanha atinge uma situação próxima da que levou aos pedidos de resgate de Grécia, Irlanda e Portugal. Porém, o país é muito grande para ser resgatado.
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