28 janeiro 2008

Democratas e tucanos saem em defesa dos lucros dos bancos!



PDF

(São Paulo) - O aumento de 9% para 15% na alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras já começou a ser combatido pelos políticos tradicionalmente ligados aos banqueiros. Nesta segunda-feira, dia 7, o DEM, antigo PFL, anunciou que ingressará com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra o aumento na CSLL. A elevação no tributo foi anunciada pelo governo na última quarta-feira, dia 2, para compensar parte da receita perdida com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
"Os bancos aumentam a cada ano os seus lucros e pouco se importam com o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. Nas propagandas, falam que têm responsabilidade social, mas na prática nada fazem para contribuir com o país. A medida do governo de aumentar a CSLL é uma forma de reverter para os brasileiros uma pequena parcela dos lucros do sistema financeiro nacional", comenta Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
O aumento do tributo também foi comentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje, no seu programa semanal de rádio 'Café com o Presidente'. "Os banqueiros não reclamaram. Não reclamaram por quê? Porque os bancos tiveram muito lucro nesses últimos anos. Agora, os bancos estão ganhando, eles vão poder pagar um pouco mais", defendeu o presidente.
Já o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, destacou em entrevista ao programa 'Notícias da Manhã', da Rádio Nacional, que o reajuste é necessário para recompor a arrecadação do governo após o fim da CPMF. "Num momento de aperto orçamentário como este, atravessamos uma verdadeira emergência e precisamos recuperar receitas. Acho que é razoável que essas instituições dêem a sua contribuição. Optamos por medidas que estavam dentro do razoável. Os bancos são um segmento que há anos tem as maiores taxas de rentabilidade da economia. Mesmo nos anos em que a economia foi mal, os bancos conseguiram excelente lucratividade", afirmou Paulo Bernardo.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ironizou a cartada do DEM e afirmou que é "legítimo" a oposição defender o lucro do sistema financeiro. "O governo atuou onde não teria impacto sobre o sistema produtivo. É legítimo que a oposição queira defender o lucro dos bancos", provocou Jucá.
Com o reajuste da CSLL para as instituições financeiras, a União espera arrecadar mais R$ 2 bilhões neste ano. Segundo o governo, mais R$ 8 bilhões devem ser arrecadados com o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de Belém mostraram o poder de mobilização rumo ao FSM 2009 !

PDF Imprimir E-mail

(Belém) - O Cortejo Político-cultural que encerrou a Semana de Mobilização e Ação Global, do Fórum Social Mundial, foi o retrato da diversidade dos povos da Amazônia. No sábado, 26/01, uma profusão de cores, sons e crenças tomou conta das ruas do centro de Belém, numa caminhada onde seis mil pessoas tinham o mesmo objetivo: afirmar que, todos juntos, respeitando as diferenças e delas se alimentando, podemos construir um outro mundo, com mais justiça, igualdade e paz.
O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá estava presente no Cortejo, ratificando, junto com outras entidades sindicais, a força da Central Única dos Trabalhadores - CUT na mobilização social. Os cutistas participaram do quinto ato do Cortejo, "Colonialismo Ontem e Hoje", realizado na frente do HSBC da Presidente Vargas, sob a coordenação do Sindicato dos Bancários.
O Cortejo teve início por volta das 9h30, com a chegada dos afro-religiosos pelas águas da baía do Guajará à rampa do anfiteatro da Casa das Onze Janelas, no Complexo Feliz Lusitânia, onde milhares de pessoas se reuniam desde às 8h. Representantes dos movimentos de negros, mulheres, índios, homossexuais, trabalhadores, sem terras, enfim, dos diversos segmentos sociais do Estado participaram com entusiasmo da manifestação. Destaque para o setor cultural que levou para o evento suas cores e ritmos, a exemplo da exuberância do Boi de Máscaras de São Caetano de Odivelas e o bloco Crias do Curro Velho.
Em seis atos, os movimentos sociais denunciaram a exploração econômica, a globalização, as guerras, o racismo, o machismo e a devastação da natureza. O primeiro foi no Feliz Lusitânia com o tema "Globalização Neoliberal x Globalização das Lutas"; logo em seguida, na parada da Praça do Relógio foi realizado o ato "Guerra e Paz", com a queimada do boneco do presidente dos Estados Unidos, George Bush; o movimento feminista protestou contra o machismo no ato "Patriarcado e a Luta das Mulheres", realizado no Solar da Beira; no quarto ato, realizado na Praça Bento Teixeira, o movimento negro mostrou o "Racismo, um dos pilares da exclusão".
Numa encenação que teve a participação dos diretores do Sindicato dos Bancários, Everton Silva e Márcio Saldanha, o ato "Colonialismo Ontem e Hoje", mostrou a apropriação do açaí, retirado das mãos de uma família ribeirinha e transformado em royalties do capital dominante. O último ato mostrou os prejuízos à humanidade causados pela destruição da natureza. "Desastres Ambientais", foi o ato realizado em frente ao Teatro da Paz.
A governadora Ana Júlia Carepa se juntou ao Cortejo no início da avenida Presidente Vargas, demonstrando todo apoio do Estado para a realização do Fórum Social Mundial 2009, quando Belém será o centro das discussões sobre os problemas sociais dos povos do planeta e da necessidade urgente de inclusão de todos num mundo melhor e mais humano. A grande participação no Cortejo ratifica o engajamento dos movimentos sociais do Pará na construção do evento que vai atrair milhares de pessoas de todo o mundo.
A Semana de Mobilização e Ação Global teve início no dia 22/01 e durante cinco dias várias palestras, debates, oficinas, encontros, workshops e painéis foram realizados em diversos locais de Belém, Santarém, Altamira e Itaituba. O evento foi realizado em vários lugares do mundo, com cerca de 770 ações em 89 países. No Brasil, foram 156 atividades em 19 Estados, sendo que o Pará realizou a maior programação durante a Semana. "Essa grande participação, com alegria e disposição, demonstra que o Pará abraçou o FSM 2009 e já começamos a construir esse evento que na verdade é um grito de todas as nações, de todas as culturas, todos os povos, por um mundo mais justo e fraterno. Esse mundo é possível. Nós acreditamos e lutamos por ele", afirma Alberto Cunha (Betinho), presidente do Sindicato, que acompanhou todo o Cortejo.

Fonte: Seeb PA/AP, com informações da Agência Pará

Sindicato solicita reunião com o Banco da Amazônia!


O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, diante da notícia de que a agência do Banco da Amazônia no Rio de Janeiro seria fechada, através de ofício encaminhado à presidência da instituição, solicitou reunião para tratar da reestruturação do Banco e demais assuntos de interesse dos trabalhadores. O documento foi enviado na última sexta-feira (25/01) sugerindo como possível data para o encontro o dia 31/01.

Junto com as demais entidades de defesa dos direitos dos trabalhadores, o Sindicato do Pará e Amapá está preocupado com o programa de reestruturação do Banco. “Apesar de não ser da nossa base, o fechamento da agência no Rio de Janeiro, que ainda não foi confirmado pela diretoria do Banco, nos preocupa, pois diz respeito aos direitos dos trabalhadores”, enfatiza Cristiano Moreno, diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia. Outros assuntos que serão tratados na reunião são: a ssinatura do Acordo Coletivo 2007/2008, Participação nos Lucros e Resultados e repasse à CASF.

Fonte: SEEB Pa/Ap

20 janeiro 2008

Tarifa bancária sobe até 70% mais que inflação!

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) prevê que o valor das tarifas bancárias continuará subindo em 2008 na média de 70% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ficar em 4,26% este ano.
Segundo Miguel de Oliveira, vice-presidente da entidade, o pacote anunciado pelo governo no final do ano passado que padroniza e estabelece prazo mínimo de seis meses para reajustes é bem-vindo, mas não impedirá que as instituições realizem ajustes até abril, mês em que deverão passar a adotar as novas regras. "Além disso, é muito provável que os bancos repassem ao consumidor os impactos da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), o que poderá representar mais aumento de tarifas", avalia.
Levantamento feito pelo DCI com base nos dados do Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros da Febraban (Star) mostram que as cobranças variam bastante de banco para banco, dependendo do produto ofertado. "As tarifas não apenas subiram em valor no ano passado como também em quantidade", diz Oliveira. Por isso, ele avalia que a decisão do governo de permitir a cobrança de apenas 20 tarifas de serviços essenciais a partir de abril vem em boa hora. "Mas falta regulamentar também o prazo da cobrança. Alguns cobram em 30 dias, outros em 90, sucessivamente".
Segundo a última pesquisa realizada pela Anefac, as tarifas bancárias aumentaram 21,65% de agosto a novembro do ano passado. O levantamento - que abordou 12 instituições financeiras - mostrou que das 21 principais tarifas analisadas, 16 tiveram reajuste no período, três mantiveram preços e duas tiveram queda.

Fonte: Feeb RS