14 março 2011
CSP-Conlutas repudia acordo entre Dilma e centrais sobre a correção da Tabela do Imposto de Renda!
As centrais sindicais governistas CUT, Força Sindical, CTB, NSCT, UGT, CGTB, dobraram-se ao governo Dilma ao fecharem acordo para a correção da Tabela de Imposto de Renda em 4,5%.
Segundo o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal, a tabela não é reajustada corretamente já há muitos anos, ou seja, de acordo com a inflação do período. Se contabilizarmos a defesagem desde 1995, o índice de reajuste chega a 64%.
São os trabalhadores mais uma vez que saem perdendo. Não houve nem sequer a reposição da inflação de 6,54%, referente à inflação do ano de 2010.
O pior é que as centrais aceitaram esse mesmo critério de correção, sempre abaixo da inflação, para os próximos quatro anos. Isso significa que o pequeno reajuste conquistado pelos trabalhadores nas campanhas salariais no ano passado será corroído pelo Imposto de Renda. Tudo isso num momento de grande aumento dos preços dos alimentos, dos aluguéis, dos combustíveis e dos transportes públicos em todo país.
É mais um arrocho no salário do trabalhador. Assim como fizeram com o salário mínimo, essas centrais sindicais governistas fazem mais uma vez um acordo prejudicial aos trabalhadores. Além disso, as demais reivindicações, como fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho não foram apreciadas durante a reunião entre a presidente Dilma e as centrais governistas.
Assim, a primeira reunião da presidenta Dilma com essas centrais sindicais teve um final frustrante. O governo continua com uma política econômica que privilegia os banqueiros e as grandes empresas. Para isso, impõe aos trabalhadores um constante aumento dos juros, corte nos gastos sociais, corte orçamento, retira direitos do funcionalismo público, aumenta o salário mínimo em apenas R$ 35, enquanto as centrais sindicais governistas seguem satisfeitas.
“Consideramos a reunião bastante positiva, a presidente teve boa disposição de explicar a política do governo em todas as áreas e a política econômica que nós tínhamos muitas dúvidas”, disse um dos representantes das centrais.
A CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) chama a todas as entidades sindicais e populares a repudiar este acordo e continuar a lutar, nas ruas, nas fábricas, nos bancos, nas escolas, pela correção da tabela de imposto de renda e pelas reivindicações dos trabalhadores.
Luiz Carlos Prates, Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Fonte: CSP Colutas
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