28 fevereiro 2010

VICE-PRESIDENTE DO SINDICATO VISITA ÀS AGÊNCIAS DO INTERIOR DO ESTADO!

O Vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Sr. Marlon Palheta,  visitou as agências dos municípios paraense de Castanhal, Capanema e Bragança, na semana passada, para tratar de assuntos de interesse dos colegas e, principalmente,  dar informações sobre a Campanha Salarial dos Bancários 2009(que ainda não terminou), PLR, acordo coletivo, ação dos TC’s e sobre o quadro de apoio do banco. Foi esclarecido o modelo da PLR, o aumento da licença maternidade. Os empregados reclamaram sobre o sistema de metas que o banco impõe aos bancários, sem contudo dar suporte tecnológico. Outro assunto foi a redução do quadro de funcionários(reestruturação), como conseqüência do novo modelo de negócios que o banco implantou no ano passado; além da questão CAPAF. Segundo Marlon Palheta, há uma sobrecarga de trabalho, fazendo com que os colegas ultrapassem a jornada de trabalho.  “Nas agências visitadas, as reclamações são sobre o ponto eletrônico, a questão do PCCS, bem como o pagamento de uma PLR mais justa foram destaques nas visitas feitas nas agências. Esperamos que a diretoria do banco enxergue o funcionalismo do banco com mais dignidade, pois o que estão fazendo atualmente só está dando indignação à categoria. Se não houver avanços, a categoria irá dar uma resposta na campanha salarial deste ano”, finaliza.

  
Castanhal

 
Capanema

                                                                       Bragança
 
Vice-presidente Marlon posando com colegas de Capanema

27 fevereiro 2010

Adeus, Serra!



 Pesquisa Datafolha publicada na edição de domingo da Folha, mostra que a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para janeiro, atingindo 28%.
No mesmo período, a taxa de intenção de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%.
Com isso, a diferença entre os dois pré-candidatos recuou de 14 pontos para 4 pontos de dezembro para cá.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No entanto, é impreciso dizer que o levantamento indica um empate técnico entre Serra e Dilma.
A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas com maiores de 16 anos.
Folha Online:

26 fevereiro 2010

PLR do funcionalismo do BB deve ser até 30% superior à do primeiro semestre


Com o lucro de R$ 10,148 bilhões do Banco do Brasil em 2009, recorde de toda a história do sistema financeiro nacional, o valor da PLR referente ao segundo semestre do ano passado deverá crescer por volta de 30% para os postos efetivos e caixas em relação ao primeiro semestre, segundo cálculo preliminar da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. A Contraf-CUT está reivindicando do BB a antecipação do pagamento da PLR para 10 de março, mesma data da distribuição de dividendos do lucro aos acionistas.

O montante que o banco pagará de PLR relativa ao segundo semestre será superior a R$ 703 milhões, um aumento de 38% em relação aos R$ 509 milhões distribuídos no primeiro semestre de 2009. Mas como o número de funcionários aumentou em mais de 10 mil trabalhadores, a proporção no acréscimo do valor da PLR não será a mesma, devendo ficar na casa dos 30%.

Com isso, os postos efetivos, que no primeiro semestre de 2009 receberam R$ 2.890.48 de PLR, deverão embolsar agora algo em torno de R$ 3.700. E os caixas, que tiveram R$ 3.189,34 no semestre anterior, deverão receber mais de R$ 4.100. Os funcionários oriundos da Nossa Caixa incorporados em dezembro do ano passado receberão o equivalente a um sexto desses valores. Além desse valor, há ainda o módulo bônus para os comissionados.

Pelo acordo aditivo à Convenção Coletiva dos Bancários do ano passado, a PLR semestral do funcionalismo do BB é composta de 45% do salário mais R$ 512,00 fixos, mais 4% do lucro líquido distribuídos linearmente a todos os trabalhadores. "Esse modelo, conquistado em 2004 e que vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos, acabou se transformando em parâmetro para as reivindicações de PLR dos bancários dos demais bancos", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

 

21 fevereiro 2010

Morre presidente regional do PC do B !


O superintendente do Serviço do Patrimônio da União (SPU) no Pará e presidente regional do PC do B, o ex-deputado estadual Neuton Miranda, de 61 anos, morreu por volta das 23h deste sábado (20) de um ataque fulminante do coração. Ele estava na cidade de Belterra, próxima a Santarém, no Oeste do Estado, a serviço do SPU, quando sofreu o infarto.

Segundo informações de assessores, Miranda passou o dia bem e começou a sentir falta de ar quando se preparava para dormir, em um hotel da cidade. Uma ambulância foi chamada e o superintendente chegou a caminhar até o veículo, onde recebeu os primeiros socorros, mas não resistiu.

Além de dirigente regional do PC do B, Neuton Miranda era membro do Comitê Central do partido. Durante a ditadura militar, viveu na clandestinidade. Com a anistia, voltou a assumir sua identidade, realizando trabalho político visando a recomposição e legalização do Partido Comunista do Brasil, então proscrito, no Estado. Ele assumiu diversos cargos na administração estadual, entre eles, o de presidente da Cohab, no primeiro governo de Almir Gabriel, mas rompeu com o dirigente tucano, logo após o massacre de Eldorado dos Carajás, em abril 1996, quando foram assassinados 19 trabalhadores rurais sem-terra.

O corpo de Neuton Miranda será transportado de Santarém para a capital ainda neste domingo (21), por um avião cedido pelo governo do Estado. O velório acontecerá na capela mortuária da Beneficência Portuguesa, no bairro do Umarizal.

Na segunda-feira (22), o corpo será trasladado para o salão nobre da Assembléia Legislativa do Estado, onde deve continuar a receber homenagens. O sepultamento está prevista para amanhã, em horário ainda não definido. (Da redação com informações da TV RBA)

12 fevereiro 2010

FHC: O retorno do velho senhor

Sob a alucinação da idade madura, que costuma ser mais assustadora do que a dos adolescentes, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está conseguindo o que sempre pretendeu, desde que deixou o governo, há oito anos: o tumulto no processo sucessório. Ele – e não mais ninguém – impediu que as bases nacionais de seu partido fossem consultadas sobre o candidato à sucessão do presidente Lula. Se pensasse mais no país e menos em sua própria vaidade, teria, como o líder que se arroga ser, presidido à construção do consenso que costuma antecipar as convenções partidárias. Haja os desmentidos que houver, ele sonhava em criar impasse entre os dois principais postulantes, a fim de ser visto como a grande solução apaziguadora. Ele continua animado por essa miragem no sáfaro horizonte de suas ambições.

Assim, estimulou o governador de São Paulo ao exercício de uma tática de desgaste contra as pretensões de Minas. Decretou a precedência de José Serra e acenou com a “chapa puro-sangue”. Acreditava que levaria Aécio Neves a renunciar a servir a Minas, ao servir ao Brasil, com novo pacto federativo para o desenvolvimento de todas as regiões do país, e a contentar-se em ser caudatário de projeto hegemônico alheio. 

Na verdade, essa ilusão era instrumento de outra maior: a de que, com o afastamento do mineiro da disputa, seu próprio cacife aumentaria. Com isso, buscou inviabilizar Serra e Aécio, de tal maneira que, com o crescimento da candidatura de Dilma Rousseff – alvo de tenaz campanha desqualificadora da direita – as elites viessem a assustar-se e batessem às portas de seu escritório político, pedindo-lhe que as salvasse de uma “terrorista”. 

Se esse não fosse o objetivo essencial do ex-presidente, poderíamos considerá-lo um tolo – e Fernando Henrique não é tolo. Seu comportamento poderia estar dentro da advertência de Galileu, de que muita sabedoria pode transformar-se em loucura, mas por enquanto, ele está apenas deslumbrado pela ambição. Se se prontifica a discutir com o presidente Lula, e aceitar a comparação entre os dois governos, isso só pode ocorrer na hipótese de que venha a ser ele mesmo o candidato. Do contrário, estará forçando o candidato de seu partido, seja Serra, seja Aécio, a se transformar em mero defensor de sua administração, e não postulante sério à sucessão. Ambos sabem que a comparação será desastrosa em termos eleitorais. Talvez ela pudesse realizar-se, nos meios acadêmicos, pelos economistas e sociólogos, companheiros de sua ex-excelência, e ainda assim é certo que Fernando Henrique perderá, se a discussão for séria. Entre outras coisas, o ex-presidente multiplicou as universidades pagas; Lula, ao contrário, criou novos centros universitários federais e promoveu maciça inclusão dos pobres no ensino médio e superior. 

Pergunte-se ao eleitor do Crato e da periferia de São Paulo se ele estava mais feliz durante os anos de Fernando Henrique. Faça-se a mesma pergunta ao pequeno empresário que consolidou o seu negócio com a expansão do consumo, os créditos facilitados e os juros mais suportáveis que paga hoje. Até mesmo os banqueiros se sentem mais satisfeitos.  

Ao promover o vazio – para o qual contribuiu o governador de São Paulo em suas íntimas incertezas – Fernando Henrique tenta, com seus artigos de campanha, identificar-se como o único capaz de preenchê-lo. Seu jogo perturba todo o processo político, tanto no plano nacional quanto nos estados. Fruto indireto desse exercício de feitiçaria macunaímica, foi a maldade que fizeram ao vice-presidente José Alencar. O ato de oportunismo estimulou a natural e justa autoestima do vice-presidente, e sua disposição de luta, para a disputa do governo de Minas. Não se tratava de real homenagem ao conhecido homem público. Se Alencar viesse a ser candidato ao Palácio da Liberdade, a verdadeira homenagem que lhe prestariam os competidores seria tratá-lo como adversário, e submetê-lo ao duro debate eleitoral. Do contrário, seria deixar explícita uma cínica comiseração, o que constituiria ofensa ao grande brasileiro.

Juros da dívida pública no Brasil custam 13 vezes o Bolsa Família


Os gastos com juros do setor público podem ficar abaixo de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o que não ocorre desde 1997, quando totalizaram 4,61% do PIB. No entanto, ainda que em 2010 essas despesas venham a ser as menores em 13 anos nessa base de comparação, o país ainda gasta muito com juros. Dispêndios financeiros de 4,9% do PIB em 2010, por exemplo, equivalem a algo como R$ 172 bilhões, mais de cinco vezes os R$ 34,1 bilhões investidos pelo governo federal em 2009, ou 13 vezes os R$ 13,1 bilhões previstos para o orçamento do Bolsa Família neste ano.

Uma taxa Selic média um pouco mais baixa do que no ano passado e um crescimento mais forte da economia são os principais fatores a explicar a perspectiva de uma menor carga de juros como proporção do PIB em 2010. Em 2009, as despesas financeiras foram de 5,4% do PIB, ou R$ 169,1 bilhões em valores absolutos.

O economista Marcos Fantinatti, da MCM Consultores Associados, estima que o Brasil vai pagar 4,95% do PIB de juros em 2010. Para ele, a Selic média ficará em 9,73% neste ano, um pouco abaixo dos 9,93% de 2009. Ele espera o começo da alta dos juros em abril, com a taxa básica, hoje em 8,75% ao ano, atingindo 11,75% em dezembro.

A Selic não é o único indicador que corrige a dívida pública, mas é uma referência importante para o custo financeiro do setor público. Para completar, o crescimento da economia deverá ser bem mais robusto neste ano do que no ano passado, observa Fantinatti, que projeta uma expansão de 5,5% em 2010, uma aceleração expressiva em relação à variação próxima de zero prevista pelos analistas para 2009. Com isso, o valor gasto com juros fica menor em relação a um PIB maior, que também deve aumentar mais em termos nominais dada a perspectiva de uma inflação um pouco mais alta neste ano.

Por fim, Fantinatti diz que a sua aposta num dólar mais caro ao longo do ano - ele prevê uma moeda americana em R$ 2 em dezembro - também ajuda a explicar a menor carga de juros que ele espera para este ano. Como o setor público é hoje credor líquido em moeda estrangeira - os ativos em dólar superam as dívidas -, as despesas financeiras totais diminuem quando o dólar sobe.

O estrategista-chefe do BNP Paribas, Alexandre Lintz, acredita que os gastos com juros podem ser ainda menores em 2010, projetando despesas de 4,4% do PIB. "A principal explicação é que a minha taxa Selic média é bem menor que a da maior parte do mercado." Ele aposta num aumento dos juros básicos apenas em outubro, com a Selic fechando o ano em 9,25%. Na média de 2010, a taxa ficaria em 8,83%. O ponto é que Lintz vê uma atividade econômica menos aquecida que a esmagadora maioria dos analistas -para ele, a expansão do PIB em 2010 será de 4,9%, enquanto no mercado há quem projete até mesmo alta de 6,5%.

O analista sênior para a América Latina da Economist Intelligence Unit (EIU), Robert Wood, tem uma projeção um pouco mais pessimista, acreditando que o Brasil gastará 5,4% do PIB de juros em 2010, o mesmo percentual registrado em 2009. Ele aposta em juros médios de 9,9% neste ano e num crescimento da economia de 5%. "A dívida pública brasileira ainda é alta", acrescenta Wood. Em dezembro de 2009, a dívida líquida do setor público ficou em 43% do PIB, ao passo que a bruta terminou o ano passado em 63% do PIB. Países com classificação de risco semelhante à do Brasil ficaram em 2009 com um endividamento líquido na casa de 30% do PIB, segundo números da Standard & Poor's (S&P).

Wood diz que os indicadores fiscais do Brasil vem melhorando, mas acha que o país ainda gasta muito com juros. Ao ter despesas financeiras elevadas, sobram menos recursos para investimentos e programas sociais, nota ele. Para reduzir a carga de juros, seria importante ter uma política fiscal mais apertada, com o controle das despesas correntes (como pessoal, aposentadoria e custeio da máquina), o que tiraria um pouco do peso da política monetária. Wood acredita que esse ajuste, porém, ficará para 2011, já que num ano eleitoral não deverá ocorrer um aperto fiscal mais relevante.

Se as projeções de Wood estiverem corretas, o Brasil vai gastar R$ 189 bilhões com juros neste ano, quase R$ 20 bilhões a mais do que em 2009, ou 1,5 vez o custo do Bolsa Família neste ano, ou cerca de 80% dos quase R$ 24,9 bilhões de desonerações tributárias concedidas em 2009, para combater os efeitos da crise global.

Embora os gastos financeiros ainda sejam elevados, eles têm mostrado uma tendência inequívoca de queda nos últimos anos quando se leva em conta as despesas como proporção do PIB. Em 2003, por exemplo, o setor público destinou o equivalente a 8,47% do PIB para o pagamento de juros, num ano em que a taxa Selic média ficou em 23,4% e o crescimento foi de 1,1%. Nos anos seguintes, os juros caíram e o Brasil passou a registrar taxas mais expressivas de crescimento. A dívida pública também declinou como proporção do PIB, graças a superávits primários expressivos, embora seja alta para padrões internacionais.

Para 2011, é possível que a carga de juros volte a subir como proporção do PIB, avalia o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges. A questão, segundo ele, é que a Selic média no ano que vem (11,2%, de acordo com estimativas da LCA) deve ser maior do que os 9,5% projetados para este ano. Além disso, o PIB deve crescer em 2011 menos que os 6,1% previstos para este ano, diz Borges. Nesse cenário, ele acredita que o país poderá gastar 4,9% do PIB em 2011, mais que os 4,7% do PIB estimados para este ano. Mas a tendência de queda tende a ser retomada nos anos seguintes, à medida que os juros voltarem a cair, acredita.

As despesas financeiras do Brasil também seguem elevadas na comparação internacional, mas há alguns países em que a carga de juros é mais elevada. Segundo números da EIU, a Jamaica deve destinar o equivalente a 14,6% do PIB para pagar juros, enquanto a Grécia, que está no meio do olho do furacão da crise global, deve gastar 6,7% do PIB, percentual idêntico ao da Hungria. No Paquistão, as despesas financeiras devem equivaler a 5,8% do PIB.

Fonte: Valor Econômico

09 fevereiro 2010

Renda dos pobres cresce 72% entre 2001 e 2008


Pela primeira vez na história, a “classe” C, cujos lares recebem entre R$ 1.115 e R$ 4.807 por mês, passou a representar a maior fatia da renda nacional, segundo dados recém-agregados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Correspondem agora a 46% do total de rendimentos das pessoas físicas, contra 44% do topo da pirâmide (AB).

Este exército de 91 milhões de brasileiros está tornando anacrônico o conceito atual de classe média — baseado em padrões de consumo e culturais — e métodos básicos de produção e publicidade estão sendo revistos. Entre 2003 — quando a “classe” C respondia por 37% da renda nacional (salários, benefícios sociais e previdenciários, juros e aluguel) — e 2008, 26,9 milhões chegaram a este grupo.
Essa migração em massa alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil e proporcionou o surgimento de um grupo com características socioculturais próprias. Se a década de 1990 foi marcada pela estabilidade e a educação, o aumento da renda que marcou os anos 2000 permitiu ao consumidor não só comprar, mas escolher o produto com que mais se identifica.
O vice-presidente da agência DM9DDB, Alcir Gomes Leite, garante que isso fez os profissionais reverem seus conceitos. O novo público não se preocupa só com preços: — Vai atrás das marcas, tem uma identidade própria, que é diferente da classe média tradicional. As marcas já entenderam isso. Não querem mais saber o que fazer para tornar o cliente fiel. Vão atrás do que têm de fazer para se tornarem fiéis a eles.
Também não adianta anunciar um produto para a “classe” AB achando que o indivíduo da classe C vai querer comprar para “ascender”: — Esse conceito de classe média foi para o saco. As grandes empresas têm concentrado ao menos 60% das inovações no novo público, segundo Alcir.
Já o presidente da Associação da Indústria Têxtil (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, disse que o setor investiu US$ 855 milhões em 2009 em designers, marketing e ampliação da produção com foco na nova classe média. O consumo per capita de tecido no país é considerado baixo: 8,2 quilos: — Com mais gente subindo da “classe” D para C e de E para D, podemos acrescentar mais cinco quilos.
Mas a mudança não está só nas novas necessidades de quem compra. A própria estrutura da economia está se alterando. O potencial de geração de renda do brasileiro está crescendo mais depressa do que a sua capacidade de consumo. “O brasileiro pode ser na foto ainda mais cigarra do que formiga, mas estamos sofrendo gradual metamorfose em direção às formigas”, diz o chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Néri, em referência à fábula de La Fontaine.
Néri garante que ascensão de pessoas das “classes” D e E à C se deu não apenas pelos programas de ajuda social do governo. Mas porque o brasileiro trabalhou mais, ganhou melhor, se educou, comprou computadores e celulares e poupou mais. Segundo a pesquisa, o índice do consumidor aumentou 14,98% entre 2003 e 2008, contra 28,62% do índice do produtor. O primeiro mede o acesso das famílias a bens de consumo (TV, geladeira, DVD), serviços públicos (lixo, esgoto), condições de moradia (financiamento, número de cômodos e banheiros) e tipo de família.
Já o segundo estima o potencial de geração de renda pela sua inserção produtiva e nível educacional, bem como investimentos em capital físico (previdência pública e privada, uso de tecnologia de informação e comunicação), capital social (sindicatos, estrutura familiar) e capital humano (frequência escolar dos filhos).
Tudo isso são ativos que deram ao trabalhador produtividade A nova “classe média” tem carteira assinada, casa própria ou financiada, estuda em escolas públicas ou particulares, tem previdência social ou privada, computador e celular. Idosos, mulheres, trabalhadores com carteira e nordestinos são exemplos de brasileiros que puxam a transformação.
Fonte: vermelho.org

03 fevereiro 2010

Maria Islaine: mais uma vítima do machismo e do descaso do Estado


No dia 20, Maria Islaine de Moraes, 31 anos, foi assassinada pelo ex-marido, Fabio Willian da Silva, 30 anos. O crime aconteceu em Belo Horizonte (MG), diante de câmeras instaladas no salão de beleza que Maria Islaine era proprietária e na presença de mais três mulheres.
Um crime anunciado
Maria Islaine havia registrado oito boletins de ocorrência contra o ex-marido, que a ameaçava frequentemente. Também gravou um pedido de socorro à polícia: "Tenho uma intimação que a juíza expediu por causa do meu marido, que me agrediu. Eu o levei na Lei Maria da Penha. Era para ele ser expulso de casa. O oficial veio, tirou de casa, só que ele está aqui e ainda está me ameaçando". O assassino já havia jogado uma bomba contra o portão do salão de beleza há cerca de quatro meses.
Maria Islaine, recorreu à Lei Maria da Penha. Ela tentou se proteger como pode, instalando câmeras no seu local de trabalho, mostrando que realmente estava sofrendo violência, com ameaças e atentados. Mesmo com pedidos de socorro e boletins de ocorrência, a polícia não levou esta mulher a sério, prevalecendo o conceito da "briga doméstica", ou a máxima de que "em briga de marido e mulher não se mete a colher".
A violência nossa de cada dia
Em 2001, a Fundação Perseu Abramo divulgou que sete em cada dez mulheres mortas foram assassinadas pelos próprios maridos. Em Pernambuco, no período de janeiro a novembro de 2006, 280 mulheres foram assassinadas. No Ceará, foram contabilizados 93 assassinatos de mulheres no ano de 2008. Somente nos três primeiros meses de 2009, já se contabilizava 24 mortes violentas no estado. Nos primeiros 16 dias de março, foram registrados dez assassinatos.
Agora, Maria Islaine poderá ser contabilizada para uma próxima pesquisa brasileira, feita por algum órgão do governo ou de alguma ONG que, mais uma vez, atestará a situação de barbárie que vive a população feminina do país. Porém o que fica claro é que não existe uma política séria para salvar a vida destas mulheres.
Em 2006, às vésperas da eleição presidencial, Lula aprovou a Lei Maria da Penha, a mesma que Maria Islaine recorreu para se proteger. A Lei criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar. Entretanto, no ano seguinte à sua eleição, Lula reduziu em 42% os recursos previstos para o Programa de Combate a Violência contra a Mulher.
O assassinato de Maria Islaine é um exemplo. Como ela, muitas outras mulheres morrem, vítimas do machismo. Elas colocam em xeque a eficiência de uma lei que tem como objetivo conter a violência à mulher, mas que, concretamente, as instituições não atuam para fazer com que ela se cumpra.
Por Ana Rosa Minutti, coordenadora do Movimento  Mulheres em Luta
 
Fonte: Conlutas

AFBNB acompanha MP que amplia capital social do Banco do Nordeste


O presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros, chega a Brasília nesta quarta-feira, 03 de fevereiro, para acompanhar de perto a votação da medida provisória 470, que prevê o aumento do capital social do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) em R$ 1 bilhão, além da capitalização da Caixa Econômica Federal em R$ 6 bilhões. A MP, responsável por trancar a pauta do Congresso, deve ser votada hoje em um único turno.

Para Medeiros, é imprescindível que a MP 470 seja aprovada no Senado sem modificações substanciais ao texto que passou pela Câmara. “Vamos nos articular com os senadores mais sensíveis às causas nordestinas para que não haja alterações que prejudiquem a finalidade do projeto, que é fortalecer o BNB através do aumento de seu capital social”, explica.

Agenda institucional

Medeiros permanece na capital federal até quinta-feira, quando acompanhará a formação das comissões técnicas na Câmara e no Senado neste início de ano legislativo. As atenções da Associação estão voltadas para a aprovação do Projeto de Lei dos Demitidos (PL 343/2007) e do projeto de criação do fundo social do Pré-Sal.

O presidente da AFBNB visitará, ainda, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para coletar dados sobre a evolução da economia nacional e seus reflexos na economia regional. As informações deverão embasar a formulação do novo documento do Conselho Técnico da Associação, “O BNB para um Nordeste melhor”.
 
Fonte: AFBNB

Contraf-CUT inicia negociação com o BB sobre o PCCS!

 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) inicia nesta quarta-feira, 3 de fevereiro, as negociações com o Banco do Brasil da mesa temática sobre o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), uma das principais reivindicações do funcionalismo. É a segunda rodada de discussão das mesas temáticas, iniciada no dia 28 de janeiro, com o debate sobre os problemas pendentes dos trabalhadores dos bancos incorporados pelo BB.

"É importante reiterar que o estabelecimento da agenda de negociações é um passo importante, mas ele por si só não garante conquista de direitos. É preciso que haja mobilização do funcionalismo em todo o país para pressionar o banco a atender nossas reivindicações", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

A plenária nacional dos dirigentes sindicais do Banco do Brasil, realizada pela Contraf-CUT no dia 15 de dezembro, em São Paulo, aprovou o calendário de negociações das mesas temáticas e da mesa permanente e as premissas para as discussões sobre o PCCS (veja abaixo). A plenária também definiu a realização de manifestações e atividades pelo PCCS em todo o país nos dias 20 de cada mês (ou na véspera, caso caia no final de semana).

As premissas para o PCCS

* Estabelecer um piso salarial digno (com referência no salário mínimo do Dieese, hoje equivalente a R$ 2.139,06).

* Valorizar o mérito por meio da incorporação do valor das comissões. A cada ano incorporar um percentual da comissão na remuneração do trabalhador.

* Adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários.

* Eliminar a coexistência de várias categorias de funcionários.

* Valorizar a antiguidade e a experiência no cargo e na função (interstício no PCS e no PCC).

* Excluir da alçada dos gestores imediatos a decisão sobre comissionamentos e descomissionamentos.

* Elaborar regras claras de encarreiramento e adotar mecanismos para assegurar o seu cumprimento (regras objetivas para seleções internas).

* Criar regras claras sobre a progressão funcional horizontal (lateral, na mesma função) e vertical, mediante valorização da maturidade e da qualificação profissional.

* Adotar modelos quantitativos para analisar, avaliar e classificar os cargos comissionados, ou seja, definir os fatores de avaliação de cargos comissionados e classificar os cargos em classes com faixas salariais.

* Adotar modelo padrão de descrição de cargos com responsabilidades, pré-requisitos, experiência, formação etc.

* Adotar metodologia quantitativa para estabelecer os VRs.

* Não criar obrigação de migração de planos.

* Criar tabela única de PCS.

* Incorporar anuênio e gratificação semestral.

* Buscar a isonomia.

* Instituir políticas afirmativas nos processos de seleção interna.

* Estabelecer valorização do dirigente sindical no PCCS.

O calendário de negociações

O calendário de negociações das mesas temáticas e da mesa permanente com o BB é o seguinte:

Mesas temáticas

- 28 de janeiro: incorporações (salários, planos de saúde e previdência e outros direitos dos funcionários dos bancos adquiridos pelo BB).

- 3 de fevereiro: PCCS e saúde e condições de trabalho.

- 24 de fevereiro: previdência e terceirização.

Mesa permanente de negociação

- 10 de fevereiro: BB 2.0, Comissão de Conciliação Prévia (CCP) e outras questões.


Fonte: Contraf-CUT