31 julho 2010

Inauguraçao do comite Beto!

Foi inaugurado na sexta-feira, dia 30/07, o comite do companheiro Betinho, na Av.
Tres Coraçoes, WE 7, altos da Enter Informatica, Cidade Nova I. Betinho e candidato
a Deputado Federal pelo PSOL, com o nº 5050. Beto e um companheiro de luta e
atua como Coordenador da Subsede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Ananindeua, que acredita na educação como ferramenta de transformação social e compreende
que nosso país pode e deve ser bem melhor, com justiça, respeito às diferenças e verdadeiramente democrático. Na inauguraçao do comite estivam presentes figuras ilustres como a do ex-prefeito
de Belem, Edmilson Rodrigues e o candidato a governo Fernando Carneiro, entre outros.
Na foto, Edivaldo discursando ao lado de Fernando, Edmilson, Betinho, Emidio, 
na inauguraçao do comite Beto Federal 5050.

29 julho 2010

Bancários do MNOB exigirão reposição integral das perdas salariais. Pelegos da CUT querem 11%!


No último final de semana, dezenas de bancários que fazem parte do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) se reuniram no Rio de Janeiro para definir as pautas de reivindicações da Fenaban, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Os debates foram muito proveitosos. Junto com os sindicatos dos bancários do Rio Grande do Norte, do Maranhão e oposições bancárias de mais de dez estados, que integram o MNOB, foram definidas as estratégias de luta e as prioridades que devem constar das pautas de reivindicações que serão protocoladas na Fenaban, no BB e na CEF.
Preparar a luta
Os pelegos da CUT, certamente, não terão tempo para lutar. É bem provável que já esteja tudo amarrado com os banqueiros para se fechar a Campanha Salarial 2010 o mais rápido possível. A pelegada da CUT, na sua conferência, aprovou o apoio à candidatura da petista Dilma. Elegê-la significa manter o domínio sobre os trabalhadores e seus cargos milionários. Por isso, não estarão nem aí para os bancários.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/Conlutas reafirma: o momento é agora. O momento de pressionar os banqueiros e os cutistas é agora. Todos juntos nesta campanha!
LUTAREMOS POR:
- 23,45% de reposição para os bancos privados;
- 80,77% de reposição para o BB;
- 92,33% de reposição para a CEF;
- PLR de 25% do lucro líquido distribuído linearmente;
- Piso do Dieese (R$ 2.157,88);
- Estabilidade no emprego: contra demissões imotivadas e pela contratação de mais bancários;
- Fim do assédio moral e das metas;
- Contra a terceirização;
- Contra o acordo de dois anos;
- Nenhum privilégio aos dirigentes sindicais: contra a remuneração adicional e as comissões/cargos especiais para dirigentes sindicais;
- Estatização do sistema financeiro.


Fonte: Na Trincheira

19 julho 2010

Caminhada em Mosqueiro de Sandra Batista!

Foi um verdadeiro show de democracia a caminhada realizada ontem,
Domingo, em Mosqueiro, para a candidatura da companheira Sandra
Batista a deputada estadual. Dezenas de militantes de varios segmentos
estiveram presente no evento. A caminhada iniciou na praia de Morubira e
se extendeu pela orla ate a praia do Farol, onde os militantes puderam
conversar com os veranistas acerca do projeto para a sociedade paraense
de Sandra Batista, uma mulher de luta pela moradia, pela reforma agraria,
pelo direitos dos excluidos. A caminhada foi muito produtiva em
virtude da companheira Sandra ser conhecida pela sua atuacao
parlamentar e sairmos com a convicçao de que esta lutadora ira retornar
a Assembleia Legislativa, de onde faz falta para o povo do Para.
Vejam as fotos da caminhada abaixo:
Na primeira foto, o companheiro Bruno. Na segunda, uma foto historica: o companheiro
Genivaldo(rodoviario) e Eu(bancario).Na terceira foto, a infra funcionando. Na quarta a
caminhada em plena praia do Farol, com o Dinho na frente e na ultima foto, momento da
saborosa feijoada com a companheirada toda feliz, inclusive o Adelson.

12 julho 2010

Recuperação da economia parece ter seus dias contados

Nobel de Economia prevê uma terceira depressão mundial
 

• A crise econômica internacional não terminou. Os últimos meses mostraram uma relativa recuperação, mas ela não é sustentável e novos sinais de queda já começam a aparecer. Não é mais um artigo catastrofista de esquerda prevendo mais um fim do capitalismo. É, antes, a percepção cada vez mais forte do mercado financeiro sobre o futuro da economia.

Isso se reforçou com os últimos indicadores mostrando uma desaceleração no mercado de trabalho nos Estados Unidos, assim como a queda no ritmo da recuperação econômica da Ásia e o aprofundamento da crise na Europa. A recente reunião do G20 e a polêmica colocada: a necessidade de estímulos fiscais versus plano de ajustes, mostram que a crise está longe do fim, chega a um impasse e mostra sinais de recaída para o futuro próximo.

Uma crise estrutural
A crise se expressou inicialmente em 2008 com o estouro do mercado imobiliário subprime, nos EUA, o mercado de financiamento de casas voltado ao público de baixa renda. A implosão desse setor trouxe à tona uma série de complexos mecanismos financeiros, como os tais derivativos, revelando que o período de “exuberância irracional” dos mercados nos últimos anos foi sustentado por um esquema semelhante à fraude da pirâmide.

A falência do centenário banco Lemanh Brothers, no final do mesmo ano levou o pânico desenfreado aos mercados e governos em todo o mundo. Os governos, com a Casa Branca à frente, apressaram-se em aprovar pacotes bilionários de ajuda aos bancos e empresas. Durante todo o ano de 2009, foram trilhões despejados de forma indiscriminada nos mercados financeiros como forma de conter a recessão. A tese da crise restrita à esfera financeira entrava em descrédito na medida em que uma profunda recessão se desenhava no planeta.

Os pacotes articulados pelos governos conseguiram conter a recessão e impedir uma depressão mundial. Mas mostraram-se financeiramente inviáveis, colocando países, principalmente os da Europa, à beira da falência. De tal forma que a fase agora é a da contenção dos gastos. O clamor pelos pacotes de ajuda foi substituído pela necessidade do ajuste fiscal e os cortes de gastos, passando a conta da fatura para os trabalhadores.

Apesar dos impasses entre EUA e Canadá e Europa na mais recente reunião do G20, a orientação para os países é a busca pelo “equilíbrio fiscal”. Ou seja, a política do Imperialismo agora é, sem deixar de lado os pacotes de estímulos, estender o ajuste fiscal que está provocando uma verdadeira rebelião social na Europa para o restante do mundo. Significa explicitar ainda mais a transferência de recursos públicos para os mercados.

Tempo de cortar
O grande problema é que os pacotes estatais de estímulo não foram suficientes para impulsionar o investimento privado. Se se cessam, a recuperação também para. Segundo o Instituto Internacional de Finanças, uma organização que reúne grandes bancos de todo o mundo, as políticas de ajuste fiscal devem reduzir o crescimento econômico dos países desenvolvidos de 2,5% para 1,8% em 2011.

Ao todo, os pacotes serão responsáveis pela redução de 1,25% no crescimento mundial no próximo ano. Isso se refletirá nos chamados “países emergentes”. Segundo o IIF, o Brasil crescerá 7,5% em 2010 e no ano seguinte não deve passar dos 4,4%. Por isso, a instituição dá como terminada a fase de rápida expansão dos emergentes que ocorreu nos últimos meses.

Futuro incerto
Nos Estados Unidos entre maio e junho foram criados 13 mil empregos quando eram esperados pelo menos 50 mil. Em contrapartida, 125 mil postos foram extintos. Já o mercado imobiliário se retrai à medida que o governo extingue sua política de estímulo. Os últimos 12 meses de acelerado crescimento refletiu no país a reposição dos estoques, vazios durante o período mais agudo da crise. O ritmo agora tende a diminuir, e o fim dos estímulos vai aprofundar essa desaceleração num momento em que a economia não consegue andar com as próprias pernas, colocando a perspectiva de uma nova recessão.

Já na Europa, cujo índice de desemprego na zona do Euro chega a 10%, os planos de ajustes vão aprofundar ainda mais a crise social que já explode em países como Grécia e Espanha. A Alemanha, maior economia e motor da União Europeia, detalhou seu plano de cortes nesse dia 5 de junho. O governo de Angela Merkel vai cortar o equivalente a R$ 171 bilhões em quatro anos, em uma série de medidas que inclui a demissão de 15 mil servidores públicos.

Tal cenário fez com que o prêmio Nobel de Economia e colunista do New Iork Times, Paul Krugman previsse uma nova fase recessiva e, mais que isso, uma nova depressão equivalente a 1929. Na verdade, o economista compara a atual crise à “longa depressão” de 1873, um período marcado por fortes instabilidades e recaídas. Para o colunista, essa terceira depressão do capitalismo vai ser o resultado da política econômica recessiva imposta pelos governos, que custará algo como “10 milhões de empregos”.

Krugman vem causando controvérsias com suas previsões consideradas catastrofistas. Os defensores dos planos de ajustes argumentam que o equilíbrio das contas públicas vai automaticamente gerar “confiança” nos mercados e ajudar a impulsionar novamente a economia. A realidade, porém, é que uma nova recessão, ou melhor, uma nova fase da crise está cada vez mais clara no horizonte.

E o Brasil?
Como ficou mais do que claro no final de 2008, o Brasil não é uma ilha. Se o país conseguiu evitar uma longa recessão através de pesados subsídios fiscais a bancos e empresas, ajudou para isso a rápida recuperação da demanda da China por minérios e demais commodities a volta do crédito.

O que está ficando mais certo, porém, é que o país não contará com as mesmas condições externas que tornaram possível o crescimento econômico dos últimos anos, apesar da política neoliberal. A demanda por commodities diminuirá, assim como o crédito e os investimentos diretos que, nos últimos meses, cobriram o déficit em conta corrente (prejuízo do que saiu e entrou no país).

Uma nova crise se desenha para o futuro e o país não terá as condições que o possibilitaram a retomar o crescimento. E também não terá Lula, ou seja, ficará mais difícil conter o movimento de massas na hora de impor planos de ajuste fiscal e reformas.

Um Brasil sem analfabetos


Por Emir Sader
O Brasil teve uma expansão significativa dos direitos sociais da grande maioria da sua população nos últimos anos, extensão do sistema educacional, porém persistem entre 10 e 13 milhões de analfabetos – sobretudo de terceira idade – e grande quantidade de analfabetos funcionais – que aprenderam a ler mas que, sem prática posterior, são incapazes de ler e responder uma carta.
E, ao mesmo tempo, dispomos do melhor método de alfabetização – o método Paulo Freire - que, ao mesmo tempo que permite o aprendizado da leitura e da escrita, favorece a consciência social das pessoas.
Até mesmo países de nível de renda muito mais baixo do que o nosso, como a Bolívia, valendo-se de um método muito eficaz, mas menos elaborado, como o método cubano, terminaram com o analfabetismo, segundo constatação da Unesco. A Bolívia, que tem uma grande complexidade cultural e lingüística, porque a massa da população fala aymara, quéchua, guarani, castelhano e outros muitos dialetos.
Não podemos permitir que milhões de brasileiros não saibam ler e, não apenas, estejam impedidos de orientar-se minimamente como um cidadão deve fazê-lo para informações básicas, mas também impedidos de conhecer a cultura brasileira – aquilo que o Brasil produz de melhor. Impedidos de conhecer Jorge Amado, Graciliano Ramos, Machado de Assis, Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Morais, Guimarães Rosa – apenas para citar alguns. Todos têm todo o direito de não gostar de autores, mas devem ter todo o direito de conhecer, de ter acesso ao que de melhor o Brasil produz.
Um mutirão, organizado pelo Ministério da Educação, de que participem ativamente as entidades estudantis, as centrais sindicais, os movimentos sociais e culturais, que comece pela elaboração de método adequado aos da terceira idade e que mobilize centenas de milhares de jovens e militantes de todos os setores da população, poderá elevar o Brasil nos próximos quatro a anos a “país livre do analfabetismo”. Seremos um pouco mais democráticos, menos injustos, mais cultos. Além de preparar-nos melhor para produzir uma cultura muito mais plural, diversificada, reflexo da sociedade brasileira realmente existente e não produto do país que as elites gostariam que o Brasil continuasse sendo. Um Brasil para todos significa um Brasil sem analfabetismo.
 
Fonte: Carta Maior - Blog do Emir Sader

10 julho 2010

Senado 2010: a segunda vaga e a comporta estratégica

Deu no blog bilhetim, do prof. Edir Veiga


Parece claro que um acordo informal, não declarado e sub-reptício entre Rocha, Jáder e Flexa foi detonado pelas candidaturas do PTB, PSB e PV ao senado. A questão é a seguinte.

1- Duciomar Costa ao lançar a candidatura de F. Yamada ao senado criou uma poderosa comporta em Belém capaz de esvaziar o acordo informal entre Jáder e Paulo Rocha nesta cidade. Duciomar ao bancar Paulo Rocha e Yamada fortalece Rocha e esvazia parcialmente Jáder em Belém.

2- PSB e PV ao lançarem candidatura ao senado fortalecem, localizadamente, P.Rocha e esvaziam parcialmente Jáder, onde estes partidos têm bases eleitorais mais densas.

3- A segunda candidatura do PMDB ao senado é uma comporta capaz de esvaziar/inflar Paulo Rocha (onde interessar) seja na capital ou no interior, ou seja é uma poderosa moeda de troca para contrabalancear as candidaturas ao senado do PTB, PSB e PV. Assim Jáder trocará apoio com Rocha onde for conveniente e fechará a comporta onde não for conveniente.

4- Quem ganha nesta história toda é Flexa Ribeiro e quem mais perde é Paulo Rocha. Uma vez que Jáder tem maiores probabilidades de ser o mais votado ao senado e Paulo Rocha terá em Flexa seu principal adversário, agora fortalecida por uma aliança informal mais ampla com Jáder.

Assim, a segunda candidatura ao senado dos partidos serve como comporta eleitoral que pode ser aberta ou fechada em cada município, dependendo do interesse em jogo e dos partidos em disputa.

02 julho 2010

Opinião de um grande sociólogo: Chico de Oliveira!

Chico de Oliveira: "Governo Lula representa uma regressão política até em relação ao de FHC"

O professor aposentado da USP, Francisco de Oliveira, com uma militância que se inicia ainda na década de 1950, é um dos mais reconhecidos intelectuais da esquerda brasileira. Junto com Valério Arcary, militante do PSTU e professor do Cefet e o Álvaro Bianchi, professor da Unicamp, participou da mesa de abertura do seminário de programa da candidatura Zé Maria. Leia abaixo a entrevista que Chico concedeu ao Portal do PSTU logo após o debate.








Portal do PSTU - Qual sua avaliação do debate que abriu o seminário?
Chico de Oliveira - Os debates foram muito interessantes. Alguns, como o do Álvaro e do Valério, bastante ilustrativos, com muita informação para desmistificar as chamadas realizações do governo Lula. Minha fala foi mais simples, eu me ative mais ou menos ao caráter, digamos, de derrota que o governo Lula representa para os trabalhadores.

E qual o balanço que você faria do governo Lula?
O governo Lula tem um caráter de derrota para o movimento dos trabalhadores em geral e para as lutas de transformação do Brasil. Essa é a minha posição. Encaro o governo como uma regressão política até em relação ao Fernando Henrique. FHC era um governo que ia pela direita e nós estávamos contra. O governo Lula faz um compromisso com o capital, envolve a classe trabalhadora e suas instituições nesse compromisso e anula a potência do conflito. Eu acho isso um desastre e um marco histórico na trajetória da classe trabalhadora e da luta pelo socialismo. Todos nós agora lutamos contra essa opacidade. Como é que um governo pode ter um desempenho tão pífio e aparecer com a popularidade que aparece? Algumas ilações são tiradas a partir de certas conjunturas e dados que mostram esse caráter ilusório. A dificuldade é passar isso para o movimento social.

Diante dessa derrota que o governo representa, quais seriam os desafios da esquerda socialista, especificamente nessa campanha eleitoral?
Minha posição destoa de boa parte dos companheiros e camaradas. Eu não sou nada otimista e acho que agora é traçar uma estratégia de derrota.

No que se concretizaria isso?
Evidentemente tem que ir pra luta eleitoral, tem que fazer campanha, não ceder em nada, mas basicamente preparar a esquerda brasileira pra esse longo inverno. Estar sempre junto com o movimento social, entrosado com ele, e poder aproveitar as conjunturas históricas. A história sempre surpreende, felizmente. É possível ver linhas de força, mas em certos momentos irrompe uma novidade que o sistema não é capaz de controlar. Mas é uma esperança vaga, como você vê.

"Que o ricos paguem pela crise" exigem trabalhadores europeus em dia de greve geral!

Lutas e greves gerais se estendem em países europeus contra pacotes de arrocho e redução de direitos
A greve geral de 24 horas convocada por sindicatos e organizações da Grécia fez o país parar com protestos e manifestações em diversos setores. Esta é a quinta paralisação realizada no país contra o pacote medidas que retira diretos trabalhistas.
Nos serviços públicos, entre os quais o transporte, a adesão foi forte. Em um dos principais portos da região de Atenas, trabalhadores cruzaram os braços e impediram que turistas embarcassem nas balsas. Na ação houve confronto com a polícia. No transporte aéreo houve o cancelamento voos. Em hospitais, o funcionamento ocorreu de forma reduzida e no setor de comunicação transmissões de telejornais foram canceladas.
O governo fez as mudanças no sistema de previdência social na sexta-feira (25). As principais foram a redução dos benefícios de 80% do salário (que são pagos hoje) para 50%. Até hoje era possível conseguir aposentadoria com benefício integral com 35 anos de trabalho ou com 65 anos de idade. Agora a idade limite foi aumentada para 67 anos e também é obrigatório trabalhar por 40 anos. Eles também ajustaram a idade limite em função da expectativa de vida. Em caso de aposentadoria antecipada, o benefício será reduzido em 6% a cada ano reduzido.
No dia seguinte ao anúncio das medidas, o movimento dos trabalhadores realizou diversos protestos e paralisações como greve de 24 horas em escritórios de contabilidade, manutenção de navios, consultórios dentários, gráficos e funcionários de um grande hospital em Atenas.
Os trabalhadores do Metrô realizaram greve por três dias. Na última quinta-feira (24) todos os trabalhadores de transportes públicos entraram em greve. Os professores de escolas secundaristas ausentaram-se de seus trabalhos por 10 dias. A Federação dos Correios já anunciou uma greve de 48 horas contra a privatização
das agências.
Há proposta de que haja outra greve geral de 24 ou 48 horas em julho, no dia em que o governo levar o projeto de reforma da previdência à votação.
Estado Espanhol - No País Basco, trabalhadores também foram às ruas. No setor público e privado houve forte adesão. Mas de 80% das empresas do setor industrial paralisaram suas atividades, a ampla maioria dos transportes, assim como os serviços públicos. Também houve paralisações no comércio, hotéis, supermercados e construção civil. Mais de 65 mil trabalhadores participaram das manifestações.

De acordo com o secretário de Relações Internacionais da Central Sindical Basca LAB, Igor Urrutikoetxea, houve repressão policial com prisões e exigência de identificação de vários grevistas.
Em Madri, capital espanhola, os metroviários também pararam suas atividades e vão permanecer de braços cruzados até sexta-feira (2/07). Milhares de pessoas tiveram que recorrer a outros meios de transporte o que gerou o aumento do transito na cidade. Desde o último dia 24, categorias importantes de trabalhadores já vêm realizando protestos e assembléias contra o corte de 5% nos salários, como servidores públicos, metroviários e trabalhadores de telecomunicações. Além de denunciar as reformas trabalhistas e ataques às aposentadorias.
França – Os franceses se anteciparam ao dia 29 e já na quinta-feira (22) realizaram
uma greve nacional contra reforma previdenciária do presidente Nicolas Sarkozi, que
entre outras medidas, eleva a idade mínima de aposentadoria para 62 anos em 2018.
Segundo notícia da Agência Reuters, o governo divulgou na semana passada o seu projeto de reforma previdenciária, alegando que sem ela o sistema terá déficits anuais de 100 bilhões de euros (134,2 bilhões de dólares) até 2050.
O anúncio revoltou os trabalhadores. “Milhares de empregados do setor de transportes abandonaram seu trabalho, o que afetou trens, aviões, metrô e ônibus. Professores, membros da administração pública e alguns funcionários do setor privado também aderiram”, afirma a notícia.
Manifestações ocorreram em diversas cidades francesas, pela segunda vez desde maio passado. Houve o apoio de seis das sete centrais sindicais francesas. Novas mobilizações já vêm sendo preparadas para setembro, quando o projeto deve ser submetido ao Parlamento.
Itália – Os trabalhadores da Itália cruzaram os braços na sexta-feira (25) contra o pacote de arrocho do governo de direita de Silvio Berlusconi. Serviços públicos, transporte aéreo e terrestre, tiveram suas operações suspensas. A paralisação convocada pelo maior sindicato da Itália, CGIL, contou ainda com manifestações por todo país. Em Roma, vôos foram cancelados, em Milão, o transporte ferroviário ficou parado por cerca de quatro horas.
Insatisfação é geral - A meta imposta pela União Europeia para impedir que o déficit dos países-membros supere 3% do PIB causa revoltas generalizadas. Justamente porque este déficit orçamentário não foi criado pelos trabalhadores e sim pelos governos de todo o mundo, quando na crise de 2008 deram bilhões de euros para salvar bancos e multinacionais e agora querem que os trabalhadores paguem essa conta.
O anúncio dos pacotes de arrocho e de redução de direitos como na Itália, na França e na Grécia fez com que as mobilizações se estendessem em diversas categorias e se antecipassem ao 29, data marcada para a realização de uma greve geral em países europeus.
De acordo com informações do dirigente da Federação dos Servidores Públicos da Grécia Sotiris Martalis, que esteve presente nos congressos da Conlutas e da Classe Trabalhadora, as circunstâncias econômicas e políticas na Europa e principalmente na Grécia são alarmantes. Os títulos gregos, bem como de Portugal e da Espanha, são descritos como “lixo”. A zona do Euro está muito perto de se dividir e a Comissão Europeia denuncia as manifestações que vêm ocorrendo como “agitações sociais”.
“Eles estão com medo que a nova greve geral na Grécia possa “contagiar” outros países, principalmente depois das grandes manifestações na Espanha, Bélgica e Portugal”, diz Martalis. Acrescenta ainda: “a luta está a nossa frente e nós podemos fazer seus medos tornarem-se reais”, reforçando a necessidade da realização das mobilizações na Europa.
Dia de luta em setembro - A Confederação Sindical Européia está convocando um dia de luta em toda a Europa para 29 de setembro. Para os países do Sul da Europa a proposta é de Greve Geral de 24 horas (Grécia, Itália, Espanha e Portugal). É a luta para resistir aos ataques dos governos da União Européia, apoiados pelo Fundo Monetário Internacional.
A Secretaria Executiva Nacional Provisória eleita no Conclat apóia a luta dos trabalhadores europeus e tem enviado notas de solidariedade a essas lutas. Defende que os trabalhadores brasileiros sigam o mesmo exemplo. Assim como já vêm fazendo diversos segmentos dos servidores públicos federal e estaduais, unificando suas greves.
Mais que isso, devemos propor uma campanha nacional para que o Congresso Nacional derrube o veto do presidente Lula ao fim do fator previdenciário.
 

Nota da Secretaria Executiva Nacional Provisória eleita no Congresso da Classe Trabalhadora !

A Secretaria Executiva Nacional reunida no dia 15 de junho de 2010, em São Paulo, se dirige às entidades sindicais e populares e aos delegados e delegadas do Conclat
O Conclat – Congresso Nacional da Classe Trabalhadora – se constituiu num evento muito importante para as entidades sindicais e populares que participaram da sua construção. O número de participantes (3115 delegados/as) e a representação sindical (aproximadamente 3 milhões de trabalhadores/as) e popular (71 movimentos populares de 12 estados) ali reunida não deixam dúvidas da importância do Congresso.
A organização do Congresso foi definida consensualmente, a partir das resoluções do Seminário Nacional realizado em novembro/2009 e pela Coordenação constituída. O objetivo fundamental do Congresso era avançar na unidade das entidades que compunham a Coordenação.
As diferenças que persistissem seriam definidas por votação dos/as delegados/as presentes. Foi esse o acordo entre todas as organizações que permitiu a convocação do Congresso. Em nenhum momento, qualquer uma das organizações declarou que não aceitaria votação de algum tema polêmico, como pode ser demonstrado pelo próprio Regimento do Congresso, apresentado consensualmente pelas entidades convocantes.
O Conclat se instalou e cumpriu a sua pauta até o final, desde a abertura política, a defesa das teses, trabalhos em grupo até a plenária final de votação das resoluções.
Os/as delegados/as aprovaram as resoluções de conjuntura, plano de ação e a fundação de uma central sindical e popular, deliberando sobre as divergências ainda pendentes de organização da entidade: composição, estrutura e formato das instâncias de direção e nome.
A retirada do plenário de uma parte dos/as delegados/as quando da abertura do processo para eleição da Secretaria Executiva resultou num duro golpe ao processo construído, constituindo-se numa derrota do esforço que todos/as haviam realizado para a realização do Congresso.
Lamentamos profundamente a atitude tomada pelos/as companheiros/as que se retiraram e a consideramos um erro.
Diante dessa situação, junto com a maioria das delegações, encaminhamos o Congresso até o final, elegendo uma Secretaria Executiva Nacional Provisória, responsável por encaminhar o plano de ação votado e as demais resoluções do Congresso, a estruturação e organização da Central, bem como a luta pela unidade dos lutadores numa mesma organização nacional.
Assim o fizemos porque essa é uma necessidade de nossa classe, que segue sendo fortemente atacada pelos governos e pelo patronato e necessita da unificação de todos que estejam dispostos a se enfrentar com essa situação, com independência frente aos governos e à burguesia.
Por esse motivo estamos a favor de empreender todos os esforços para uma recomposição e para que os setores que se retiraram venham se juntar aos demais e compor organicamente a central fundada no Conclat.
O momento histórico está a nos exigir a construção desse instrumento: uma organização de frente única, construída e dirigida desde as suas entidades de base, uma central sindical e popular, que o Conclat decidiu por incorporar ainda o movimento estudantil, a juventude trabalhadora e dos movimentos populares e também os movimentos classistas de luta contra as opressões.
A democracia é um valor fundamental nessa organização. Todos os debates podem e devem ser feitos, bem como todos os acordos possíveis devem ser valorizados. A experiência de construção do Conclat demonstrou a vitalidade do nosso movimento: foram cerca de 900 assembléias realizadas em todo o país, reunindo milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
Garantidas as condições para o debate, como ocorreu no Conclat, as diferenças que porventura permanecerem serão decididas pelas instâncias da Central, pelo voto dos representantes das entidades que a compuserem. De outra forma, cairíamos no risco da paralisia e do internismo. Não existe outra forma possível de funcionamento em qualquer organização de frente única. A unidade na ação será garantida por um programa comum, democracia nas discussões e unidade no encaminhamento das resoluções votadas em maioria, quando não for possível o consenso.
Com esse entendimento, nos colocamos à disposição e fazemos um chamado aos setores que romperam com o Conclat para que nos reunamos para debater os encaminhamentos que forem possíveis no processo de reorganização da esquerda sindical e popular.
Reiteramos a nossa disposição de empreender todos os esforços para a recomposição. A central sindical e popular fundada no Conclat é parte deste esforço e acreditamos que deve se constituir num pólo de aglutinação de todos os setores classistas e de luta.
Nesse sentido, sabendo das preocupações reiteradas pelos/as companheiros/as que se retiraram do Conclat quanto ao nome da Central, informamos que: 1. Tendo em vista a deliberação da Intersindical de desautorizar o uso do nome de sua organização na marca da Central, informamos que não utilizaremos o nome da Intersindical até que a reunião da Coordenação Nacional, já convocada para o mês de julho, decida que atitude tomar frente a esse impasse; 2. Nossos materiais e declarações públicas serão assinados pela “Secretaria Executiva Nacional Provisória eleita no Conclat” e pela “Central Sindical e Popular fundada no Conclat”, até que a Coordenação Nacional de entidades de base se reúna e 3. Estamos abertos a dialogar com os/as companheiros/as que se retiraram do Conclat, buscando uma saída, nos marcos das votações realizadas no Congresso e que contemple as preocupações levantadas pelos/as companheiros/as.
Reafirmamos o nosso respeito por todo o processo e pelas deliberações do Conclat e a continuidade de nossos esforços pela construção da unidade.

São Paulo, 15 de junho de 2010.
Secretaria Executiva Nacional (Provisória) da Central Sindical e Popular fundada no Conclat

Deu no blog bilhetim, do Prof. Edir Veiga

94% do eleitorado de Belém ainda não tem candidato a deputado estadual e 92% não tem candidato a deputado federal.

Em Belém Serra têm 36%, Dilma 28% e Marina 18%

Em Belém Jatene têm 41%, Ana 21% e Juvenil 6%.

Em Belém Ana tem 34% de rejeição e Jetene 11%. Ana soma 43% de avaliação ruim e péssima e 15% de boa e ótima.

49% do eleitorado afirma que um deputado perde voto ao vincular seu nome ao de Ana Júlia e 12% apoaria este candidato caso se vinculasse ao nome de Ana.

Claro, este é um retrato de hoje, em Belém.

Fonte: pesquisas de candidatos, não registrada no TRE. Garanto, é Instituto sério.

Como na blogsfera podemos vazar tudo, eis esta bela "informação" de bastidores que só os articulados possuem e que meus leitores sempre acessarão nos próximos 90 dias.

Prometo: sempre trarei informações privilegiadas, quando as possuir.